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Neste último dia de julho, dificilmente a Bovespa entregará os ganhos acumulados no mês, devendo, com isso, encerrar uma sequência de quatro quedas mensais consecutivas. Resta saber se ela ainda terá forças para conservar o sinal positivo no ano, especialmente diante do exterior indefinido. Dados econômicos ruins da Europa, divulgados nesta manhã, renovam as expectativas por mais estímulos por parte dos bancos centrais globais. Ao mesmo tempo, nos EUA, indicadores vieram em linha com o previsto e, no geral, as incertezas impõem cautela aos negócios. Às 10h04, o Ibovespa tinha leve alta de 0,09%, aos 57.294,74 pontos.

Na segunda-feira o Ibovespa fechou na máxima pontuação do dia, com alta de 1,22%, aos 57.240,92 pontos. Foi a primeira vez no mês que o índice à vista alcançou este patamar e encerrou na maior pontuação desde 14 de maio (57.539,61). Só nas últimas três sessões acumulou valorização de quase 9%, passando para o positivo no mês. No ano até ontem, porém, a alta é de apenas 0,86%.

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O operador institucional da Renascença Corretora Luiz Roberto Monteiro avalia que "o Ibovespa esticou demais na véspera, ainda em função da espera, num movimento iniciado na sexta-feira, com sinais de estímulos por parte do presidente do BCE (Banco Central Europeu), Mário Draghi". Um operador de renda variável, que falou sob a condição de anonimato, acrescentou que, depois da expectativa "tão grande" criada, "mesmo que o Draghi não baixe os juros, por exemplo, terá de fazer algo, porque o mercado ficou eufórico".

Assim, os investidores mantêm o foco no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed), que inicia sua reunião de política monetária de dois dias nesta quarta-feira, e no Banco Central Europeu (BCE), cuja decisão sai na quinta-feira. Em compasso de espera, as bolsas europeias operam em direções divergentes, mas perto da linha da estabilidade. Nos EUA, o futuro do S&P 500 mostrava leve alta de 0,07% às 10h04.

E, enquanto as decisões não são anunciadas, dados divulgados nos EUA podem dar algum rumo aos negócios. "No mercado local, em dia de fraca agenda econômica, investidores ficarão atentos à agenda dos EUA, repercutindo também os balanços corporativos locais", disse a equipe da Um Investimentos, em relatório.

Nesta manhã foi divulgado que a renda pessoal dos norte-americanos subiu 0,5% em junho, levemente acima da previsão de +0,4%, e que os gastos com consumo ficaram estáveis no mesmo período, ante previsão de +0,1%. O custo da mão de obra, por sua vez, subiu 0,5% no segundo trimestre deste ano, em linha com o projetado.

Às 10 horas, sai o índice de preços de moradias em cidades norte-americanas. Depois, às 10h45, o ISM divulga o índice de atividade industrial regional e, às 11 horas, o Conference Board publica o índice de confiança do consumidor. No fim do dia, já na Ásia, a China publica os índices de atividade industrial (PMI) em julho, calculados pelo HSBC e pelo CFLP.

Internamente, os investidores repercutem os resultados financeiros de AmBev, TIM e Usiminas, entre outros. A AmBev registrou lucro líquido de R$ 1,932 bilhão no segundo trimestre deste ano, o que representa uma alta de 5,4% na comparação com o resultado de igual período de 2011 e ficou de acordo com o esperado pelo mercado.

TIM, por sua vez, apresentou um lucro líquido de R$ 346,787 milhões entre abril e junho, resultado acima da média projetada. Já as ações da Usiminas podem realizar lucros após a companhia ter confirmado as expectativas de reversão do lucro para um prejuízo na comparação entre o segundo trimestre do ano passado e o deste ano.

A Bovespa abre o pregão desta segunda-feira com o desafio de interromper uma sequência de quatro meses seguidos de desvalorização. Restando apenas dois dias para o fim de julho, os negócios locais tentam se firmar no positivo, mas já exibem sinais de cansaço nesta manhã, após a arrancada da última sexta-feira (+4,72%). Aliás, a lateralidade deve marcar a Bolsa nesta reta final de mês, com os investidores contando as horas para o fim das reuniões de política monetária dos bancos centrais dos Estados Unidos e da zona do euro. Por volta das 10h10, o Ibovespa caía 0,21%, aos 56.434,89 pontos.

Para o economista e sócio da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira, essa semana pode ser classificada como "ou vai ou racha" quanto a uma definição (ou não) para a crise europeia. Para ele, as importantes reuniões de líderes econômicos e autoridades monetárias que acontecem entre hoje e quinta-feira criam um "ambiente ideal para que as coisas aconteçam".

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Bandeira se refere ao encontro do ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, e do secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, nesta segunda-feira, e, principalmente às reuniões do Federal Reserve e do Banco Central Europeu (BCE), que terminam na quarta-feira e quinta-feira, respectivamente, quando se espera que sejam anunciadas medidas adicionais de afrouxamento monetário.

"O Fed está pronto para fazer algo, mas não adianta fazer nada sozinho", avaliou o economista. Dessa forma, ele acredita que as decisões dos BCs norte-americano e europeu devem ser coordenadas. "Ações pontuais não resolvem muito e têm efeito efêmero."

Caso algo concreto seja mesmo anunciado nesta semana, a Bolsa pode, enfim, sair da atual zona de indefinição e retornar à trajetória de alta, já acima dos 57 mil pontos. "Se passar desse nível, o Ibovespa fica livre para buscar os 60 mil pontos no curto prazo", avaliou Bandeira, da Órama. Do contrário, os mercados financeiros globais devem passar por um intenso ajuste negativo.

Até lá, portanto, os negócios com risco devem manter a volatilidade elevada, diante da ausência de mudanças expressivas no cenário global e de indicadores econômicos ainda enfraquecidos. Há pouco, nos EUA foi anunciado que o índice de atividade industrial do Meio-Oeste subiu 1,1% em junho ante maio.

Logo mais, às 11h30, sai o índice de atividade industrial na região de Dallas. No horário acima, o futuro do S&P 500 ampliava a queda para -0,25%, após o dado, diante de certa cautela também com o Fed.

Por aqui, a temporada de balanços entra em sua terceira semana e tem como ponto alto a sexta-feira, quando sai o resultado financeiro da Petrobras. A expectativa é de que a gigante do petróleo traga números decepcionantes, assim como aconteceu com Vale na semana passada, até porque o efeito dos recentes reajustes promovidos nos preços dos combustíveis deve se refletir apenas nos números deste trimestre. Já nesta segunda-feira os destaques ficam para os balanços de Usiminas e TIM, após o fechamento do pregão.

A ampliação do otimismo no exterior no final dos negócios fez a Bovespa intensificar os ganhos, voltar para o nível dos 54 mil pontos e romper a sequência de quatro quedas seguidas. Assim como pela manhã, o bom humor foi ditado pela percepção de que os governos globais estão dispostos a dar suporte ao crescimento econômico. Dados melhores que o esperado nos EUA também contribuíram com o cenário mais favorável. Os papéis da Vale, que operaram em queda durante toda a manhã, reverteram o movimento no meio da tarde desta quinta-feira, também embalados pela melhora externa. Tecnicamente, o mercado também destacou o nível que o papel atingiu como atrativo para compra.

