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Em meio às incertezas sobre a viabilidade econômica da OGX, petroleira de Eike Batista, a presidente da Petrobras, Graça Foster, exaltou hoje (20), o período de aprendizado de quase 60 anos da Petrobras, e afirmou, em palestra na Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo (SP), que a "companhia de petróleo não é para qualquer um". Segundo ela, "não é para qualquer executivo falar que vai fazer uma companhia de petróleo, chegar lá e fazer. Não é para dois, três anos", disse, sem citar executivo.

Na semana em que o Broadcast revelou que o déficit comercial da Petrobras mais quadruplicou no primeiro trimestre de 2013, ante igual período de 2012, de US$ 1,679 bilhão para US$ 7,396 bilhões, a presidente da Petrobras citou a área de trading da companhia, e afirmou que "os contratos de exportação e de compra são grandes oportunidades". "Uma das partes mais nobre da empresa é saber comprar e vender, estar relacionado no mercado", afirmou a executiva, que também é diretora da área internacional da estatal.

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Graça lembrou que a maior parte do crescimento da produção diária, de 2 milhões para 4 milhões de barris de petróleo por dia, entre 2010 e 2013, virá do pré-sal e elogiou a taxa de sucesso nas descobertas na camada profunda. "A taxa de sucesso da Petrobras no pré-sal é e 84%. Se juntarmos com as outras áreas (no mar e na terra) é de 64%. No mundo, uma excelente taxa é de 30%", disse. "Portanto, estamos apenas começando".

Para uma plateia formada por estudantes, Graça Foster considerou o petróleo como uma atividade de alto risco e citou questões fiscais nos Estados Unidos, tensões em países do Oriente Médio, como exemplos. "Uma leve desaceleração na China por exemplo, mexe em preço. A Venezuela tem a maior reserva e, parada, mexe em preço", afirmou.

Ela voltou a falar que a política de preços da estatal é de médio e longo prazo, que a prioridade da Petrobras é produzir, depois vem o refino. "Nós temos muita liquidez quando vamos ao mercado de capital. Isso mostra a fortaleza e a solidez de empresa", disse.

Em entrevista ao jornal gaúcho Zero Hora, a presidente da Petrobras, Graça Foster, descartou um novo aumento para o diesel e a gasolina neste ano. "Olhando hoje para o quadro do Brent e para a taxa de apreciação do real, para o câmbio, não há previsão de aumento de combustível", afirmou a executiva. Graça lembrou que o diesel teve quatro reajustes, que somaram 21,4%, e a gasolina, dois aumentos na refinaria, de 14,9% ao todo.

Questionada sobre a possibilidade de a estatal socorrer o grupo de Eike Batista, Graça disse que, desde setembro, vem discutindo "projeto a projeto" com o empresário, entre eles a construção do super porto do Açu, no Rio de Janeiro. "O grupo X tem uma infraestrutura muito grande e estamos trabalhando projeto a projeto com eles. O grupo tem, junto com a Mendes Júnior, outros dois contratos para plataformas. Tem navios que ganharam licitações e outros assuntos que estamos discutindo. Mas tudo será alvo de licitação", explicou.

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No sábado (13), o empresário usou o Twitter para se pronunciar sobre sua situação financeira e rebateu a informação publicada pela revista Veja de que o grupo EBX deve R$ 10 bilhões ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo Eike, o grupo deve apenas R$ 109 milhões.

A Petrobras divulgará nesta terça-feira (19), em teleconferência com analistas de mercado, os detalhes do plano de investimentos de 2013-2017 da estatal, que prevê recursos de US$ 236,7 bilhões e não apresentou nenhum novo projeto. A Petrobras praticamente manteve o nível programado no plano para 2012-2016, divulgado em 2012 (US$ 236,5 bilhões).

Na sequência do plano de investimentos divulgado na sexta-feira (15), as ações preferenciais da empresa iniciaram o dia em queda e depois inverteram o sinal, enquanto as ordinárias permaneceram em declínio por causa, de acordo com analistas, da ausência de notícias sobre possível equalização no pagamento de dividendos.

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A maratona de eventos da Petrobras nesta terça-feira começa às 10 horas, com apresentação do plano para investidores e analistas. Em seguida, às 12h30, haverá declaração à imprensa na sede da companhia, no Rio, com a participarão da presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, e dos diretores financeiro e de Relações com Investidores, Almir Barbassa; de Exploração e Produção, José Formigli; de Abastecimento, José Carlos Cosenza, e de Energia, José Alcides Santoro.

