Tópicos | Ex-Dependência

O diretor dinamarquês Lars von Trier teme não fazer mais filmes no futuro. Em entrevista ao jornal Politiken, o cineasta afirmou que costumava criar seus filmes sob o efeito de drogas e álcool e agora que está sóbrio, corre o risco de não produzir mais nada.

Segundo o diretor, a sua dependência começou no filme Ondas do Destino (1996), quando costumava beber uma garrafa de vodka diariamente. A carreira de Lars von Trier é marcada por algumas polêmicas, entre elas ser declarado 'persona non grata' no Festival de Cannes em 2011 por comentários polêmicos em relação a sua 'fascinação' por Hitler. Desde a ocasião, o dinamarquês não dava entrevistas.

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Em conversa com o Politiken, o diretor afirma que participa de reuniões do grupo Alcoólicos Anônimos e está a 90 dias sem utilizar drogas. A maior procupação do diretor agora é em relação a qualidade do que pode produzir, longe do efeito delas.

"Nenhuma expressão criativa com valor artístico foi criada por ex-alcóolatras ou ex-viciados", chegou a afirmar e ainda citou nomes como artistas famosos. "Quem se importaria em ouvir Rolling Stones sóbrios ou Jimi Hendrix sem heroína?", declarou.

Cofundador do movimento cinematográfico Dogma 95, Lars afirma que criou Dogville (2003) em 12 dias sob um estado de euforia, onde ideias surgiam com fluência e ele se sentia seguro em relação a elas. Já seu último filme, Ninfomaníaca (2013), levou um ano e meio para ser escrito, em sobriedade.

Sobre os projetos futuros, Von Trier afirma que estuda a possibilidade de rodar uma série de TV em inglês com o título The House that Jack Built (A casa que Jack construiu).

 

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