Tópicos | Flavia Saraiva

Pouco mais de dois anos depois de anunciar o encerramento de sua equipe profissional de ginástica artística, o Flamengo tem de novo a base da seleção feminina. Na terça-feira à noite, o clube rubro-negro apresentou seu novo reforço: Flávia Saraiva, de apenas 16 anos, que foi formada pela ONG Qualivida, em Três Rios (RJ).

Das 12 atletas da seleção, agora oito estão na Gávea: Flavinha, Isabelle Cruz, Jade Barbosa, Julie Kim Sinmon, Letícia Costa, Maria Cecília Cruz, Milena Theodoro e Rebeca Andrade, além de Thauany Araújo, que oficialmente não faz parte da seleção (não recebe salários), mas está em Doha, junto com Rebeca, para a disputa de uma etapa da Copa do Mundo.

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"Como já ficamos juntas na seleção, não vai mudar muita coisa na rotina. Nos Jogos da Juventude (2014), eu já conseguia imaginar que poderia ter a chance de estar em uma Olimpíada, mas não imaginava estar em um clube grande como o Flamengo", afirmou Flavinha.

Ela foi descoberta pela ONG de Georgette Vidor, que ajudou a formar nomes como Daniele e Diego Hypolito no Flamengo. A treinadora foi demitida ao final de 2008, quando o então presidente do clube, Marcio Braga, optou por não renovar o contrato dos irmãos e de Jade Barbosa, entre outros.

A equipe foi reestruturada, mas voltou a acabar em março de 2013. Há dois anos, já com Bandeira de Mello como presidente, o Flamengo encerrou suas equipes profissionais nos esportes olímpicos, demitindo atletas na ginástica artística e no judô - só poupou remo, cuja manutenção é obrigação estatutária.

Após dois anos, Bandeira de Mello cumpriu a promessa de reestruturar os esportes olímpicos do clube, especialmente graças ao "Anjo da Guarda", projeto aprovado na Lei de Incentivo ao Esporte que permite aos doadores, sócios do clube em sua maioria, terem isenção fiscal.

Como só a equipe profissional foi fechada em 2013, o juvenil foi mantido e formou nomes como Thauany, Maria Cecícia, Milena e Rebeca. Jade foi recontratada e agora Flavinha chega para completar o grupo.

A concentração de atletas no Flamengo, porém, também é um reflexo do mau momento vivido pelos demais clubes. O Cegin, que até o ano passado tinha a outra metade da seleção - incluindo Daniele Hypolito, Lorrane Oliveira e Mariana Oliveira -, vive crise financeira e perdeu o técnico ucraniano Oleg Ostapenko. Pinheiros e Grêmio Náutico União (RS) também têm equipe feminina, mas de menor expressão.

Atualmente, as ginastas da seleção têm treinado juntas no centro de treinamento da ginástica, no Rio. Por isso, a ida de Flávia para o Flamengo não deverá surtir efeitos práticos até os Jogos Olímpicos do Rio.

Daniele Hypolito e Flávia Saraiva asseguraram vaga em todas as finais da etapa de Baku da Copa do Mundo de ginástica artística. Depois de obterem bons resultados na sexta-feira (19), elas se destacaram neste sábado (20) e se credenciaram para disputar as finais da trave, solo, paralelas, barras assimétricas e salto.

Flávia foi a primeira colocada na classificatória tanto na trave quanto no solo. No primeiro aparelho obteve a nota de 15,150. No segundo, 13,800. Nas barras assimétricas, ela registrou 13,850 e ficou na segunda colocação, empatada com a alemã Lina Philipp.

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"Hoje a Flávia competiu muito bem. Fez a prova de trave que estamos querendo e o solo também foi muito bom. Esperamos melhorar ainda um pouco mais a dificuldade no solo", comentou o técnico Alexandre Carvalho.

Daniele ficou logo atrás de Flávia e da alemã, com a nota de 13,400, nas assimétricas. Na sexta, ela obteve 13,850 e garantiu a terceira melhor nota no salto. Também avançou nas paralelas. As finais serão disputadas neste domingo, a partir da 6h30 (horário de Brasília).

"Em seis possíveis finais, conseguimos cinco. Está muito bom para o nível dessa etapa de Copa do Mundo", avaliou o treinador, já pensando no evento-teste em abril, que pode definir a vaga da seleção feminina nos Jogos do Rio-2016.

