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A ministra do Meio Ambiente (MMA), Izabella Teixeira, disse nesta quarta-feira (27) que o governo vai intensificar as ações de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia, que teve um aumento de 28% este ano. Segundo ela, em 2014, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) vai usar imagens de satélites que vão enxergar desmatamentos de até três hectares, o equivalente a três campos de futebol. Atualmente, o Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter) detecta devastações acima de 25 hectares.

A ministra também adiantou que o Inpe vai usar novas tecnologias por radar que “enxergam por meio das nuvens e abaixo do dossel das árvores”. “Vamos pegar o desmatamento da exploração seletiva das árvores”, disse Izabella, durante a abertura da 112ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Atualmente, o monitoramento por imagens de satélite do desmatamento e da degradação da Floresta Amazônica é dificultado pela cobertura de nuvens e o corte seletivo de madeira é de difícil detecção.

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Para intensificar o trabalho de fiscalização, a ministra informou que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está estudando o uso de drones (aviões não tripulados) para acabar com o crime ambiental na Amazônia.

Izabella ressaltou que vai ampliar o número de municípios na lista de desmatadores. “Vamos endurecer as restrições. Não aceito que um município saia da lista e no ano seguinte apresente desmatamento ilegal quase como uma provocação”, disse. Hoje, existem 41 municípios na lista dos que mais desmatam na Amazônia que têm restrição a crédito do governo federal.

Entre agosto de 2012 e julho de 2013, foram desmatados 5.843 quilômetros quadrados do bioma amazônico segundo as imagens do Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites (Prodes), do Inpe.  No período anterior, foram registrados 4.571 quilômetros quadrados de desflorestamento. Entre os estados que mais desmataram estão Mato Grosso (52%) e Roraima (49%). Quando o cálculo é feito em quilômetros, os estados que lideram o ranking de desmatamento são o Pará, com 2.379 quilômetros quadrados, e Mato Grosso, com 1.149 quilômetros quadrados.

Entre os moradores mais antigos da zona leste de São Paulo que têm jazigos no Cemitério da Quarta Parada, por muito tempo rezou a lenda de que em Dia de Finados era melhor não ir ao cemitério. Vai que um raio cai na sua cabeça? A probabilidade média de isso acontecer no Brasil é de 1 em 1 milhão, mas no Quarta Parada se dizia que em Finados alguém sempre acabava atingido.

Talvez um pouco exagerado, o temor - relatado no documentário Fragmentos da Paixão, que estreia no dia 11 - toma por base um fato real. No feriado dos mortos de 1959, no meio de um temporal, um grupo de 15 pessoas se abrigou debaixo de uma árvore e foi atingido por um raio. A descarga, que partiu a árvore ao meio, matou Eva Bierling, de 20 anos, na hora e feriu outras 11 pessoas.

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Esta foi uma das dezenas de histórias reunidas pelo pesquisador Osmar Pinto Jr., coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, e por sua filha, Iara Cardoso, para a composição do filme, escrito e dirigido por ela.

A pesquisa, que durou três anos, levou o geofísico a uma dramática conclusão: 85% das mortes por raio no País poderiam ser evitadas. "O problema é que as pessoas se colocam em risco por falta de informação. A probabilidade média de acidentes do País faz as pessoas subestimarem o risco de serem atingidas. Mas a chance passa a ser muito maior num lugar descampado. Sobe para 1 em cem", alerta o pesquisador.

"A situação às vezes fica a pior possível, como no caso do cemitério. Novembro já é um período de muita tempestade, a zona leste é a região com maior incidência de raio da capital, aí as pessoas, num lugar muito aberto, correm para debaixo d’árvore quando começa a chuva. E depois fica parecendo uma coisa do além", brinca Iara.

O Brasil é recordista mundial em queda de raios, com 50 milhões por ano e 130 mortes. Para Pinto Jr., esse número só vai diminuir com mais conscientização - e talvez com um pouquinho de medo. "Olha, o filme não é dramático, mas serve para alertar. Eu mesmo, que nunca tive medo de raio, fiquei com um pouquinho depois de conversar com tanta gente", conta, divertindo-se.

O filme mostra a jornada do pesquisador em busca de responder uma pergunta: os raios podem mudar a vida de uma pessoa? Para isso, ele viajou por São Paulo, Rio, Bahia e Rio Grande do Sul atrás de causos pessoais e fatos históricos do País ligados às descargas elétricas.

O local onde foi fundado São Paulo, por exemplo, tinha uma pedra, a Itaecerá, que, segundo a mitologia tupi, fora rachada por um raio. Em relação ao local, os índios tinham um misto de respeito e medo, o que os afastava de conflitos com jesuítas.

