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Pela segunda vez, o ex-policial militar e ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz faltou ao depoimento no Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Ele é investigado em decorrência de movimentações atípicas envolvendo R$ 1,2 milhão, segundo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf). O depoimento de hoje (21) estava marcado para o início da tarde.

A defesa de Queiroz justificou sua ausência, informando que ele precisou ser internado para um “procedimento invasivo com anestesia”, segundo o MPRJ. Os advogados se comprometeram a entregar os referidos laudos até o dia 28. O ex-assessor deve ser ouvido pelo Grupo de Atribuição Originária em Matéria Criminal (Gaocrim) do MPRJ.

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Ex-funcionário do gabinete do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), um dos filhos do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), Queiroz foi citado em relatório do Coaf, que identificou uma conta em seu nome com movimentação atípica.

O relatório foi usado pelo MPRJ na investigação da Operação Furna da Onça, um dos desdobramentos da Lava Jato no Rio de Janeiro, que levou à prisão de deputados estaduais no início de novembro.

O MPRJ também quer ouvir Flávio Bolsonaro. Segundo o MP, ele não é investigado na operação, mas foi convidado a prestar depoimento no próximo dia 10 de janeiro. Antes, no dia 8 de janeiro, parentes de Queiroz também prestarão esclarecimentos ao Ministério Público.

Primeira vez

O depoimento de Queiroz foi agendado, inicialmente, para a última quarta-feira (19), mas ele também não compareceu alegando uma “inesperada crise de saúde” e a necessidade de realização de exames médicos de urgência.

Também estão citados no relatório do Coaf assessores de outros 20 deputados estaduais do Rio de Janeiro, de 13 partidos diferentes: PSC, DEM, PSB, SD, PHS, PSDB, MDB, PSOL, PSL, PT, PDT, PRB e Avante.

De acordo com o MPRJ, alguns parlamentares citados no relatório do Coaf se colocaram à disposição voluntariamente para apresentar seus esclarecimentos. Os nomes, no entanto, não foram revelados.

O candidato derrotado à Presidência da República pelo PT, Fernando Haddad, tratou com ironia o fato de um ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) ainda não ter se pronunciado sobre "movimentações atípicas" de R$ 1,2 milhão em sua conta corrente detectadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), uma semana após o jornal O Estado de S.Paulo revelar o caso. Fabrício Queiroz só deverá dar explicações sobre o caso na semana que vem, quando deverá prestar depoimento ao Ministério Público do Rio.

Em seu perfil no Instagram, Haddad foi questionado por um homem que se apresenta como tiago_caetano86 como faria para pagar a indenização de R$ 79,2 mil ao bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, por tê-lo chamado de "charlatão" durante a campanha - a decisão contra o petista foi proferida na quarta-feira (12) pelo juiz Marco Antonio Botto Muscari, da 6° Vara Cível da capital paulista. O homem ainda questionou se Haddad pediria "doações aos pobres" para quitar a dívida, já que "não trabalha".

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Haddad respondeu: "Estou pensando em pedir emprestado pro Queiroz, mas ele tá sumido...". Em entrevista ao jornal Valor Econômico, publicada na quarta-feira (12) o petista sugeriu que Flávio Bolsonaro usou o "gabinete para fazer vaquinha para si mesmo", o que considera "um expediente muito comum no baixo clero".

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