Com isso, o Ibovespa encerrou com ganho de 2,65% - a maior alta porcentual do mês, aos 54.002,72 pontos. Com a valorização de hoje, as perdas da Bolsa na semana, no mês e, no ano, foram reduzidas para -0,35%, -0,65% e -4,85%, respectivamente. Na mínima, o índice atingiu 52.638 pontos (+0,06%) e, na máxima 54.126 pontos (+2,89%). O giro financeiro ficou em R$ 6,775 bilhões.

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Um experiente operador disse que na hora final foi disparada uma operação chamada "basquete de compras", que é uma cesta de ações, onde se compram vários papéis que compõem a carteira Ibovespa, entre eles, os da Vale, e se vende o índice. "Houve uma enxurrada de basquete de compras e, isso, ajudou na performance da Vale e, consequentemente, na do índice", disse o profissional.

O papel ON da mineradora encerrou com ganho de 1,23% e o PNA, +0,77%. As siderúrgicas também tiveram bom desempenho nesta quinta-feira acompanhando a alta dos metais no exterior. Gerdau PN (+3,59%), Gerdau Metalúrgica (+3,58%), Usiminas PNA (5,11%). Já Siderúrgica Nacional foi na contramão (-0,96%).

Petrobras também seguiu o petróleo lá fora e subiu. A ação ON avançou 1,02% e a PN, +1,37%. Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento em setembro terminou com alta de 0,47%, a US$ 89,39 o barril.

Aliás, o bom humor contaminou quase 100% das 68 ações que compõem o Ibovespa. Apenas, sete terminaram no vermelho. Entre elas, Cielo ON que liderou as perdas (-2,62%), seguida de Dasa ON (-2,16%) e Eletrobras ON (-0,98%). Esta última, aliás, caiu sob notícia de que a Petrobras irá cobrar uma dívida de R$ 2,4 bilhões que a empresa de energia elétrica tem com ela.

No exterior, os comentários do presidente do Banco Central Europeu (BCE) detonaram uma onda otimista. Mario Draghi, durante discurso em Londres, garantiu que o BCE está pronto para fazer o que for preciso para preservar o euro, que a moeda comum é irreversível e que isso não são palavras vazias.

Nos EUA, dados melhores do que o esperado também ajudaram a dar uma trégua no pessimismo e levaram as bolsas para o azul. O índice Dow Jones fechou com ganho de 1,67%, o S&P 500 subiu 1,65% e o Nasdaq, +1,37%.

 

A afirmação do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, de que a autoridade monetária está pronta para fazer o que for preciso para preservar o euro e a notícia de que a Grécia chegou a um acordo para cortar gastos devem garantir uma recuperação da Bovespa nesta quinta-feira após quatro quedas consecutivas, em linha com o otimismo no exterior. Dados de auxílio-desemprego e encomendas de bens duráveis nos EUA reforçam o impulso. Porém, o desempenho local depende da repercussão da queda de 48% no lucro da Vale no segundo trimestre, em relação há um ano antes. Por volta das 10h10, o Ibovespa subia 1,23%, aos 53.255,22 pontos.

"O que sustenta o rali visto nesta manhã nas bolsas europeias e nos índices futuros de Nova York, sem sombra de dúvida, é a fala do Draghi", disse Marcelo Varejão, analista da Socopa Corretora. Mais cedo, o presidente do BCE disse que a instituição está pronta para fazer o que for preciso para preservar o euro e assegurou que a moeda única é "irreversível".

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Já a Grécia chegou a um acordo com inspetores da Troica - União Europeia (UE), BCE e Fundo Monetário Internacional (FMI) - para cortar os gastos de Atenas em 11,5 bilhões de euros nos próximos dois anos, segundo um oficial do Ministério das Finanças. O acordo, se confirmado, aproxima o país mediterrâneo do segundo pacote de resgate, de 173 bilhões de euros.

As principais bolsas europeias, que operavam em queda até então, reagiram imediatamente, invertendo a direção. Às 10h12, a Bolsa de Paris subia 2,95% e a Bolsa de Frankfurt ganhava 1,76%. Madri avançava 3,91%. Em Nova York, os índices futuros do S&P 500 e do Nasdaq avançavam 1,26% e 1,22%, respectivamente, no mesmo horário, também beneficiados por Draghi e, ainda, dados dos EUA divulgados nesta manhã.

O número de trabalhadores que entraram com pedido de auxílio-desemprego no país na semana até 21 de julho caiu 35 mil, resultado melhor que a queda de 6 mil solicitações esperada. As encomendas de bens duráveis nos EUA, por sua vez, tiveram alta de 1,6% em junho, resultado acima do previsto. Ainda nos EUA, às 11 horas, saem as vendas pendentes de moradias no mês passado e, ao meio-dia, a unidade do Federal Reserve (Fed) de Kansas divulga o índice de atividade industrial regional de julho.

Internamente, a queda de 48% no lucro líquido da Vale no segundo trimestre deste ano em relação a igual período do ano passado pode atrapalhar a recuperação da Bolsa. Os investidores estarão atentos aos comentários da diretoria da empresa, em teleconferências com analistas a partir das 10 horas e, com a imprensa, às 14h30.

"Temos uma dependência grande dos papéis da Vale e o mercado vai repercutir o balanço da companhia. Dependendo da avaliação, podemos destoar do exterior, subindo menos ou caindo mais", disse Varejão, da Socopa, referindo-se ao peso das ações da mineradora no índice à vista da Bolsa brasileira.

Um operador de renda variável, que falou sob a condição de não ser identificado, previa uma abertura em baixa dos papéis de Vale. "O primeiro impacto foi de decepção, tanto que (a ação) bateu o limite de baixa durante o after market, após a divulgação dos resultados." Às 10h15, as ações PNA caíam 0,51% e as ON, 0,67%.

O lucro líquido, R$ 5,314 bilhões, ficou 16% abaixo das projeções dos analistas do mercado ouvidos pela Agência Estado. A geração de caixa medida pelo Ebitda ajustado (lucros antes de juros, impostos, amortização e depreciação) de US$ 5,119 bilhões também veio abaixo da média das estimativas (US$ 6,34 bilhões). A queda do lucro foi atribuída ao menor preço do minério de ferro no mercado internacional e à desvalorização do real.

O mercado local também terá para repercutir o balanço do segundo trimestre do Santander, que registrou lucro líquido consolidado de R$ 1,459 bilhão no período pelo padrão contábil internacional (IFRS), o que representa uma queda de 15,3% ante o primeiro trimestre deste ano.

Após uma abertura em alta, a Bovespa migrou para o terreno negativo, penalizada pela mudança de sinal das Bolsas de Nova York diante do dado ruim sobre o mercado imobiliário norte-americano. A queda das ações da Vale, horas antes da divulgação do balanço financeiro no trimestre passado, também pesa sobre os negócios locais.

Por volta das 11h10, o Ibovespa registrava ligeira baixa de 0,01%, aos 52.632 pontos, tentando neutralizar a pressão negativa, que levou o índice à vista até a mínima aos 52.517 pontos, em queda de 0,23%. Na máxima, exibiu ganhos de 1,13%, aos 53.233 pontos. O volume financeiro somava cerca de R$ 1 bilhão.