Entre as histórias pessoais, destaca-se a do homem que foi atingido quando andava de bicicleta sob uma tempestade e acabou se apaixonando pela mulher que o socorreu. Estar em um veículo aberto, explica Pinto Jr., é uma das posições mais arriscadas. "A melhor maneira de se proteger é ficar num carro fechado", aconselha.

E fugir das árvores. Lição que a duras penas aprendeu Mario Vechio, último sobrevivente do incidente de 1959. Então com 23 anos, diante da chuva, fez o que todo mundo estava fazendo, e foi para debaixo da árvore. "Um clarão, um estrondo, e de repente estava todo mundo no chão, alguns se debatendo. Tentei levantar, mas não tinha força e caía de novo. Mas dei sorte, nada aconteceu. Hoje não tenho medo não, mas não corro mais para debaixo de árvore."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O total de queimadas no País neste mês já supera em 84% os focos registrados no mesmo período do ano passado e traz um alerta de que a situação pode se agravar ainda mais nas próximas semanas. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) compilados por imagens de satélite, entre os dias 1.º e 21 deste mês foram registrados em todo o País 26,1 mil focos de fogo - sendo 16.858 só na Amazônia Legal, com o Maranhão à frente. No mesmo período do ano anterior houve, respectivamente, 14.149 e 6.885 casos.

Segundo Alberto Setzer, responsável pelo monitoramento de queimadas no Inpe, o clima mais seco deste ano está favorecendo a propagação das queimadas. "Mas o que nos preocupa é que o uso do fogo tem ocorrido de maneira cada vez mais descontrolada e isso traz um temor pelo que vem a seguir", diz.

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Considerado o cenário dos anos anteriores, ele explica que os últimos dez dias de agosto e todo o mês de setembro costumam ser o período mais crítico para queimadas. "E pelo menos pelos próximos dez dias não há previsão de chuva significativa para o Brasil central", afirma. Nesta última década, o ano mais devastador em queimadas foi 2010, com mais de 50 mil focos registrados apenas nos primeiros 20 dias de agosto.

No Piauí, o número de focos de incêndios cresceu 112% em relação ao mesmo período de 2011, de acordo com dados do Inpe. O Corpo de Bombeiros está monitorando as áreas e estipulou punições que variam de multas de R$ 300 a R$ 1 mil por hectare queimado, além de prisão por crime ambiental.

"Os responsáveis também podem ser punidos por dano ao patrimônio público e privado", afirmou o coronel Manoel Santos, comandante-geral do Corpo de Bombeiros. Desde o início do ano, o Estado registrou 2 mil focos de queimadas. A expectativa é de que as ocorrências continuem por causa do tempo seco.

Sem chuva

No Mato Grosso, dados do Comitê Estadual da Gestão do Fogo apontam um crescimento de mais de 125% em números de focos de 1º de janeiro a 20 de agosto em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2011 foram 23.115 focos e neste ano já são 49.799. Não chove no Estado há 38 dias.

Em 2010 - ano das queimadas mais intensas -, Mato Grosso registrou, no mesmo período, 46.077 focos. Em 2011, o índice caiu, porque ocorreram condições atípicas para a época do ano, com mais chuvas e temperaturas amenas.

Desde que começou o período proibitivo de incêndios controlados, as queimadas urbanas aumentaram em Cuiabá. Segundo o capitão do Corpo de Bombeiros Washington Duarte, a cada dois minutos é registrada uma ocorrência. De acordo com o Corpo de Bombeiros, 90% dos casos ocorrem por causa da ação desastrosa do homem.

Para o secretário executivo do Comitê Gestor, major Ramon Barbosa, a baixa umidade do ar (abaixo de 15%), as altas temperaturas (de 35°C a 39°C) e os ventos velozes têm colaborado para os números expressivos. Entre os municípios em situação mais crítica estão Alto do Araguaia e Chapada dos Guimarães. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, está encerrando nesta quinta-feira (9) as inscrições do concurso para preenchimento de 62 vagas em cargos de nível médio/técnico e superior para a carreira de desenvolvimento tecnológico. 

Os interessados podem preencher a ficha de inscrição no site do Inpe e observar que a vaga define o local onde será realizada a prova. Após a confirmação dos dados, o candidato deve imprimir a ficha de inscrição e entregá-la na unidade do Inpe a que se destina a vaga, até esta quinta-feira, no horário das 9h às 16h. Os endereços das unidades estão no edital. A taxa de inscrição vai de R$ 60 a R$ 180.

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Os candidatos devem ainda ter um ano, no mínimo, de participação em projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico relacionados com a área de atuação no Inpe ou habilitação inerente à classe.

