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O Zoológico em Porto de Galinhas, que foi fechado pelo Ibama sob acusação de maus-tratos, no último domingo (28), através de sua página nas redes sociais, divulgou um vídeo da atuação da agência no local. A publicação feita pela direção do Pet Silvestre, foi comentada por centenas de seguidores, que apontam agressão da parte dos funcionários do órgão federal contra os animais. 

No vídeo é possível observar o momento em que um dos funcionários do Ibama bate na cabeça de uma espécie de serpente, para tentar impedi-la de fugir de um caixa de transporte. A cena revoltou internautas, que através de seus comentários, denunciaram a ação. 

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 "6/7 pessoas pra conter duas serpentes de porte médio e abrir uma caixa, 2 deles tavam sofrendo até pra abrir uma caixa imagina saber contenção de animais sem machucar, imagino a coluna desse animal com essa torção inversa que eles fizeram o animal fazer, tadinhos", escreveu um seguidor da página.

"Tem algo por trás disso, e com certeza não é pelo bem dos animais, é muito despreparo desses agentes, parece que a sede por destruir o local é maior do que o bem estar dos animais", comentou outra usuária do Instagram. As pessoas também contestam a maneira como os animais estão sendo levados em um carro sem ventilação e em caixas inadequadas para o transporte de animais silvestres. 

Alguns perfis também marcaram a página do Ibama nos comentários, e o perfil oficial do presidente do instituto e deputado federal, Rodrigo Agostinho (PSB-SP), cobrando um posicionamento do parlamentar diante da situação.

Em meio a um clima de muita expectativa teve início hoje (10), pela manhã, audiência pública com foco na Recuperação da Orla Marítima de Jaboatão dos Guararapes, Recife, Olinda e Paulista.

O evento, convocado pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) através da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) ocorre no Auditório Tabocas, do Centro de Convenções. Com capacidade para 800 pessoas, o público presente praticamente lotou o espaço.

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O programa, de iniciativa do Governo do Estado – por meio do Semas - , integra a política pública de controle dos efeitos causados pelas mudanças climáticas. Conforme Helvio Polito, Secretário Executivo de Meio Ambiente, o objetivo do projeto não consiste apenas na contenção do processo erosivo e sim na recuperação das áreas de praia perdidas nos últimos anos com o avanço do mar.

A operação de engorda de 19 praias do Grande Recife, será feita através da areia proveniente de uma jazida, que segundo Helvio, foi encontrada por estudos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) na costa do Cabo de Santo Agostinho. A recuperação das faixas de areia abrangerá uma extensão de 48 quilômetros do litoral da Região Metropolitana do Recife (RMR), cerca de 25% do litoral pernambucano.

De acordo com o Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado, Sérgio Xavier, a grande diferença desse novo projeto é o trabalho através da visão integrada de uma solução que não é pontual. As obras de contenções que eram feitas no passado através da instalação de espigões e construção de muros, será executada com a reposição de areia.

A estimativa da secretaria é que dentro de três meses as obras sejam iniciadas nas praias localizadas no município de Jaboatão dos Guararapes. Segundo Sério Xavier, as construções irregulares no entorno dessas orlas deverão sair para que seja executado o processo de recuperação das faixas de areias. “Nós vamos, juntos com as prefeituras, discutir com todas essas pessoas diretamente ligadas a essa situação para definirmos a melhor saída para todos”, afirmou.

O investimento total da obra gira em torno de R$ 300 milhões, mas ainda não foi definido devido ao processo executivo que não foi feito. Somente após o licenciamento ambiental do empreendimento o custo detalhado será divulgado.

População – Diversos integrantes de associações e organizações não governamentais (ONG’s), direta ou indiretamente ligadas ao meio ambiente, participam da audiência pública. Líderes da Associação dos Pescadores do Município de Paulista fizeram questão de estar presente para questionar ao Governo os impactos econômicos que serão sofridos por eles no decorrer das obras.

De acordo com a pescadora Luciana Santos, 36 anos, a categoria será bastante prejudicada com o projeto. Segundo ela, o assunto já foi debatido por diversas vezes em oficinas realizadas pela CPRH, mas até agora o grupo não obteve um retorno satisfatório. “Nós não somos contra o projeto, desde que ela não venha contra nós”, declarou.

Sobre os questionamentos, o Secretário Helvio Polito concordou que a pesca poderá sofrer alguns prejuízos durante o período de obras, mas conforme ele a audiência irá debater sobre possíveis processos que possam garantir renda extra aos pescadores. A proposta também inclui a criação de comitês nos municípios para discutir com todos os comerciantes que dependem da orla.

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