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Segundo um operador, a Bolsa segue defendendo a marca dos 52,2 mil pontos, que representa o nível mais baixo do ano, "mas também não tem conseguido se distanciar, com consistência, desse nível". O profissional, que falou sob a condição de não ser identificado, alerta que, "uma hora" essas defesas podem ser desarmadas, o que acionaria ordens mais intensas de stop loss (perda mínima aceitável). "E a Bolsa vai buscar fundos, já abaixo dos 50 mil pontos", acrescentou.

No mesmo horário, em Wall Street, o índice S&P 500 era negociado na mínima, em baixa de 0,19%, enquanto o índice Dow Jones reduziu a alta mais forte exibida antes, para +0,35%. Os mercados acionários dos EUA reagem à queda de 8,4% das vendas de moradias novas no país em junho, contrariando a previsão de alta de 1,6%. Foi o menor resultado desde janeiro. Os dados de maio, abril e março foram revisados para cima.

Na Bolsa, o destaque negativo fica para as ações ON da Vale, que cediam 1,48%, ainda no mesmo horário, com a presença marcante de investidores estrangeiros na ponta vendedora do papel. No topo do ranking de maiores baixas, porém, estava LLX ON, com -4,29%, devolvendo uma fatia da forte alta registrada em meio a rumores de que a empresa de Eike Batista poderia fechar o capital e ser vendida.

Os mercados financeiros globais seguem abatidos com a situação na Europa, minando a possibilidade de trégua para os negócios com risco. De quebra, a Bovespa pode, novamente, testar um importante suporte na faixa dos 52,2 mil pontos nesta sessão. As dúvidas sobre se os negócios locais vão conseguir defender essa barreira mais uma vez persistem e tudo vai depender do desempenho das bolsas no exterior para definir a magnitude da queda ou, talvez, uma tentativa de recuperação, em dia de dados econômicos importantes nos EUA. Por volta das 10h05, o Ibovespa subia 0,45%, aos 53.272,97 pontos.

O analista da XP Investimentos William Castro Alves diz que na segunda-feira o Ibovespa mostrou força para defender a marca dos 52 mil pontos, depois de ter cravado a menor pontuação do ano durante a sessão, aos 52.213 pontos. "A Bolsa furou a barreira em torno dos 52,5 mil pontos, mas depois voltou", afirmou, lembrando que na segunda-feira o índice à vista conseguiu fechar acima dos 53 mil pontos.

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Para ele, nesta terça-feira, ao que tudo indica, a Bolsa deve oscilar em uma margem mais estreita. A performance doméstica, disse o profissional, "vai depender do exterior". No horário acima, o futuro do S&P 500 tinha alta de 0,13%, migrando para o positivo após a divulgação do índice PMI industrial nos EUA, que ficou em 51,8 na leitura preliminar de julho. Logo mais, às 11 horas, saem números sobre a atividade industrial em Richmond (às 11h) e sobre os preços de moradias (às 11h). O presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, discursa, nesta manhã, sobre educação na primeira infância.

Na Europa, as bolsas de Paris e de Frankfurt cediam 0,18% e 0,24%. Apesar das persistentes preocupações com o risco de ruptura da zona do euro, diante de uma eventual saída da Grécia do bloco, e com o socorro financeiro iminente à Espanha, os investidores ensaiam uma pausa nos negócios, após a forte queda da véspera. As perdas seguem concentradas no mercado de Madri, com desvalorização de 3,00%, contagiando ainda a Bolsa de Milão, com -1,72%.

Para o analista da Cruzeiro do Sul Corretora, Jason Vieira, "a situação no Velho Continente dá sinais cada vez mais claros e presentes de desgate". "O difícil é saber o quanto e até quando o mundo aguenta de notícias negativas da Europa", disse o profissional. "Provavelmente, não muito."

O índice PMI composto da zona do euro seguiu estável em 46,4 pontos na leitura preliminar de julho, diante do avanço acima do previsto do PMI do setor de serviços em relação a junho, mas queda do PMI de manufaturam no período, contrariando a previsão de alta. "A região continua a apresentar resultados muito inferiores àqueles observados no Japão, EUA e Reino Unido", disse Vieira.

Já a China trouxe certo alento, principalmente às commodities, após registrar melhora da atividade industrial. O índice PMI do HSBC subiu a 49,5 na prévia deste mês, de uma leitura final de 48,2 em junho. Ainda assim, é o nono mês consecutivo que o índice permanece em território que indica contração da atividade. Seja como for, os números podem aliviar a pressão sobre as blue chips brasileiras exportadoras de matérias-primas.

No setor financeiro, as ações do Itaú reagem à queda de 8,2% do lucro líquido de R$ 3,3 bilhões do banco no segundo trimestre deste ano, em relação a igual período do ano passado. O resultado ficou abaixo da previsão média dos analistas, por ter ultrapassado a variação em linha de 5% para cima ou para baixo. O maior banco privado do País reduziu as projeções para o crescimento da carteira de crédito, mas manteve estável a provisão para devedores duvidosos (PDD) ao final de junho.

As preocupações com a situação das economias da Grécia e Espanha voltaram a assombrar os mercados nesta segunda-feira, fazendo a Bovespa retroceder ao nível dos 53 mil pontos, com direito a cravar a mínima intraday do ano, durante a manhã. Além disso, dúvidas sobre a magnitude da desaceleração chinesa ajudaram a aumentar a aversão ao risco, afetando diretamente blue chips de peso no principal índice da Bolsa, como Petrobras e Vale.

O Ibovespa encerrou a sessão desta segunda-feira em baixa de 2,14%, aos 53.033,96 pontos, menor pontuação desde 28 de junho (52.652,25). Na mínima, o índice caiu 3,66%, aos 52.213 pontos, enquanto, na máxima, marcou 54.183 pontos (-0,02%). Com isso, a Bovespa acumula perda de 2,43% no mês de julho, e desvalorização de 6,55% no ano. O giro financeiro somou R$ 5,400 bilhões.

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Na esteira da queda do preço do petróleo nos mercados internacionais, as ações ON da Petrobras recuaram 1,52%, enquanto as PN perderam 1,15%. Com as preocupações sobre a demanda global pela commodity, os contratos de petróleo com entrega em setembro na New York Mercantile Exchange (Nymex) despencaram 4,02%, a US$ 88,14 o barril.

Pressionados pelas notícias divulgadas durante o dia que mostraram a fragilidade da zona do euro e pelo receio de uma desaceleração mais forte da economia chinesa, os contratos futuros de metais básicos fecharam todos em queda hoje na London Metal Exchange (LME), o que se refletiu nos preços das ações ON e PNA da Vale, que encerraram o dia com desvalorização de 2,36% e 2,64%, respectivamente.

No noticiário desta segunda-feira, os dados ruins vieram de toda parte. Na Espanha, o custo do seguro da dívida do país contra default bateu novos recordes em meio às crescentes preocupações com a situação dos governos central e regionais do país.