O processo seletivo será composto por prova objetiva, prova discursiva, prova oral, defesa pública de memorial, análise de títulos e de currículos. As provas estão previstas para o dia 16 de setembro. O período provável de realização da prova oral e da defesa pública de memorial será de 22 a 25 de outubro. Os locais e os horários de realização das provas serão divulgados no endereço eletrônico do Inpe até o dia 3 de setembro.

Os candidatos aprovados irão atuar nas unidades de  Alcântara (MA), Cachoeira Paulista (SP), Cuiabá e São José dos Campos (SP).

Confira abaixo as formações para cada nível

Nível Superior

As 20 vagas são para tecnologista da carreira de desenvolvimento tecnológico - tecnologista júnior, pleno e sênior, com formação em engenharia elétrica, engenharia eletrônica, engenharia eletroeletrônica, engenharia de telecomunicações, engenharia de química industrial, engenharia química, engenharia da computação, engenharia de controle e automação, matemática, física, engenharia elétrica, engenharia aeroespacial, engenharia aeronáutica, engenharia mecânica, engenharia de materiais, engenharia industrial, engenharia industrial mecânica, engenharia de produção, engenharia de produção mecânica, engenharia naval, análise de sistemas, física, ciência da computação, arquitetura e/ou administração de empresas. 

Nível médio/técnico

As outras 40 vagas são para técnico da carreira de desenvolvimento tecnológico, de nível médio/técnico, com formação técnica em eletrotécnica, eletrônica, eletromecânica, telecomunicações, instrumentação, informática, automação, meteorologia e/ou tecnologia da informação. 

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), unidade de pesquisa integrante da estrutura do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), receberá inscrições para concurso público, cujo objetivo será o provimento de 17 vagas na carreira de pesquisa em ciência e tecnologia. As inscrições iniciarão no dia 2 de julho e serão encerradas no dia 31 do mesmo mês.

As pessoas que quiserem participar do processo seletivo devem comparecer em uma das unidades que estão ofertando as oportunidades, das 10h às 16h. No ato, os candidatos devem apresentar cópias do RG, autenticada do comprovante de pagamento da taxa de inscrição, no valor de R$ 150, além da ficha preenchida, disponibilizada no próprio local. Veja no edital as informações sobre os locais de inscrição. 

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De acordo com o edital de seleção, as vagas são para pesquisador nas classes Associado I, Adjunto I e Assistente de Pesquisa I e é voltada às Unidades de Cachoeira Paulista (SP), São José dos Campos (SP), Natal (RN) e Belém (PA), com jornadas de 40h semanais. A remuneração salarial será de R$ 11.205,36, R$ 9.905,28 e R$ 6.936,07 (mestrado) ou R$ 8.760,07 (doutorado), respectivamente. Ainda de acordo com o edital, os contratados serão subordinados ao Regime Jurídico Único dos Servidores Civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas Federais.

Ciências Atmosféricas, Clima Espacial, Eletricidade Atmosférica, Telecomunicações, Sensoriamento Remoto, entre outras, são algumas das especialidades das vagas. A expectativa é que os candidatos realizem a prova escrita nos dias 27 e 28 de agosto, às 9h, nas próprias unidades. Em seguida, os selecionados participarão de uma prova oral de defesa pública do memorial e plano de pesquisa, que ocorrerá entre os dias 18 e 21 de setembro. Além disso, haverá análise de títulos e Curriculum, no dia 17 de setembro.

Mais detalhes informativos sobre o concurso podem ser conferidos por meio do edital do processo seletivo.

Até 2020, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) pretende lançar oito satélites para a observação da terra (sensoriamento remoto, clima espacial e meteorologia) e a realização de pesquisas astrofísicas. A redução de quadros (devido à aposentadoria de pesquisadores), ameaça, porém, o centro de pesquisa.

O alerta foi feito pelo fundador e primeiro diretor do Inpe, o engenheiro Fernando de Mendonça. “Essa carência prevê que o Inpe vai entrar em decadência”, lamenta o ex-diretor que reconhece um grande investimento feito nos últimos anos para a compra de equipamentos. “Parece que é mais fácil comprar máquina do que formar pesquisadores”, disse.

A dificuldade é admitida internamente no Inpe. Conforme o Plano Diretor do instituto (2011-2015), “o Inpe está comprometido pelo grande número de aposentadorias potenciais nos próximos anos e por uma década sem a incorporação significativa de novos servidores ao quadro permanente”.

Segundo o documento, o número de funcionários permanentes do instituto está em queda desde 2006 e o efetivo em 2010 era o menor em 20 anos. Além da redução, também é notório o número de funcionários em idade próxima da aposentadoria. “Em 1989, o Inpe tinha 1,6 mil servidores, sendo apena 50 com mais de 20 anos de serviço. Passados vinte anos, somos apenas 1.070 servidores, dos quais só 300 têm menos de 20 anos de casa”, acrescenta o Plano Diretor.

