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Já passa de 650 o número de ex-alunos do curso de direito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) que assinaram o manifesto pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A lista foi aberta na noite da última segunda-feira (21) e vem sendo aderida por desembargadores, procuradores, parlamentares, professores e artistas. 

"É preciso dizer não, por fim, a quem agiu criminosamente no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, causando dor e flagelo a mais de meio milhão de famílias brasileiras, e contando, mercê, exatamente, de ignorar a ciência e os organismos internacionais de saúde, além do desprezo às vacinas, cuja aquisição, em tempo certo, poderia ter salvado centenas de milhares de vidas", diz o documento.

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Dentre os nomes que assinam o posicionamento estão os do cantor Alceu Valença, dos deputados Marília Arraes (PT) e Tadeu Alencar (PSB), e de Ernani Varjal Medicis Pinto, procurador-geral do Estado de Pernambuco. Os articuladores da iniciativa devem lançar uma versão digital do abaixo assinado, na tentativa de ampliar a quantidade de assinaturas.

"Queremos um país melhor, queremos sonhar, queremos que novas gerações tenham esse direito. Precisamos reavivar no coração dos brasileiros a esperança, e ela está na prevalência da Constituição e da democracia, soberanamente consagradas em 1988 pelo povo e pelo poder constituinte. É preciso dizer não a Jair Messias Bolsonaro. É preciso dizer sim ao seu impeachment", conclui o manifesto.

Leia na íntegra: 

"Manifesto de Ex-alunos da Faculdade de Direito do Recife/UFPE pelo Impeachment do Presidente da República.

Assim como Joaquim Nabuco, ex-aluno da Faculdade de Direito do Recife, que não fechou os olhos diante da tragédia humana que fora a escravidão, nós, egressos da Faculdade de Direito do Recife, temos a obrigação de nos posicionar diante do estado atual de coisas que vive o nosso país.

Entendemos que o silêncio não é uma opção. Não é possível assistirmos inertes a um processo de rápida e manifesta degradação das instituições, dos direitos fundamentais e do regime democrático, conquistados, como todos sabemos, a partir da destemida luta civilizatória de muitas gerações, a qual resultou na Constituição brasileira de 1988, a Constituição-Cidadã, como definiu Ulysses Guimarães, cujo grito ainda ecoa: temos “ódio e nojo” a regimes autoritários.

É preciso, neste sentido, dizer não a quem lança dúvidas e desfere ataques, reiteradas vezes, sob a luz do dia e em praça pública, a nossas instituições democráticas e republicanas, naquilo que têm de mais central, como a confiança em eleições diretas, livres e periódicas, a promoção à forma federativa de Estado em regime de cooperação, bem como do respeito às recíprocas contenções exercidas pelos Poderes da República.

É preciso dizer não, ainda, a quem agride os direitos individuais, sociais, culturais, a preservação do meio ambiente equilibrado para as presentes e futuras gerações, e não respeita as diferenças que dão concretude à dignidade da pessoa humana.

É preciso dizer não a quem corrói e subverte as liberdades de expressão, de informação, de imprensa, de cátedra e o pluralismo político, quer seja com sistemática fabricação de notícias falsas, quer seja no uso do aparato estatal para perseguir e intimidar jornalistas, professores, opositores e cientistas.

É preciso dizer não a quem negou e continua a negar a importância da ciência, do sistema público e universal de saúde, e da interlocução pacífica com a comunidade internacional na busca da cooperação entre os povos para o progresso da humanidade.

É preciso dizer não, por fim, a quem agiu criminosamente no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, causando dor e flagelo a mais de meio milhão de famílias brasileiras, e contando, mercê, exatamente, de ignorar a ciência e os organismos internacionais de saúde, além do desprezo às vacinas, cuja aquisição, em tempo certo, poderia ter salvado centenas de milhares de vidas.

Queremos um país melhor, queremos sonhar, queremos que novas gerações tenham esse direito. Precisamos reavivar no coração dos brasileiros a esperança, e ela está na prevalência da Constituição e da democracia, soberanamente consagradas em 1988 pelo povo e pelo poder constituinte. É preciso dizer não a Jair Messias Bolsonaro. É preciso dizer sim ao seu impeachment".

A Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, no interior paulista, será reaberta nesta segunda-feira (18) apenas para professores e funcionários. O funcionamento está suspenso desde a última quarta-feira (13), quando dois ex-alunos, de 17 e 25 anos, entraram na escola encapuzados e armados, promovendo um ataque que resultou na morte de oito pessoas. Os atiradores também morreram na ação.

Nesta segunda-feira, será traçado um planejamento com atividades de acolhimento e preparação psicológica para os alunos, que retornarão na terça-feira (19). Ainda não há data para o reinício das aulas.

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De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, o planejamento dessas atividades contará com o apoio de profissionais do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), dos centros de Atenção Psicossocial (Capes) da prefeitura de Suzano, além de outras secretarias do governo do estado.

A proposta para o acolhimento é desenvolver atividades livres, como oficinas, terapias em grupos, rodas de conversa, depoimentos, compartilhamento de boas práticas, entre outras.

Segundo o governo estadual, uma rede de apoio, formada por instituições públicas e privadas, atuou no fim de semana, prestando atendimento psicológico e especializado na Diretoria Regional de Ensino de Suzano e no Capes do município, além de visitas domiciliares às famílias das vítimas.

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Amigos há mais de 50 anos, os alunos das décadas de 60 e 70 do colégio Paes de Carvalho não deixaram que o tempo apagasse a chama da amizade e participaram do segundo reencontro deste ano, em um restaurante, no centro de Belém. O reencontro reuniu amigos que moram fora do Estado e vieram à capital paraense para participar do Círio 2018.

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“O que estou sentindo não era imaginável. Estou em Belém para passar o Círio com minha família e de repente me chegou o conhecimento de que havia essa reunião, esse encontro de confraternização, e aceitei de imediato vir aqui. Encontrar essas pessoas, de uma fase em que vivi intensamente, no Paes de Carvalho, está sendo uma coisa extraordinária, emocionante”, disse Tupinambás Lima, engenheiro agrônomo aposentado, que mora no Acre.

Durante o tempo de escola, surgiram muitos amores como o de Ana Lúcia Andrade e Raul Andrade, que moram em São Paulo e também participaram do Círio. O casal aproveitou para se reunir com os amigos que não viam havia anos.

Ana Lúcia e Raul se conheceram no Paes de Carvalho, se casaram, tiveram três filhos e hoje são avós de quatro netos. “Fiz admissão no Paes de Carvalho em 1961, e em 1965 estávamos no primeiro ano cientifico e fomos à festa de 15 anos de uma amiga, lá eu conheci o Raul. Em 26 de junho de 1965 ele me pediu em namoro, nos jogos do Paes de Carvalho, e começamos a namorar”, disse Ana Lúcia, dentista.

Logo depois do início do namoro, o casal saiu do Paes de Carvalho para cursar o nível superior. Um amor que começou na escola completa seus mais de 50 anos. “Saímos do Paes de Carvalho em 1967, em 1968 eu entrei na faculdade de Odontologia, ele na de Medicina. Antes dele se formar nos casamos. Quando ele se formou eu já tinha dois filhos. Foi quando ele foi para São Paulo fazer residência e não aguentou ficar sozinho e me chamou e estamos lá até hoje. Para mim o meu colégio foi a melhor coisa”, detalhou Ana Lúcia.

Raul Andrade, médico, conta que a sua formação moral, escolar e sua base foram construídas no Paes de Carvalho, além da alegria do seu casamento. “Foi no Paes de Carvalho que eu conheci a Ana Lúcia, e hoje ela não é mais minha esposa, é minha cúmplice. O nosso namoro começou na classe, na sala de aula do Paes de Carvalho. É vida muito prazerosa que nós temos, junto dos nossos filhos e das nossas netas”, disse o médico.

Entre os ex-alunos estava Clara Koury, artista visual multimídia, que mora no Rio Grande do Sul, desde 1963, e retornou a Belém para viver o Círio e rever os amigos de escola. “A Fátima e a Dirce nos falaram desse encontro e eu achei muito bom. Estudei no Paes de Carvalho de 1963 a 1965 e a gente tem toda essa memória afetiva, dos amigos, e está sendo emocionante”, disse Clara.

