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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reativará a Granja do Torto na quinta-feira, 21, como cenário de suas atividades políticas. Ele fará uma confraternização com os ministros de seu governo no local às 20h.

Em sua primeira gestão, de 2003 a 2010, Lula costumava convidar aliados e amigos para discutir política e jogar futebol no Torto. Dessa vez, o compromisso será um jantar. O presidente, de 78 anos, operou uma artrose no fim de setembro. Durante a recuperação, publicou vídeo chutando uma bola e dizendo que logo estaria "perfeito para voltar a jogar bola".

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A Granja do Torto é uma instalação da Presidência da República e serve como residência oficial. O presidente e a primeira-dama, Janja Lula da Silva, visitaram o local na transição de governo para decidir se ficariam na casa até poderem se mudar para o Palácio da Alvorada. Eles acabaram passando o período todo em um hotel próximo à Esplanada dos ministérios até 6 de fevereiro, quando foram para o Alvorada.

A confraternização com ministros ocorrerá um dia após o chefe do Executivo realizar reunião ministerial para avaliar o trabalho da gestão em um ano. O encontro está previsto para quarta-feira, 20, e todos os chefes das pastas devem ser convidados.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou nesta terça-feira, 20, a Granja do Torto e inspecionou, durante quase uma hora e meia, as instalações do local em que vai morar no início do governo. A residência de veraneio da Presidência da República deve ser utilizada por Lula e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, antes de o casal se mudar para o Palácio do Alvorada.

Como mostrou o Estadão, o Alvorada ainda será submetido a procedimentos de varredura da Polícia Federal (PF) e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O processo de desocupação da residência oficial da Presidência começou na semana passada. Nos últimos dias, caminhões estacionaram em frente ao Alvorada e ao Palácio do Planalto para retirar a mudança do presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Aliados de Lula chegaram a se queixar da demora de Bolsonaro para desocupar o Alvorada. O presidente eleito disse até mesmo que poderia ter de começar o governo morando no hotel em que está hospedado. O futuro ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), afirmou, depois, que o gabinete de transição tentaria antecipar a liberação de uma das residências oficiais do governo para prepará-la.

Além das dificuldades impostas por Bolsonaro, a Granja do Torto também não era vista como uma alternativa para hospedar Lula, neste momento, porque o ministro da Economia, Paulo Guedes, morava na residência há três anos. Guedes deixou o Torto na sexta-feira, 16, e saiu de férias.

A visita de Lula à Granja do Torto ocorreu após muitas negociações, nesta terça, para a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição na Câmara. A proposta abre espaço no teto de gastos para o futuro governo custear o pagamento de R$ 600 aos beneficiários do Bolsa Família.

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse a um grupo de deputados do Partido Verde (PV) e do Avante, nessa quinta-feira (8), que deve ordenar uma varredura antigrampo no Palácio da Alvorada, a residência oficial do chefe do Executivo, antes de se mudar para lá no início do ano que vem.

Segundo relato dos parlamentares, o petista também contou que pode ter que despachar do hotel em que está hospedado na capital federal nos primeiros dias de governo, porque a Granja do Torto, tradicionalmente usada para hospedar o presidente eleito durante a transição, segue sendo utilizada como moradia oficial do ministro da Economia, Paulo Guedes. Os interlocutores de Lula ainda mencionaram a necessidade de uma ampla inspeção na residência antes que pudesse ser ocupada pelo presidente eleito.

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Segundo parlamentares que participaram do encontro, Lula teria dito que é um "desrespeito’" do atual governo não ter ordenado a desocupação da Granja do Torto para hospedá-lo. O petista tem conduzido as principais reuniões de articulação política da transição do hotel Meliá, em Brasília, cuja diária de alguns quartos ultrapassa os R$ 5 mil.

O hotel em que Lula se hospeda durante as estadias em Brasília já foi alvo de manifestantes bolsonaristas, que cercaram prédio sob o mote de que não querem que o petista suba a rampa do Palácio do Planalto no dia 1º de janeiro de 2023. A área do hotel conta agora com monitoramento 24 horas da Polícia Militar e teve a entrada principal cercada por grades de proteção.

Ainda segundo os deputados que participaram do encontro, Lula se queixou da possibilidade de ter de conduzir a agenda dos primeiros dias do governo de uma estrutura improvisada, em vez de contar com os palácios do governo.

A mudança para o Palácio da Alvorada não é imediata, pois é necessário que o presidente desocupe o lugar e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Polícia Federal (PF) realizem inspeções para que, só então, o sucessor possa ocupar a residência oficial. Em períodos de relação mais amistosa na troca de bastão da administração federal, o governo de plantão cedia a Granja do Torto ao sucessor.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira, dia 27, que o ministro da Economia, Paulo Guedes, passará a morar na Granja do Torto, em Brasília. Bolsonaro disse que ofereceu a residência oficial da Presidência emprestada ao ministro, que está em isolamento social no Rio. Ele tem 70 anos e faz parte do grupo de risco da covid-19.

"Ele parece que vai morar no Torto. Espero que não sofra crítica de vocês", disse o presidente. "Eu ofereci para ele ficar lá e ele falou que topa. Não tem nenhum impedimento."

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Segundo Bolsonaro, o hotel onde o ministro morava, vizinho ao Palácio do Alvorada, decidiu fechar as portas temporariamente.

