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A Embraer informa que a Eve Air Mobility e a Azorra, parceira de longa data e empresa de leasing de aeronaves da Embraer, assinaram uma Carta de Intenções para encomendar até 200 aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL) da Eve.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa destaca que esta colaboração, em adição à parceria de investimento anunciada nesta terça-feira, confirma o compromisso conjunto da Azorra e da Eve em fornecer transporte acessível e soluções de infraestrutura para os primeiros clientes da indústria de Mobilidade Aérea Urbana (UAM).

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Segundo a Embraer, a parceria estratégica entre Eve e Azorra terá como foco a definição de uma base de operadores que planejem missões UAM regulares, ajudando a estabelecer a infraestrutura necessária para permitir voos de eVTOL em todo o mundo.

Para a empresa, o experiente time de gerenciamento da Azorra e o modelo de negócios voltado para o relacionamento fornecem a plataforma ideal para colaborar com a Eve no suporte às necessidades dos clientes e no desenvolvimento de soluções de leasing.

"A Azorra está animada com a parceria com a Eve e por fazer parte da vanguarda da revolução do eVTOL. A praticidade do projeto da Eve, em conjunto com o histórico de mais de 50 anos da Embraer no desenvolvimento de aeronaves seguras e confiáveis, posicionará a Eve para ter um bem-sucedido do lançamento do produto", afirma Ron Baur, Presidente da Azorra.

Além do pedido da Azorra para 200 aeronaves, a carta de intenções cria uma oportunidade para ambas as equipes, bem como para futuros operadores de UAM, a propor novos processos e diferentes estruturas, de forma que todo o ecossistema de Mobilidade Aérea Urbana possa complementar o portfólio agnóstico de produtos e serviços da Eve, avalia a Embraer.

"Hoje, quase metade das aeronaves comerciais são alugadas e acreditamos que as empresas de leasing também terão um papel ativo na Mobilidade Aérea Urbana, permitindo que as operadoras permaneçam com poucos ativos. A Azorra tem um histórico de ajudar os mercados a crescer e estamos entusiasmados em nos juntar a eles nesta nova fronteira da aviação", destaca André Stein, co-CEO da Eve.

Republic Airways

A Embraer também informou que a Eve Air Mobility e a Republic Airways Holdings Inc, firmaram um Memorando de Entendimento e uma Carta de Intenções para comprar até 200 aeronaves eVTOL da Eve.

O objetivo é explorar oportunidades adicionais dentro das subsidiárias da Republic, como a LIFT Academy - focada em iniciativas de desenvolvimento de força de trabalho e no futuro das viagens aéreas, informa a empresa em comunciado enviado à Comissão de Valores Molibiliários (CVM).

Segundo a empresa, o relacionamento estratégico terá como foco o desenvolvimento de uma rede de implantação em todos os mercados da Costa Central e Leste dos Estados Unidos, com foco inicial em Boston, Nova York e Washington, D.C..

"Em preparação para os primeiros voos de Mobilidade Aérea Urbana (UAM) com aeronaves de Eve, as empresas concordaram em estabelecer um grupo de trabalho que estudará os requisitos de futuros AOCs (sigla em inglês para Certificados Operacionais de Linhas Aéreas) onde as aeronaves de Eve podem ser implantadas em mercados e missões específicos. Esse mesmo grupo de trabalho também examinará a viabilidade de serviços adicionais a outros tipos de veículos aéreos urbanos, o que poderia ampliar ainda mais o acesso a novos mercados", informa.

SkyWest

A Eve Air Mobility também fechou acordo com a SkyWest Inc. As empresas firmaram um Memorando de Entendimento e uma Carta de Intenções não vinculada para a compra pela SkyWest de 100 aeronaves eVTOL). A parceria tem como foco o desenvolvimento e implantação de uma malha aérea nos mercados central e do oeste dos Estados Unidos.

A SkyWest e a Eve também se comprometeram a desenvolver um portfólio de serviços para otimizar o desempenho do eVTOL nas principais e primeiras cidades que adotarem as operações de Mobilidade Aérea Urbana. Para apoiar esse esforço, SkyWest e Eve planejam ter uma equipe dedicada no design do veículo, nas especificações do vertiporto e no roteiro de certificação para as operações do eVTOL.

A Embraer lembra que a SkyWest é parceira da Embraer desde 1986 e escolheu a Eve como parceira da Mobilidade Aérea Urbana (UAM) devido ao longo histórico da empresa em certificação de aeronaves confiáveis por mais de 50 anos. Além da carta de intenções para 100 aeronaves, as duas empresas concordaram em formar um grupo de trabalho para avaliar, em conjunto, a utilização das soluções de gerenciamento de tráfego aéreo e operação de frota de última geração da Eve, enquanto a indústria de Mobilidade Aérea Urbana se prepara para crescer na próxima década.

"Estamos satisfeitos com a parceria com a Eve ao lançar este produto revolucionário à medida que aumentamos nosso compromisso com a sustentabilidade", disse Chip Childs, Presidente e CEO da SkyWest. "Acreditamos que o eVTOL 100% elétrico da Eve contribuirá com os benefícios da emissão zero de carbono, melhor qualidade de vida urbana e maior conectividade. Por meio desta parceria, Eve, Embraer e SkyWest ajudarão a impulsionar a aviação sustentável."

