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A presidente da Petrobras, Graça Foster, em palestra de encerramento da feira e conferência Rio Oil & Gas, ressaltou os ganhos de produtividade da indústria petroleira desde a realização da última edição do evento, em 2012. Na conferência anterior, Graça demonstrou preocupação com os prazos de entrega de plataformas pelos estaleiros nacionais. Mas, neste ano, o discurso mudou. A executiva está ressaltando não só a qualidade dos seus fornecedores, mas também dos "recursos humanos" da Petrobras.

Segundo ela, de 2012 a 2014, a curva de aprendizagem dos estaleiros nacionais, medida que representa o intervalo de tempo entre a assinatura do contrato para a construção da plataforma e a produção do primeiro óleo, passou de 60 meses para 42 meses, aproximando-se da marca de referência internacional, de 39 meses. Graça ressaltou também a eficiência operacional de toda estatal, que subiu de 79% para 81%, de 2013 para 2014.

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A presidente da Petrobras afirmou também que as parcerias com operadoras de petróleo são uma premissa para a empresa. Como exemplo de sucesso, citou o campo de Libra, no pré-sal, que divide com a Shell, Total, CNPC e CNOOC.

Segundo Graça, a expectativa é que a produção da Petrobras e de terceiros em 2030 será de 5,2 milhões de barris por dia. Sozinha, a estatal produzirá, na mesma data, 4,2 milhões de barris por dia. Ela ressaltou, contudo, que essa estimativa é inferior à de consultorias externas.

Ao fim da palestra, Graça homenageou os seus funcionários, neste momento em que a empresa está sob investigação de corrupção. Toda sua palestra foi no sentido de demonstrar a importância dos seus recursos humanos para o aumento da produção.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu aplicar uma multa no valor R$ 53 mil a presidente da Petrobras, Graça Foster, por conduta vedada a agente público. Por maioria de votos, os ministros entenderam, na sessão do órgão dessa quinta-feira (11), que uma propaganda sobre a gasolina comercializada pela empresa foi veiculada de forma irregular. Segundo a lei eleitoral, durante o período das eleições, são proibidas inserções institucionais de produtos que não têm concorrência.

A propaganda questionada diz: "A Petrobras conhece o brasileiro como ninguém. Por isso, só a gente poderia fazer uma gasolina sob medida para o seu carro e para você. Vem aí a gasolina com nome e sobrenome". No entendimento dos ministros, o anúncio promoveu a empresa, fato proibido durante o período eleitoral. A peça foi veiculada no dia 16 de julho, em uma emissora de televisão. 

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A ação foi proposta pela coligação Muda Brasil, do candidato Aécio Neves (PSDB), sob alegação de que a lei eleitoral veda a publicidade institucional nos três meses que antecedem as eleições e que a propaganda reiterada "comprova intenção de uso sistemático dessa espécie de publicidade" para desequilibrar as eleições. Esta é a segunda multa que a presidente recebe em menos de 15 dias do TSE. No último dia 3, o órgão multou Foster em R$ 212 mil  por outra veiculação irregular de propaganda.

 

 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu multar a presidente da Petrobras, Graça Foster, em R$ 106 mil por conduta vedada em propagandas da estatal veiculadas em julho. A coligação encabeçada pelo PSDB nas eleições nacionais, Muda Brasil, questionou na Justiça Eleitoral a publicidade institucional, apontando que a legislação veda esse tipo de propaganda nos três meses que antecedem a eleição.

Os ministros consideraram a conduta reiterada de publicidade da estatal, veiculada na televisão mesmo após decisão liminar que suspendia a exibição da propaganda. O PSDB pretendia que a sanção fosse aplicada também à presidente Dilma Rousseff, candidata pelo PT, ao vice na chapa do PT, Michel Temer (PMDB), e ao ministro da Comunicação Social, Thomas Traumann. O TSE entendeu, no entanto, que só caberia responsabilizar pelo fato a presidente da Petrobrás.

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O relator, ministro Admar Gonzaga, votou pela aplicação de multa em valor inferior, mas a maioria dos integrantes da Corte seguiu a divergência aberta pelo ministro Gilmar Mendes. Mendes é da opinião, que tem reiterado no TSE, de que as multas aplicadas no âmbito eleitoral devem ser mais expressivas, caso contrário, o "crime compensaria".

Por este entendimento, a multa aplicada foi ao valor máximo previsto nos casos de conduta vedada. "Neste caso, a multa chega a R$ 106 mil, direcionados à presidente da Petrobras. Penso que é excessivo", alertou Gonzaga, que ficou vencido. Ao votar pela aplicação da multa máxima, o presidente do tribunal, Dias Toffoli, citou os altos valores pagos para veicular peça publicitária em horário nobre da televisão.

A propaganda foi veiculada nos dias 7 e 8 de julho, na Rede Bandeirantes, durante o intervalo do jornal, e repetida no dia 10, de acordo com os autos do processo. Os ministros consideraram que a propaganda da Petrobras relaciona ações da estatal com ações do governo federal, configurando benefício eleitoral. A propaganda da empresa diz que a Petrobras "faz tudo para evoluir sempre". "Por isso, modernizamos nossas refinarias e hoje estamos fazendo uma gasolina com menos teor de enxofre. Um combustível com padrão internacional que já está nos postos do Brasil inteiro. Para levar o melhor para quem conta com a gente todos os dias: você", diz a peça publicitária.