Reunião

O presidente afirmou que fará uma reunião ministerial neste sábado com a presença de pelo menos seis titulares, entre eles o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Bolsonaro não confirmou se Guedes participará. "Amanhã ele (Mandetta) vai estar aqui de manhã, dar uma redirecionada em alguma coisa", afirmou.

O presidente Jair Bolsonaro chegou há pouco à Granja do Torto em Brasília, uma das residências da Presidência da República. Na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro ainda parou para conversar e tirar fotos com simpatizantes, mas não conversou com a imprensa.

Na agenda oficial divulgada pela assessoria do Planalto, não há compromissos previstos para este sábado.

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Um soldado que fazia a segurança da Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência da República, foi assaltado e teve uma espingarda calibre 12 roubada na madrugada da última quinta-feira (11). O militar estava sozinho em um dos pontos de vigia quando foi rendido por três homens armados. Ficou como refém por uma hora e meia, até que os bandidos o largaram e fugiram com a espingarda.

No depoimento, o soldado Danilo Marques afirma que os assaltantes "entraram pelo mato", onde ele estaria fazendo guarda, e que seria dentro da área reservada da Granja.

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O Comando Militar do Planalto, responsável pela segurança do Torto e do Palácio do Planalto, admitiu em nota o roubo, mas classificou de "extravio" e afirma que o "incidente" ocorreu na área externa. "As investigações estão sendo conduzidas por meio do competente Inquérito Policial Militar, instaurado pelo Batalhão da Guarda Presidencial, que possui o prazo de trinta dias para a sua conclusão. A propósito, todas as hipóteses estão sendo investigadas de forma integrada com os órgãos de segurança pública e inteligência, visando a recuperação do armamento e o esclarecimento dos fatos", diz a nota do CMP. Há também uma investigação da Polícia Civil.

O Comando diz ainda que o "evento" não ofereceu qualquer risco à segurança da Granja do Torto, já que existiriam várias linhas de defesa no local. O soldado foi afastado das suas funções "para averiguações".

A Granja do Torto fica a cerca de 15 quilômetros do Palácio do Planalto e é uma espécie de casa de campo da Presidência da República, com 37 hectares, um lago artificial, piscina, quadras de esportes, churrasqueira, heliporto e uma área de mata nativa. O general João Figueiredo, último presidente da ditadura militar, chegou a morar na Granja. Fernando Henrique Cardoso evita frequentá-la, mas Luiz Inácio Lula da Silva costumava passar o final de semana no local e chegou a receber o ex-presidente americano George W. Bush no local para um churrasco. Dilma Rousseff já não vai a Granja com tanta frequência, mas hospedou lá o presidente de Cuba, Raúl Castro, durante o encontro dos países latino-americanos com o presidente chinês, Xi Jinping, em julho deste ano.

Em requerimento encaminhado nesta quinta-feira, 17, ao Ministério das Relações Exteriores, a liderança do PPS na Câmara dos Deputados questiona o ministro Luiz Alberto Figueiredo se o convite para hospedagem na Granja do Torto ao presidente de Cuba, Raúl Castro, se estendeu também a outros chefes de Estado. Castro recebeu tal deferência do governo brasileiro e se encontrou na residência oficial de campo com o colega venezuelano Nicolás Maduro.

O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), autor do requerimento, avaliou que embora o governo federal tenha liberdade de escolher seus hóspedes, a oferta deveria ser estendida a outros chefes de Estado, já que um tratamento diferenciado poderia ter desdobramentos negativos nas relações com outras nações. "Com tantos chefes de Estado no País para reunião dos Brics e Unasul, causa estranheza o fato de somente Raúl Castro ter sido convidado para se hospedar em residência oficial brasileira. É bom lembrar que a diplomacia brasileira sempre trabalhou com a imparcialidade", concluiu o deputado.

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No documento encaminhado ao Itamaraty, o líder questiona se a estada na Granja do Torto previa despachos e troca de visitas das autoridades cubanas com representantes de outros países que não o Brasil. Bueno pergunta ainda se existem antecedentes nos últimos cinco anos de casos em que autoridades estrangeiras ficaram hospedadas em residências oficiais e se a oferta foi feita à comitiva de autoridades de outras nações.

A liderança do PSDB na Câmara dos Deputados deve protocolar nesta sexta-feira, 18, seu requerimento pedindo informações ao ministro. No documento com 10 questionamentos, o líder Antonio Imbassahy (BA) pergunta sobre o critério de disponibilização de hospedagem em residências oficiais, se o presidente Raúl Castro pediu a hospedagem para ele e sua comitiva, quem recebeu nos últimos quatro anos a mesma deferência do governo brasileiro, se a viagem de Castro foi custeada com recursos da União e se foram utilizados aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chegou à Granja do Torto, uma das residências oficiais do governo brasileiro, para um encontro com o presidente de Cuba, Raúl Castro, que está hospedado no local. Maduro chegou em carro blindado e acompanhado de batedores da Polícia Rodoviária Federal. A agenda do encontro ainda não foi divulgada pelas embaixadas dos dois países. Eles estão em Brasília para encontros de chefes de Estado em reuniões do grupo Brics, Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) e União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

Segundo apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, Castro é o único dos chefes de Estado a receber a deferência de se hospedar na casa de campo da Presidência brasileira. O fato está sendo tratado como segredo de Estado pelo governo brasileiro, mas foi confirmado ao Broadcast por duas fontes do governo. Não foi dada nenhuma explicação sobre o assunto.

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