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Os professores da rede municipal de ensino do Recife estão realizando um protesto na manhã desta quarta-feira (16), na área central do Recife. A categoria está em greve desde a última segunda-feira (14), reivindicando que o prefeito Geraldo Júlio reajuste os salários de todos os professores de acordo com a lei federal do piso salarial e com a lei municipal que criou o plano de cargos e carreiras. 

Os cerca de 2 mil professores que participam do ato travaram o trânsito por alguns minutos no cruzamento da Avenida Guararapes com a Rua do Sol, junto à Ponte Duarte Coelho. A via, neste momento, já está liberada e o ato seguiu em caminhada até a sede da Prefeitura do Recife, no Cais do Apolo, que fica na região central da cidade.

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De acordo com as afirmações feitas pela a coordenadora geral do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), Marina Presbítero, ao LeiaJá, a proposta do poder executivo municipal é reajustar apenas o salário dos profissionais que têm o magistério. Todos os demais, segundo ela, não têm nenhum percentual de reajuste. 

Ela também afirmou que a categoria reivindica melhorias nas escolas para aprimorar as condições de trabalho, uma vez que, segundo Marina, muitas escolas municipais funcionam em casas adaptadas e outras que têm sede própria têm problemas de estrutura. Ela citou como exemplo de problemas o mofo, incêndios e desabamento do teto de escolas recém-construídas. 

Servidores

Além dos professores, os servidores municipais do Recife também estão em greve e têm realizado protestos em prol do reajuste de salários e melhores condições de trabalho. Também na manhã desta quarta-feira (16), o sindicato dos servidores está reunido em assembleia com o objetivo de discutir a continuidade de sua paralisação.

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De acordo com dados do Censo Escolar 2017, divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) na manhã desta quarta-feira (31), das 28,5 mil escolas com turmas de Ensino Médio no Brasil, cerca de 37,8% não possuem acesso à rede de esgoto e 0,7% não possuem energia elétrica. Do total de instituições que oferecem o ensino médio, cerca de 68,2% pertencem à rede estadual de ensino, enquanto 29% são instituições privadas. As redes federal e municipal respondem por 1,9% e 0,9%, respectivamente. 

Além disso, 10,7% não têm acesso à rede pública de abastecimento de água, sendo os Estados do Acre, Amapá e Amazonas os que possuem a menor cobertura de abastecimento de água. Sobre o tratamento de resíduos, 95% contam com o sistema de coleta regular enquanto cerca de 5% descartam o lixo em outra área, enterram, queimam ou reciclam os resíduos sólidos. 

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No que diz respeito à estrutura de tecnologia aplicada à educação, o país contava em 2017 com 79,9% das escolas de ensino médio possuem laboratório de informática, mas 20,1% não possuem acesso a internet de banda larga e 8,7% não têm acesso a nenhum tipo de conexão com a rede mundial de computadores. 

Os laboratórios de ciências estão presentes em menos da metade das escolas, estando ausente em 54,6% do total, enquanto 12% não possuem bibliotecas ou salas de leitura e 23,1% não contam com quadras esportivas cobertas ou descobertas.

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Na manhã desta segunda-feira (25), a Avenida Cruz Cabugá, uma das vias mais movimentadas da cidade do Recife, foi tomada por um protesto feito pelos estudantes da escola pública integral Ginásio Pernambucano, localizado zona central da capital pernambucana. Os alunos seguiram em direção à Gerência Regional de Educação (GRE) Recife/ Norte para reivindicar melhor estrutura da unidade, inaugurada há seis meses.

Entre as solicitações, estudantes apontavam a falta de climatização, o não funcionamento dos laboratórios, as condições das cadeiras, que estão velhas e quebradas, a ausência de professores de inglês para o terceiro ano do ensino médio, e tamanho das salas de aulas que, segundo eles, são apertadas e insuficientes para atender a quantidade de alunos. Além disso, os refeitórios também entraram em questão. Muitos deles falavam também que não estão recebendo merenda escolar.

Para o estudante que cursa o terceiro ano do ensino médio, Cleidson Costa, 17 anos, metade dos alunos do Ginásio Pernambucano é obrigada a voltar para casa porque o colégio não tem comida suficiente para todo mundo. “O colégio tem cerca de 900 a mil alunos. A diretoria da escola chegou a mandar uma nota para os nossos pais suspendendo o resto das aulas porque que não tinha estrutura para alimentar a demanda de alunos”, declarou.

O estudante ainda reclamou das promessas feitas pela Secretaria de Educação antes da inauguração e que, até agora, não foram cumpridas. “No começo foi uma maravilha. Colocaram na mídia como se fosse a melhor escola do mundo. Foi inaugurado e ainda continua essa esculhambação. São 40 alunos para cada sala e, lá dentro, é um forno. Muita gente já passou mal com o calor e alguns, chegaram até a desmaiar.  Nós só queremos estudar e isso não é pedir nenhum favor a ninguém. Estamos, apenas, reivindicando o que é nosso por direito”, disse.

A gestora da GRE, Gilvanir Pilèr, se reuniu com estudantes representantes do Grêmio Estudantil do colégio e já começou a cobrar o pedido deles. Uma outra reunião ficou marcada para esta terça-feira (26), às 14h, para definir o prazo que será dado à resolução de cada demanda.

Em nota, a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação informou que em cada sala da unidade constam dois ventiladores, mas que a licitação para instalação dos ar-condicionado já está sendo realizada. "A secretaria também informa que a merenda está sendo fornecida normalmente na unidade escolar."

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