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Depois de três dias de arrastões, assaltos e furtos, os policiais e bombeiros militares de Pernambuco decidiram suspender a greve na noite desta quinta-feira (15). A categoria informou que já volta às ruas ainda hoje. O anúncio foi divulgado depois de uma reunião com os deputados estaduais, no Palácio do Campo das Princesas, área Central do Recife. Mesmo com o encerramento da greve, vários policiais militares não estão aceitando o fim do movimento. Muitos estão em frente ao Palácio das Princesas e criticam a associação da Polícia Militar de Pernambuco.
##RECOMENDA##As negociações entre os policiais e bombeiros militares de Pernambuco em greve e o Estado foram acompanhadas pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Inicialmente composta por 18 itens, a pauta de negociação começou a ser enxugada e acabou com quatro pontos considerados "essenciais" pela categoria. Todos eles foram alvo de debates com o executivo: incorporação de gratificação por risco de morte ao salário base, beneficiando ativos e inativos; construção de um plano de cargos e carreiras a partir da próxima segunda-feira - com a criação de uma comissão que irá avaliar junto aos deputados estaduais as promoções na categoria; reestruturação do Hospital da Polícia Militar e criação de unidades de saúde para a categoria no interior do Estado.
Além disso, houve a promessa do governo estadual de que o aumento salarial voltará a ser debatido na primeira semana de janeiro de 2015, após os impedimentos causados pela lei de responsabilidade fiscal e lei eleitoral. Com a incorporação da gratificação de risco de vida, o salário base de um soldado da PM passará de R$ 1,9 mil para R$ 2,8 mil.
Um das principais lideranças da mobilização, o soldado Joel Maurino, alegou que a categoria decidiu encerrar à greve, pois não tinha como pagar a multa diária no valor de R$ 100 mil, imposta pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco. "Além disso, temos que cumprir nossa missão de manter a segurança", falou. Joel ainda disse que "em parte estava satisfeito com o ato, porque 50% das reivindicações foram atendidas".
Já soldado Rafael Almeida, 28 anos, é um dos que está insatisfeito com a decisão. "Estou muito revoltado com essa situação, passei três dias acampando em frente ao Palácio, peguei chuva, passei fome, para não chegarem a uma solução. Faltou o ticket alimentação. É um absurdo ganhar R$ 150 para trabalhar 12 horas. Outra coisa, um soldado ganha R$ 500 para ficar na rua e um coronel que fica no ar-condicionado, sentado, ganha R$ 6.700", desabafou.
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*Com informações de Yasmim Dicastro e Agência Estado