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, voltou a defender novos leilões para concessão de áreas de exploração, voltados para ao pré-sal. A região tem 31% da área concedida e as empresas do setor aguardam uma definição da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) sobre o cronograma das novas concorrências. O processo, porém, está atrelado à evolução das discussões sobre os royalties do petróleo no Congresso Nacional.

"Teremos novos leilões, e precisamos desses leilões porque o grande bem de uma empresa de petróleo é seu portfólio", afirmou a executiva, que participa nesta segunda-feira (26) de evento organizado pelo Lide - Grupo de Líderes Empresariais. Graça Foster faz uma apresentação sobre as perspectivas do pré-sal e de energias limpas, em São Paulo.

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A gestão de sete anos do economista José Sergio Gabrielli na presidência da Petrobras passa por completa reformulação na administração de sua sucessora, a engenheira química Maria das Graças Foster.

Além de afastar quatro diretores ligados ao ex-presidente logo após assumir, Graça, como prefere ser chamada, mandou rever todos os contratos relacionados a projetos fundamentais iniciados por Gabrielli, como a construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

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Diferentemente do que ocorria na gestão Gabrielli, que presidiu a estatal de 2005 a fevereiro de 2012, Graça Foster não demonstra tolerância com atrasos na entrega de encomendas.

O exemplo mais evidente desse novo comportamento é a punição imposta ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Ipojuca (PE). O petroleiro João Cândido deveria ter sido incorporado à frota da Petrobras Transporte (Transpetro) em 2010. Isso só veio a ocorrer há pouco, com dois anos de atraso.

Graça determinou à subsidiária a aplicação de uma multa e a suspensão temporária de 16 dos 22 contratos firmados com o estaleiro. Na administração anterior, os atrasos não eram punidos.

Logo ao assumir o cargo, em 13 de fevereiro, Graça reuniu a diretoria e determinou a fixação de metas que definiu como "mais realistas". A administração Gabrielli, na interpretação de especialistas, foi marcada pelo estabelecimento de metas ao mesmo tempo ambiciosas e, diante da realidade da empresa, impossíveis de serem cumpridas.

Graça e Gabrielli deixam as críticas escaparem, embora procurem manter a cordialidade, repetindo que a gestão é de continuidade. As divergências foram evidenciadas em 25 de junho, quando ela anunciou o esperado plano de negócios da companhia para o período de 2012-2016, após três meses de revisão do trabalho desenvolvido na gestão anterior.

A presidente iniciou a apresentação com 11 slides consecutivos sobre metas de produção descumpridas na administração Gabrielli, prazos desrespeitados e custos superelevados. Para em seguida estabelecer metas de produção menores, segundo ela, realistas e factíveis.

Abreu e Lima

A presidente da Petrobras apontou ainda a Refinaria Abreu e Lima, que está em obras em Pernambuco, com previsão de custo quase dez vezes maior do que o planejado inicialmente, como um mau exemplo de procedimentos adotados, a ser estudado a fundo por toda a companhia, para não voltar a acontecer.

"A Rnest (Refinaria do Nordeste, como foi chamada inicialmente a Abreu e Lima) é uma história a ser aprendida, escrita e lida pela companhia, de tal forma a que não seja repetida. Existe claramente um aumento significativo do investimento inicial, do seu marco zero, em setembro de 2005. O óleo a ser refinado conta hoje com atraso de três anos", disse Graça.

"É claro, absolutamente claro, o não cumprimento integral da sistemática de aprovação de projetos neste caso específico. Uma história a ser aprendida e não repetida", acrescentou a presidente da Petrobras. Além disso, Graça determinou a suspensão ou o adiamento de pelo menos 13 projetos nas áreas de refino e exploração e produção (E&P), incluindo refinarias de investimento bilionário.

Corresponsável

Sempre que questionada sobre as modificações implementadas, a presidente da Petrobras destaca que também fazia parte da diretoria anterior (comandava a diretoria de Gás e Energia) e, assim, era corresponsável pelas falhas que porventura tivessem acontecido. Mas a divergência de atitudes ficou bem clara no pronunciamento oficial quando da apresentação do Plano de Negócios da estatal. Três semanas depois, Graça procurou atenuar sua posição, ao dizer que a única diferença entre os dois gestores era de gênero.

"A gente é amigo. (...) A diferença é que você é menino e eu sou menina", disse ela a Gabrielli em solenidade na Bahia, há nove dias, quando selaram uma espécie de trégua, posando juntos para fotografias.