A maioria já foi formada no Tribunal de Contas da União (TCU) para liberar a presidente da Petrobras, Graça Foster, do bloqueio patrimonial no processo que investiga a aquisição da refinaria de Pasadena, mas a decisão final do caso foi adiada pela terceira vez. O resultado parcial do julgamento é de dois votos pela indisponibilidade de bens e cinco votos contrários. O último ministro a votar, contudo, Aroldo Cedraz, pediu vista do processo.

Cedraz sinalizou no sentido de seguir o entendimento de José Jorge, mas adiou a decisão com a justificativa de que precisaria se debruçar melhor sobre o caso. Ainda que ele vote com o relator, a maioria já entendeu que Graça não deve ter os bens indisponibilizados.

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A presidente da estatal não deverá ser incluída na medida cautelar de bloqueio de bens, aplicada a 11 dirigentes e ex-dirigentes da empresa envolvidos na aquisição da refinaria de Pasadena - entre eles José Sérgio Gabrielli, Nestor Cerveró, Almir Barbassa e Paulo Roberto da Costa.

Os ministros que já votaram, contudo, concordaram em incluir Graça e o ex-diretor Jorge Zelada no novo processo que irá apurar a culpa dos citados por um prejuízo estimado de US$ 792 milhões com a compra da refinaria norte-americana. Por um erro, os dois não haviam sido incluídos no processo em um primeiro momento. Apesar de entrarem no caso a partir de agora, eles não terão decretada a indisponibilidade de bens.

Votaram pelo bloqueio dos bens de Graça o relator do caso, ministro José Jorge, e o ministro Augusto Sherman. Os ministros Walton Alencar, Benjamin Zymler, Raimundo Carreiro, Bruno Dantas e José Múcio foram contra o bloqueio patrimonial dos diretores envolvidos na decisão sobre a sentença arbitral - único ponto do processo em que Graça é incluída. Ontem, o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, antecipou que a maioria do tribunal deveria liberar Graça do bloqueio.

O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), João Augusto Nardes, confirmou para esta quarta-feira (27) a análise sobre a possibilidade de bloqueio dos bens da presidenta da Petrobras, Graça Foster, no processo que apura irregularidades na compra da Refinaria de Pasadena, no Texas, Estados Unidos. “Falei hoje (26) com o relator [ministro José Jorge] e ele deve manter o processo [na pauta]”, disse Nardes à Agência Brasil após reunião no Ministério do Trabalho. Na semana passada, o tribunal adiou a análise sobre o bloqueio dos bens da presidenta da Petrobras.

O ministro José Jorge, relator do caso, manteve o voto apresentado no início do mês, pela indisponibilidade, mas retirou o processo da pauta na reunião da última quarta-feira (20) após a notícia publicada pelo jornal O Globo. A reportagem informa que a presidenta e o ex-diretor da Área Internacional da empresa Nestor Cerveró doaram imóveis a parentes após o escândalo sobre a compra da refinaria texana.

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O presidente do TCU lembrou que o julgamento referente à responsabilização de Graça Foster na aquisição da refinaria é sobre US$ 90 milhões dos US$ 792,3 milhões que o tribunal definiu como prejuízos ao patrimônio da Petrobras.

“A questão que envolve Graça Foster não é de todo o processo. É de apenas US$ 90 milhões. Os US$ 700 milhões já estão definidos em relação aos demais diretores da Petrobras”, disse Nardes.

Sobre a decisão do ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli e de outros ex-diretores da estatal, de recorrerem ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar desbloquear os bens determinado pelo TCU, Nardes mostrou-se confiante com a manutenção do parecer do ministro Gilmar Mendes, que negou recurso aos ex-diretores. “O Supremo já se manifestou com o ministro Gilmar Mendes, referendando a posição do TCU”, frisou.

Os deputados federais Mendonça Filho e Rodrigo Maia (RJ), ambos do DEM, defenderam a saída imediata de Graça Foster do comando da estatal após seu nome estar envolvido em outra denúncia que envolve o Caso Pasadena.

De acordo com os parlamentares, a situação ficou insustentável após a descoberta de que Graça, assim como o ex-diretor da estatal, Nestor Cerveró, doou imóveis a parentes logo após o estouro do escândalo sobre a compra da refinaria. Com a revelação da manobra por um veículo de circulação nacional, o Tribunal de Contas da União (TCU) chegou a suspender a sessão que analisava o bloqueio de bens dos ex-dirigentes.

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“Toda essa movimentação se configura como uma obstrução ao trabalho da Justiça. Eles empreenderam a ação de ocultamento e repasse de patrimônio. É um ato gravíssimo que só suja ainda mais sua gestão à frente da empresa. A Graça Foster perdeu a condição de continuar na Presidência da Petrobras”, declarou Mendonça.

Para Maia, a Justiça precisa achar uma forma de reaver todos os bens transferidos antes do escândalo. “Tudo que foi transferido pela presidente da Petrobras posterior à entrevista de Dilma em março precisa ser bloqueado. Será que depois de tudo isso, Graça ainda tem condições de continuar presidente da Petrobras”, questionou.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

O ministro relator do processo que apura o caso Pasadena no Tribunal de Contas da União (TCU), José Jorge, afirmou nesta quarta-feira que irá pedir diligências para apurar a possível doação de bens da presidente da Petrobras, Graça Foster, e do ex-diretor da área internacional da empresa, Nestor Cerveró. No gabinete do ministro, contudo, ainda não se sabe qual medida será tomada. Segundo fontes ouvidas no Tribunal, a previsão é de que a Corte faça inicialmente um levantamento das doações realizadas e bens em nome de Graça Foster em cartório.

