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A Fibria reportou lucro líquido de R$ 614 milhões no segundo trimestre de 2015, uma queda de 2,7% na comparação com igual intervalo de 2014, mas a empresa reverteu o prejuízo de R$ 566 milhões registrado nos três primeiros meses deste ano.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 1,157 bilhão, uma alta de 94,8% ante o período de abril a junho do ano passado e de 15% contra o primeiro trimestre deste ano. Na comparação com o ano passado, a margem Ebitda passou de 35% para 50%.

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De abril a junho de 2015, a receita líquida totalizou R$ 2,309 bilhões, o que representou uma expansão de 36,3% ante o mesmo período de 2014 e de 16% contra o primeiro trimestre deste ano.

O resultado financeiro ficou positivo em R$ 321 milhões, ante um resultado negativo de R$ 68 milhões no segundo trimestre de 2014 e de R$ 1,746 bilhão no primeiro trimestre de 2015.

Projeção

O lucro de R$ 614 milhões da Fibria registrado no segundo trimestre de 2015 ficou 7,5% abaixo da média das projeções dos analistas consultados pelo Broadcast - Bank Of America Merrill Lynch, Bradesco, BTG Pactual, Itaú BBA e Santander -, que previam um resultado positivo de R$ 663,8 milhões.

Já o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, de R$ 1,157 bilhão, ficou em linha com a média das projeções, de R$ 1,150 bilhão.

A receita líquida no segundo trimestre, de R$ 2,309 bilhões, também ficou próxima da média esperada pelos analistas, de R$ 2,320 bilhões.

O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, considera que os resultados estão em linha com as estimativas quando a variação para mais ou para menos é de até 5%.

O crescimento de 0,7% da produção industrial no mês de agosto em relação a julho, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira, 02, é um fato positivo por se tratar do segundo mês consecutivo de alta, mas não deve mudar o cenário no setor, na avaliação do economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Camargo Rosa. "Houve melhora nos dois últimos meses, mas não vejo alteração no quadro de estagnação e baixa produção da indústria", comentou.

O especialista destacou ainda a importância da elevação de 1,1% na produção de bens intermediários em agosto ante julho. "O segmento é o núcleo do setor industrial. O grosso da produção está concentrado neste setor", explicou, detalhando que o movimento pode atenuar a tendência de queda da produção da indústria nos próximos meses, "apesar de não impedir que feche 2014 no negativo". A projeção da SulAmérica Investimentos é de recuo de 2% na produção industrial neste ano.

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Sobre a retração de 13,4% na produção de bens de capital em relação a agosto de 2013, Camargo Rosa avalia não ser surpresa uma queda tão expressiva. "O nível de confiança do empresário, captado pela FGV e pela CNI, mostra claramente que os empresários estão cautelosos e avessos a ampliar a capacidade produtiva", pontuou. Para ele, o segmento de bens de capital sofre devido ao quadro de baixa confiança na política econômica.

Fibra

Opinião semelhante tem o economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira, para quem a alta de 0,7% em agosto não desvia o setor da trajetória de desaceleração. Causa apenas um ruído no caminho de queda da indústria.

Segundo dados relativos ao fator fabril em agosto divulgados hoje, em relação a agosto de 2013 houve uma queda de produção da ordem de 5,4%. "Essa queda não é nada desprezível", ponderou o economista, acrescentando que como a comparação mês contra mês pega resultados baixos, o crescimento da indústria resvala em critérios meramente estatísticos.

"A indústria mantém uma tendência inequívoca de queda em relação a tudo que se apurou no ano passado", reforçou Oliveira. Outro dado a que o economista do Banco Fibra recorre para ilustrar sua visão sobre o comportamento da indústria é a medida de média móvel trimestral que, segundo ele, capta melhor os movimentos de produção da indústria e que caiu 0,1% na comparação com julho.

A Fibria Celulose entrou na discussão entre América Latina Logística (ALL) e Rumo Logística ao afirmar que os volumes de transporte demandados pela subsidiária do Grupo Cosan ocupam tamanha capacidade da ferrovia que atrapalham o escoamento da sua produção até o Porto de Santos. A Fibria foi qualificada como terceira interessada no inquérito administrativo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e colocou o setor de papel e celulose na discussão sobre o acordo entre ALL e Rumo. Até então, a associação entre as duas companhias estava sendo questionada por produtores de soja e açúcar, operadores logísticos e pela própria ALL.

A Fibria protocolou a petição na qual pede para ser qualificada pelo Cade como terceira interessada no dia 28 de fevereiro. No documento, a empresa afirma que a ALL descumpre contrato firmado em 27 de setembro de 2009 para o transporte de 1,2 milhão de toneladas anuais de celulose por causa, principalmente, dos compromissos que a concessionária tem de assumir com a Rumo.