“Desde 1989, houve engessamento dos institutos de pesquisa. As pessoas vão se aposentando sem ter reposição”, lembra o físico José Raimundo Braga Coelho, convidado pelo novo ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, para assumir a Agência Espacial Brasileira (AEB). Conforme o físico, hoje à frente do Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP), em mais de 20 anos o Inpe contratou apenas um engenheiro do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o principal centro de formação de pessoal para atividades aeroespaciais.

José Raimundo Coelho trabalhou com Raupp no próprio Inpe nos anos 1980. Caso assuma a AEB, terá ascendência sobre o instituto; pois o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) já anunciou a vinculação temática dos institutos e centros de tecnologia às suas secretarias e agências, como será o caso do Inpe, a ser ligado à AEB.

A contratação de pessoal (regido pelo Regime Jurídico Único, Lei nº 8.112), assim como a legislação de licitações e contratos (Lei nº 8.666), costuma ser apontada como empecilho à operacionalização do programa espacial brasileiro. Para fugir das amarrações legais, o governo vai testar um novo modelo de negócio para a fabricação do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB), com lançamento previsto para 2014. O equipamento será desenvolvido por uma empresa de capital misto (com 51% das ações da Embraer e 49% das ações da Telebrás), que não precisa seguir as duas normas..

Além de novos arranjos institucionais para, entre outras coisas, contratar pessoal, o MCTI lançará até junho edital de concurso público para preencher 832 vagas no ministério e nos seus 18 institutos e centros de tecnologia.

Na opinião do fundador do Inpe, Fernando de Mendonça, além do problema de contratação, o Inpe precisa recuperar a sua vocação para a pesquisa científica. “Era um instituto de pesquisas avançadas, mas está se transformando em um órgão de serviços. Tem que ser redirecionado para pesquisa”, diz, referindo-se, por exemplo, à prestação de serviços de monitoramento de impacto ambiental e  previsão meteorológica.

A crítica não é aceita pelo atual diretor do Inpe, Gilberto Câmara. “Se tivesse ficado restrito à pesquisa, o Inpe não teria cumprido missões únicas e necessárias para o Brasil, que precisam de pessoal alocado em atividades de desenvolvimento tecnológico e de operações”, escreveu o diretor em artigo da Revista USP [Universidade de São Paulo] por ocasião dos 50 anos do instituto (maio de 2011).

Câmara será substituído por um diretor que ainda está sendo escolhido. Em dezembro, o comitê de busca concluiu o processo de seleção do novo diretor do Inpe e encaminhou a lista tríplice para o MCTI.

Brasília - Entre agosto de 2010 e julho de 2011, a Amazônia perdeu 6.238 quilômetros quadrados (km²) de floresta. É a menor taxa anual de desmate registrada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), desde o início do levantamento, em 1988.

O número é calculado pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), que utiliza satélites para observação das áreas que sofreram desmatamento total, o chamando corte raso.

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A taxa de 2011 é 11% menor que a devastação registrada pelo Inpe em 2010, de 7 mil km². Apesar da queda, a área desmatada na Amazônia Legal em um ano ainda é maior que o Distrito Federal ou quatro vezes o tamanho da cidade de São Paulo.

De acordo com o diretor do Inpe, Gilberto Câmara, quase todos os estados da Amazônia registraram queda no desmatamento entre 2010 e 2011. Apenas em Mato Grosso e Rondônia os satélites verificaram aumento das derrubadas. Mato Grosso desmatou 1.126 km² no período, aumento de 20% em relação a 2010. Em Rondônia, o Inpe registrou 869 km² de novos desmates em um ano, área o dobro da desmatada no período anterior.

No Pará, houve queda de 15% em relação a 2010, mas o estado ainda lidera o ranking anual de desmatamento, com 2.870 km² de florestas a menos entre agosto de 2010 e julho de 2011.

O governo atribui à queda do desmatamento anual às ações de fiscalização e combate, reforçadas a partir de abril, quando o sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), também do Inpe, mostrou aumento significativo do desmatamento, principalmente em Mato Grosso e Rondônia.

“Os alertas do Deter desencadearam operações significativas que reduziram muito a incidência do desmatamento em Mato Grosso. Por causa dessa ação, verificamos que o desmatamento que em abril tinha indícios de que iria crescer, manteve-se por mais um ano em queda”, avaliou o diretor do Inpe, Gilberto Câmara.

De acordo com o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Curt Trennepohl, somente em Mato Grosso, as operações resultaram no embargo de 38,5 mil hectares de áreas desmatadas irregularmente. Em toda a Amazônia Legal, o número chega a 79 mil hectares embargados, além de 8 mil autos de infração aplicados, 350 caminhões apreendidos e 42 mil metros cúbicos de madeira em tora apreendidos.

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