José Jorge evitou responder quais serão as diligências para apurar a questão, dizendo que o caso é inédito. "Eu não pensei ainda. Estou tomando muito susto nesse processo", disse, afirmando que soube da doação durante o julgamento do caso.

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Com a divulgação de notícia sobre a doação de imóveis de Graça Foster e Cerveró, o TCU adiou mais uma vez hoje o julgamento do processo que irá definir se bloqueia o patrimônio da presidente da empresa, como fez com os demais ex-dirigentes envolvidos no processo de aquisição da refinaria de Pasadena.

A Petrobras divulgou nesta quarta-feira (20) posicionamento em que "refuta veementemente" as informações de que a presidente da companhia, Graça Foster, tenha feito "qualquer movimentação patrimonial com o intuito de burlar a decisão do TCU". No último dia 23 de julho, o Tribunal de Contas da União determinou o bloqueio de bens de diretores da estatal responsabilizados pelo prejuízo de US$ 792,3 milhões com a compra da Refinaria de Pasadena.

Reportagem do portal do jornal O Globo desta tarde afirmou que no dia 20 de março a executiva teria transferido dois imóveis no Rio de Janeiro para seus filhos. Um terceiro imóvel teria sido transferido também para o filho em abril. Além dela, o ex-diretor da Área Internacional, Nestor Cerveró, também transferiu três imóveis a familiares 45 dias antes da determinação do bloqueio de seus bens pelo Tribunal de Contas da União (TCU), segundo confirmou seu advogado.

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De acordo com a nota encaminhada pela Petrobras, Graça Foster não era citada na decisão do TCU do dia 23 de julho. O comunicado também ressalta que a executiva já providenciava a doação dos imóveis desde junho de 2013.

"Documentos pessoais da presidente da companhia comprovam que, desde junho de 2013, ela já vinha providenciando a documentação necessária para a lavratura das Escrituras de Doação de Bens Imóveis aos seus filhos com Cláusula de Usufruto", diz o documento. "É importante frisar que doações de bens são atos legítimos, previstos em lei e objetivam evitar futuros conflitos entre herdeiros", completa.

A companhia também descreve os procedimentos realizados pela presidente Graça Foster para a doação dos imóveis, sendo eles avaliação, obtenção de certidões, verificação do valor de tributos, elaboração de minutas das escrituras e formalização da transferências, "culminando todos esses atos em 20 de março e 9 de abril de 2014", afirma a nota.

A nota da Petrobras ressalta que a decisão do TCU sobre o bloqueio de bens de "potenciais responsáveis por supostos danos ao patrimônio da companhia" ainda será submetida a apuração no âmbito de Tomada de Contas Especial antes de uma condenação formal.

Hoje, o Tribunal voltou a adiar o julgamento sobre a inclusão da atual presidente da Petrobras entre os diretores responsabilizados pela compra da refinaria de Pasadena. Graça Foster era diretora de Gás e Energia durante o processo de aquisição da refinaria, mas não foi citada no acórdão do TCU por um erro do tribunal.

O advogado geral da União, Luis Inácio Adams, fez a defesa em plenário da atual presidente da companhia e também articula com os ministro do Tribunal uma saída para que Graça Foster não seja incluída entre os gestores responsabilizados. Segundo ele, a decisão inviabilizaria a permanência da executiva na presidência da empresa.

A decisão sobre o bloqueio patrimonial da presidente da Petrobras, Graça Foster, foi adiada pelo Tribunal de Contas da União mais uma vez. O ministro relator do caso, José Jorge, pediu nesta quarta-feira o adiamento da decisão após saber de uma notícia veiculada pelo jornal O Globo que afirma que Graça Foster e o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró doaram imóveis após a discussão sobre a aquisição da refinaria de Pasadena, no Texas.

Na sessão plenária, José Jorge manteve o voto de duas semanas atrás, quando opinou pela inclusão da presidente da estatal e do ex-dirigente Jorge Zelada no novo processo que irá apurar a culpa dos diretores da empresa pelo prejuízo causado com a compra da refinaria. Na ocasião, o ministro adiou a decisão em consideração à presença do advogado-geral da União, ministro Luís Inácio Adams. Adams pediu a individualização da decisão sobre o bloqueio patrimonial. Na avaliação do advogado-geral, não estão presentes os requisitos necessários para determinar o bloqueio de bens de Graça Foster, por exemplo.

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Nesta quarta, após o voto de José Jorge, o ministro Walton Alencar Rodrigues apresentou divergência. Ele concordou com a inclusão dos novos nomes no processo, mas pediu que ficassem excluídos do bloqueio patrimonial os diretores que participaram apenas da decisão que aponta prejuízos de US$ 92,3 milhões causados pelo adiamento do cumprimento da decisão arbitral sobre a disputa contra a Astra Oil, antiga proprietária da refinaria. É o caso da atual presidente da estatal, Graça Foster.

Um ministro ouvido pelo Broadcast, serviço da Agência Estado de notícias em tempo real, afirmou antes do início da sessão que a expectativa era de que a maioria divergisse de José Jorge na questão da indisponibilidade de bens. Durante o voto do ministro Walton Rodrigues, contudo, José Jorge se levantou e começou a falar com os demais ministros. Depois de falar com o presidente da corte, Augusto Nardes, levantou a necessidade de adiar a decisão, frente à matéria que sugere a fuga patrimonial de Graça e Cerveró. O advogado-geral da União pediu que o caso fosse analisado mesmo assim, mas José Jorge pediu que o processo fosse retirado de pauta, para que se apure a veracidade da notícia divulgada na imprensa, e prometeu trazer o caso para o plenário na próxima semana.

