Tópicos | Exposição Universal de 2020

Apostando alto na diversidade de raças, credos e origens de sua população, São Paulo lançou hoje, em Paris, sua campanha pelo direito de receber a Exposição Universal de 2020 - o maior evento cultural do mundo. A apresentação aconteceu hoje, na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

As demais candidatas para 2020 são Izmir, na Turquia, Ayutthaya, na Tailândia, Ecaterimburgo, na Rússia, e Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Nunca na história a exposição foi realizada no hemisfério sul - o que, em tese, reforça as chances da capital paulista.

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A seleção da cidade-sede começou hoje, em reunião do Escritório Internacional de Exposições (BIE), e vai se estender até novembro de 2013, quando os integrantes do comitê vão bater o martelo. O evento é realizado sem periodicidade fixa.

Os três próximos destinos do "circo" de cultura serão Yeosu, na Coreia do Sul, em 2012, Milão, na Itália, em 2015, e Liège, na Bélgica, ou Astana, no Cazaquistão, em 2017. Em 2010, a Exposição de Shangai recebeu 73 milhões de visitantes, um recorde histórico no evento, inaugurado em 1851, em Londres.

Com antecedência de oito anos, o BIE abriu agora as inscrições. Primeiro a apresentar seu projeto, São Paulo foi representada pelo vice-presidente, Michel Temer, o embaixador do Brasil em Paris, José Maurício Bustani, além de seu prefeito, Gilberto Kassab. A apresentação foi dividida em dois videoclipes e discursos políticos.

Em ambos os filmes, a delegação apresentou a Expo 2020 como um evento dedicado à diversidade de povos, culturas e continentes. A seguir, apostou forte na ideia de que o Brasil e São Paulo sintetizam a diversidade no mundo. Ambos os filmes reforçaram a imagem do país do samba e o futebol, mas também o apresentaram como uma terra acolhedora para estrangeiros. Ao fim, veio o slogan: "Come to Expo 2020 and become a paulistano" - ou "Venha para a Expo 2020 e torne-se um paulistano".

Em seus discursos, Kassab e Temer não apresentaram um orçamento detalhado da candidatura de São Paulo. O projeto paulistano prevê a construção do Centro de Convenções e Exposições de Pirituba, em uma área de 5 milhões de metros quadrados da zona oeste da cidade já declarada como de utilidade pública. Nesse empreendimento, Kassab somou obras de infraestrutura já em fase de execução ou projetadas, como metrô e acessos de trânsito, chegando a um custo que elevaria a R$ 5 bilhões - divididos em R$ 1,5 bilhão para o Estado, outro R$ 1,5 bilhão para o município e outros R$ 2 bilhões captados da União ou da iniciativa privada.

Questionado sobre a presença de Temer e a parte do custeio do governo federal, Kassab afirmou que a eventual realização da Expo 2020 em São Paulo é, antes de tudo, um tema de interesse do País. "A candidatura é do Brasil. Tanto é que está assinada pela presidente Dilma Rousseff", afirmou o prefeito.

Presente na coletiva, Temer aquiesceu. "A exposição internacional do Brasil já é imensa. Imagine dentro de sete ou oito anos com um evento desses?", questionou o vice-presidente.

Ponto forte - Outros dois apelos da candidatura de São Paulo hoje forem o fato de que nunca uma cidade da América do Sul recebeu a exposição universal. Além disso, segundo os promotores, a infraestrutura do País já estará aperfeiçoada na época do evento em razão dos investimentos feitos para a Copa do Mundo de 2014 e para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016. Sobre os dois megaeventos, Temer reconheceu que podem se tratar de uma armadilha para as pretensões brasileiras. "Sob certa ótica, pode ser um argumento contrário, sim", reconheceu. "Mas o fato e que o Brasil já está se preparando facilita e ajuda."

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