A Grécia também voltou ao foco dos mercados, depois que o Fundo Monetário Internacional (FMI) sinalizou para a União Europeia que não participará mais da ajuda financeira ao governo grego, o que significa que o país pode ficar sem dinheiro em setembro.

Na China, o conselheiro do Banco Central chinês (PBOC), Song Guoqing, previu um crescimento de 7,4% do PIB da China neste trimestre, depois de uma alta de 7,6% da economia do país no trimestre passado, configurando o sexto período seguido de desaceleração.

Nos EUA, o índice Dow Jones cedeu 0,79%, o S&P recuou 0,89% e o Nasdaq registrou desvalorização de 1,20%.

Depois de ter interrompido, ao final da semana passada, a sequência de três altas consecutivas, a Bovespa ainda tem um ganho residual para devolver nesta segunda-feira. Porém, diante das perdas aceleradas dos mercados internacionais e da ausência de algum grande evento ou indicador capaz de cessar essa "sangria", a queda dos negócios locais deve ir muito além do saldo que restou, com forças para aproximar-se dos níveis mais baixos do ano. Por volta das 10h05, o Ibovespa recuava 1,44%, aos 53.416,04 pontos, na pontuação mínima do pregão.

"Por todos os lados, o cenário só tem piorado", comentou o analista da Clear Corretora Fernando Góes. De fato, desde a última sexta-feira as preocupações com a Espanha, que vinha no epicentro dos mercados financeiros, se agravaram e aumentaram os riscos de contágio à Itália. Mais cedo, o yield dos bônus espanhóis de 10 anos escalavam ao nível recorde de 7,48%, deteriorando o prêmio pago pelos títulos italianos de mesmo vencimento.

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Após o governo regional de Valência anunciar que precisaria de ajuda, foi noticiado no fim de semana que mais seis regiões espanholas devem seguir pelo mesmo rumo. Com isso, crescem as chances de o país solicitar resgate financeiro, nos moldes do já socorridos Portugal, Irlanda e Grécia.

Já o país mediterrâneo, que estava adormecido, voltou à cena, após relatos de que o Fundo Monetário Internacional (FMI) teria sinalizado à Bruxelas que não participará mais de ajuda financeira ao governo grego, o que pode deixá-lo sem dinheiro em setembro. Para o ministro alemão, Philipp Rösler, a ideia de a Grécia sair da zona do euro "perdeu seu horror".

Uma equipe da troica, que inclui o FMI, o Banco Central Europeu (BCE) e a União Europeia (UE) chega a Atenas amanhã, onde permanece até sexta-feira para avaliar os esforços do país no cumprimento de medidas austeras. Instantes atrás, a Bolsa grega despencava mais de 7%.

No horário acima, os mercados em Madri e Milão cediam 2,50% e 3,90%, enquanto as perdas nas demais bolsas europeias oscilavam entre 2% e 3%. Há pouco, foi informado que a bolsa espanhola proibiu vendas a descoberto de ações.

Como se não bastasse a Europa, a desaceleração econômica na China também traz apreensão. Durante o fim de semana, um conselheiro do Banco Central chinês (PBOC) previu um crescimento de 7,4% do PIB do país neste trimestre, depois de uma alta de 7,6% da economia no trimestre passado, no sexto intervalo de três meses seguido de desaceleração. Ainda no mesmo horário, os contratos futuros do cobre e do petróleo cediam entre 3% e 4%.

Diante da aversão ao risco nos mercados internacionais, um operador não descarta a possibilidade de a Bolsa buscar os níveis mais baixos de 2012, ao redor dos 52,4 mil pontos. "Se não hoje, talvez na semana", disse. Para ele, os investidores não encontram algum fator capaz de aliviar os negócios. "O senão", disse o profissional, que falou sob a condição de não ser identificado, "pode vir da safra de balanços nos EUA".

Ainda no mesmo horário, o futuro do S&P 500 caía 1,41%, amortecendo a queda após a melhora do índice de atividade nacional de Chicago em junho.

Internamente, o Bradesco abriu a temporada de resultados dos grandes bancos. O banco reportou lucro líquido de R$ 2,833 bilhões no segundo trimestre deste ano, com altas de 1,7% em relação a igual período do ano passado e de 1,4% ante os meses de janeiro a março de 2012. O resultado ficou em linha com a previsão de analistas consultados pela Agência Estado.

Segundo o Bradesco, o aumento dos ganhos ocorreu por causa do crescimento das vendas de seguros, melhora das operações de crédito e expansão das receitas com tarifas e serviços bancários. No segundo trimestre, o índice de inadimplência subiu a 4,2%, considerando os atrasos acima de 90 dias, ao passo que o saldo total das provisões para devedores duvidosos encerrou junho em R$ 20,7 bilhões. Desse total, R$ 16,7 bilhões são de provisões exigidas pelo Banco Central.

Não são muitos os ajustes que a Bovespa tem a fazer em relação ao exterior nesta volta de feriado, já que na sexta-feira as perdas locais foram mais acentuadas e ontem as Bolsas de Nova York caíram levemente. Os investidores retornam aos negócios locais de olho nos sinais hesitantes emitidos pela China, o que deprime as commodities, e pode ser um fator de pressão sobre as ações de empresas brasileiras exportadoras de matérias-primas. Porém, a possibilidade de elevação da mistura de etanol à gasolina pode ser um contraponto favorável à Petrobras, assim como o sinal positivo vindo do exterior na manhã desta terça-feira. Às 10h05, o Ibovespa subia 0,20%, aos 55.505 pontos.

Um operador de mesa de renda variável acredita que o dia possa ser positivo para Bolsa. "As bolsas asiáticas caíram por causa da queda das importações na China, o que afeta o pregão doméstico, mas a Europa e os futuros de Nova York sobem com o acordo para 'resgatar' a Espanha", resume o profissional, que falou sob a condição de não ser identificado.

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No horário acima, o futuro do S&P 500 subia 0,27%, em dia de agenda econômica esvaziada nos EUA, enquanto as bolsas de Paris e de Frankfurt avançavam 1,08%, cada, com os investidores atentos ao encontro de ministros de Finanças da União Europeia (UE), que acontece nesta terça-feira.

O grupo chamado Ecofin deve chancelar as decisões tomadas ontem pelos ministros de Finanças da zona do euro (Eurogrupo), de dar um ano a mais para que a Espanha atinja a meta de redução de déficit e, ainda, de liberar 30 bilhões de euros ao país para um socorro imediato aos bancos, no âmbito do pacote de 100 bilhões de euros acordado no mês passado. Antes do anúncio desse acordo, o título espanhol de 10 anos atingiu o patamar insustentável de 7%, mas nesta manhã o prêmio pago ao investidor já estava mais suave.

O dia, porém, amanheceu com uma nova rodada de notícias negativas vindas da China. O gigante emergente registrou um superávit comercial acima do esperado em junho, de US$ 31,7 bilhões, mas o resultado foi garantido graças à desaceleração no crescimento das importações. Em relação a um ano antes, as compras chinesas feitas no exterior cresceram 6,3% no mês passado, abaixo da expansão de 12% em maio, na mesma base de comparação, e da previsão de +10,4%. As exportações, no mesmo período, também subiram menos em relação ao mês anterior, mas superaram as estimativas.

