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Os Estados Unidos manterão suas políticas rígidas para interromper o fluxo de migrantes sem documentos, independentemente da chegada do democrata Joe Biden à presidência, alertou a embaixada americana no México nesta segunda-feira (11).

“As políticas de imigração implementadas nos últimos anos ainda estão em vigor”, disse em mensagem Edgar Ramírez, funcionário do Departamento de Segurança Interna da embaixada dos Estados Unidos no México.

Essas políticas incluem "restrições de passagem de fronteira, expulsões imediatas devido à Covid-19 e protocolos de proteção ao migrante", acrescentou.

Ramírez acrescentou que seu governo está ciente de que existem “rumores” de que “as políticas de imigração (dos Estados Unidos) vão mudar em breve” e garantiu que “não há como isso acontecer tão cedo”.

Os Protocolos de Proteção ao Migrante dos Estados Unidos estabelecem que os requerentes de asilo que chegam através de sua fronteira sul devem esperar em território mexicano pela resolução de seus casos, acrescentou a mensagem.

Cerca de 400 cubanos que aguardam o processo de asilo no México bloquearam por cerca de 8 horas entre 29 e 30 de dezembro uma ponte fronteiriça de Ciudad Juárez, exigindo que dessem seguimento aos pedidos nos Estados Unidos.

Cruzar ilegalmente a fronteira entre o México e os Estados Unidos de mais de 3.000 km representa "uma jornada mortal", continuou o diplomata.

Só em 2020, a Patrulha de Fronteira "recuperou mais de 250 corpos ao longo da fronteira" e, em 2021, duas pessoas já morreram "quando contrabandistas (de migrantes) abandonaram dezenas de migrantes em uma tempestade de neve no Texas", advertiu Ramírez.

Os migrantes que estão em cidades mexicanas na fronteira com os Estados Unidos comemoraram a vitória de Biden no dia 7 de novembro com a ilusão de que o democrata moderará as políticas de imigração.

Biden e o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, dialogaram por telefone em 19 de dezembro. O presidente eleito destacou a necessidade de promover o desenvolvimento do sul do México e da América Central como forma de evitar a migração, segundo o presidente mexicano.

Vários foguetes explodiram, neste domingo, perto da embaixada dos Estados Unidos em Bagdá, um ataque que ocorre pouco antes do primeiro aniversário do assassinato do general iraniano Qassem Soleimani por Washington na capital iraquiana.

Pelo menos cinco explosões foram ouvidas por jornalistas da AFP no leste de Bagdá.

Pouco depois, uma série de disparos rápidos e ensurdecedores foi ouvida por repórteres que viram fumaça vermelha de foguete no céu noturno, indicando que o sistema de defesa C-RAM da embaixada havia sido ativado.

De acordo com um comunicado das forças de segurança iraquianas, o ataque causou danos materiais, mas não vítimas.

Pelo menos três foguetes caíram perto da missão diplomática americana na Zona Verde, enquanto outros dois atingiram bairros residenciais, segundo uma fonte de segurança à AFP.

Um iraquiano que vive em um complexo residencial em frente à embaixada dos EUA disse à AFP que seu prédio foi atingido.

"Todo mundo está gritando e chorando. Minha esposa perdeu a cabeça por causa de todo esse barulho", contou o homem que pediu anonimato.

Um deputado afirmou que sua casa foi atingida por um fragmento de foguete.

A embaixada americana e outros locais militares e diplomáticos estrangeiros foram alvo de dezenas de ataques com foguetes e ataques a bomba desde o outono de 2019.

O ataque deste domingo é o terceiro contra instalações militares e diplomáticas dos EUA desde uma trégua assinada em outubro com facções iraquianas pró-Irã.

No primeiro ataque, em 17 de novembro, foguetes atingiram a embaixada americana e bairros de Bagdá, matando uma pessoa.

Em 10 de dezembro, dois comboios de logística para a coalizão internacional liderada por Washington foram alvos de bombas colocadas em estradas.

Esses ataques foram reivindicados por grupos que as autoridades iraquianas e os Estados Unidos descrevem como fantoches de facções iraquianas pró-Irã.

Mas o ataque de hoje foi condenado por várias facções.

"Ninguém tem o direito de usar armas fora do Estado", tuitou o líder xiita e ex-líder miliciano Moqtada Sadr.

"Bombardear a embaixada (americana) do mal neste momento é considerado inaceitável", condenou igualmente em um comunicado o Hezbollah iraquiano, que havia sido acusado de vários ataques. Ele também denunciou o uso do sistema C-RAM pela embaixada.

Este comunicado pode ser uma tentativa de acalmar as tensões, que são fortes à medida que se aproxima o primeiro aniversário do ataque americano que em 3 de janeiro de 2020 matou o poderoso general iraniano Soleimani e seu tenente iraquiano Abu Mehdi al-Mouhandis.

Autoridades iraquianas e ocidentais disseram à AFP que acreditam que o Irã está tentando manter a calma antes da saída do presidente Donald Trump no próximo mês.

Este último adotou uma política de "pressão máxima" contra o Irã, uma abordagem que também afetou os aliados de Teerã no Iraque.

Diplomatas temem um ataque militar de última hora do governo Trump aos interesses iranianos no Iraque, ou uma escalada por grupos anti-EUA em Bagdá.

A Chancelaria americana já retirou parcialmente alguns de seus funcionários por razões de segurança, segundo informaram autoridades iraquianas à AFP no início de dezembro, citando uma "pequena redução" e garantindo que os laços diplomáticos não foram rompidos.

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