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Aplicativos, telas de alta resolução e câmeras quase profissionais? Nada disso. Algumas pessoas só querem um telefone para ligar. Se você quer gastar pouco na hora de comprar um aparelho novo ou não simpatiza com as tecnologias dos modelos mais recentes, saiba que não está sozinho. Os celulares baratinhos voltaram a ganhar as vitrines das lojas especializadas em eletrônicos, trazendo a simplicidade, e nada mais, em primeiro lugar.

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No Recife, não é preciso procurar muito para achar um deles nas vitrines, brigando por um espaço ao lado dos principais smartphones do mercado. Com pouco a oferecer, os celulares baratinhos surgem nas mais diversas cores e atraem o consumidor principalmente pelo preço. Um modelo da marca Ipró, por exemplo, pode ser encontrado por R$ 79. Lanterna, rádio FM, suporte para dois chips e câmera VGA são recursos presentes em quase todos os modelos.

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Celulares das marcas LG, Samsung, Positivo e Multilaser estão entre os mais procurados pelos consumidores. Entre os motivos que levam uma pessoa a optar por estes aparelhos, dois se destacam. O primeiro é a simplicidade. O segundo e mais curioso é a segurança. Muitos usam estes dispositivos como o chamado celular do bandido, que está ali só para ser roubado e poupar o de uso pessoal na hora de um assalto.

"É aquele celular que fica na bolsa, normalzinho, dando bobeira. Na hora que o ladrão chega, a gente entrega ele. Melhor perder R$ 100 do que um iPhone", conta a contadora Conceição Sales Alves, que já foi vítima de assaltos três vezes. Quem também aderiu à famigerada tática foi o estudante Rafael Teixeira, de 20 anos. Ele só atende ligações no ônibus quando elas são feitas para seu telefone LG comprado por R$ 120.

"Recifense sabe que não pode dar mole. Tem ladrão que já sabe e pede o celular de verdade. Mas a gente esconde direitinho onde cabe. Aí fica a critério da imaginação de cada um. Tem mulher que esconde no sutiã, eu boto na cueca mesmo. E o celular ainda serve para ligar, que é a verdadeira função de um telefone afinal de contas", explica o jovem.

A estratégia inusitada é boa também para a indústria. Segundo estudo da consultoria IDC Brasil, do total de 12,8 milhões celulares comercializados no segundo trimestre de 2017, 700 mil são aparelhos de baixo custo, os chamados feature phones. Aqueles com poucos recursos, usados principalmente para ligações. Para o analista de pesquisas da IDC Brasil, Leonardo Munin, as fabricantes estão de olho nesse nicho, especialmente por conta da crise.

"Às vezes o consumidor deseja comprar um smartphone, mas ainda não consegue porque os gastos ultrapassam o valor do aparelho. Para usar um smartphone também é preciso um plano de dados que gera um gasto extra mensal. Também existe a questão da infraestrutura, ou seja, muitos locais do Brasil ainda não oferecem uma boa conexão 3G ou 4G, então, para esse consumidor, não vale a pena ter um smartphone ainda", avalia.

Para 2017, a expectativa da IDC é pessimista, mas isso não quer dizer que estes celulares vão sumir rapidamente das vitrines. "O brasileiro tentou migrar muito rápido para o smartphone em 2015, e uma parcela desse mercado ficou desabastecida. Em 2016, muitas empresas voltaram a fabricar os feature phones porque existia uma demanda. Duas ou três delas se deram bem nessa onda e outras ainda estão com estes itens estocados no inventário, precisando vender", ressalta.

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