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Em noite de homenagens ao jornalista Rafael Henzel, sobrevivente da tragédia aérea que veio a morrer na noite de terça-feira, a Chapecoense derrotou o Criciúma, com direito a muita emoção, pelo placar de 3 a 2 na noite desta quarta, na Arena Condá, pela partida de ida da terceira fase da Copa do Brasil.

Rafael Henzel sofreu um mal súbito quando jogava futebol com os amigos. Ele era um dos seis sobreviventes da tragédia da Chapecoense, que vitimou 71 pessoas no final de 2016. O time alviverde estampou o nome do jornalista na camisa dos atletas, que entraram em campo com uma faixa de luto. Os jogadores, de ambos os clubes, subiram ao gramado com balões brancos, em homenagem ao narrador.

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Em campo, os times fizeram um jogo digno de homenagem. A Chapecoense teve o controle na primeira etapa, mas viu o Criciúma buscar o empate no segundo tempo. No entanto, viu o time alviverde marcar o gol da vitória no apagar das luzes. Com isso, a equipe de Chapecó jogará por um empate no duelo de volta, marcado para o dia 10 de abril (quarta-feira), às 19h15, no estádio Heriberto Hülse. Quem avançar embolsará R$ 1,9 milhão como premiação.

A Chapecoense começou o jogo pressionando o Criciúma e perdeu inúmeras oportunidades de abrir o placar logo no começo. Em uma delas, Everaldo girou em cima da marcação e chutou rente à trave. O gol saiu apenas aos 26 minutos. Márcio Araújo deixou com Elicarlos, que acertou um bonito chute de fora da área.

O segundo saiu aos 38 minutos. Eduardo fez boa jogada pela direita e cruzou, Derlan tentou tirar, mas jogou de bandeja para Gustavo Campanharo. Ele chutou no fundo das redes. Na comemoração, pegou um microfone em alusão a Rafael Henzel. O meia por muito pouco não fez o terceiro no fim, em um chute que passou por cima de Bruno Grassi.

No segundo tempo, o Criciúma cresceu e diminuiu aos 20 minutos. Após cobrança de escanteio, a bola parou em Vinícius. O atacante jogou para a área e Sandro mergulhou para fazer o primeiro do time carvoeiro. O empate saiu aos 23 minutos. Caíque cruzou para Bruno Consendey desviar, de cabeça, para o gol.

Após o baque, a Chapecoense conseguiu encontrar forças para buscar a vitória aos 44 minutos. Eduardo cruzou, Everaldo cabeceou e Bruno Grassi salvou. Na sobra, Loucency deu um carrinho para dar o triunfo ao time alviverde.

Um dos brasileiros que sobreviveram à tragédia da Chapecoense, o jornalista Rafael Henzel deve ter alta do Hospital Unimed, em Chapecó, na segunda-feira (19). De acordo com boletim médico divulgado nesta sexta (16), ele passa bem, sem apresentar problemas clínicos nas últimas 24 horas.

"Ele está sendo submetido a curativos diários na lesão do dorso do pé esquerdo, que apresentava-se com necrose e processo infeccioso", explica o boletim. A ferida é o maior problema enfrentado pelo jornalista no momento. Diante do quadro, Henzel seguirá o tratamento na ferida e fará fisioterapia respiratória e motora.

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Henzel chegou ao hospital de Chapecó na noite de terça-feira. Ele chegou acompanhado do lateral Alan Ruschel, após viagem de mais de nove horas desde Medellín, e desembarcaram conscientes, conversando com a família e acenaram para os torcedores na porta do hospital. Também apresentado boa evolução clínica, Ruschel terá alta ainda nesta sexta.

Segundo o boletim assinado pela médica Juliana Foresti, o lateral continua com exercícios leves de caminhada no quarto, no trabalho de fisioterapia, com "força e sensibilidade normais nos membros inferiores". Dos três jogadores que sobreviveram ao acidente que matou 71 pessoas, Ruschel é o que apresentou quadro menos complicado, com rápida evolução.

O quadro mais sério era o do zagueiro Neto. Porém, ele exibiu boa recuperação nos últimos dias. Ele foi o último sobrevivente brasileiro a desembarcar em solo nacional, na noite passada, na cidade do oeste catarinense.

