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O Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP) manifestou-se contrário à Proposta de Emenda à Constituição 20/2016 de realizar eleições presidenciais em outubro deste ano, junto com o pleito municipal. A PEC foi apresentada em abril por um grupo de senadores após a Câmara autorizar a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O parecer do IASP é assinado pelo advogado Sérgio Ferraz e foi aprovado pelo conselho da entidade na noite da quarta-feira, 24. O documento será encaminhado ao Senado como nota técnica.

No entendimento dos juristas, a Constituição Federal não permite que uma eleição antecipada abrevie o mandado de uma chapa eleita pelo voto popular. Segundo o parecer do IASP, o afastamento só se daria por morte, incapacidade física, desaparecimento, renúncia, abandono do cargo, permanência no exterior por mais de 15 dias sem licença no Congresso Nacional ou julgamento condenatório por crime de responsabilidade (como o que está respondendo Dilma Rousseff no Congresso) ou por crime comum do presidente eleito.

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"Na PEC 20/16 o que se mira é revogar o voto popular calcado numa previsão constitucional permanente, de periodicidade e de duração do mandato", diz o parecer. O conteúdo da proposta dos senadores, para os advogados , está "maculado de patentes inconstitucionalidades".

A PEC foi apresentada por 30 senadores, liderados por Walter Pinheiro (sem partido-BA), e traz a proposta de realizar uma nova eleição com o primeiro turno no próximo dia 2 de outubro e um eventual segundo turno no dia 30, mesmo calendário das eleições municipais deste ano. O texto tramita atualmente na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania e está nas mãos do relator, senador Acir Gurgacz (PDT-RO).

O Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp), entidade secular da advocacia, alertou para "situação de extrema gravidade" provocada, em sua avaliação, pela decisão do Supremo Tribunal Federal que autoriza prisão de condenados em ações penais já em segundo grau - colegiado de magistrados, como os Tribunais de Justiça nos Estados e os Tribunais Regionais Federais.

"Perplexos assistimos, apesar de ainda não ter sido publicado o acórdão, o Supremo Tribunal Federal, no julgamento de um habeas corpus, usurpar a competência do Poder Legislativo ao revogar o inciso LVII do artigo 5.º da Constituição Federal que estabelece a garantia constitucional de que ‘ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória'", declarou o advogado José Horácio Halfeld Rezende Ribeiro, presidente do Iasp e do Colégio de Presidentes dos Institutos dos Advogados do Brasil.

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"Se não há brasileiro acima da lei, também não existe abaixo dela", argumenta José Horácio. Ele prevê a superlotação dos presídios em todo o País diante da expectativa de detenções em elevado número "A situação é de extrema gravidade, não somente pelo evidente caos do sistema carcerário e pela insegurança jurídica, mas, especialmente, porque há muito a doutrina abalizada considera a garantia constitucional como cláusula pétrea que não pode ser abolida ou modificada, o que impediria o Poder Legislativo de mudar a norma criada por Assembleia Nacional Constituinte."

A decisão do Supremo foi por 7 votos a 4, na quarta-feira, 16, em julgamento do habeas corpus de um homem acusado de roubo em São Paulo.

O julgamento da Corte abriu uma pesada polêmica entre os dois lados do mundo jurídico - acusadores e investigadores de um lado da trincheira e defensores do outro. Entidades que representam ambas as partes se manifestaram, como a Ordem dos Advogados do Brasil, a Associação dos Delegados de Polícia Federal, a Associação Nacional dos Procuradores da República, a Associação dos Magistrados Brasileiros e a Associação dos Juízes Federais.

O Instituto dos Advogados de São Paulo tem o peso de uma história de 141 anos de existência. É um reduto do saber do Direito.

"Se, de fato, compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, conforme definido no artigo 102 da Carta Magna, não há tecnicamente interpretação possível para justificar o julgamento proferido", adverte José Horácio Halfeld Rezende Ribeiro.

