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O pernambucano José de Oliveira, administrador e militante do movimento negro, disputará a presidência nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) junto aos senadores Lindbergh Farias e Gleisi Hoffmann. A eleição para ocupar o cargo ocorrerá, em junho, no Congresso Nacional da sigla. Para a série Entrevista da Semana, Oliveira declarou que o partido pode recuperar seu prestígio no atual momento que vivemos. 

Ele acredita que o PT tinha que vivenciar toda a crise, inclusive chegando ao que chamou de “perseguição política” às principais lideranças para que, agora, pudesse começar a ser criado um novo cenário. 

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“Na verdade, alguns de nós estávamos embevecidos pelo poder, se é que podemos chamar de poder porque está de verdade naqueles que tem o poder da mais valia. A gente estava no governo, mas havia uma colisão. Não era o PT que estava à frente, era uma colisão de partido e que a gente tinha responsabilidade de não se afastar da base e nós nos afastamos. Essa base realmente quer a gente de volta. Nós vamos voltar e fazer esse pacto definitivamente para gerir esse país”, garantiu em entrevista exclusiva ao LeiaJá

José de Oliveira declarou que foram durante os 13 anos de gestão da sigla, que foi feito um “trabalho bastante propositivo para a população, mas que sofreu um ataque vindo de fora para dentro”. Ele ressaltou que o PT pagou um preço por ter optado investir nos menos favorecidos. “Essa elite, que tem muito ódio, não perdoa porque ela não quer perder a mais valia. Não querendo perder, ela deu o golpe e tirou eleita uma presidente da República com 54 milhões de votos”, cravou. 

Apesar de toda a situação na política brasileira, o candidato não tem dúvida de que o país sairá da crise. “O melhor exemplo que norteia meu sentimento é o que aconteceu, no dia 28, com a greve geral . Eu sou um jovem maduro e nunca tinha visto na história deste país acontecer uma mobilização de conscientização. O exemplo da greve geral sinaliza para marcha da desobediência se a gente não restabelecer o estado democrático de direito”. 

Eleição 

O administrador contou que a regra do partido estabelece que todo filiado pode ser candidato e que ele sentiu uma necessidade de disputar a vaga para representar o segmento negro. “Que tem uma necessidade de se ver expressado dentro do partido esse tema racial, que ainda não ganhou mentes e corações dentro do PT. Não ganhando, me deram a tarefa de fazer esse debate, que eu acho bastante salutar”, explicou. 

“Você tem o recorte racial, na minha pessoa, você tem a Gleisi respondendo pelas mulheres e você tem o Lindbergh respondendo pela juventude. É um encontro temático bastante interessante e que o PT precisa colher porque as mulheres, juventude e negros não têm o espaço devido. O ciclo do PT fechou e vamos abrir outro apontando caminhos mais poupáveis”, acrescentou. 

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