Esses números refletem as condições econômicas frágeis na China e no exterior e turvam os números que devem ser anunciados pelo país asiático na quinta-feira, quando sai o resultado do PIB no trimestre passado. No fim de semana, o gigante emergente revelou números em linha sobre a inflação no atacado e no varejo.

De olho no desempenho do maior consumidor de commodities do mundo, os contratos futuros dos metais básicos e do petróleo operam em baixa nesta manhã, o que pode penalizar a performance das ações de Vale e Petrobras. Porém, a afirmação do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, de que o governo brasileiro pode "a qualquer momento" aumentar de 20% para 25% o teor do etanol anidro misturado à gasolina, estimulando a produção do combustível derivado da cana-de-açúcar por meio da zeragem de tributos, pode estimular os papéis da estatal petrolífera.

Dessa forma, os analistas da Um Investimentos avaliam, em relatório, que os mercados iniciam o dia com sentimentos mistos. "Após o dado de importação na China trazer pessimismo aos investidores, os avanços nas negociações dos líderes europeus para recapitalizar os bancos espanhóis adicionaram otimismo aos negócios", resumem.

Com isso, a equipe da Lerosa Investimentos acredita que a Bolsa deve iniciar a semana mais curta ao redor da estabilidade, contrabalançando esses fatores positivos e negativos. "Durante a semana", lembram os profissionais, "teremos nova redução da Selic, o que já está precificado e não deve influenciar na renda variável brasileira". O Comitê de Política Monetária (Copom) inicia nesta terça-feira a reunião de dois dias para decidir sobre a atualização da taxa básica de juros (Selic) que, segundo levantamento do AE Projeções, deve cair para o mínimo histórico de 8%, ao final do encontro.

Sem conseguir fechar um mês com valorização desde fevereiro, a Bovespa inicia julho com o intuito de virar essa sorte. Mas, após o frenesi dos mercados financeiros com o acordo firmado na cúpula da União Europeia (UE), dados fracos sobre a atividade ao redor do mundo mostram que os efeitos da crise das dívidas na zona do euro ainda estão longe de serem dissipados. Às 10h07, o Ibovespa caía 0,23%, aos 54.228,97 pontos.

Apesar de os investidores virarem a página no calendário, os mercados "continuam tocando a mesma velha canção e dançando ao mesmo ritmo", comenta um estrategista de renda variável, que prefere não ser identificado. Nesta manhã, por exemplo, a Grécia voltou à cena para declarar que as negociações com a troica - missão formada pela UE, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) - para avaliar o cumprimento das exigências em troca de ajuda financeira "estão difíceis".

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A situação crítica na zona do euro é tida como pivô da piora da dinâmica econômica global, que pode ser comprovada por dados recentes. O índice oficial de atividade manufatureira na China indica que o setor registrou em junho o menor crescimento desde novembro de 2011, com o PMI situando-se no menor nível em sete meses, tanto por causa do enfraquecimento da demanda doméstica quanto da queda das exportações.

Já entre os 17 países europeus que compartilham a moeda, a atividade seguiu em contração, sugerindo um segundo trimestre fraco na região. Nesta segunda-feira sai o índice de atividade industrial nos EUA no mês passado e, amanhã, o IBGE anuncia a produção das fábricas brasileiras em maio.

Por causa da continuidade das incertezas na economia global, a tendência para a Bolsa em julho é de estabilidade, avalia, em relatório a equipe do BB Investimentos. "Mesmo com indicadores técnicos de mercado situando-se em patamares baixos", ressalta. Segundo os profissionais, o Ibovespa tem resistência próxima aos 55 mil pontos e suporte imediato em 52,5 mil pontos.

No horário acima, em Wall Street, o futuro do S&P 500 tinha leve alta de 0,10%, enquanto as principais bolsas europeias subiam entre 1% e 2%.

A queda de quase 3% do pregão desta quinta-feira deixou a Bovespa no vermelho na semana e só uma recuperação de pelo menos 1% nesta sexta-feira é capaz de dar sequência aos ganhos semanais pela terceira vez seguida. Porém, a agenda esvaziada de indicadores nos EUA e um novo encontro de líderes europeus contribuem para um comportamento defensivo dos investidores, abalados após o rebaixamento promovido pela Moody's nos ratings dos maiores bancos do mundo. Por volta das 10h05, o Ibovespa subia 0,38%, aos 55.716,44 pontos, na máxima após abertura.

"A questão é saber se a Bolsa vai conseguir encontrar um ponto de apoio ou cair ainda mais antes do fim de semana", comenta um operador da mesa de renda variável, lembrando que ontem o índice à vista voltou à casa dos 55 mil pontos, "com uma tacada só". Até por isso, ele acredita que parte dos "exageros" de ontem sejam ajustados hoje.

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O sócio da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira, avalia que agora a Bolsa terá de formar um novo fundo e superar a faixa de 57 mil pontos para ganhar espaço rumo a novas altas. "Isso só acontecerá se acompanhado de volume financeiro crescente e medidas para a zona do euro", comenta, em relatório publicado nesta manhã.

Porém, os mercados financeiros estão encerrando mais uma semana sem que as autoridades europeias tenham tomado alguma medida mais concreta para sanar a grave crise das dívidas soberanas, que começa a espalhar seus tentáculos por todo o mundo. "O mundo está literalmente congelado para atitudes", comenta Bandeira.

Os ministros de Finanças da União Europeia (UE) voltam a se reunir em Luxemburgo nesta sexta-feira, antecedendo o encontro de cúpula dos líderes dos 27 países do bloco, que acontece na semana que vem. Em Roma, o chefes de Estado da Itália (Mario Monti), Alemanha (Angela Merkel), França (François Hollande) e Espanha (Mariano Rajoy) reúnem-se, a partir das 9h. Ao fim do encontro, deve haver uma entrevista coletiva à imprensa.

De lá, Merkel segue para Gdansk, na Polônia, para assistir à partida entre Alemanha e Grécia pela quartas de final da Eurocopa. O chamado "jogo da dívida" está carregado de simbologia política e, se eliminarem os alemães, buscando repetir a conquista do título em 2004, os gregos voltam para Atenas como heróis, com a honra lavada - pelo menos no futebol.

E enquanto as medidas efetivas tardam, as agências de classificação de risco vão fazendo seus estragos. Ontem, após o fechamento dos mercados internacionais, a Moody's anunciou o corte das notas de 15 dos maiores bancos do mundo, incluindo instituições europeias e norte-americanas, que teriam forte exposição à volatilidade e riscos de perdas no mercado de capitais.

O rebaixamento foi dividido em três grupos. No grupo mais brando, ficaram instituições como HSBC, Royal Bank of Canada e JP Morgan. No intermediário, figuraram Barclays, BNP, Credit Suisse e Deutsche Bank. No terceiro, constam Bank of America Merrill Lynch, Citigroup, Morgan Stanley e RBS.

Nos EUA, a agenda econômica não prevê a divulgação de nenhum dado, eventos ou balanços financeiros. Ainda assim, no horário acima, o futuro do S&P 500 subia 0,51%, sinalizando uma recuperação em Wall Street, um dia após ver os principais índices acionários registrarem a segunda maior queda em pontos do ano. O petróleo negociado em Nova York, que ontem caiu abaixo de US$ 80 o barril e fechou no menor nível desde outubro, também ensaia uma recomposição das perdas.