Os trabalhos apresentados no Congresso Mundial de Parques Tecnológicos, que aconteceu no Porto Digital, entre os dias 14 e 17 de outubro, já podem ser conferidos através deste link. A 30ª Conferência Mundial da Associação Internacional de Parques Científicos (IASP), ocorreu no Recife e trouxe a cidade 1,2 mil pessoas de mais de 65 países e de diversos estados brasileiros.

Conferência - O maior evento mundial sobre habitats de inovação teve como tema central "Parques Científicos Modelando Novas Cidades", com o objetivo de estimular a reflexão sobre o que pode ser feito pelos ambientes de inovação para promover empresas e soluções que melhorem a vida nos centro urbanos. Entre as apresentações que aconteceram durante o congresso, o Porto Digital teve destaque com o seu projeto de mobilidade urbana, o Porto Leve.

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A 30ª Conferência Mundial da Associação Internacional dos Parques Tecnológicos (IASP) será realizada do dia 14 a 17 de outubro, no Porto Digital, no Recife. Considerado um dos maiores eventos sobre inovação e empreendedorismo, o encontro ocorrerá de forma simultânea com o XXIII Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas.

A expectativa da organização da conferência é de um público de 1,2 mil pessoas oriundas de diversos países. A ação é promovida anualmente pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e visa promover uma reflexão sobre o que pode ser feito pelos ambientes de inovação de modo a promover empresas e soluções que melhorem a vida nos centros urbanos.

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Alguns dos palestrantes confirmados para o evento são o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, o diretor de pesquisas do Institute For The Future, Anthony Townsend, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, e o representante do infoDey, programa do Banco Mundial para fomentar o empreendedorismo inovador, Valerie D’Costa. Outros detalhes informativos sobre a conferência podem ser obtidos pela sua página eletrônica. O Porto Digital fica na Rua do Apolo, 181, no Recife Antigo.





A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) classificou como "preconceituosas" as declarações feitas nesta terça-feira, 14, pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa. Na sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o ministro perguntou, em tom jocoso, se os advogados não acordavam apenas por volta de 11 horas da manhã. "É lamentável que instituições sejam obrigadas a gastar energia com afirmações preconceituosas. (...) O momento atual impõe serenidade, equilíbrio e respeito. A OAB faz um chamamento à razão", afirmou a OAB em nota divulgada nesta quarta.

Na sessão, o CNJ discutia a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo de iniciar o expediente às 9 horas, mas atender os advogados apenas a partir das 11 horas. Barbosa se manifestou favoravelmente à decisão do TJ e fez o que depois chamou de uma piada: "Mas a maioria dos advogados não acorda lá pelas 11 horas da manhã mesmo?". E acrescentou: "Será que advogados gozam de direitos absolutos neste País?". Um pedido de vista interrompeu o julgamento do caso.

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"O advogado acorda muito cedo e dorme muito tarde, sempre vigilante em defesa do cidadão, principalmente quando injustiçado por autoridades arbitrárias", protestou a OAB na nota. "Ao anunciar que a maioria dos advogados acorda às 11 horas, o presidente do Supremo Tribunal Federal demonstra completo desconhecimento da realidade sofrida e de extrema dificuldade enfrentada pela advocacia brasileira", concluiu a OAB.

O Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP) também emitiu nota para rebater as declarações de Barbosa. "O IASP manifesta seu repúdio pelo comentário desrespeitoso do ministro Joaquim Barbosa. (...) É motivo de profunda preocupação a conduta incompatível com o exercício do cargo", acrescentou o presidente da instituição, José Horácio Halfeld.

O Movimento de Defesa da Advocacia (MDA) também divulgou nota e afirmou que a manifestação do ministro, mesmo que em tom de brincadeira, é "inadequada e deselegante". E afirma que a postura do ministro não se coaduna com a "importância e a liturgia do cargo".

"A Advocacia não se cala diante dos episódios mais sombrios vividos na História, de modo que também não poderá se calar em todas e quaisquer situações em que não apenas as prerrogativas profissionais sejam violadas, mas também quando as manifestações do chefe do Poder Judiciário brasileiro ou de qualquer autoridade não se mostrem compatíveis com o Estado Democrático de Direito", concluiu a nota do MDA.

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