O Tribunal de Contas da União (TCU) deve decidir nesta quarta-feira, 20, se determina o bloqueio dos bens da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, como fez com os demais diretores e ex-diretores da estatal que responderão a um processo na corte sobre a aquisição da refinaria de Pasadena (EUA). O ministro relator, José Jorge, incluiu o caso na pauta da sessão de amanhã.

Há duas semanas, o ministro se manifestou pela inclusão de Graça e também do ex-diretor Jorge Zelada, na lista dos supostos responsáveis pelo prejuízo causado à empresa com a operação de compra da refinaria do Texas - que inclui por exemplo José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da estatal, Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava Jato e Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional. No total, o TCU estima prejuízo de US$ 792,3 milhões aos cofres da Petrobras.

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Apesar de entender que não há dúvida sobre a necessidade de citar Graça Foster para apresentar defesa no caso, José Jorge pediu, no último dia 6, a retirada do processo da pauta antes de submeter o caso ao plenário, após sustentação oral realizada pelo advogado-geral da União, ministro Luís Inácio Adams.

Adams pediu para o tribunal dissociar os diretores envolvidos no caso para efeito de indisponibilidade de bens. Em seu voto, citou nominalmente Graça, o diretor Financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, e o ex-diretor de Exploração e Produção Guilherme Estrella como dirigentes que não precisariam ter os bens bloqueados. Ainda de acordo com o advogado-geral, o bloqueio patrimonial da presidente da estatal causaria repercussão negativa na empresa. Foi a primeira vez que um advogado-geral da União fez uma sustentação oral no TCU.

Amanhã, José Jorge deverá submeter ao plenário os embargos de declaração levados à corte pela Petrobras para discutir justamente a indisponibilidade dos bens dos dirigentes e ex-dirigentes. O relator poderá dizer aos colegas se alterou posicionamento anterior, em que pedia o bloqueio patrimonial dos envolvidos que terão de responder a um novo processo no TCU para apurar a culpa pelos prejuízos causados, incluindo Graça.

Mini-Pasadenas

Também está pautada para a sessão ordinária do TCU de amanhã a análise da investigação sobre a suspeita de superfaturamento na compra das usinas de Marialva (PR) e Passo Fundo (RS), pela Petrobras Combustível. Em maio, o tribunal determinou a abertura de auditoria para investigar indícios de que a estatal teria pago mais do que o preço de custo pela participação nas duas refinarias. A relatoria também é do ministro José Jorge.

A expectativa, contudo, é de que seja apenas submetido ao plenário o pedido da Secretaria de Controle Externo (Secex) de Estatais para ampliar o prazo da auditoria. O TCU concedeu, inicialmente, prazo de 90 dias, que se esgotam neste mês, mas a Secex pediu mais dois meses para concluir as investigações.

O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), João Augusto Nardes, disse na terça-feira, 12, acreditar que só a ocorrência de um "fato novo" fará o ministro relator do processo que analisa a compra da refinaria de Pasadena, José Jorge, voltar atrás de sua decisão de pedir a indisponibilidade de bens da presidente da Petrobras, Graça Foster.

Nardes confirmou que Jorge está revendo a manifestação pela inclusão de Graça no rol de responsabilizados pelo prejuízo calculado em US$ 792,3 milhões com o negócio.

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"Ele está examinando o voto que deu e esperamos que ele apresente seu voto em definitivo, se inclui ou não a Graça Foster. Mas ele já deu o voto incluindo e eu não acredito que ele tenha alguma mudança, a não ser que surja um fato novo", disse ele, ao participar de evento no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

"Se não houver elemento novo, acredito que ele deva manter a decisão", completou o ministro. Ele sugere que, caso haja a inclusão de novos elementos, não está descartada a responsabilização da própria presidente da república, Dilma Rousseff, que presidia o Conselho de Administração da Petrobras à época da aquisição de Pasadena, em 2006.

No fim de julho, o TCU atribuiu a 11 diretores e ex-diretores da Petrobras o prejuízo pela compra da refinaria por parte da estatal, mas não responsabilizou o Conselho de Administração da estatal. Os ministros também deixaram Graça de fora, que durante o processo de compra atuou em cargos de comando na estatal.

Jorge, porém, defendeu depois que a presidente da Petrobras deveria ser incluída na lista de responsáveis, argumentando ser de "acentuada gravidade" a responsabilidade dela no caso Pasadena. Na semana passada,o ministro surpreendeu os colegas do tribunal e pediu, ele mesmo, que a decisão sobre o assunto fosse adiada após o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, usar a tribuna para falar a favor dos diretores.

Na terça-feira, 12, o presidente do TCU admitiu que a "presença do advogado-geral da União realmente foi uma diferença", que mostra que o processo é "uma matéria bastante importante para a União".

Pressão

Nardes descartou a possibilidade de o ministro José Jorge ter sofrido pressão externa para voltar atrás de sua decisão. "Dizer que alguém pressiona o ministro José Jorge é desconhecer a sua experiência, sua bagagem", disse ele, lembrando que o ministro é engenheiro e "conhece profundamente a área de energia".