Na ocasião, o ex-presidente foi o convidado especial na solenidade de batismo de uma plataforma petrolífera, da qual participou a presidente Dilma Rousseff. Gabrielli é secretário estadual de Planejamento na administração do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), a quem planeja, embora não admita publicamente, suceder em 2014.

Procurados, nem Graça nem Gabrielli quiseram se pronunciar para esta reportagem, Ao jornal Valor Econômico, na semana passada, porém, Gabrielli disse que Graça foi "inábil" ao apresentar o plano de negócios. Em seguida, buscou atenuar a declaração, ressaltando ter havido apenas uma "falta de cuidado" por parte dela.

Gabrielli disse que a sucessora faz uma administração de continuidade. Ela tem falado a mesma coisa quando questionada sobre as diferenças entre as duas gestões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente da Petrobras, Graça Foster, reclama que os estaleiros brasileiros lhe têm tirado o sono. Os números das encomendas deixam claro o motivo: até 70% das sondas que a companhia contratou no País para explorar o pré-sal serão montados em estaleiros que ainda não existem ou que atravessam graves problemas de atrasos e gestão. Além disso, aqueles em operação já estão assoberbados com encomendas.

Um atraso na entrega das sondas significaria retardar a transformação das reservas do pré-sal em caixa para a companhia. Os próprios estaleiros estão pessimistas com as primeiras sondas, que têm entrega prevista para 2015. "A única certeza que se tem ao começar um projeto de construção é de que não vai acabar no prazo", confessa um presidente de estaleiros envolvido no projeto. "Não estou dizendo que é impossível (cumprir o prazo), mas é muito difícil. Fazer algo pela primeira vez é sempre complicado."

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A Petrobras contratou 33 sondas para serem construídas no Brasil e está em fase avançada de negociação para outras duas. Custarão ao todo cerca de US$ 28 bilhões para serem montadas. Nunca uma sonda dessas foi fabricada no País.

Considerando-se um total de 35 sondas, a maior parte (entre 24 e 25) está prevista para estaleiros que ainda estão sendo erguidos - apelidados de virtuais - ou no Atlântico Sul (PE), que registra atrasos nas encomendas e problemas de gestão. Até agora, apenas nove contratos foram efetivamente firmados.

A princípio, as sondas devem ficar distribuídas entre Keppel Fels (estaleiro já operacional, 6 sondas); Atlântico Sul (operacional, mas com atrasos, 7 sondas); Enseada Paraguaçu (virtual, 6 sondas); Jurong Aracruz (virtual, 6 sondas); Rio Grande (operacional, 3 sondas); Eisa Alagoas (virtual, de 3 a 4 sondas) e Mauá (operacional, 1 ou 2 sondas). As duas sondas extras estão sendo negociadas com a OSX (virtual).

Graça vem repetindo que não trabalha com cenário de atraso e que ficará em cima dos estaleiros para garantir os prazos. A presidente da Petrobras tem convocado constantes reuniões com a Sete Brasil, que terceiriza a gestão de 28 das sondas. É a Sete BR - que tem a Petrobras, bancos e fundos como sócios - que contratará os estaleiros.

O presidente da empresa, João Carlos Ferraz, garante que as sondas vão ser entregues no prazo, a partir de 2015, mas reconhece dificuldades na contratação dos estaleiros. "Acho justa a desconfiança do setor. É desafiador, é difícil, é complexo, mas é possível", afirma.

O secretário executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Naval (Sinaval), Sergio Leal, diz que o setor tem um "desafio gigante" pela frente, mas garante que o País tem capacidade para atender à demanda. Ele lembra que apenas um estaleiro (EAS) tem atrasos. "Todos os outros estão pontualmente em dia", frisa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Além de amiga da presidente Dilma Rousseff, a indicada pelo governo para comandar a Petrobras, Maria das Graças Foster, é doadora de campanha de Dilma. Graças Foster ocupa hoje a diretoria de Gás e Energia da companhia petrolífera.

Segundo dados disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2010, a diretora doou R$ 24 mil para o comitê financeiro nacional do PT para presidente da República. As doações foram feitas em 10/08 e 06/09 daquele ano.

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A futura presidente da Petrobras colaborou ainda com outra campanha do PT. Ela doou no dia 01/09/2010 outros R$ 10 mil por meio de transferência eletrônica para o comitê financeiro único do partido no Rio de Janeiro. No dia 28 do mesmo mês, Graça Foster fez outro depósito, no valor de R$ 500,00, em espécie, na conta da direção estadual do PT.

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