A Embraer recebeu sua maior encomenda de eVTOLs (sigla em inglês para veículo elétrico de pouso e decolagem vertical, como é chamado oficialmente o "carro voador") para o mercado brasileiro. A fabricante de aviões deve entregar, a partir de 2026, até 100 unidades para a empresa de compartilhamento de aeronaves Avantto. Antes desse acordo, a Embraer havia anunciado que a Helisul (de táxi aéreo) fez um pedido inicial de 50 veículos e que a Flapper (plataforma de aviação executiva) fechou contrato para operar até 25 unidades. O valor dos negócios não foi divulgado.

Ainda longe de ter a tecnologia completamente desenvolvida e certificada pelas autoridades reguladoras, a Embraer - por meio de sua subsidiária Eve - já recebeu pedidos para entregar 735 eVTOLs em todo o mundo, além de ter criado seis parcerias para desenvolver a infraestrutura que será necessária para os "carros voadores" operarem.

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Segundo o diretor executivo da Avantto, Rogerio Andrade, os eVTOLs encomendados deverão atender a toda a América Latina, mas é esperada uma demanda maior no Rio de Janeiro e, principalmente, em São Paulo. A própria Embraer estima, de modo "conservador", que o mercado paulistano terá 500 aeronaves do modelo até 2035.

Apesar de hoje atuar na venda e na operação de aeronaves compartilhadas, a Avantto pretende trabalhar com o eVTOL como táxi aéreo. Ainda de acordo com Andrade, o preço das viagens deve diminuir conforme a empresa ganhar escala até chegar ao patamar próximo de uma corrida realizada por um Uber Black (serviço premium da Uber). Para alcançar esse nível de preço, no entanto, será preciso que o eVTOL seja autônomo, ou seja, voe sem piloto, o que deve ocorrer em uma fase mais adiante.

O presidente da Eve, Andre Stein, afirma que preços mais acessíveis ao consumidor serão possíveis porque o custo de operação do "carro voador" deverá equivaler a 10% do de um helicóptero. "O eVTOL é um veículo que reduz gasto com combustível e manutenção, além de ser autônomo no longo prazo."

A Avantto também deve participar do desenvolvimento da infraestrutura que receberá os pousos e decolagens dos "carros voadores". Um dos investidores da companhia é a Rio Bravo, gestora de recursos que também tem investimentos no setor imobiliário e que poderá ajudar na definição de prédios que servirão como terminais de embarque de passageiros.

A encomenda da Avantto coloca a Eve entra as empresas de eVTOLs com mais pedidos até agora. A companhia brasileira perde apenas para a inglesa Vertical, que já anunciou ter recebido pedidos para entregar 1.350 aeronaves. No total, os contratos da Vertical somam US$ 5,4 bilhões e foram fechados com empresas como American Airlines e Virgin Atlantic. A Vertical tem mais vantagem: promete entregar suas primeiras unidades em 2024.

A Embraer sempre foi cética em relação a prazos mais apertados por considerar que o processo de certificação não será rápido. Segundo o executivo, a companhia está adiantada em suas pesquisas quando se considera o prazo estabelecido para a entrega de suas primeiras unidades, 2026.

"Estamos avançados no desenvolvimento do software que vai na aeronave e voando em modelos de várias escalas. A expectativa é voar neste ano ainda um modelo 1:1." Essa aeronave de teste deverá ser pilotada remotamente, explica Stein.

Tecnologia. O "carro voador", aeronave que vem sendo desenvolvida por dezenas de empresas em todo o mundo, não se assemelha ao usado pelos personagens do desenho Jetsons. O veículo está mais para um helicóptero, e seu uso será compartilhado - você não terá um eVTOL próprio. Mesmo assim, a tecnologia não deixa de ser revolucionária.

Uma das principais diferenças entre o eVTOL e helicópteros ou aviões é que ele será elétrico. Sem usar combustível de aviação, o impacto ambiental e o custo para operá-lo são reduzidos. As aeronaves também estão sendo criadas para ser menos complexas que os helicópteros e, elétricas, demandarão menos manutenção, o que as torna mais baratas.

No caso dos helicópteros, a manutenção corresponde a 30% dos custos de operação. Mais acessíveis, os eVTOLS poderão ter a mesma popularidade dos aviões comerciais, dizem especialistas.

Outra vantagem de ter motor elétrico é que ele torna a aeronave é mais silenciosa. Isso fará com que um maior número de "carros voadores" possa operar em grandes centros urbanos sem gerar poluição sonora.

Os projetos preveem ainda vários sistemas redundantes nos eVTOLs. Assim, caso haja algum problema com uma peça ou um software, haverá algo semelhante para substituí-lo. Assim, especialistas afirmam que o "carro voador" deverá ser mais seguro do que os helicópteros.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Gol terá malha de aeronaves elétricas do tipo eVTOL, com previsão de início de operações em meados de 2025. A companhia aérea assinou, em conjunto com o Grupo Comporte, do acionista controlador, protocolo de intenções não-vinculante com a Avolon para aquisição e/ou arrendamento de 250 aeronaves.