Segundo o presidente do TCU, o posicionamento do ministro foi técnico e em acordo com decisões anteriores. "O tribunal tem feito avaliações em processos semelhantes a este e tem tido a jurisprudência de condenar mais a diretoria que o conselho." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Relator do processo que analisa a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Jorge estuda recuar do pedido de indisponibilidade dos bens da presidente da Petrobras, Graça Foster, alterando sua conclusão inicial a respeito da gravidade da participação dela no fechamento do negócio.

Jorge tem justificado nos bastidores um possível tratamento diferenciado de Graça Foster dizendo que ela participou apenas da tomada de uma decisão secundária, que provocou uma parcela pequena - US$ 92,3milhões - do prejuízo total, estimado pelo TCU em US$ 792,3 milhões. O ministro não fala oficialmente sobre o caso.

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No fim de julho, o TCU atribuiu a 11 diretores e ex-diretores da Petrobras o prejuízo pela compra da refinaria por parte da estatal. Após gestões do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, os ministros do tribunal não atribuíram responsabilidade ao Conselho de Administração da Petrobras, que, à época da compra, em 2006, era presidido por Dilma, nem à atual presidente da companhia, que durante o negócio atuou em cargos de comando na estatal.

Jorge, porém, defendeu depois que Graça deveria ser incluída na lista de responsáveis. O ministro levou ao plenário do TCU sugestão de acórdão que dizia ser de "acentuada gravidade" a responsabilidade dela no caso Pasadena. Mas o ministro surpreendeu os colegas do tribunal e pediu, ele mesmo, que a decisão sobre o assunto fosse adiada. Nesta semana, Jorge não incluiu o tema na pauta, o que deveria ter sido feito até sexta-feira. Não há data definida para que a discussão volte ao plenário.

No texto que teve a votação adiada, Jorge escreveu que Graça Foster e Jorge Zelada, outro ex-diretor da Petrobras, deveriam ser incluídos entre os diretores suspeitos de terem causado dano à Petrobras porque, em decisão anterior, o tribunal fez uma confusão e os deixou de fora do grupo. Disse ainda que ambos deveriam ter seus bens bloqueados por um ano. "A jurisprudência do TCU aponta no sentido de que a decretação de indisponibilidade de bens se justifica em situações de acentuada gravidade", escreveu.

Além do pedido de adiamento, a sessão da quarta-feira passada teve outro fato inusitado: a presença de Adams, advogado-geral da União, que usou a tribuna para falar a favor dos diretores. Após a manifestação de Adams, Jorge concedeu entrevista coletiva que colocou em xeque seu próprio texto. Ele apontou a existência de dois momentos no caso Pasadena. Num deles, a diretoria executiva que não tinha Graça Foster e Zelada entre seus integrantes "aprovou a compra da refinaria", a "parte substancial e mais importante do projeto".

'Erro'

Ao aprovar por unanimidade, no fim de julho, o texto de Jorge que apontava prejuízo total de US$ 792,3 milhões na compra da refinaria, os integrantes do TCU "erraram" ao atribuir aos ex-diretores Ildo Sauer, da área de gás, e Nestor Cerveró, da área internacional, prejuízo de US$ 92,3 milhões que, segundo o tribunal, foi causado pelo adiamento do cumprimento da decisão arbitral sobre a disputa contra a Astra Oil, antiga proprietária da refinaria. Quando essa decisão foi tomada, faziam parte da diretoria Graça Foster, como sucessora de Sauer, e Jorge Zelada, sucessor de Cerveró. O que está em discussão agora é a correção desse erro.

Graça Foster é alvo de outra frente de investigação. No sábado, o jornal "O Estado de S. Paulo" revelou que, a pedido do Ministério Público, a Polícia Federal no Distrito Federal passou a apurar se a presidente da Petrobras prestou informações falsas sobre Pasadena no depoimento à Comissão de Infraestrutura do Senado, em abril. A suspeita é que ela teria omitido informações sobre a compra da refinaria dos EUA.

No mesmo depoimento, os senadores questionaram Graça sobre contratos da estatal com a empresa C. Foster Serviços e Equipamentos, pertencente ao marido dela. Graça afirmou que a empresa não celebrou contratos com a Petrobras. Senadores de oposição, porém, dizem que há, sim, contratos com a estatal. (Colaborou João Domingos) As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente da República, Dilma Rousseff, voltou a defender a presidente da Petrobras, Graça Foster, e disse que é gravíssimo politizar a investigação sobre a compra da refinaria de Pasadena pela estatal. "Espero que não se faça política nesse assunto, mas espero mesmo que não se faça", disse em entrevista a jornalistas do Grupo RBS, transmitida nesta segunda-feira pela Rádio Gaúcha. "Primeiro porque a Petrobras é a maior empresa desse País. A Maria das Graças Foster tem méritos inequívocos. Não há dúvida disso e não é só a minha avaliação, são as avaliações de entidades internacionais e do próprio mercado."

Perguntada se Graça Foster poderia ser afastada do cargo caso o Tribunal de Contas da União (TCU) decidisse pelo bloqueio dos seus bens, Dilma revelou que é preciso tomar muito cuidado ao tratar dessa questão. "Eu não vou fazer nenhum julgamento sobre uma pessoa da qualidade da presidente Maria das Graças Foster baseada em avaliações que eu acho questionáveis", afirmou.

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Na última quarta-feira, o relator do caso no TCU, ministro José Jorge, manifestou intenção de citar Graça Foster no processo que deverá investigar a responsabilidade dos gestores por prejuízos com a aquisição da refinaria de Pasadena. No entanto, o bloqueio dos bens da executiva foi retirado da pauta de votação do plenário do TCU após sustentação oral do Advogado-Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams. O ministro preferiu adiar a análise do caso.

O candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB), defendeu que a Polícia Federal (PF) e outros órgãos de investigação e fiscalização invistam na apuração sobre as possíveis irregularidades da Petrobras. A PF abriu um inquérito, na última sexta-feira (9), para investigar se a presidente da estatal, Graça Foster, omitiu informações sobre a compra de Passadena e o envolvimento do marido dela, Colin Foster, com a Petrobras.

Para Campos, os brasileiros precisam saber o que houve com a maior empresa brasileira. “Depois do que aconteceu no Senado é fundamental que outras instituições façam a investigação para esclarecer absolutamente tudo que vem acontecendo na Petrobras sem nenhum tipo de pré-julgamento”, frisou ao visitar um centro de tratamento para dependentes químicos no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife (RMR), nesse domingo (10). O candidato lembrou também que a estatal “multiplicou a sua divida por quatro e esta levando muitas empresas privadas a fechar”. 

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Caso da Wikipédia

O pernambucano classificou como “muito grave” as alterações feitas, a partir de um computador localizado no Palácio do Planalto, no perfil dos jornalistas Carlos Sardenberg e Miriam Leitão. Para Campos, o “aparelhamento do estado brasileiro que não dá mais”. 

“É muito grave. O símbolo do aparelhamento do estado brasileiro que não dá mais. Não é a primeira vez que acontece isso. O palácio não pode virar um comitê eleitoral. A gente tem que mostrar a nossa indignação. É preciso dar um basta a tudo isso”, cravou.

Aniversário

O ex-governador finalizou a comemoração do aniversário de 49 anos participando de uma missa em honra ao padroeiro da cidade de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR). É o quinto ano seguido que o postulante celebra a natividade durante o encerramento dos festejos religiosos do município. O reduto socialista é administrado pelo prefeito Ettore Labanca (PSB). 

Durante a passagem pelo local, Eduardo Campos recebeu presentes e foi convidado ao centro do templo religioso para receber os parabéns e as bênçãos, do Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, e o administrador da Paróquia de São Lourenço Mártir, Pe Héctor Ruiz. 

O candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, considerou neste sábado, 9, que qualquer decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) relacionada a um possível bloqueio das contas da presidente da Petrobras, Graça Foster, deve ser respeitada. Aécio participou de ato de campanha em Manaus (AM), ao lado do prefeito da cidade, Arthur Virgílio (PSDB), e representantes do partido no Estado. "Qualquer decisão do TCU deve ser respeitada", afirmou Aécio na saída do evento.

Ontem, durante visita a obras da ferrovia Norte Sul, no Triângulo Mineiro, a presidente Dilma Rousseff saiu em defesa de Graça Foster e considerou um absurdo a possibilidade de bloqueio de bens devido aos prejuízos causados à estatal em razão da compra da refinaria de Pasadena.

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No encontro de hoje em Manaus, Aécio defendeu a integração das ações de governo. "Não é aceitável, digno que queiram continuar tentando dividir o Brasil entre nós e eles", afirmou em referência ao governo da presidente Dilma. Segundo ele, caso seja eleito, as portas não estarão abertas, mas "escancaradas" ao povo amazonense. Sem apresentar propostas concretas para o Estado, o tucano apenas pontuou a necessidade de se criar uma plataforma de ciência e tecnologia para explorar o potencial do Estado.

No evento, Aécio esteve acompanhado, pela primeira vez, da filha Gabriela e da sobrinha Maria Clara. Antes de o candidato discursar, o prefeito Arthur Virgílio anunciou o nome de todos os prefeitos que apoiam a candidatura de Aécio. "Temos aqui no Estado 61 municípios. Hoje 60% do Amazonas está apoiando Aécio. Vamos levá-lo à vitória de um povo que não aguenta mais injustiça e desmoralização das instituições", disse o prefeito.

Na eleição de 2010, a presidente Dilma teve uma ampla vitória no Amazonas no primeiro e no segundo turnos. No primeiro turno, ela alcançou 64,9% dos votos contra 25,7% de Marina Silva, então PV, e 8,4% de José Serra, candidato do PSDB na época. No segundo turno, a petista alcançou 80,5% dos votos contra 19,4% de Serra.

Após o encontro com prefeitos, Aécio seguiu para a galeria Espírito Santo, onde deve fazer uma caminhada entre os populares. Na agenda dele, também consta uma visita na tarde de hoje a comunidades ribeirinhas.

A Polícia Federal instaurou inquérito para investigar se a presidente da Petrobras, Graça Foster, omitiu do Senado informações relacionadas à compra da refinaria de Pasadena (EUA) e sobre a existência de contratos celebrados pela empresa de seu marido, Colin Foster, com a estatal.

O inquérito foi aberto após pedido do Ministério Público Federal encaminhado em junho, conforme informou ao jornal O Estado de São Paulo a assessoria de imprensa dessa instituição. Antes disso, Graça Foster havia prestado depoimento à Comissão de Infraestrutura do Senado.

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A presidente da Petrobras ainda pode responder a outro inquérito, que deve ser aberto na próxima semana, para investigar a denúncia de que teria combinado com senadores da base aliada na CPI da Petrobras as perguntas que lhe seriam feitas na comissão investigativa.