Neto já superou a pneumonia, que atrapalhou sua reabilitação ainda na Colômbia, mas ainda se recupera de lesões na mão, perna e tornozelo esquerdos, e de uma fratura na 5ª vértebra lombar. Tem ainda uma lesão no tendão patelar da perna direita. Por essa razão, vai passar por ressonância magnética no joelho direito nesta sexta.

De acordo com o boletim, em sua primeira noite de volta ao Brasil, o zagueiro dormiu pouco, mas alimentou-se bem. E reclamou de dores nas costas. Segundo o hospital, os exames laboratoriais realizados na noite passada "estão dentro do esperado para o quadro clínico". Ainda não há data estimada para a alta do jogador.

A equipe médica está otimista com a evolução dos quadros de dois dos sobreviventes do acidente aéreo da Chapecoense, que chegaram à cidade de Chapecó nesta terça-feira. O coordenador médico do clube catarinense, Carlos Mendonça, afirmou nesta terça-feira que, pelas boas condições de Alan Ruschel e Rafael Henzel, a internação da dupla no hospital local deve ser curta e em breve os dois poderão ir para casa.

Os sobreviventes voltaram para Chapecó nesta terça-feira em voo da Força Aérea Brasileira (FAB) equipado com UTI móvel. Os dois foram transferidos ao Hospital Unimed que fica na própria cidade catarinense. "Tudo vai depender da resposta clínica, mas acredito que a presença dos pacientes aqui vai no hospital vai ser curta", afirmou Mendonça, que acompanhou a transferência dos dois de Medellín, na Colômbia, até a cidade no oeste catarinense.

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Apesar do otimismo, os dois vão precisar ficar sob cuidados especiais. Henzel tem um traumatismo no tórax e está com um dreno no local. O radialista está com uma pneumonia e, por isso, ficará em isolamento hospitalar para combater a bactéria. Outra tarefa será cuidar de fraturas no pé e no pulso. Já o lateral Alan Ruschel, tem se recuperado de luxação na coluna torácica e tenta se livrar de infecção urinária.

Mendonça explicou que a força-tarefa entre médicos colombianos e brasileiros foi fundamental para os sobreviventes saírem de um estado crítico para o panorama atual, bem mais favorável. "A equipe no hospital na Colômbia era fantástica, assim como o povo de lá. Tivemos a liberdade de interferir e sugerir novas condutas médicas. Não sei se nós, brasileiros, faríamos a mesma coisa por eles. Foi muito fora da média", elogiou.

NETO - O zagueiro Neto deve retornar ao Brasil nesta quinta-feira, segundo previsão de Carlos Mendonça. O único sobrevivente do desastre aéreo sofrido pelo clube há mais de duas semanas que continua na Colômbia aguarda a melhora do trauma torácico e da infecção pulmonar para repetir o caminho feito nesta terça-feira à noite por Alan Ruschel e Rafael Henzel.

"Se tudo correr bem, na quinta-feira ele deve vir para o Brasil. O Neto é o paciente que inspira mais cuidado, mas tem respondido bem ao tratamento", disse Mendonça nesta terça. O médico voltou na noite de terça para Chapecó junto com os dois primeiros sobreviventes que desembarcaram na cidade. O grupo viajou em um avião fretado pela Força Aérea Brasileira em viagem de mais de nove horas de duração.

Neto foi o último a ser resgatado do local do acidente e apenas no fim de semana soube da queda do avião. A equipe de psicólogos do hospital San Vicente, onde o defensor está internado, decidiu relatar a tragédia. A mulher do jogador também participou da conversa. "Ele é um cara muito sensível e quando acordou, perguntou se estava no hospital e machucado daquele jeito por algo que aconteceu no jogo", afirmou Mendonça.

Antes de chegada de Alan Ruschel e Rafael Henzel nesta terça-feira à noite, o goleiro Follmann se tornou o primeiro sobrevivente brasileiro a chegar ao Brasil, sendo que foi transferido ao hospital Albert Einstein, em São Paulo, para monitorar um problema na coluna e a recuperação de uma amputação na perna direita.

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