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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, espera que as prisões dos acusados de ter assassinado a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em março de 2018, bem como o cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos, sejam “mais um passo para a elucidação completa deste grave crime e para que todos os responsáveis sejam levados à Justiça”.

Por meio da conta oficial do ministério no Twitter, Moro destacou nesta terça-feira (12) que a Polícia Federal (PF) tem contribuído com as investigações, a cargo da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro. O ministro garantiu que a PF continuará colaborando com todos os recursos necessários à continuidade das investigações, incluindo as já instauradas, para apurar supostas tentativas de obstruir o avanço do trabalho policial.

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Em uma operação conjunta, o Ministério Público e a Polícia Civil do Rio de Janeiro prenderam esta madrugada dois suspeitos de matar a vereadora e o motorista, em 14 de março de 2018. Os dois presos têm vínculos com a Polícia Militar do Rio de Janeiro.

Um dos presos, Ronie Lessa, é policial militar reformado, tendo se aposentado depois de ser vítima de um atentado a bomba que resultou na amputação de uma de suas pernas. A suspeita é de que o atentado tenha sido motivado por uma briga entre facções criminosas.

O outro é o ex-PM Elcio Vieira de Queiroz, expulso da corporação depois de ter sido preso na Operação Guilhotina, deflagrada pela PF em 2011, para apurar o envolvimento de policiais militares com traficantes de drogas e com grupos milicianos. Na época, Queiroz era lotado no Batalhão de Olaria (16º BPM).

Lessa e Queiroz são os primeiros investigados a serem formalmente denunciados e presos pelo crime. Segundo o Ministério Público, os dois foram denunciados depois das análises de diversas provas obtidas ao longo de quase um ano de investigações. Ainda segundo o MP, Lessa é o autor dos disparos que atingiram Marielle e Anderson Franco. Já Elcio dirigia o veículo usado na execução.

De acordo com o MP, o crime foi planejado nos três meses que antecederam os assassinatos.

Operação

Além dos mandados de prisão, a Operação Lume cumpre mandados de busca e apreensão em endereços dos dois suspeitos, para apreender documentos, telefones celulares, computadores, armas e acessórios.

Na denúncia apresentada à Justiça, o MP também pediu a suspensão da remuneração e do porte de arma de fogo de Lessa, a indenização por danos morais aos familiares das vítimas e a fixação de pensão em favor do filho menor de Anderson até completar 24 anos de idade.

Segundo nota do MP, o nome da operação é uma referência a uma praça no centro da cidade do Rio de Janeiro, conhecida como Buraco do Lume, onde Marielle desenvolvia um projeto chamado Lume Feminista. No local, ela também costumava se reunir com outros defensores dos direitos humanos e integrantes do seu partido, o PSOL.

“Além de significar qualquer tipo de luz ou claridade, a palavra lume compõe a expressão 'trazer a lume', que significa trazer ao conhecimento público, vir à luz”, informa a nota.

O ex-secretário municipal de Segurança de Niterói, ex-policial civil e ex-vereador Marival Gomes da Silva, e o ex-presidente da Escola de Samba Viradouro e ex-policial civil Marcos Antônio Lira de Almeida foram presos na manhã desta quinta-feira (7) em uma operação conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio (MPRJ) e da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI).

A dupla chefiava a quadrilha que explorava máquinas caça-níqueis em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, e é acusada pelo homicídio do subtenente da Polícia Militar Carlos Elmir Pinto de Miranda, em julho de 2012, em Itaipu, na Região Oceânica da cidade. Marival estava em casa, situada na Praia de Icaraí, área nobre de Niterói, e Marcos estava no bairro do Cafubá, na Região Oceânica. Contra eles foram cumpridos mandados de prisão preventiva, expedidos pela Justiça.

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Os dois são acusados de ordenarem a morte do PM Miranda, que trabalhava como chefe da segurança de Marcos Lira e recolhia o dinheiro arrecadado com as máquinas caça-níqueis. O crime aconteceu porque Carlos Elmir omitia os valores arrecadados e a quantidade de máquinas existentes em áreas dominadas pelo tráfico.

Segundo a denúncia do MPRJ, o "golpe" foi relatado por um dos homens de confiança de Marival, que propôs a execução de Carlos Elmir tendo como condição a sociedade nos caça-níqueis omitidos pela vítima.

O crime foi executado por Walter Carneiro da Silva Filho, Nathan Augusto da Silva Pereira, Anderson Luiz Portugal dos Santos e Sandro Borges Soares. O ex-PM Érides Mendes, também participou do homicídio, mas morreu na troca de tiros com a vítima.

A polícia chegou à quadrilha por meio de um vídeo que mostrava a execução de Carlos Elmir. Além dos mandantes, todos foram denunciados por homicídio e formação de quadrilha armada.

Em maio deste ano, DHNSHI encontrou munições de uso exclusivo das Forças Armadas na casa de Marival Gomes, que não estava na residência. No mesmo mês, o PM Anderson Luiz Portugal dos Santos foi preso em casa pela morte de Miranda. No local foram encontradas camisas da Polícia Civil que seriam utilizadas como disfarces pelo grupo.

Em investigação realizada em 2011, parte da Operação Alçapão, Marival Gomes foi acusado de contravenção, corrupção passiva e formação de quadrilha armada.

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