"O Grupo Comporte está provendo os recursos requeridos para investimento nesse projeto, que utilizará a expertise em aviação da GOL para desenvolver a malha aérea utilizando as aeronaves VA-X4 eVTOL", conforme o comunicado, citando o modelo criado pela empresa britânica Vertical Aerospace.

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O VA-X4 pode transportar até quatro passageiros e um piloto, com alcance de 160 km (100 milhas) e velocidade máxima de 320 km/h (200 mph). "A aeronave eVTOL também produz 100 vezes menos ruído do que um helicóptero em voo de cruzeiro, e 30 vezes menos nos momentos de decolagem e pouso", diz em nota, destacando a tecnologia de ponta com parceiros e fornecedores renomados, incluindo Honeywell, Microsoft, Rolls-Royce e Solvay.

Para a parceria, será feito estudo de viabilidade, incluindo a certificação da aeronave e análise da infraestrutura necessária para operar essa aeronave com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), e outras autoridades aeronáuticas nacionais e internacionais. "A Avolon espera concluir o processo de certificação do VA-X4 no Brasil até 2024, com a Companhiainiciando voos comerciais com o eVTOL como parte de sua malha aérea em meados de 2025", conclui.

O "táxi voador" está esperando na esquina. A fabricante de motores britânica Rolls-Royce revelou nesta semana seu projeto de desenvolver um veículo elétrico híbrido que decole e aterrize verticalmente - e ele pode estar nos ares em até cinco anos.

A Rolls Royce anunciou seus planos no Salão Aeronáutico de Farnborough, perto de Londres, num contexto em que outros grupos industriais também exploram este setor promissor.

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O grupo automobilístico e aeronáutico espera fabricar, nos próximos 18 meses, um protótipo de seu "táxi voador" que poderia estar ativo no começo da década de 2020.

O EVTOL - Veículo Elétrico de Decolagem e Aterrizagem Vertical - da Rolls Royce teria capacidade para quatro ou cinco passageiros e poderia alcançar uma velocidade máxima de 322 km/h, com uma autonomia de voo de 805 km.

"Veremos voar um produto similar neste mercado em um prazo de entre três a cinco anos, e faremos uma demonstração de sistema dentro de dois anos", disse à AFP Rob Watson, encarregado da divisão elétrica da Rolls-Royce.

O veículo híbrido, no qual se investiram milhões de libras, utilizará uma turbina de gás tradicional combinada a um sistema elétrico.

A Rolls-Royce paralelamente estuda um produto 100% elétrico que não é, contudo, evoluído como o "táxi voador" híbrido.

"Há um mercado emergente de aviões totalmente elétricos, mas achamos que existe um nível de requisitos que hoje um sistema totalmente elétrico não pode prover", acrescentou Rob Watson.

- Propulsão híbrida -

"O 'todo elétrico' é o meio para se mover por uma cidade (...), mas para ir de Londres a Paris, queremos um aparelho que permita percorrer essa distância. E são os sistemas de propulsão híbrida que ocuparão esse mercado", garante Rob Watson.

A Rolls-Royce não está sozinha no mercado de "táxis voadores" híbridos. Outros grupos, como Uber, o projeto "Kitty Hawk", respaldado pela Google, o Lilium Aviation, na Alemanha, o Safran, na França, e o Honeywell, nos Estados Unidos, executam pesquisas no setor.

A virada da indústria aeroespacial para a propulsão elétrica lembra a da indústria do automóvel, na qual os carros elétricos ganham terreno em termos de popularidade e desempenho.

"Olhem a indústria automobilística. Historicamente, todo mundo tinha um motor de combustão interna. Com o tempo, foi se acrescentando capacidade elétrica e começaram a vir os carros elétricos", apontou Rob Watson.

"Da mesma forma, estamos introduzindo um sistema de propulsão híbrido neste mercado, porque ele aporta capacidade de autonomia e rendimento".

- Possível 'disrupção' -

David Stewart, especialista em aviação na consultoria Oliver Wyman, destaca que o setor aeroespacial estava pressionado quanto a respeitar mais o meio-ambiente.

"A propulsão elétrica pode ser uma possível 'disrupção' da forma como se alimentam os motores", disse à AFP. "Ainda estamos longe de que a energia elétrica substitui o querosene, mas não se pode dizer nunca que 'desta água não beberei'".

Para ele, o conceito do táxi voador da Rolls-Royce é na realidade uma plataforma de desenvolvimento para testar a nova tecnologia.

O produto comercializado será provavelmente uma versão melhorada do táxi voador, que terá entre 10 e 15 assentos, com mais possibilidades de uso, de acordo com Stewart.

"Com o tempo, teremos mais capacidade elétrica para aviões cada vez maiores, e é realmente nisso que estamos pensando hoje. Estamos aprendendo sobre a tecnologia que necessitaremos amanhã", concluiu Rob Watson.

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