O noticiário corporativo doméstico, por sua vez, está repleto de eventos importantes. A começar pela transferência de controle no Grupo Pão de Açúcar (GPA). A partir desta sexta-feira, o francês Casino, sócio de Abilio Diniz na Wilkes, será controlador do GPA, em um processo que teve episódios controversos, como a tentativa do empresário brasileiro de se fundir ao concorrente do francês, Carrefour.

Apesar de continuar como presidente do conselho do Grupo, a grande dúvida passa a ser o destino de Abilio depois que o Casino assumir o controle da rede. Embora com menos poder do que antes, pessoas ligadas a ele dizem que o empresário vai exercer o papel de "acionista minoritário exigente, que acompanha tudo no detalhe".

Também nesta sexta-feira, a TAM tenta realizar novamente sua oferta pública de permuta de ações (OPA) pelos BDRs da chilena LAN. O processo faz parte da fusão entre as duas empresas para a criação da Latam, e que não obteve o mínimo necessário de adesão na semana passada, que seria de 95%, para fechar o capital da companhia aérea brasileira.

Ainda na Bolsa, o investidor também fica de olho na estreia das ações da Vigor, após a OPA para permuta de papéis da JBS por ações ON da emissão da empresa de lácteos, realizada ontem. A operação inflou o volume financeiro negociado na sessão passada, em R$ 1,879 bilhão.

A Petrobras passou de 'vilã' a 'mocinha' e fez a Bovespa registrar a terceira alta seguida e voltar para os 57 mil pontos, nível que não atingia desde 14 de maio (57.539,61 pontos). O bom humor com as ações da petroleira é atribuído à expectativa de que a empresa promova reajuste nos combustíveis. Aliás, esta terça-feira foi o dia das expectativas - com o fim da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) na quarta-feira e, com o G-20 nesta terça-feira.

O Ibovespa encerrou com ganho de 1,78%, aos 57.195,49 pontos. Na máxima, o índice atingiu 57.567 pontos (+2,44%) e, na mínima, 56.210 pontos (+),03%). Com o ganho do dia, a Bolsa passou a registrar valorização de 0,78% no ano. No mês, o ganho foi ampliado para 4,97%. O giro financeiro ficou em R$ 7,990 bilhões. Aliás, segundo operadores, grande parte desse volume é atribuído à volta dos estrangeiros.

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Petrobras ON subiu 4,82% e a PN, +3,97%. Mais cedo, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que há preocupação do governo com os efeitos do congelamento dos preços dos combustíveis para o caixa da Petrobras. Na semana anterior, Lobão havia negado essa hipótese. Na sexta-feira, a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, voltou a afirmar a necessidade de que a companhia promova um reajuste. Fontes ouvidas pela Agência Estado afirmaram que o plano de negócios da Petrobras recomenda um reajuste de 15% na remuneração que a companhia recebe por seus combustíveis.

"Quem vendeu agora está correndo atrás do papel", disse um operador, se referindo ao fato de que após o anuncio dos planos da estatal, muitos investidores resolveram se desfazer de suas ações, preocupados com o aumento do investimento em capital fixo (Capex).

As ações da Vale também fizeram bonito e encerraram com ganho de 2,41% a ON e 2,58% a PNA. Do lado negativo, o destaque do Ibovespa foram os papéis da BM&F que caíram 2,02%. Segundo profissionais, as ações reagem a possibilidade de a Bolsa ter uma concorrente.

"Hoje o mercado viveu de expectativa. Nada de concreto aconteceu", disse um experiente profissional, ressaltando, ainda, a necessidade que o mercado está de ter boas notícias. "O mercado está carente, querendo algo de bom para poder ir às compras e puxar esta Bolsa para cima", disse.

Externamente, os investidores esperam que o Fed anuncie, na quarta-feira, ao fim da reunião, medidas de estímulo à economia norte-americana. A cada novo indicador negativo, aumentam as esperanças. Nesta terça-feira as atenções estão voltadas para o término do encontro de líderes do G-20. Os participantes querem convencer a Alemanha a aceitar a implementação de medidas para o favorecer o crescimento global. No México, a chanceler Angela Merkel defendeu ações de estímulo, mas ponderou que "crescimento não é apenas dinheiro". "A tarefa agora é assegurar que os recursos que temos para crescimento sejam usados de maneira eficaz."

Em Nova York, o índice Dow Jones fechou com ganho de 0,75%, o S&P 500 subiu 0,98% e o Nasdaq avançou 1,19%.

Enquanto o exterior deixar, a renda variável brasileira vai reconquistando terreno. Mas, apesar de ter subido em sete dos 11 pregões de junho, confirmando ontem a retomada dos 56 mil pontos, a Bovespa segue vulnerável e qualquer tempestade nos mercados internacionais pode provocar turbulência nos negócios locais. A carência de medidas efetivas, por parte do G-20 e de bancos centrais, ainda inibe uma melhora consistente e fortalece o vaivém. Por volta das 10h10 desta terça-feira, o Ibovespa subia 0,72%, aos 56.601,94 pontos.

"Ainda não é o momento para sair comprando qualquer coisa", pondera o analista gráfico da Ágora Investimentos, Daniel Marques. Segundo ele, embora o Ibovespa tenha uma sequência de altas importantes no mês, ainda é preferível realizar operações isoladas. O profissional chama a atenção para o comportamento do volume financeiro a partir desta terça-feira, após os vencimentos de derivativos entre a última quarta-feira e ontem inflarem o giro.

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Para Marques, seria "interessante" se a Bolsa realizasse um pouco dos ganhos recentes, criando pontos de entrada para os investidores. "A Bolsa ainda precisa de uma configuração ascendente", diz, acrescentando que o rompimento do topo anterior, em 56,7 mil pontos, deixaria o quadro bem mais favorável, mas "não é o ideal".

O analista da Um Investimentos Eduardo Oliveira ressalta, em relatório, que os mercados financeiros permanecem cautelosos, aguardando, por exemplo, o pronunciamento final da cúpula do G-20 e o desfecho da reunião do Federal Reserve, nesta quarta-feira. Nesse sentido, pondera Oliveira, os investidores devem seguir receosos e a volatilidade, latente.

A Europa, principalmente, ainda demanda cuidados. A Espanha realizou nesta terça-feira leilão de títulos de curto prazo, no qual captou um pouco mais que a quantidade desejada, mas pagou um retorno ao investidor (yield) bem mais elevado, na casa de 5%. Já a Grécia enfrenta hoje mais um dia de negociações para a formação de um governo de coalizão, liderado pelo conservador Nova Democracia.

Já Wall Street só tem olhos para o Fed. Apesar de as apostas de adoção de uma terceira rodada de afrouxamento quantitativo (QE3) estarem mais fracas, há chances de que a Operação Twist seja renovada, estimulando, mesmo assim, a economia norte-americana.

Na agenda do dia, a construção de moradias nos EUA caiu 4,8% em maio, contrariando a previsão de alta de 0,4%. Já as permissões para novas construções subiram 7,9% no mês passado, acima da estimativa de avanço de 1,0%. O dado de construção de moradias em abril foi revisado em alta, de +2,6% para +5,4%.