Uma das grandes favoritas a conquistar medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, a Seleção feminina de ginástica que participará da competição foi definida pela Confederação Brasileira de Ginástica (CBG). Nomes como o de Daniele Hypolito, Flávia Saraiva, Julie Kim Sinmon, Letícia Costa, Lorrane Oliveira e Jade Barbosa estarão presentes na equipe. A ginasta Rebeca Andrade, que sofreu uma ruptura no ligamento cruzado anterior na última sexta-feira (26), não poderá fazer parte da delegação, sendo substituída por Jade. O grupo viaja no sábado (4) para Toronto. 

A coordenadora da seleção, Georgette Vidor, afirma que a notícia do desfalque de última hora de uma das atletas que faria parte da equipe foi recebida com tristeza, mas que isso não irá abalar as meninas na busca pelo objetivo na competição. “É claro que é um momento difícil, ainda mais por estarmos tão perto do Pan, mas a equipe está superando muito bem. As meninas querem mostrar que podem conquistar bons resultados de qualquer forma", garantiu. O tempo previsto de recuperação de Rebeca, que irá passar por uma cirurgia é de aproximadamente seis meses. 

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No México, em 2011, na cidade de Guadalajara, a Seleção Feminina conquistou duas medalhas de bronzes com Daniele Hypolito, no solo e na trave. Em 2015, o objetivo é superar o resultado anterior e utilizar os Jogos Pan-Americanos também como parte da preparação para o Campeonato Mundial de Glasgow, na Escócia, em outubro, torneio que é classificatório para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

A Seleção Brasileira de Ginástica Artística Feminina foi um dos destaques do campeonato Flanders International Team Challenge, em Ghent, na Bélgica, realizado neste fim de semana. Em ótima fase e em grande evolução, as brasileiras conquistaram três medalhas: bronze por equipe, no individual geral Flávia Saraiva conquistou ouro e Rebeca Andrade ganhou a prata. 

Na final por equipe cada país competiu com a equipe adulta e juvenil. Brasil adulto e Itália juvenil foram para a decisão e conquistaram o terceiro lugar, com 214,800 pontos. As primeiras colocadas foram a Alemanha, com 219,850, seguidas pelas donas da casa, a Bélgica, com 216,000. Na classificatória disputada somente entre as adultas, as brasileiras ficaram na liderança, com 221,350.

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No Individual Geral, Flávia Saraiva, medalhista de ouro, com 55,800, e Rebeca, de prata, com 55,350. O pódio contou também com a francesa Marine Brevet, com 55,050, na terceira posição. Daniele Hypolito foi a quarta, com 54,950, e Letícia Costa a 14ª, com 53,500.

Com hora marcada para encontrar a rígida Georgette Vidor, coordenadora da seleção feminina da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), a ginasta Flávia Saraiva entrou em uma van na companhia da mãe, Fábia Brito. O trajeto entre a casa no bairro Paciência, no Rio, e a Academia Bodytech, na Barra da Tijuca, levava cerca de uma hora. Mas naquele dia chuvoso um caminhão havia tombado na serra e bloqueava a passagem. Enquanto o motorista aconselhava Fábia a desmarcar o compromisso, ela decidiu seguir o trajeto a pé. Apesar da disposição, um motoqueiro ofereceu carona e não foi preciso tanto esforço. A mãe é grata ao desconhecido, que ajudou a atleta na busca para ser uma vencedora.

Esta foi uma das muitas vezes em que a família não poupou esforços para tornar o sonho de Flávia realidade. E a dificuldade começava na questão financeira. "Foi muito complicado. A gente não tinha emprego fixo, gastava quase todo dia R$ 50", contou o pai, João Saraiva, que na época vendia cesta básica de porta em porta. Fábia levava a filha ao centro de treinamento de ônibus. Vez ou outra cedia ao apelo de cansaço da ginasta e optava por uma van, até deixando de lanchar fora de casa. Ela parou de trabalhar para se dedicar à filha e encarou a missão com profissionalismo.

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A primeira vez que soube do interesse de Flávia pela ginástica foi por meio da diretora do Centro Educacional Monteiro Valadão, que mostrou alguns desenhos no caderno da criança. Aconselhada por um parente, Fábia levou a menina ao projeto social Qualivida na Faculdade Moacyr Bastos, em Campo Grande.

Aos sete anos, Flávia dava seus primeiros passos na ginástica. Em pouco tempo foi indicada para uma turma mais avançada, liderada pela ex-ginasta Heine Milani na empresa Gerdau, em Santa Cruz, e passou a treinar quatro vezes por semana nos dois locais. A dedicação e o perfeccionismo ficaram marcados na memória de Heine. "Em uma competição, ela chorou porque ficou em segundo. Nos treinos, quando uma menina conseguia fazer um exercício, ela só saía do aparelho se conseguisse fazer também", disse.

À medida que Flávia ficava mais velha, a carga horária precisava ser mais intensa. Georgette ajudou a incluí-la na equipe da Academia Bodytech, da ex-ginasta Altair Prado, para treinos diários. A parceria durou até 2012.

INFÂNCIA - "A vida dela era andar de mão para baixo e perna para cima". É assim que o pai define a meninice de Flávia Saraiva. João conta que a atleta sempre foi bastante levada e adorava subir na goiabeira que havia em frente à casa da família em Paciência, onde deu as suas primeiras piruetas.

Um admirador de suas peripécias é o avô Claudio Saraiva Cardoso, conhecido como "Seu Tide". Mas ele só consegue paparicar a neta durante as férias de fim de ano, quando ela o visita no sítio em Chapada da União, na zona rural do município de Exu (Pernambuco), mesma terra de Luiz Gonzaga. Flávia gosta de andar a cavalo, brincar com os primos e até dar uns "dois, três pulinhos". "Às vezes eu peço para ela saltar, mas ela responde: ‘Aqui não dá porque o chão é duro’", contou.

Resta a "Seu Tide" ver as apresentações pela televisão. Mas ele já fica satisfeito com o carinho da pequena. "Ela é boa demais, não mudou nada. Ela se abraça com a gente, é querida com todo mundo". Com apenas 1,33 metros, a ginasta chama atenção pela miudeza. Para a mãe, de 1,60m, a baixa estatura da menina deve-se à genética do marido (1,57m).

Em dezembro de 2014, Flávia ficou no Rio para se recuperar de uma lesão e não pôde visitar a grande família - o pai tem 11 irmãos. De acordo com o tio Demóstenes Saraiva Lucas, os resultados da ginasta têm gerado burburinho na cidade. "A gente está tendo uma repercussão muito interessante. É até uma forma de incentivar o esporte local, que é muito amador".

Em 2012, Georgette Vidor conseguiu um patrocínio do Sesi para formar uma equipe em Três Rios, treinada por Alexandre Cuia. Para fazer parte do grupo, Flávia Saraiva deveria ir morar a 160 km de sua casa em Paciência. A mãe ficou reticente, mas a jovem foi firme e insistiu. Durante um ano e meio, a atleta só voltava para casa aos fins de semana.

Fábia conta que, sem dinheiro para pagar um hotel, diversas vezes dormia com a filha no carro aos domingos. "Ela começou a ter dificuldades, sentir muita saudade e pediu para a gente morar com ela", disse. A família atendeu ao pedido da garota. Como o irmão João Júnior não se adaptou ao clima da cidade, a mãe retornou à capital, enquanto o pai permaneceu ao lado de Flávia por seis meses. Com a inauguração de um novo CT na Barra da Tijuca, a Qualivida voltou ao Rio.

Apesar da rotina intensa de treinos, Flávia nunca deixou os estudos de lado. Depois de frequentar uma escola pública em Três Rios, a ginasta adotou o ensino à distância. Dessa forma, consegue conciliar a obrigação com as rotineiras viagens de todo atleta. Em 2014, ela esteve em Nanquim, na China, onde brilhou nos Jogos Olímpicos da Juventude com as medalhas de ouro no solo e prata na trave e no individual geral.

SUCESSO - Aos 15 anos, Flávia divide o mesmo teto com a família e ganhou mais três "irmãs". A mãe passou a ser responsável por algumas atletas da Qualivida e todas moram em um apartamento próximo ao CT. Mas os Saraiva não abriram mão da casa em Paciência. Os antigos vizinhos acompanham de perto o sucesso de Flávia, com direito a telão e a churrasco enquanto assistiam à etapa de São Paulo na Copa do Mundo, no último fim de semana. A ginasta não decepcionou e conquistou ouro no solo e prata na trave em sua estreia no "adulto". Nervosa, a mãe quis ficar em casa.

Georgette está orgulhosa da pupila. "Foi uma experiência ótima. Vejo que a arbitragem sorri, ela faz uma coisa tão clássica, tão bonita". E o companheiro de seleção Diego Hypolito acredita no sucesso da novata: "A Flavinha é sensacional, tem tudo para brilhar. Espero que ela consiga ter cada vez mais segurança para que nos Jogos Olímpicos esteja 100%". No que depender da torcida, Flávia Saraiva já tem um lugar garantido na Olimpíada.

Flávia Saraiva mostrou neste domingo por que a ginástica artística do Brasil deposita tantas esperanças nela. Em São Paulo, repetiu o desempenho dos Jogos Olímpicos da Juventude e faturou uma medalha de ouro e outra de prata no segundo e último dia de finais da Copa do Mundo, no Ibirapuera. Ganhou no solo e foi segunda colocada na trave, com a mesma nota que deu à norte-americana Simone Biles o título mundial no ano passado: 15.100.

Se na fase de classificação, sexta, Flávia caiu ao se apresentar na trave, desta vez a brasileira de 1,33m foi perfeita. Levantando o público a cada exercício bem executado, foi ganhando confiança até encerrar a apresentação ovacionada. A nota demorou a sair, enquanto o telão mostrava uma menina alegre com o acolhimento da torcida. Quando o 15.100 apareceu na tela, era só a confirmação de que tudo havia dado certo.

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Há de se reconhecer, entretanto, que não é só o Brasil que produz talentos. Chiunsong Shang, da China, que já havia tirado 15.100 na eliminatória, foi ainda melhor que Flávia na final, com incríveis 15.400. Levou o ouro, deixando a brasileira com a prata.

No solo, a disputa não teve o mesmo nível técnico. Após uma boa apresentação da alemã Elizabeth Seitz (13.400), a primeira a subir ao tablado, as notas foram piorando ginasta após ginasta. Ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude na prova, Flavinha sabia que não precisava de muito para garantir medalha em São Paulo.

A torcida competiu junto. Vibrou a cada salto cravado e acompanhou a parte coreografada da apresentação com palmas. A garota se animou, fechou bem a série e saiu sorridente. Enquanto ela esperava a nota (13.625) que fez a torcida explodir, o técnico Alexandre Carvalho recebia os cumprimentos sinceros dos treinadores rivais. Afinal, lapidou um talento.

O ouro ainda não estava garantido, porque faltava a apresentação da alemã Leah Griesser. A torcida se comportou bem. Aplaudiu a atleta antes da série, comemorou os acertos da europeia, mas não deixou de fazer grande festa quando veio a nota, 13.325, que a deixou o bronze. Flavinha era a campeã da prova.

Lorrane Oliveira também participou da final do solo. Caiu logo na primeira sequência e terminou em último. "É errando que se aprende", disse ela, depois, na zona mista.

MASCULINO - Depois da dobradinha de ouro e prata com Arthur Zanetti e Henrique Medina Flores na argola e da prata de Diego Hypolito no solo, o Brasil fez mais uma final neste domingo, com Pétrix Barbosa no cavalo com alças. Ele terminou em quarto, com 14.325, muito perto do alemão Andreas Toba (14.400), e saiu comemorando bastante o resultado.

"Desde que cheguei aqui, almejei duas finais, de paralelas e barra. Cavalo seria um bônus. Acabou que inverteu e eu me surpreendi. É mais um aparelho que posso estar brigando mundialmente. Óbvio que queria uma medalha, mas a gente não compete para buscar o ouro sempre", avaliou Pétrix, um dos 'generalistas' da seleção - sua regularidade de resultados, em todos os aparelhos, é mais importante do que as notas para brigar por medalha em cada um deles.

O Brasil encerrou a Copa do Mundo em São Paulo com nove medalhas: ouro de Arthur Zanetti (argolas), Flávia Saraiva (solo) e Ângelo Assumpção (salto); prata para Henrique Medina Flores (argolas), Rebeca Andrade (salto), Diego Hypolito (solo) e Flávia Saraiva (trave); além de bronze com Diego Hypolito (salto) e Francisco Barreto (barra paralelas).

As duas grandes revelações da ginástica artística feminina do Brasil, Flávia Saraiva e Rebeca Andrade, falharam na final das barras assimétricas da etapa da Copa do Mundo em São Paulo, no ginásio do Ibirapuera. Flávia, de apenas 1,33m, não alcançou a barra em um movimento de passagem e foi direto para o chão. Depois, voltou ao aparelho para começar de novo o exercício, até acertou a execução, mas terminou com 12.525, em oitavo e último lugar.

A nota da atleta de 15 anos, estreante na seleção adulta, demorou bem mais do que o usual para ser publicada no telão do ginásio. Enquanto isso, Rebeca Andrade, que se preparava para fazer sua apresentação, dividiu a ansiedade com a amiga. Iniciou a série nervosa, errou um movimento e perdeu velocidade. Precisou descer do aparelho para começar de novo. Com 13.300, terminou em sétimo.

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Entre os homens, uma medalha de certa forma surpreendente. Francisco Barreto foi o último a se apresentar na final das barras paralelas. Fez uma série limpa, ainda que mais simples que dos rivais, e faturou o bronze com 15.300, superando por apenas 0.025 o norte-americano John Orozco, titular da seleção de seu país e 11.º colocado no aparelho no Mundial do ano passado.

O ouro ficou com o alemão Lukas Dauser, também da equipe principal do seu país, que saiu vibrando muito e pedindo para ouvir os gritos da torcida antes mesmo de saber sua nota - 15.750. Xiaodong Zhu, da China, faturou a prata com 15.525.

Apesar de a medalha ter sido apenas de bronze, o resultado de Barreto é bastante importante para a ginástica artística brasileira. Afinal, veio em um dos aparelhos em que há maior deficiência técnica no País. Chico melhorou 0.600 a sua nota em comparação ao Mundial passado, se aproximando do resultado dos finalistas de Nanning.

Assim, o Brasil encerrou o primeiro dia de finais em São Paulo com quatro medalhas. Ângelo Assumpção ganhou ouro no salto, enquanto que Rebeca foi prata na versão feminina do aparelho. Diego Hypolito ganhou o bronze na mesma prova de Ângelo. Letícia Costa também participou da final do salto, ficando em quarto.

Dona de três medalhas da Olimpíada da Juventude aos 15 anos, Flavia Saraiva fez suas primeiras competições como adulta nesta sexta-feira. A menina de 1,31 metros foi uma das primeiras a se apresentar no Ginásio do Ibirapuera, avançando às finais da trave e do solo, ambas programadas para o sábado.

Na sua primeira série, Flávia mostrou nervosismo. Desequilibrou-se algumas vezes e chegou a cair do aparelho. Recebeu a nota 13.700, abaixo dos 14.000 que lhe deram a prata em Nanquim (China), mas o suficiente para avançar à final com a segunda melhor nota.

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Assim como nos Jogos Olímpicos da Juventude, foi superada apenas por uma chinesa. Quase tão baixinha quando Flávia, Chunsong Shang impressionou com a nota 15.100, mesmo desempenho que deu a Simone Biles (EUA) o título mundial do ano passado, em Nanning (China).

No solo, as duas chinesas escaladas erraram. Com uma série bem mais difícil do que aquela que lhe rendeu o ouro olímpico em Nanquim, Flávia Saraiva avançou em primeiro, com 13.900. A segunda melhor nota também foi brasileira, com Lorrane Oliveira (13.750).

"Eu fiquei bem calma no solo. A torcida me ajudou bastante no solo, batendo palma. Fiz o que eu treinei, na verdade", comentou Flávia, ainda tímida no trato com os jornalistas.

De forma geral, o nível técnico da Copa do Mundo é baixo. A argentina Ailen Valente avançou à final do solo com nota 12.550, que a deixaria fora do top 100 do Mundial do ano passado, por exemplo. Na trave, a oitava colocada nesta sexta-feira em São Paulo teria sido 120ª colocada em Nanning. Após cair na entrada da apresentação, Lorrane acabou fora da final da trave, com 12.000, no décimo lugar.

MASCULINO - Diego Hypolito fez o básico para ir à final do salto. Atleta de melhor repertório entre os inscritos na prova, ele apresentou uma série de nota de partida baixa e avançou com a sexta melhor média, 14.375.

"Fiz dois saltos bem mais fracos do que apresento em competições internacionais, foi mais para ir para a final. Hoje (sexta) estava com muita dor na coluna, ainda tem o solo de tarde, não podia usar toda a minha força no salto", argumentou o ginasta, que depois de competir subiu à arquibancada e foi tietado por crianças e adolescentes.

Principal nome da nova geração masculina, Ângelo Assumpção passou à final do salto com a quarta melhor nota, 14.800. O Brasil também estará na decisão das medalhas nas barras paralelas, com Francisco Barreto. Ele recebeu 15.100 dos árbitros e avançou em quinto. Na barra fixa, ficou fora da final, no 10.º lugar.

No masculino, o nível técnico em São Paulo é mais alto, com a participação de bons atletas alemães, chineses e dois norte-americanos. Nas paralelas, Lukas Dauser (Alemanha) avançou em primeiro, com 15.650. Nicolas Córdoba (Argentina) e Lianshen Ji (China) tiraram 15.100 e ficaram empatados em primeiro na barra fixa.

Lutando por uma vaga na equipe que vai ao Mundial de Glasgow (Escócia), em outubro, Pétrix Barbosa não foi bem no Ibirapuera nesta sexta. Ficou no 11.º lugar na barra fixa e, nas paralelas, foi 12.º.

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