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Os investimentos em construção nos Estados Unidos subiram em agosto, apesar da economia em dificuldades. Os gastos em construção cresceram 1,4% em agosto, para uma taxa anual sazonalmente ajustada de US$ 799,15 bilhões, informou hoje o Departamento de Comércio do país. Já o número de julho foi revisado, de queda de 1,3% para queda de 1,4%.

O dado de agosto surpreendeu economistas, que esperavam queda de 0,4% no setor. As construtoras do país relutam em iniciar projetos por causa da economia fraca. As vendas de casas estão perto dos recordes de baixa, e governos municipais lutam para lidar com seus déficits orçamentários.

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O relatório mostrou que os gastos em construção residencial nos EUA subiram 0,9% em agosto, para US$ 246,09 bilhões, em comparação com o mês anterior, após caírem fortemente em julho. O gasto em agosto em projetos que não são de moradia aumentaram 1,6%, com despesas crescentes em rodovias, igrejas e escolas.

O gasto em construção no setor privado aumentou 0,4%, para US$ 510,98 bilhões. Os gastos em construção no setor público saltaram 3,1%, para US$ 288,16 bilhões, com o aumento nos gastos de governos estaduais e municipais. Na comparação com agosto do ano anterior, porém, os gastos em obras públicas caíram 6,3%. As informações são da Dow Jones.

O otimismo dos empresários do setor da construção para os próximos seis meses caiu ao menor nível da série, que começou a ser realizada em janeiro de 2010. Segundo dados da sondagem Indústria da Construção, divulgados hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a expectativa do setor quanto ao nível de atividade caiu para 56,2 pontos em setembro, após registrar 60,1 pontos em agosto. Em janeiro de 2010, esse índice era de 70,6 pontos.

O indicador varia de 0 a 100 pontos, e valores acima de 50 indicam aumento da atividade e do otimismo. Embora ainda positiva, a expectativa do setor da construção em setembro registrou queda nos quatro componentes que formam o indicador.

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O otimismo do setor quanto a novos empreendimentos e serviços caiu de 60,1 pontos em agosto para 57,6 em setembro. Em relação a compras de insumos e matérias-primas, o indicador caiu de 59,7 pontos em agosto para 55,5 pontos em setembro. Quanto ao número de empregos, o índice caiu de 60,1 em agosto para 55,9 pontos em setembro.

Na avaliação por porte, as empresas que tiveram a menor evolução no nível de atividade em agosto foram as pequenas, registrando 48,0 pontos, enquanto as médias registraram 49,1 pontos, e as grandes, 53,1 pontos. Mesmo registrando o menor nível do mês, as pequenas foram as únicas que tiveram alta na atividade em relação ao mês anterior, quando o índice ficou em 47,0 pontos. Nessa comparação, a queda no nível atividade ocorreu tanto com as médias (51,0 pontos em julho) quanto com as grandes empresas (54,8 pontos em julho).

A Sondagem Indústria da Construção consultou 417 empresas no período de 1º a 19 de setembro de 2011.

Passados 52 anos, a busca pela fonte de uma goteira perene que incomodava deputados a caminho do plenário levou funcionários da manutenção da Câmara a quebrar parte da plataforma superior do prédio e ressuscitar o passado. Ali, em um espaço chamado de "caixão perdido" pelos engenheiros, mensagens escritas a lápis no concreto e nas estacas pelos peões que ergueram o prédio em 1959 foram descobertas. O operário José Silva Guerra tinha um desejo: "Que os homens de amanhã que aqui vierem, tenham compaixão dos nossos filhos e que a lei se cumpra".

No vão entre duas lajes de concreto que sustentam a cúpula da Câmara, em forma de um prato virado para cima, os funcionários encontraram mensagens deixadas pelos trabalhadores que vieram durante a construção de Brasília. Esperança e melancolia se misturam em um português precário. O esperançoso José Guerra completou sua mensagem com uma sentença em tradução livre do latim: "Duraleques ce de Lequis", para dizer que a lei é dura, mas é a lei (dura lex sed lex, no original em latim).

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Uma busca nos arquivos da Câmara leva ao nome de José Silva Guerra em meio a uma lista com dezenas de operários que trabalharam na construção do prédio. É uma relação dos salários pagos pela "Empreza Brasileira de Engenharia S.A." em março de 1959. Naquele mês, Guerra trabalhou 208 horas normais e fez 98 horas extras no mês. Contando sete dias de serviço na semana, dá uma média em torno de dez horas por dia.

Pela carga horária, o salário dele de Cr$ 4.000,00 foi incrementado. Ele recebeu Cr$ 13.314,40, em torno de dois salários mínimos, considerando dados do Dieese que registram o mínimo de Cr$ 5.900,00 na época.

"O que ganhávamos era pouco, mas dava para viver bem e guardar um dinheirinho", recordou Claudionor Pedro dos Santos, de 72 anos, que trabalhava como apontador na obra do Congresso. "Trabalhávamos dia e noite. Não tinha domingo nem feriado. O pessoal não reclamava. Existia muita solidariedade", disse, ontem, ao retornar à Câmara para ver as mensagens deixadas em 1959.

Nem todas as assinaturas das frases estão legíveis. "Si todos os brazileiros focem diginos de honra e honestidade, teríamos um Brazil bem melhor!", afirmou um dos operários na parede de concreto. "Só temos uma esperança nos brazileiros de amanhã", sugerindo que haveria uma pontuação depois da palavra esperança. Escondido entre lajes, estava também o sentimento de Nelson: "Amor palavra sublime que domina qualquer se humano". Goiânia, escrita ao lado da data, 22-4-59, sugere a cidade de origem do trabalhador. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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