Passado o vencimento de índice futuro, que garantiu descolamento (para cima) dos negócios locais em relação aos mercados internacionais, nesta quarta-feira, a Bovespa deve devolver nesta quinta-feira ao menos parte do "exagero" da véspera. Dados dos EUA piores que o esperado contribuem para certa cautela dos investidores nesta manhã. Além disso, as incertezas em relação ao futuro da Grécia, dias antes das novas eleições, somadas ao recrudescimento dos temores em relação à Espanha e à Itália, embutem novamente volatilidade ao pregão. Por volta das 10h20, o Ibovespa caía 0,20%, aos 55.541,42 pontos.

Segundo um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista, a alta de 1,09% na quarta-feira, na contramão do exterior, que garantiu o segundo dia consecutivo de ganhos em meio a um volume financeiro recorde, foi impulsionada especialmente por uma briga entre "comprados" e "vendidos" em índice futuro em torno dos 54 mil pontos. "Descolamos dos mercados internacionais em função do vencimento de índice futuro", afirma, avaliando que, nesta quinta-feira, a Bolsa brasileira deve ser conduzida por "um pouco de realização" e pelo exterior.

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O analista gráfico Gilberto Coelho já vê que o Ibovespa está confirmando a superação da média móvel de 21 dias (MM21), "o que indica possível reversão da tendência de curto prazo para alta, faltando somente a inversão de inclinação desta linha de tendência para cima". No entanto, acrescenta ele, em relatório, "precisa respeitar o suporte em 54.500 pontos, o que pode levar a teste de resistências perto dos 56.700 pontos ou 59.000 pontos, onde está a média de 200 dias (MM 200). Se perder o suporte em 54.500, pode voltar ao fundo recente em 52.480".

Em Nova York, por volta de 10h05, o índice futuro do S&P 500 tinha leve alta de 0,17%, digerindo os indicadores econômicos norte-americanos divulgados na manhã desta quinta-feira. O número de trabalhadores que entraram pela primeira vez com pedidos de auxílio-desemprego nos EUA na semana passada subiu em 6 mil solicitações, ante expectativa de queda de 2 mil.

O saldo em conta corrente do país no primeiro no primeiro trimestre, por sua vez, foi deficitário em US$ 137 bilhões, pior que a estimativa de déficit de US$ 134,00 bilhões. Já o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de maio caiu 0,3%, em linha com a previsão dos analistas.

Na Europa, por sua vez, as principais bolsas operam no terreno negativo desde cedo: as 10h07, a Bolsa de Frankfurt perdia 0,54% e a Bolsa de Paris caía 0,36%. Ji a de Madri tinha alta de 0,52%.

Mais cedo, a taxa de retorno ao investidor dos bônus de 10 anos da Espanha atingiu o recorde desde a criação do euro, a 6,85%, após o rebaixamento do rating do país por duas agências de classificação de risco quarta-feira. A Itália também remunerou o investidor a uma taxa bem acima da oferecido anteriormente. A elevação dos custos de financiamento confirma a apreensão dos investidores, que aguardam também o resultado das eleições deste domingo na Grécia, que devem definir ou não a permanência do país mediterrâneo na zona do euro.

Internamente, informações sobre o novo plano de negócios da Petrobras para o período de 2012 a 2016 devem repercutir na Bovespa nesta quinta-feira. Apesar de o governo, sócio majoritário da companhia, ter se empenhado pela aprovação na reunião do Conselho de Administração da estatal nesta quarta-feira em Brasília, um corte substancial nos investimentos, especialmente na área de Abastecimento e Refino, dividiu os conselheiros. É possível que a definição seja adiada para julho.

Em sessão espremida pelo feriado de Corpus Christi e o final de semana, para a qual não se esperava grandes negócios, as ações da Gafisa surpreenderam, engatando alta de 16,43%, liderando a lista de maiores ganhos do Ibovespa durante todo o pregão. Usiminas foi outro destaque de alta, mas não o suficiente para reduzir as perdas acumuladas na semana. Na ponta oposta, destaque para Petrobras.

O Ibovespa fechou em alta de 0,51%, aos 54.429,85 pontos, depois de atingir máxima de 54.432 pontos (+0,51%) e a mínima de 53.685 pontos (-0,87%). Com o ganho desta sexta-feira a Bolsa avançou 1,92% na semana e quase anulou a perda no mês (-0,11%). No ano, a queda ainda é de 4,10%. O volume financeiro somou R$ 5,40 bilhões. Os dados são preliminares. Em Nova York, o Dow Jones avançou 0,75% e o S&P 500 subiu 0,81%.

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O operador institucional Luiz Roberto Monteiro, da Renascença Corretora, avaliou que após um início de sessão ruim, com várias notícias negativas no âmbito internacional, o humor do investidor melhorou durante a tarde na expectativa de que se anuncie uma ajuda para o setor bancário na Espanha durante o final de semana.

O profissional considera, no entanto, que se anunciadas medidas nesse sentido, elas servirão apenas como paliativo. "Se houver realmente uma ajuda, tiramos uma variável negativa do caminho, mas a tendência continua ruim, com preocupação recaindo ainda sobre a retomada da economia na Europa, Estados Unidos e China", explicou.

Gafisa subiu 16,43% e liderou a lista de maiores altas do Ibovespa. Outro destaque entre as valorizações foi Usiminas ON, com ganhos de 8,48%. Brookfield, por sua vez, liderou as principais quedas do índice, com perdas de 3,46%.

As duas ações de maior peso no índice, por sua vez, operaram com direções distintas nesta sexta-feira, com Vale reagindo bem à notícia de corte de juros na China e Petrobras recuando com a afirmação do Banco Central de que os preços da gasolina e do gás de cozinha não terão reajustes neste ano.

Vale PNA subiu 0,86% e Vale ON avançou 1%, enquanto Petrobras PN recuou 1,10% e ON cedeu 1,30%. Entre os bancos, Itaú Unibanco (-0,59%), Bradesco (+0,23%), Banco do Brasil (+0,10%) e Santander (-2,25%).

A expectativa em torno de um resultado positivo da teleconferência de ministros de Finanças do G-7 para discutir a situação da zona do euro e dos bancos problemáticos da região devolve certo ânimo à Bovespa na abertura desta terça-feira. Por outro lado, persiste a cautela para os negócios em meio a indicadores ruins divulgados na Europa e antes de dados dos EUA. Às 10h05, o Ibovespa subia 0,82%, aos 53.855,26 pontos.

No mesmo horário, em Nova York, o índice futuro S&P 500 tinha ligeira alta de 0,09% e o Nasdaq, de 0,07%. Na Europa, os sinais eram mistos, com a Bolsa de Paris em alta de 1,01% e a Bolsa de Madri, de +0,83%, enquanto a de Frankfurt caía 0,48%.

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Na opinião do analista da Um Investimentos Eduardo Oliveira, os mercados mantêm esperanças de que a teleconferência do G-7 dê alguma sustentação aos negócios e reagirão ao resultado da conversa.