Para a professora Dyrce Wagner, o segundo reencontro foi motivo de motivo de muita alegria por reunir ex-alunos do segundo colégio mais tradicional do país. “O grupo que se comunica pelo Whatsapp tem mais de 100 participantes revivendo aqueles tempos do Paes de Carvalho e a gente fica contente quando chega aqui”, disse a professora.

O professor Manoel Moutinho, que dava aula de matemática para os ex-alunos, afirmou que mesmo após fazer mestrado, no Rio de Janeiro, não conseguiu ficar longe da escola e voltou a dar aula no Paes de Carvalho assim que retornou para Belém. “Cheguei aqui, em 1968, como primeiro mestre em matemática do Estado do Pará e voltei para o Paes de Carvalho. Quando acabei o mestrado o meu professor me disse, vá fazer o doutoramento em Chicago. Eu disse para ele: já tenho os meus empregos no Pará, vou voltar e inspecionar alunos que podem vir para cá e continuar com o doutoramento. E eu voltei”, disse o ex-professor do Paes de Carvalho.

Camilo Delduque, engenheiro e ex-aluno do Paes de Carvalho, disse que a ideia do segundo reencontro se deu em função da alegria do primeiro. “É sempre bom a gente reencontrar. Por exemplo, hoje vieram pessoas que não vieram no primeiro encontro”, afirma o engenheiro.

Por Rosiane Rodrigues.

 

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Podemos dizer que amigos são fundamentais na vida das pessoas? Já parou para se perguntar o real sentido da amizade? O que a constitui? Em que universo ela se torna sólida – se de fato é? Perguntas e mais perguntas, respostas difíceis. Mas algo é certo: existe um grupo de amigos, em Belém, que mostrou o valor da amizade.

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Amigos desde os anos 60 e distanciados por conta do tempo, os ex-estudantes da escola Paes de Carvalho, fundada em 1841, aprenderam que na escola se formam amizades para a vida toda. É certo que cada um tem suas rotinas, vida e caminhos diferentes, mas em nome da amizade o grupo resolver celebrar os 50 anos da turma em um almoço de confraternizaão.

Esse reencontro ocorreu em Belém, capital paraense, e reuniu 100 ex-alunos da escola. A emoção, que batia forte no coração, era compartilhada com quem estava no almoço. Os risos, misturados com olhos marejados, mostram o quanto a amizade é importante para o grupo.

Antônio Ubiraci estava no Texas, Estados Unidos, e viajou a Belém para participar do encontro entre amigos. “Não tenho palavras para descrever o que estou sentindo porque reencontrei essas pessoas, depois desse tempo todo, com quem convivi numa época muito boa em um dos melhores colégios em que já estudei”, diz Ubiraci, que percorreu 6.553 quilômetros para viver essa emoção. “Estava no Texas quando soube desse encontro. Então apressei a volta para reencontrar essa turma toda. É muito bom estar participando desse momento.”

Muitos foram os ingredientes que propiciaram esse momento. Entre eles, a união de alguns amigos para receber Carlos Galvão, que é médico em São Paulo e está em Belém para lançar seu novo livro. Dessa “pequena união”, surgiu o almoço das recordações. “Estamos há 50 anos longe do colégio. Sempre reunimos pequeno grupo. Com a chegada de um de nossos colegas, Carlos Galvão, resolvemos fazer uma reunião e essa reuniãozinha cresceu. Um foi trazendo o outro e nós estamos com mais de 100 pessoas que aderiram à ideia. Veio gente exclusivamente para esse reencontro. Gente que estava em São Paulo, Parauapebas e Texas. Também contamos com o apoio dos nossos mestres fantásticos que têm espirito jovem e que continuam junto com a gente, como a professora Dirce. Estamos satisfeitíssimos e esperamos que os que não vieram participem na próxima reunião, que será mensal. A emoção é indescritível. Estou com todo mundo que não revia há 50 anos, imagina? Não dá para descrever”, detalha emocionado o advogado Dalton Lavor.

