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A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou em seu catálogo a nova norma para definir tamanho de roupas femininas, incluindo as dimensões em centímetros de cada peça e não somente por número ou letra

A superintendente do Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário da ABNT, Maria Adelina Pereira, disse à Agência Brasil que todo o conjunto de normas sobre medidas de corpo nos segmentos masculino, feminino e infantil já era um “sonho e um desejo” da entidade para atender ao mercado. Segundo ela, o grande desafio era a questão de o Brasil ser um país continental, com miscigenação ampla e, ao mesmo tempo, oferecer biotipos das mais diferentes etnias. “Essa era a grande dificuldade”, disse.

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De acordo com Maria Adelina, havia empresas que desejavam essa norma como uma orientação e outras que preferiam ter o cliente no provador. A pandemia Covid-19 demonstrou como é difícil levar o cliente ao provador que, em muitos casos, não tem espaço desejado. Ainda segundo a superintendente, tem a questão do suor e da maquiagem que podem manchar as peças que estão sendo provadas. “Tudo isso é uma grande motivação para se tentar reduzir a ida ao provador.” 

A superintendente destacou também que, “com o advento do e-commerce [comércio eletrônico] explodindo na pandemia, se viu que é possível fazer uma venda sem, necessariamente, a pessoa entrar na roupa e aprovar a compra. Isso foi muito positivo e fez com que as marcas, as lojas, as fábricas, vissem que o sistema de vestibilidade, que consiste em declarar a medida que a modelista utilizou, é muito útil”.

Consenso

Antes da publicação, a norma passou por vários estudos e por duas consultas nacionais até que o comitê chegasse a um consenso, para que o texto pudesse virar um documento técnico para a sociedade. A norma é voluntária. A confecção ou marca adere se quiser. 

Maria Adelina disse, contudo, que a adesão tem sido grande por parte das empresas, que estão entrando em contato com a ABNT no sentido de, principalmente, comparar o que elas praticam atualmente nas suas tabelas de medida com o seu perfil de público para ver se estariam dentro do que a norma sugere na tabela de exemplos e medidas para o corpo retangular e para o corpo colher. Esses dois modelos representam 80% da população feminina brasileira, segundo pesquisas levantadas para o estabelecimento da norma. “Há uma grande curiosidade nesse sentido”, disse. 

A superintendente disse que não houve manifestações contrárias.

O corpo retângulo predomina nos quase 10 mil corpos que foram medidos em todo o Brasil pelo Senai Cetiqt. As medidas de busto, cintura e quadril têm diferenças muito pequenas, que acabam estabelecendo essa figura geométrica. Já o corpo colher não é reto do busto à cintura, mas apresenta diferença muito significativa para o quadril.

Maria Adelina disse que a centimetragem é um sistema já adotado em outros países, como os Estados Unidos, por exemplo. “Facilita muito”, disse. 

As peças têm tags, ou etiquetas, que orientam os consumidores na hora da compra, informando medidas de tórax, no caso de homens, por exemplo; de estatura, no caso de crianças. “Nessa indicação da vestibilidade, a centimetragem ajuda muito na escolha, na redução de troca na loja, no acerto para quem dá um presente”. 

Maria Adelina não duvida que a tendência será de adoção da nova norma pelo setor têxtil e de vestuário.

Posicionamento

A publicação da norma é resultado de um amplo estudo conduzido pelo Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário da ABNT com representantes do setor, como o Senai Cetiqt, modelistas, entidades como a Associação Brasileira do Plus Size (ABPS) e de redes varejistas. 

Ao determinar a forma do corpo e indicar medidas apropriadas, o novo sistema permite que o cliente escolha o seu tamanho adequadamente, explicou a superintendente Maria Adelina. 

A norma sugere dimensões em centímetro para cada biotipo, levando em conta desde o perímetro da cabeça, pescoço, ombros, busto, cintura, quadril, costas, coxa, joelho, panturrilha até o tornozelo.

A jornalista e consumidora Flávia Ghiurghi aprovou a norma. Em depoimento à Agência Brasil, ela destacou que a iniciativa da ABNT “vem bem a calhar para nós". "Diferentemente das francesas, por exemplo, que, de modo geral, têm um padrão de corpo mais esbelto, as brasileiras são mais curvilíneas. Aqui, o biotipo da maioria das mulheres é caracterizado por quadris largos, coxas grossas, bumbum grande. Eu, por exemplo, uso calça do 36 ao 42, dependendo da marca. Na parte de cima, as blusas vão do P ao GG. Acho um absurdo não ter uma padronização nos tamanhos das roupas. As lojas de grife praticamente vendem peças para modelos. O número 40 é referente ao 36. Costumo comprar bastante em lojas online e acabo me baseando mais nos comentários das clientes do que nos tamanhos indicados das peças”. 

Flávia acredita que, se essa norma da ABNT for realmente aplicada, “vai ser muito mais fácil comprar a roupa certa para cada tipo de corpo”.

A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) disse que “a norma é pública e acessível pelas empresas interessadas". "A Abit faz a divulgação, assim como faz com temas de interesse do setor.” 

O ABTN Catálogo pode ser adquirido ao preço de R$ 166,85. A norma é cobrada por se tratar de um direito autoral.

Uma pesquisa realizada recentemente pela USA TODAY, nos Estados Unidos, revelou que as CEOs, diretoras e executivas de empresas superaram, em termos salariais, a meta dos homens que ocupam cargos semelhantes. O resultado do estudo é consequência do levantamento de dados feito pela S&P Capital IQ e Bespoke Investiment Group. 

De acordo com as informações, grandes líderes femininas de corporações mundialmente conhecidas são as mais bem pagas. A CEO da empresa Oracle, Safra Catz Ada, é a segunda líder mais bem paga em todo o mundo, com 37,7 milhões de dólares anuais. 

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A S&P Capital IQ listou 500 CEOs do sexo feminino. Ela têm um rendimento anual de 18,8 milhões de dólares. O valor supera a média masculina de profissionais do mesmo cargo, que é de US$ 12,7 milhões.

Veja a pesquisa completa:

Uma chinesa deu um golpe publicitário mostrando fotos de seu avô com as roupa femininas que vende em seu site, multiplicando as vendas.

"Depois que as fotos apareceram, recebemos muitas visitas em nosso site e vendemos cinco vezes mais que antes", disse à AFP Lu Qinq, que vive na província meridional de Guangdong.

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Com uma saia rosa, meias vermelhas ou um casaco feminino, seu avô, Liu Xianping, foi classificado pelos internautas como o avôzinho "mais 'cool' do mundo" por suas longas pernas e por suas poses de modelo que fizeram as vendas decolarem em Yuekou, o site de sua neta.

"Antes, vendíamos no máximo dez artigos por dia, era deprimente", disse Lu Qing.

A jovem explicou que seu avô está "alucinado" com a reação provocada pelas fotos e que ao menos outros três vendedores pediram que pose também para eles, o que não é certo que vá aceitar.

"Para ele, posar não é uma forma de ganhar dinheiro, mas de se divertir com sua família", disse Lu, que espera seguir contando com seus serviços no futuro diante do sucesso.

O caso deste avô é considerado por alguns como emblemático da evolução vivida pelo país.

"Com uma história assim, sente-se como a sociedade mudou nos últimos 40 anos, sobretudo para alguém como Liu, que passou pelos períodos mais rígidos" que a China conheceu sob o jugo maoísta (1949-76), segundo uma mensagem da China Offbeat, que segue o desenvolvimento da sociedade chinesa através da internet.

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