O MPF no Distrito Federal já abriu inquérito nas áreas cível e criminal para apurar essa suspeita - esse caso tem outros ex-diretores da estatal como alvo. A assessoria da PF informou que este caso está em análise. A corporação não quis comentar o inquérito já aberto sobre o depoimento de Graça no Senado.

Nesta sexta-feira, ao defender a permanência de Graça Foster no comando da Petrobras, a presidente Dilma Rousseff afirmou que "não há qualquer processo que pese contra" a presidente da estatal.

O Ministério Público e a Superintendência da PF no Distrito Federal vão investigar se Graça Foster prestou informações falsas aos senadores, o que poderia configurar crime de falso testemunho. O alvo dessa apuração é o depoimento dela prestado em maio à Comissão de Infraestrutura do Senado.

Na audiência, Graça afirmou que o Conselho de Administração da Petrobras não teve responsabilidade na compra de Pasadena. Em 2006, o colegiado aprovou a compra de 50% da refinaria por US$ 360 milhões. Após litígio, a Petrobras adquiriu a segunda metade por US$ 889 milhões. O custo total do negócio foi de US$ 1,2 bilhão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A produção de petróleo da Petrobras vem crescendo de forma sustentada, saindo de 1,926 milhão de barris por dia (bpd) em março para 2,008 milhões de bpd em junho, ou seja, acréscimo de 82 mil bpd de produção ao longo do segundo trimestre do ano, conforme ressaltou a presidente da empresa Maria das Graça Foster em carta que acompanha o balanço do segundo trimestre da empresa.

A produção média de óleo e LGN no Brasil foi de 1,972 milhão de bpd no trimestre, 2,6% acima do trimestre imediatamente anterior. Este aumento, conforme a executiva, é resultado do início da produção da P-62, no campo de Roncador, e da contribuição de novos poços nas plataformas P-55 (também em Roncador), P-58 (Parque das Baleias) e FPSO Cidade de São Paulo (campo de Sapinhoá).

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De abril a junho, o custo de extração em reais caiu 3%, como consequência do ramp-up de novos sistemas de produção. No trimestre findo em junho foram conectados 17 poços marítimos, número 31% superior ao do primeiro trimestre do ano, quando foram conectados 13 poços. Ao longo do segundo semestre deverão ser conectados mais 33 poços. "Meta plenamente factível uma vez que estes poços, em sua maioria, já se encontram perfurados e completados. Além do que, nossa frota de PLSVs (Pipe-laying Support Vessels), embarcações necessárias para realizar estas conexões, era de 11 unidades em 2013, atualmente já são 14. Serão 19 unidades até dezembro", diz a presidente da empresa na carta.

A produção do mês de julho alcançou 2,049 milhões bpd, 123 mil bpd a mais do que o produzido em março. "O 4T-2014 será ainda melhor, pois teremos a contribuição de mais três sistemas de produção: a P-61/TAD, hoje na locação, no campo de Papa-Terra concluindo sua interligação à P-63; o FPSO Cidade de Ilhabela (campo de Sapinhoá Norte) e o FPSO Cidade de Mangaratiba (campo de Iracema Sul), ambos praticamente prontos para partirem rumo às suas locações definitivas", diz no documento.

Segundo a presidente, estes avanços que farão com que a empresa entregue neste ano de 2014 uma produção de petróleo de 7,5% (+/-1 p.p.) superior ao realizado no ano de 2013.

Graça ressalta o recorde histórico de produção de 520 mil bpd no pré-sal, ocorrido em 24 de junho, patamar atingido com 25 poços produtores, 8 anos após sua descoberta. "Melhor ainda, no dia 13 de julho, a produção do pré-sal operada pela Petrobras alcançou novo recorde, agora de 546 mil bpd, demonstrando inequívoca superação dos desafios mapeados no passado recente", destaca a executiva.

A Petrobras enviou comunicado ao mercado nesta sexta-feira (8) informando que seu Conselho de Administração, após reunião, manifestou-se para esclarecimento de notícias. O conselho "refuta, por inverídicas, quaisquer especulações sobre a saída da presidente da empresa, Maria das Graças Silva Foster", de acordo com a nota enviada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O comunicado, sucinto, não traz mais detalhes.

O governo deu início na quarta-feira (6) a uma operação para tentar evitar que a presidente da Petrobras, Graça Foster, seja responsabilizada pelos prejuízos decorrentes da aquisição da refinaria de Pasadena. Na quarta-feira, o ministro relator do caso no Tribunal de Contas da União (TCU), José Jorge, se manifestou pela inclusão de Graça e também do ex-diretor Jorge Zelada, na lista de dirigentes e ex-dirigentes da estatal responsabilizados pela corte.

O relator do processo no TCU colocou em pauta um recurso do Ministério Público junto à corte, que pedia uma correção da decisão do plenário, do dia 23, que, por unanimidade, aprovou relatório que apontou 11 ex-dirigentes entre possíveis responsáveis por um prejuízo de US$ 792,3 milhões à empresa. Antes de submeter o caso ao plenário, contudo, Jorge pediu a retirada do processo da pauta de julgamento. A decisão foi tomada diante da presença do ministro Luís Inácio Adams, advogado-geral da União. Na tribuna, Adams disse não ver necessidade na indisponibilidade de bens de Graça Foster e outros indicados no processo e sustentou que o bloqueio do patrimônio da presidente da estatal causaria repercussão negativa na empresa.

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Esta foi a primeira vez que um advogado-geral da União realizou uma sustentação oral no tribunal de contas.