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“Desde a sua assinatura, o contrato vem sendo reiteradamente descumprido pela ALL, muito em razão dos contratos firmados entre ALL e Rumo, tendo, portanto, os seus direitos e interesses afetados diretamente pela discussão objeto deste inquérito administrativo”, informa a Fibria na petição.

Paralelamente à petição protocolada no Cade, a companhia de celulose entrou com processo na Justiça contra a ALL, segundo fontes.

A empresa exportou, no ano passado, cerca de 90% de sua produção de 5,2 milhões de toneladas de celulose. Do total exportado, de 30% a 35% são escoados por Santos a partir das unidades de Jacareí (SP) e Três Lagoas (MS).

O restante - fábrica Aracruz (ES) e 50% da produção da Veracel, joint venture com a Stora Enso - é escoado pela Portocel, porto dedicado à celulose, do qual a Fibria detém 51% e a Cenibra, 49%.

Concessão

Em Santos, a companhia tem a concessão de três armazéns (13, 14 e 15), que vence em 2017, além de operar, por meio de um contrato, o terminal 31. A Fibria está se preparando para participar dos leilões de concessões de terminais em Santos dedicados à celulose e terá a Cosan como concorrente, uma vez que o grupo também tem forte interesse em operar os mesmos terminais.

De acordo com a petição, se o contrato fosse cumprido à risca com a ALL, a empresa utilizaria a malha ferroviária para o transporte da celulose até o litoral paulista.

Segundo a companhia, não importa que a Cosan tenha negócios em um setor totalmente diferente daquele de atuação da Fibria, pois todos competem por capacidade da ferrovia sob concessão da ALL. “A sobrecarga do modal ferroviário resultante das diversas condutas adotadas pela Rumo/Cosan, em especial da solicitação de demanda tão superior à sua capacidade de utilização, termina por prejudicar todos os clientes da ALL. Assim, o fato da Cosan ser produtora de açúcar não tira a sua qualidade de concorrente da Fibria no acesso aos serviços de logística”, afirma o texto.

O inquérito administrativo no Cade foi aberto a pedido da TCA Logística no fim do ano passado e, desde então, já recebeu o apoio da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), que também pediram para serem arroladas como terceiras interessadas. A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) deseja o mesmo, como revelou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. Além disso, várias empresas e associações manifestaram suas reclamações ao Cade sobre o assunto, entre elas Copersucar, Bioenergia do Brasil e Uniagro.

O argumento principal dos reclamantes é de que a estrutura dos contratos entre ALL e Rumo, firmados em 2009, e a forma como eles estão sendo executados pela subsidiária da Cosan configuram prática anticompetitiva que resulta em vantagem para o grupo em relação a seus concorrentes e fechamento do mercado para demais usuários da ferrovia até o Porto de Santos. Procuradas, ALL e Fibria não comentam o assunto.

Resposta

A Cosan afirmou, por meio de assessoria, que é impossível a operação da Rumo atrapalhar as atividades da Fibria porque a empresa de papel e celulose opera pelo sistema de bitola métrica com origem em Três Lagoas (MS) com destino a Santos e a operação da Rumo é realizada pelo sistema de bitola larga, principalmente entre Araraquara (SP) e Itirapina (SP). “Desta forma, a Rumo não entende a posição da Fibria, pois as empresas não utilizam os mesmos vagões nem locomotivas, tampouco a mesma via permanente.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Fibria, maior produtora mundial de celulose branqueada de eucalipto, reportou lucro líquido de R$ 57 milhões no terceiro trimestre de 2013, revertendo assim o prejuízo de R$ 212 milhões apurado no mesmo período de 2012. O lucro reportado ficou abaixo das expectativas dos analistas que acompanham a fabricante de celulose.

De acordo com a média das projeções de seis casas consultadas pelo Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, (Ágora Corretora, Bank of America Merrill Lynch, Credit Suisse, Deutsche Bank, Goldman Sachs e Morgan Stanley), o mercado esperava lucro de R$ 129,3 milhões.

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A diferença entre a estimativa e o prejuízo reportado foi de mais de 100% - o Broadcast considera que o resultado está em linha com as estimativas quando a variação é de até 5% para cima ou para baixo. As projeções dos analistas oscilaram entre R$ 38 milhões e R$ 189 milhões, sendo que apenas uma instituição esperava lucro trimestral inferior a R$ 100 milhões.

O lucro, já esperado pelo mercado, decorre do câmbio mais favorável às exportações, além de um resultado financeiro menos adverso. No terceiro trimestre de 2012, a linha financeira apresentou resultado negativo de R$ 393 milhões, em função da variação do câmbio entre o fechamento do segundo e do terceiro trimestre. Neste ano, o resultado financeiro foi negativo em R$ 226 milhões, montante 42% menor.

Os resultados operacionais, por sua vez, continuam a apresentar recuperação, tendência que se tem mantido nos últimos trimestres. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) ajustado, indicador que tem sido divulgado pela Fibria nos últimos balanços, somou R$ 762 milhões, expansão de 33% em relação ao mesmo período do ano passado. O número representa um novo recorde trimestral para a companhia.

