Tópicos | Conflito no Oriente Médio

Em ato no Centro do Recife, no final da tarde desta quinta-feira (19), manifestantes pró-Palestina pediram o fim do conflito no Oriente Médio, que está no seu 13º dia consecutivo. Entre as pessoas que marcaram presença na manifestação estavam integrantes da comunidade em Pernambuco, representantes de entidades de defesa dos Direitos Humanos, parlamentares e militantes de partidos da esquerda brasileira.

Os recentes acontecimentos na Faixa de Gaza e Israel já motivaram as mortes de mais de 5.200 pessoas, entre elas crianças, mulheres e idosos. Sendo assim, desde o último dia 7 deste mês, protestos, como o que se viu hoje no Recife, foram realizados em várias cidades espalhadas pelo mundo.

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Para a cofundadora da Aliança Palestina Recife, Angélica Reis, manifestações como essas deverão continuar até que o cessar fogo aconteça. Defendendo os civis que residem na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, ela fez questão de pontuar que o conflito não pode ser chamado de guerra pois “o confronto não é entre militares”.

“O que acontece na Palestina é um genocídio. A gente não pode nunca classificar isso como uma guerra, pois não é um conflito de país contra país ou de militar contra militar. Israel está definindo o que entra e o que não entra na Faixa de Gaza. Cortaram a comida, eletricidade, combustível, e desde 2014 os palestinos só têm quatro horas de energia por dia. Mesmo com todos esses problemas, o mundo não faz nada. Não olham para as dores dessa população”, pontuou Angélica, bastante emocionada.

Em entrevista, Angélica ainda revelou que tem amigos na Faixa de Gaza, e desde que a região foi atacada por Israel, ela não consegue conversar com nenhum deles. “Desde o início desse caos, eu não consigo conversar com ninguém. Não sei se estão vivos”.

Ela ainda questionou: “Israel está se defendo de que? São eles que ocupam o território da Palestina há 75 anos. Eles roubam o território, matam palestinos, prendem moradores, destroem casas”.

Foto: Guilherme Gusmão/LeiaJá

O militante Pedro Galvão, que também participa da Aliança Palestina Recife, afirmou que o ato tem como objetivo informar as pessoas sobre os acontecimentos no Oriente Médio e os seus desdobramentos, “pois, além do que o mundo já sabe do confronto, existem civis que residem no território da Cisjordânia que também estão sendo atingidos por essas violências”.

“A Aliança convocou esse ato aqui no Recife, se juntando a outros coletivos, movimentos sociais, partidos e instituições que estão preocupadas com essa situação. A gente tem que lembrar que o conflito está acontecendo na faixa de Gaza, mas os palestinos que habitam a Cisjordânia também estão sendo mortos, perseguidos, presos e torturados. Então, nosso principal apelo é do cessar fogo e, de mais uma vez, se sentar para negociar uma solução para esse conflito”, revelou.

Outro manifestante que conversou com o LeiaJá foi Fabiano Falcão, que afirmou que Israel não está apenas enfrentando o grupo Hamas, mas também pessoas inocentes que lutam para sobreviverem diante os bombardeios.

“Eu estou aqui na manifestação porque eu acredito que o que está acontecendo com a Palestina não é uma guerra, porque uma guerra é quando existe paridade, quando as duas partes têm forças parecidas ou iguais. Então isso não é uma guerra, é um massacre, é um genocídio, são todas as palavras que embarcam nessa junção de sentimento”, pontuou.

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