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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) negou ter identificado qualquer problema na divulgação das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

No último dia 31, estudantes iniciaram uma mobilização por meio das redes sociais para cobrar do Inep uma revisão das notas do Enem. Parte dos candidatos que realizaram as provas reclamavam que as notas, divulgadas na segunda-feira (29), estariam erradas.

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A mobilização dos alunos ocorreu pelas redes sociais, como o Twitter onde a hashtag #revisaodaredacao reuniu relatos de estudantes enfrentando o suposto problema. Os estudantes pediam um posicionamento do Inep, que coordena o exame, sobre o assunto.

Em resposta, o Inep afirmou que após uma série de verificações "é possível afirmar que não há nenhum problema no sistema que processa as notas". Ainda de acordo com o Inep, "as notas de todos os participantes apresentadas pelo sistema de divulgação dos resultados do Enem 2020 são exatamente as mesmas geradas pelo consórcio ao fim do processo de correção das redações e refletem a realidade da nota final atribuída após a análise dos corretores das redações."

O Instituto destacou que, a partir de uma série de checagens, "tem sido identificada uma grande promoção de notícias falsas e adulteração de notas da redação em postagens em redes sociais e entrevistas a veículos de imprensa".

Márcio Danilo Doná, advogado de um grupo de estudantes, afirmou que irá seguir com a mesma estratégia. "Notificamos o Inep na quinta-feira para que o Instituto nos apresente os espelhos das provas. Se houver recusa ou não apresentação, tomaremos as medidas legais", garantiu Doná.

A reclamação sobre notas repete uma mobilização vista no ano passado. A divulgação dos resultados do Enem 2019, em janeiro de 2020, levantou queixas de erros, que acabou sendo reconhecido pelo órgão. Na oportunidade, o instituto apontou uma falha na gráfica como responsável pela avaliação mal conduzida para cerca de 6 mil candidatos.

O Ministério da Educação decidiu dobrar o número de corretores para as provas de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e aplicará a prova deste ano em mais 29 municípios. As mudanças, apresentadas ontem, foram decididas para dar conta do crescimento de participantes no exame. Este ano são 7,2 milhões, 24% maior do que no ano passado.

"O aumento é proporcional ao crescimento da demanda, porque houve um crescimento extraordinário. Por isso temos que aumentar a coordenação, a supervisão. Onde demos mais reforço foi na correção", disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

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No total, as provas serão aplicadas em 1.661 municípios, com novos locais em nove Estados. O número de corretores passou de 5,6 mil para 8,4 mil, principalmente porque o ministério incluiu um terceiro para o caso de as duas notas iniciais das redações terem uma discrepância maior do que 100 pontos.

Também foi criada uma comissão de nove especialistas com doutorado em avaliação textual que fizeram a matriz de correção das redações, a capacitação dos corretores e também servirão de apoio online em caso de dúvidas. A correção das redações foi a maior polêmica da última edição do Enem, quando se descobriu que textos com receitas de macarrão instantâneo e hinos de clubes de futebol haviam recebido a nota máxima.

A prova, que acontece nos dias 26 e 27 de outubro, será aplicada em 15.576 locais. Os 63,3 mil malotes que contém as provas terão lacres eletrônicos, que permitirão ao MEC ver onde e em qual horário serão abertos.

Em 2012, apenas parte dos malotes - 10 mil, em lugares mais críticos - tiveram os lacres. De acordo com Mercadante, o sistema foi aprovado e tem custo baixo. Por isso, o governo decidiu ampliar seu uso.

No segundo e último dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os "feras" aparentam tranquilidade. Faltanto pouco mais de 20 minutos para os portões fecharem - o fechamento será às 12h, no horário de Pernambuco -, muitos preferem ficar do lado de fora conversando entre si. A estudante Bruna Santana, 17, que irá fazer a prova no Bloco "A" da Faculdade Maurício de Nassau diz que "prefere adiar ao máximo a entrada no local, pois os minutos de espera lá dentro, sem fazer nada, são tensos demais".

Esse clima também é compartilhado por pais e amigos que acompanham os candidatos. A amiga de Bruna, Raissa Araújo, 14, diz que irá esperar por Bruna do lado de fora, já que não participa do concurso, até o final. "Apenas para dar apoio a ela, ficarei todo o tempo aqui, esperando ela sair", afirmou.

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