Antigos professores também estavam presentes e ficaram emocionados ao rever os ex-alunos. “Fui professor do Paes de Carvalho em 1960 e diretor da escola de 1971 a 1979. É uma emoção muito grande encontrar meus ex-alunos, que reconhecem tudo o que fizemos por eles”, disse o professor Manoel Viegas.

Orlando Ruffeil, contador, disse que a reunião dos amigos ocorre com frequência no Bira’s Bar, na travessa 14 de Março, centro de Belém, onde o círculo começou com cinco pessoas e rapidamente cresceu para mais de 20. “Decidimos nos reunir em um lugar amplo onde poderíamos colocar o papo em dia. Criamos um grupo no whatsapp e adicionamos os ex-alunos para trocar ideias e organizar esse reencontro o mais rápido possível, e aqui estamos”, afirmou Ruffeil.

Tudo o que viveram nos tempos de escola significou muito na vida de cada um dos ex-alunos. “O Paes de Carvalho representou muito, foi a semente, foi onde começou tudo. Ali foi nosso alicerce. Ali foi onde surgiram o coleguismo, as amizades e muitos amores. Muitos casais que estão aqui se conheceram no Paes de Carvalho, se casaram, estão felizes e os próprios herdeiros estão dando prosseguimento, estudando na mesma escola”, disse o contador.

O engenheiro Camilo Delduque, um dos organizadores do reencontro, recordou seu trajeto para chegar à escola. “A maioria dos alunos morava próximo à escola. Eu morava no bairro da Marambaia. Para ir à escola eu pegava um ônibus de madeira (caminhão que tinha a carroceira substituída por uma caixa de madeira) e depois da aula eu voltava rápido para casa para bombar água. Passei a rever os amigos e conhecer outros ex-alunos depois que comecei a trabalhar, quando passei a fazer obras para gente importante, como para o Romulo Maiorana, em Salinas”, disse o arquiteto.

Nos anos de 1960/70, além das aulas, os alunos também conheceram amores, desenvolveram exercício de liderança, e experiências que carregam até hoje. “É muito bom rever esse pessoal. Pessoas que foram para os mais variados setores. Políticos, artistas, intelectuais e professores. É muito legal viver isso”, afirmou o engenheiro Ivaldo Ohana.

“Quando eu cheguei, levantaram e foi aquela correria ao meu encontro. No tempo de escola essa turma tinha 15/16 anos”, disse a ex-professora do grande grupo de amigos Dyrce Wagner, com os olhos lagrimando de emoção.

 Entre os membros do grande grupo de amigos estava Walbert Monteiro, advogado e jornalista, que participava do grêmio do colégio, o Centro Cívico Honorato Filgueiras (CCHF). “Achei a ideia do reencontro extraordinária. A gente pode se encontrar 50/60 anos depois. Mantinha o contato com alguns, mas assim, com esse agrupamento, não. Acredito que a partir de hoje vamos ter esse congraçamento”, disse Walbert.

Carlos Raimundo, professor, estava feliz em rever seus ex-alunos e mais emocionado ainda em ver que após 40 todos guardavam lembranças do professor. “É um engrandecimento, para mim, ver aqueles garotos com quem labutei sendo, praticamente, os dirigentes das letras, das artes, da economia, da política no Estado. Pessoas que nem imaginamos para essa ascensão”, disse.

O professor disse ter saudades daqueles tempos. “Eu não sei se os professores também mudaram, eu só sei que os alunos daquela época deixavam saudades na gente. Naquela época a gente entrava na sala e eles se levantavam. Fazíamos a chamada e eles sentados, respeitosamente. Trajados a caráter, com seus trabalhos de aula preparados, estudiosos, correspondiam ao que o professor esperava deles e o professor também correspondia ao que eles esperavam”, concluiu Raimundo.

Por Rosiane Rodrigues.

Fotos: Thalía Araújo e Fernanda Cavalcante.