A expansão do Ebitda acompanha o incremento de 18% da receita líquida, que somou R$ 1,841 bilhão entre julho e setembro. A alta da receita é sustentada principalmente pelo câmbio mais atrativo para as vendas ao mercado externo, tendência que se acentuou a partir de maio passado.

O Ebitda ajustado e a receita líquida da Fibria entre julho e setembro ficaram em linha com as projeções do mercado. Em relação ao Ebitda eram esperados R$ 748,2 milhões. Já a receita líquida, de R$ 1,841 bilhão ficou próxima da estimativa de R$ 1,813 bilhão dos analistas.

Fibria e Suzano Papel e Celulose, as duas maiores produtoras de celulose de eucalipto do Brasil, registraram desempenhos distintos em junho, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 16, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). As exportações da Fibria cresceram 17,94% na comparação com junho de 2012 e somaram US$ 127,449 milhões (preço FOB). Já a Suzano registrou queda de 18,96% em igual período, para US$ 103,196 milhões.

No acumulado do primeiro semestre, a situação se inverte. As exportações da Fibria encolheram 7,25% em relação à primeira metade do ano passado e somaram US$ 758,637 milhões. Já a Suzano encerrou o período com vendas de US$ 616,776 milhões, expansão de 8,25% em igual base comparativa.

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A Fibria, maior fabricante mundial de celulose de eucalipto, confirmou nesta sexta-feira o anúncio de um novo reajuste no preço da celulose vendida no mercado internacional. O aumento, de US$ 20 por tonelada, é válido a partir de hoje e tem as mesmas características do reajuste comunicado pela concorrente Suzano Papel e Celulose na semana passada.

A Fibria não confirmou os novos preços praticados no mercado internacional, porém tradicionalmente os valores anunciados pela empresa e pela Suzano são semelhantes. De acordo com a Suzano, os novos valores praticados são de US$ 820 para a Europa, US$ 870 para a América do Norte e US$ 720 para a Ásia.

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Esta é a segunda rodada de aumentos promovida pelas fabricantes de celulose de eucalipto, insumo no qual o Brasil é referência mundial, e pela segunda vez consecutiva a Suzano oficializou o aumento antes da Fibria.

Em dezembro, a Suzano comunicou reajuste de US$ 20 a US$ 30 por tonelada a partir de 1º de janeiro. Na oportunidade, os preços foram elevados de US$ 830 para US$ 850 por tonelada na Europa, de US$ 780 para US$ 800 por tonelada na América do Norte e de US$ 670 para US$ 700 por tonelada na Ásia.

A Fibria Celulose registrou prejuízo líquido de R$ 212 milhões no terceiro trimestre de 2012, ante prejuízo de R$ 1,114 bilhão no mesmo período do ano passado. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado avançou 20% na mesma base de comparação, para R$ 573 milhões. A margem Ebitda cresceu quatro pontos porcentuais, para 37%. A receita líquida da companhia no terceiro trimestre deste ano foi de R$ 1,556 bilhão, o que representa um aumento de 7% em relação a igual intervalo do ano passado.

O prejuízo, de acordo com a própria companhia, deve-se a uma operação de recompra de títulos com vencimento em 2020, realizada em julho passado. Essa operação, se por um lado traz impacto negativo de curtíssimo prazo nos resultados, no longo prazo deve proporcionar uma economia anual de US$ 40 milhões, segundo o relatório da administração.

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A Fibria liquidou antecipadamente parte de sua dívida em moeda estrangeira, com a recompra de parte do Eurobond 2020 no montante de US$ 514 milhões. Por conta disso, a companhia registrou despesa de R$ 170 milhões na rubrica "Outras receitas e despesas financeiras", "devido principalmente aos efeitos financeiros e contábeis incorridos na recompra", justifica a administração.

Como consequência, o resultado financeiro líquido da fabricante de celulose ficou negativo em R$ 393 milhões no terceiro trimestre, a despeito da estabilidade do câmbio no período. O número, apesar de negativo, ficou bastante abaixo da despesa financeira líquida de R$ 2,01 bilhões reportada pela Fibria no terceiro trimestre de 2011. Na oportunidade, o dólar se valorizou 18,8% em relação ao real, com impacto direto sobre as dívidas denominadas em dólar.

A operação de recompra de títulos contribuiu para que a dívida bruta da Fibria caísse para R$ 10,955 bilhões, variação de 7,8% em relação ao nível do final do primeiro semestre. O volume de recursos em caixa, por sua vez, encolheu 29,9%, por conta da mesma operação, para R$ 2,398 bilhões. Com isso, a dívida líquida da Fibria cresceu apenas 1,1% na mesma base comparativa, para R$ 8,557 bilhões, e a relação entre dívida líquida e Ebitda caiu de 4,7 vezes ao final de junho para 4,5 vezes em setembro.

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