Tópicos | Direitos Fundamentais

O Parlamento Europeu pediu, nesta quinta-feira (7), que o direito ao aborto seja incluído na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia (UE), depois de uma polêmica sentença da Suprema Corte dos Estados Unidos estabelecendo que não é um direito constitucional aplicável em todo país.

Por 324 votos a favor, 155 contra e 38 abstenções, os eurodeputados decidiram solicitar ao Conselho Europeu (que representa os Estados do bloco) que inclua esta noção na carta dos direitos fundamentais, afirmando que "toda a pessoa tem direito a se beneficiar de um aborto seguro e legal".

Adotada em 2000, esta carta, juridicamente vinculativa, tem o mesmo valor que os tratados.

Incluir o aborto entre os direitos fundamentais precisa, no entanto, da unanimidade dos países-membros, de acordo com os tratados atuais da UE, uma vez que o assunto divide os 27.

Por esta razão, os eurodeputados também solicitaram ao Conselho "que se reúna para discutir uma convenção, permitindo revisar os tratados", a fim de levar a questão da unanimidade à mesa.

O pedido foi acompanhado de uma condenação do Parlamento Europeu ao "retrocesso dos direitos das mulheres (...), dos direitos sexuais e reprodutivos nos Estados Unidos e em alguns Estados-membros" do bloco.

Em 24 de junho, a Suprema Corte dos Estados Unidos encerrou a garantia legal federal do aborto em todo país. Agora, cabe a cada um dos 50 estados americanos decidir sobre o assunto.

"Os países da UE devem garantir o acesso a serviços de aborto seguro, legal e gratuito, a serviços de assistência pré-natal e materna, a planejamento familiar voluntário, a contracepção, a serviços para jovens", afirmaram os legisladores europeus na resolução.

Eles também pediram apoio para "prevenção, tratamento e apoio às pessoas portadoras de HIV, sem discriminação".

Muito antes do escândalo planetário sobre a decisão da mais alta corte dos Estados Unidos, o presidente francês, Emmanuel Macron, havia sugerido em janeiro deste ano a inclusão do direito ao aborto na Carta dos Direitos Fundamentais da UE.

Na quarta-feira, a comissária europeia para a igualdade, Helena Dalli, disse no Parlamento que "os direitos das mulheres são um bem e uma característica essencial das democracias".

Por isso, acrescentou, "voltar atrás não é uma opção para um continente que aspira a ganhar o futuro".

Por sua vez, Stéphane Sejourné, líder do bloco centrista, pediu que se dê "às mulheres da Europa a garantia de que nenhum juiz poderá extirpar, e para que lembremos aos reacionários o que eles realmente são: uma relíquia do passado sem futuro na UE".

[@#galeria#@]

Baseado nos fundamentos da pena a partir da Teoria Geral dos Direitos Fundamentais, Antônio Graim Neto, que integra o corpo docente do curso de Direito da Universidade da Amazônia
(Unama), lançou na noite de segunda-feira (24) seu primeiro livro: "Punir é um Direito Fundamental?". O evento foi realizado no auditório da OAB/PA e contou com a participação de acadêmicos e profissionais da área.

##RECOMENDA##

Em entrevista ao LeiaJá, Antônio Graim Neto destacou quais questões o livro aborda. "O livro é uma pesquisa que trabalha com duas premissas: Teoria Geral dos Direitos Fundamentais e Teoria Geral da Pena. Então, elas vão se confrontar em um momento para verificar aonde que elas são compatíveis e quando não são. As penas estão na nossa constituição e fazem parte da nossa realidade", informou.   

De acordo com o professor, a obra é fruto de sua dissertação feita no programa de mestrado em Direitos Fundamentais na Unama. "Esta obra é a minha dissertação de mestrado e eu só cheguei nela a partir de inquietações e perguntas que os alunos me trouxeram, até que um dia houve essa pergunta, se punir é um direito fundamental", contou.

Para Héber Lavor, que é contador e estudante de Direito, o livro vai contribuir para vida acadêmica dos estudantes e para quem tem interesse no assunto. "Sou inicialmente um estudante de Direito e acredito que o livro trata de um assunto muito importante para nossa área. Agora que estou fazendo a disciplina de direito penal, penso que o livro vai trazer um embasamento maior principalmente pela experiência do professor e que vai certamente contribuir para o meu aprendizado", disse. 

Alicerce - Segundo a estudante Milena Farias, direitos fundamentais são o alicerce de todo o ensinamento jurídico. "Eu acredito que se trata de um assunto bem atual, a partir de que paramos para analisar o caos que é o sistema penal brasileiro. Cada vez mais vemos a necessidade de remodelar esse nosso sistema e tenho certeza que o livro vai me trazer muitas informações sobre como um advogado precisa se posicionar diante dos direitos fundamentais, porque nós somos os agentes que podem ajudar os cidadãos a garantirem seus direitos", afirmou.   

A Faculdade Damas promove, nos próximos dias 30 de agosto e 1° de setembro, a 4ª edição do Congresso Internacional de História do Direito. O evento será realizado na própria instituição no Recife, e reúne conferencistas de quatro países com a proposta de analisar o argumento histórico na aplicação do Direito. A programação completa está disponível AQUI.

Com o tema principal denominado “A historicidade dos Direitos Fundamentais”, o evento vai contar com palestrantes, como a professora da Universidade de Salamanca, Maria Esther Quintero; o professor da Universidade de Coimbra, Rui da Cunha Martins; o professor da Universidade Católica Argentina, Cláudio Santagati e o professor da Universidade Federal de Pernambuco e da Faculdade Damas, George Browne.

##RECOMENDA##

As inscrições serão feitas na secretaria da instituição, situada na Avenida Rui Barbosa, 1426, Graças. Estudantes pagam R$ 80 e profissionais, R$ 120.

Serviço
4º Congresso Internacional de História do Direito
30 de agosto à 1º de setembro
Inscrições abertas na Faculdade Damas
Investimento: R$ 80 estudante | R$ 120 profissional
Informações: 81 3426 5026

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando