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O Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO) ingressou com representação, nesta terça-feira (10), pedindo a inconstitucionalidade de recente alteração na legislação municipal do Recife, que permitiu prorrogações de contratos temporários de servidores admitidos sem concurso público por até oito anos. O objetivo é a suspensão da Lei sancionado pelo prefeito Geraldo Julio (PSB) no dia 27 de março. 

A representação foi entregue ao procurador-geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros, que irá estudar o assunto com sua assessoria constitucional e pode pedir uma medida cautelar ao Tribunal de Justiça do Estado, para suspender a aplicação da lei. 

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Segundo o MPCO, com a mudança, um prefeito poderá ficar dois mandatos com servidores temporários, sem nunca precisar abrir concurso público. "A gestão quadruplicou o prazo de duração dos contratos temporários previstos. Aumentou de um ano renovável por mais um ano, para quatro anos renováveis por até mais quatro anos. Contrariou inclusive o disposto na Lei Orgânica do Recife", alerta a procuradora-geral Germana Laureano, que assina a representação. 

De acordo com a representação, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem jurisprudência contra o procedimento adotado pelo Recife. Para o MPCO, a lei decorrente do projeto de lei enviado pelo prefeito está desafiando o entendimento do STF e deve ser julgada inconstitucional. 

Representantes do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e o procurador-geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros, estão em Curitiba até a próxima quinta-feira (21) para participar do workshop “Experiências da força-tarefa Lava Jato: técnicas especiais de investigação para o enfrentamento da corrupção”. O curso tem início nesta terça-feira (19) e é voltado para membros dos MPs de todo o país que atuam na área de defesa do patrimônio público. 

“A força-tarefa da Lava Jato tem muito o que nos ensinar. Ainda mais em um momento em que várias frentes estão tentando desacreditar o Ministério Público como instituição. O nosso MPPE precisa investir pesado na persecução penal, é uma forma de contribuímos para a diminuição do índice de violência no nosso Estado", destacou Francisco Dirceu Barros, que abrirá os trabalhos da oficina, ao lado do colega paranaense, Ivonei Sfoggia, às 19h de hoje.

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O primeiro módulo do curso será realizado logo na sequência pelo procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador do grupo no Ministério Público Federal no Paraná, que falará sobre “Lava Jato: história, métodos, resultados e críticas”.

Na quarta (20), a programação terá início às 9h, com discussões técnicas sobre temas como investigação contra organizações criminosas empresariais, investigações patrimoniais e colaboração premiada. Já na quinta, os debates serão sobre técnicas de denúncia, tipologias de lavagem e aspectos positivos e negativos da divulgação de colaborações premiadas.

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