 

A Coordenação de Acompanhamento e Monitoramento de Egressos da Universidade Federal Rural de Pernambuco (Came/UFRPE) se reuniu com representantes da área de educação do Sebrae PE, para firmar parceria com o objetivo de viabilizar educação continuada  para os ex-alunos da UFRPE.

Juntamente com o Sebrae, a instituição de ensino estudará novas oportunidades para, então, divulgá-las.









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Todos os meses, a cobrança de R$ 150 já está programada para ser debitada da conta corrente do economista Pedro Albuquerque, de 27 anos. O crédito vai direto para o Insper, a instituição de ensino onde ele se formou, em 2009. Mas não se trata de pagamento de mensalidade atrasada nem de ressarcimento de bolsa de estudo. É uma doação voluntária. Simples assim.

"Comecei contribuindo com R$ 50. E, na medida em que o meu salário cresce, aumento a minha participação", conta ele, que atualmente trabalha em Curitiba numa empresa da área de infraestrutura. Assim como Pedro, outros 115 ex-alunos doam para o Fundo de Bolsas da instituição - desde que foi criado, em 2009, já foram arrecadados R$ 850 mil.

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Todo o dinheiro é utilizado para subsidiar os estudantes oriundos de escola pública e que não têm condições de arcar com as mensalidades de cerca de R$ 3 mil - atualmente, dos 1,5 mil alunos do Insper, 100 são bolsistas.

A motivação dos doadores não é simplesmente caridade. "Quando contribuo, colaboro para a perenidade da instituição e ajudo a escola a se manter no topo, com os melhores alunos que poderia ter, o que inclui, obviamente, aqueles que não teriam condições de arcar com a mensalidade", diz Franco Veludo. Ele se formou em 2007 e, em todo início de ano, doa R$ 3 mil.

A prática, bem incomum no Brasil, é corriqueira mundo afora. Em especial nos EUA, onde só Harvard arrecada US$ 30 bilhões por ano. Mas a prática se difundiu. "Na Europa, Oxford e Cambridge estão muito fortes e, na América Latina, o México tem sido muito bem-sucedido nisso", elenca Custódio Pereira, autor do livro Sustentabilidade e Captação de Recursos na Educação Superior no Brasil.

O especialista diz que, tecnicamente, há três explicações para o Brasil ter uma atuação incipiente. "Aqui, não há essa visão da filantropia para a educação, as instituições de ensino não têm pessoas especializadas no trabalho de captação e o governo não oferece incentivo fiscal." Apesar disso, ressalva, o principal motivo do insucesso brasileiro é a falta de habilidade de quem pede. "Nós não sabemos pedir".

Nesse cenário, sobressai-se quem tem bons relacionamentos e sabe valorizar o doador, afirma o pró-reitor de ensino e pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Antonio Freitas. "Muitas de nossas salas e laboratórios foram doados por ex-aluno. Para a FGV, já doaram José Ermírio de Moraes, Moreira Salles e Abílio Diniz. Mas, no Brasil, as doações são frutos de amizade. Nos EUA, não. Lá, se qualquer um doa US$ 1 mil, ganha o nome no ladrilho."

Aos que doam muito, o agradecimento é mais explícito. A Universidade Yale, por exemplo, tinha outro nome até, no século 18, ser rebatizada com o sobrenome de um judeu que doou parte de suas riquezas para a instituição. Harvard também leva o nome de um doador generoso.

Longe das discussões ideológicas do Largo São Francisco, outra unidade da própria USP já tem passado o chapéu. A Escola Politécnica, que congrega os cursos de Engenharia, criou, neste ano, o Amigos da Poli, com a meta de arrecadar R$ 10 milhões nos primeiros 12 meses de atividade.

Dentre as privadas, a FGV tem uma assessoria com funcionários dedicados exclusivamente para captação de recursos. E a Universidade Mackenzie, a pioneira da prática no Brasil, vai ressuscitar, em 2013, seu programa de patrocínio. "Será uma campanha motivadora e providenciaremos aos doadores um fluxo de informação sobre o beneficiado, imprimindo um caráter mais pessoal possível ao programa", explica Solano Portela, diretor de finanças da instituição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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