"Os investidores estão ansiosos por alguma ferramenta ou mecanismo que combata a crise europeia, restabelecendo a confiança de que a Espanha não terá o mesmo destino da Grécia, após a piora da situação do sistema financeiro do país", afirma, em relatório.

O operador sênior da Renascença Corretora, Luiz Roberto Monteiro, porém, descarta alguma definição vinda da teleconferência de ministros europeus. "Nas reuniões presenciais já não há definições", lembra, avaliando ainda que "seguem as discussões e será uma queda de braço entre quem precisa de dinheiro e quem tem dinheiro, no caso, a Alemanha".

Para ele, embora cresçam algumas apostas sobre injeção de liquidez nos mercados por parte dos bancos centrais, especialmente após dados negativos, os investidores se dividem entre otimistas, diante do eventual socorro, e pessimistas. Com isso, os mercados seguirão apresentando volatilidade.

Mais cedo foi divulgada a informação de que a atividade no setor de serviços na zona do euro continuou em queda em maio, ao nível mais fraco em sete meses. Já as vendas no varejo despencaram em abril, mostrando queda de 1,0% ante março, bem acima da previsão de -0,2%.

Às 11h, será divulgado o resultado da atividade do setor de serviços nos Estados Unidos. "O desempenho da Bovespa também dependerá do humor em Nova York, após a abertura, e do noticiário a ser divulgado lá", afirma um operador da mesa de renda variável de uma corretora que preferiu não ser identificado.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu com atraso hoje, após problemas técnicos terem sido registrados no Sistema Mega Bolsa. Por volta das 12h40 (horário de Brasília), logo após a abertura, o Ibovespa registrava 1,11%, aos 60.619,20 pontos. Ao que tudo indica, os 60 mil pontos devem, enfim, ser reconquistados pela Bovespa nesta terça-feira, quase seis meses depois de ter fechado nesse patamar pela última vez.

Os avanços vigorosos das bolsas no exterior e os ganhos robustos das commodities devem favorecer esse movimento, beneficiado por números surpreendentes da economia chinesa, pela confiança renovada na Alemanha e por resultados positivos de leilões europeus. Já os EUA voltam do fim de semana prolongado sem a intenção de estragar a festa.

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"Tudo indica que vai ser hoje", avalia o analista técnico da Ágora Invest Daniel Marques. Ele ressalta, porém, que a sessão da Bolsa é extensa e o fator psicológico em torno dessa marca pode dificultar o fechamento acima dos 60 mil pontos. Ainda assim, o profissional ressalta que há vários sinais gráficos que apontam para o rompimento desse nível e, agora, "só falta cumprir o script".

Segundo Marques, a Bolsa encontraria uma fraca resistência em cima dos 60,5 mil pontos, mas teria caminho livre até os 64 mil pontos. "A reconquista dos 60 mil pontos altera as estratégias de operações dos investidores em ações, que passam a ter mais consistência", ressalta, acrescentando que as posições deixam de ser daytrades e/ou curtas e passam a ter prazos mais longos e objetivos maiores. "O volume também pode melhorar com esse rompimento e tende a atrair o retorno de investidores mais conservadores, além de trazer mais dinheiro de fora", conclui.

Ao menos por hoje, os investidores se mostram animados desde as primeiras horas do dia, após uma rodada favorável de indicadores econômicos relevantes anunciados na China. O gigante emergente cresceu acima do esperado no quarto trimestre de 2011, em +8,9%, impulsionado por uma melhora da produção industrial em dezembro, que cresceu 12,8% no último mês do ano passado e também por uma aumento de 18,1% das vendas no varejo chinês no mesmo período. No acumulado de 2011, o PIB da China cresceu 9,2%.

E o humor dos mercados financeiros melhorou após a melhor do sentimento econômico na Alemanha, que atingiu o maior nível desde julho de 2011. Ainda por lá, a Espanha vendeu 4,88 bilhões de euros em papéis de 12 e de 18 meses, perto do teto da faixa pretendida, e pegou um yield significativamente mais baixo. Já a Grécia atraiu boa demanda para vender títulos de 13 semanas, com uma taxa de retorno ao investidor levemente menor.

A Agência Bovespa informou nesta manhã que devido a problemas técnicos a abertura do pregão de ações da Bolsa de Valores de São Paulo foi postergada.

Segundo um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista, ainda não há previsão de quando os negócios no mercado à vista serão iniciados.

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Depois de ter passado a semana inteira tentando reconquistar os 60 mil pontos, sem êxito, não deve ser hoje que a Bovespa conseguirá cumprir essa missão (quase) impossível. Nesta última sessão antes do vencimento de opções sobre ações, os negócios locais podem até ficar descolados do comportamento dos mercados no exterior, onde o dia também não traz inspiração para novos ganhos. Às 11h05, o Ibovespa operava em baixa de 0,22% aos 59.797,48 pontos.

"Está difícil segurar os 60 mil pontos", queixa-se um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista. Segundo ele, o que falta, principalmente, é uma notícia "de peso" para fazer a Bolsa passar dessa marca.

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O profissional lembra, ainda, que esse nível representa uma mudança de patamar e interfere em muitas estratégias de negócios entre os investidores. "Envolve as posições em opções, em índices futuros, em opções de índices etc.", explica, acrescentando ainda que até mesmo o intervalo de oscilação do Ibovespa seria alterado.

E o exterior hoje também não contribui para mais uma sessão positiva da Bolsa. Nos EUA, o balanço pior que o esperado do JPMorgan, que abriu a temporada para os números trimestrais dos bancos norte-americanos. No quatro trimestre de 2011, o lucro líquido do JPMorgan caiu para US$ 3,7 bilhões, de US$ 4,8 bilhões em igual período de 2010. A receita líquida também recuou, na mesma base de comparação.

Já o novo leilão de bônus da Itália, realizado hoje, não gerou a mesma empolgação verificada ontem nos mercados. O governo italiano vendeu o volume máximo pretendido de 4,75 bilhões de euros em um leilão de bônus. Os papéis com vencimento em 2014 foram vendidos com yield mais baixo do que no leilão anterior, mas o papel para 2018 foi colocado com um yield mais alto.

Após uma arrancada logo na abertura do pregão, a Bovespa arrefeceu e migrou para o terreno negativo, em linha com a perda de força dos mercados no exterior. Os dados piores que o esperado anunciados nos EUA e os comentários iniciais do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, atrapalharam os negócios locais.

Às 11h57, o Ibovespa era negociado em baixa de 0,01%, aos 59.958,55 pontos, depois de ter subido 0,90%, aos 60.504 pontos, na pontuação máxima até então. No mesmo horário, o futuro do S&P 500 tinha leve alta de 0,07%, enquanto a Bolsa de Frankfurt crescia 0,79%.

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No final da manhã, os EUA informaram que as vendas no varejo subiram 0,1% em dezembro, abaixo da previsão de +0,2%, ao passo que os pedidos semanais de auxílio-desemprego cresceram 24 mil, bem acima da expectativa de 8 mil solicitações. Já na Europa, o BCE não surpreendeu ao manter a taxa básica de juros na zona do euro em 1% ao ano, mas o presidente da autoridade monetária alertou que a perspectiva econômica na região está sujeita a incertezas e o risca é negativo.

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