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O senador, Eduardo Suplicy (PT-SP), pediu nesta quarta-feira (24) que a bancada do PT no Senado reflita sobre o apoio ao projeto que inibe a criação de partidos. Os 12 senadores da legenda foram obrigados nesta terça-feira (23) a fechar questão favorável ao projeto após o presidente nacional da sigla, deputado estadual Rui Falcão (SP), ter desembarcado em Brasília e tê-los enquadrado.

Na segunda-feira (22), o vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), havia dito, em discurso da tribuna, que apresentaria uma emenda ao projeto para que entrasse em vigor somente após a eleição de 2014. O líder do PT na Casa, Wellington Dias (PI), também se posicionou contrariamente à validade da proposta que barra a transferência do tempo de televisão e dos recursos do fundo partidário aos novas agremiações para a disputa eleitoral de 2014.

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Suplicy disse que, na Câmara, um deputado do PT lhe disse que não houve fechamento de questão favorável à proposta. O senador do PT de São Paulo disse que, ainda assim, na votação, deputados contrários à mudança preferiram sair do plenário e "dois ou três" apoiaram o projeto à revelia. Suplicy fez um apelo para que a leitura do requerimento de urgência ao projeto apresentado pelo líder do PTB no Senado, Gim Argello (DF), fosse realizada apenas na próxima semana.

Se aprovado, o pedido de urgência abrevia a tramitação da proposta, cuja votação na Câmara foi concluída nesta terça-feira. O texto poderia ser votado diretamente pelo plenário do Senado, sem a necessidade de passar pelas comissões temáticas. Nesta quarta-feira, contudo, o segundo-vice-presidente do Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), fez a leitura do requerimento de urgência. O pedido será votado após a conclusão da ordem do dia, a pauta de votações prevista para esta quarta-feira. Com maioria, a urgência deve ser aprovada.

É possível ainda que o próprio projeto seja apreciado nesta quarta-feira. Contudo, o mais provável é que a matéria seja analisada no mérito apenas na próxima semana. A proposta é tida como uma tentativa de prejudicar a candidatura de prováveis adversários da presidente Dilma Rousseff nas eleições de 2014. A ex-senadora Marina Silva (AC), que tenta tornar viável o Rede Sustentabilidade, não teria direito aos benefícios dos partidos. Sem tempo de TV e acesso à maior fatia do fundo partidário, dinheiro público para manter legendas, a candidatura praticamente se inviabilizaria.

As restrições às siglas prejudicam ainda o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, que articula apoio com o recém-criado Mobilização Democrática (MD), fruto da fusão do PMN com o PPS. Esses novos partidos não terão direito a dispor do tempo de TV e do fundo partidário dos parlamentares que participem de suas respectivas fundações ou que migrem para essas legendas.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou hoje que não tem motivos para retirar sua pré-candidatura à prefeitura de São Paulo e que não acredita num possível apelo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que desista de concorrer nas prévias internas do PT, a exemplo do que teria feito com a senadora Marta Suplicy (PT-SP). Suplicy disse não saber se Marta, sua ex-mulher, com quem conversou no domingo, atendeu ao pedido de Lula, transmitido pela presidente Dilma Rousseff.

O senador disse que tem rezado pela recuperação da saúde de Lula, mas que a enfermidade do ex-presidente não deve refletir no compromisso com os filiados que apoiam seu nome para a prefeitura de São Paulo. "Tenho o maior carinho e respeito pelo Lula. Ainda hoje fiz um pronunciamento dizendo das minhas orações, acendi vela para ele no altar de Nossa Senhora Aparecida, na igreja de São José, no domingo, onde fui à missa", afirmou.

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A favor de sua candidatura à sucessão do prefeito Gilberto Kassab, ele lembrou que, nos 31 anos e 8 meses de existência do PT, foi no partido quem obteve maior quantidade de votos, na capital e no Estado. "Disputando com um grande número de candidatos, tive 51,37% em 2006, na minha última eleição, no município de São Paulo, e de 48% no Estado", lembrou. "Tenho confiança de que, se for candidato, terei um apoio muito significativo".

Suplicy disse que o ex-presidente Lula conversou com três outros pré-candidatos defendendo o nome de seu favorito, o ministro da Educação, Fernando Haddad, mas que não fez o mesmo com ele, por conhecer sua decisão de antemão. Como exemplo, citou o que ocorreu no ano 2000, quando anunciou que era candidato e que, em vez de repreendê-lo, Lula o aconselhou a seguir adiante, em respeito a "tudo o que ele fez na vida e pelos méritos que tem".

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