Em respeito à presença de Adams e à defesa realizada pelo advogado da Petrobras, Jorge disse que a opção foi por adiar a análise do caso. "Sabemos que alguns ex-diretores têm inquérito. O que eu entendo é que a decisão do tribunal não se aplica indistintamente a muitos diretores", afirmou o advogado-geral da União, numa tentativa de dissociar Graça de nomes como o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto da Costa, preso na Operação Lava Jato.

No plenário, Adams citou nominalmente Graça, Almir Barbassa, diretor Financeiro da Petrobras, e Guilherme Estrella, ex-diretor de Exploração e Produção. Ao deixar o tribunal, citou também o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli entre nomes que não deveriam sofrer o bloqueio.

Lula

Não foi a primeira vez que o governo intercedeu no TCU para contornar a perspectiva de decisões desfavoráveis, mas antes a atuação ficou nos bastidores. Conforme revelou o jornal "O Estado de S. Paulo", diante do risco de o TCU incluir a presidente Dilma no processo de responsabilização pelos prejuízos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou com um ministro da corte de contas, José Múcio Monteiro. Ex-ministro do governo do petista e indicado ao TCU por ele, Múcio teria advertido os colegas para uma politização extrema do assunto com a inclusão de Dilma no rol dos responsáveis em plena campanha eleitoral.

Também antes da decisão do TCU do último dia 23, quando o plenário isentou Dilma de responsabilidade, Adams realizou um périplo pelos gabinetes da corte em companhia do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A intenção era convencê-los a livrar a presidente do processo sobre Pasadena. Ministros de confiança também foram escalados para realizar o convencimento dos integrantes do TCU. Dilma era presidente do Conselho de Administração da Petrobras na época da compra de Pasadena.

Nesta quarta-feira, ao deixar a sessão, José Jorge afirmou que não há dúvida sobre a necessidade de citar Graça Foster para apresentar defesa no caso, mas poderá rever a decisão sobre o bloqueio de bens. A percepção de Adams ao deixar o tribunal foi de que conseguiu "sensibilizar" o ministro para a questão do bloqueio patrimonial, o que foi considerado uma vitória.

Fica mantida, até o momento, a decisão do TCU de duas semanas atrás, que listava, por exemplo, Gabrielli, Paulo Roberto da Costa, Nestor Cerveró e Ildo Sauer. Continua valendo, portanto, a indisponibilidade de bens dos nomes já indicados a partir da notificação dos envolvidos.

Não há data definida para o novo julgamento. José Jorge garantiu que vai fazer análise do caso "o mais rápido possível".

Supremo

Os 11 ex-dirigentes responsabilizados pelo TCU, além de Graça Foster e Jorge Zelada, recorreram nesta quarta-feira ao Supremo Tribunal Federal para tentar derrubar a decisão que determinou a indisponibilidade de seus bens. O mandado de segurança foi apresentado em nome de cada um dos diretores, na pessoa física.

O único executivo excluído da defesa foi Paulo Roberto Costa, que continua preso pela Polícia Federal. O pedido de liminar está agora nas mãos do ministro Gilmar Mendes. (Colaboraram André Borges e Mariângela Gallucci) As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O julgamento do TCU que poderia incluir a presidente da Petrobras, Graça Foster, entre os possíveis responsáveis por prejuízos causados com a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), e gerar a indisponibilidade dos bens da executiva da estatal foi suspenso após pedido do relator do caso, ministro José Jorge, para retirá-lo de pauta. Antes de realizar o pedido, o ministro leu relatório pedindo a inclusão do nome de Graça e também do nome de Jorge Zelada, ex-diretor Internacional da empresa.

O pedido para retirada de pauta foi realizado em consideração, de acordo com o ministro, à sustentação na Corte do advogado geral da União, Luís Inácio Adams. Foi a primeira vez que Adams foi à Corte fazer uma sustentação oral. Ele foi contra o bloqueio patrimonial dos diretores da Petrobras e afirmou que não estavam presentes os requisitos necessários para a indisponibilidade de bens para todos os diretores.

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A inclusão do nome da presidente da estatal, na análise de Jorge, seria uma correção à decisão do plenário do TCU do último dia 23, quando, por unanimidade, foi aprovado o relatório que apontou 11 possíveis responsáveis por um prejuízo de US$ 792,3 milhões à empresa. Na decisão tomada há duas semanas, a corte de contas isentou de responsabilidade a presidente da República, Dilma Rousseff, e listou entre os responsáveis o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli, o ex-diretor da área Internacional Nestor Cerveró, o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, além de outros oito dirigentes da estatal.

Nesta quarta-feira, o ministro afirmou que Graça substituiria o ex-diretor de Gás e Energia da empresa, Ildo Sauer, no grupo dos que serão submetidos a novo processo no TCU e que Zelada entraria no lugar de Cerveró.

Sauer participou da decisão da compra de Pasadena, tomada em 2006, mas deixou a estatal em 2007 e, portanto, não esteve no cargo ao longo do processo de aquisição da refinaria, que durou até 2012. Quem ficou no lugar de Sauer na diretoria de Gás e energia foi Graça Foster, que deixou o cargo apenas em 2012, quando assumiu a presidência da empresa. O ministro José Jorge, autor do acórdão aprovado pelo tribunal há duas semanas, apontou nesta quarta-feira que Sauer e Cerveró não eram membros da diretoria executiva à época das medidas que descumpriram decisão arbitral, que teria levado ao prejuízo de US$ 92,3 milhões.

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