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Diretor dos premiados longas O Som ao Redor e Aquarius, Kléber Mendonça Filho foi anunciado nesta segunda-feira (5) como novo curador de cinema do Instituto Moreira Salles (IMS), no Rio de Janeiro e agora em São Paulo também. O anúncio foi feito durante a apresentação do projeto da nova sede, que ficará localizada na Avenida Paulista, e será inaugurada até julho de 2017. O cineasta pernambucano assume o posto de José Carlos Avellar, falecido em março deste ano.

Por meio da sua página no Facebook, Kléber se disse honrado ao receber a oportunidade de cuidar da curadoria do instituto. “O IMS é uma instituição que sempre admirei impressionado e agora poder trabalhar com eles é uma honra grande, em especial num novo espaço 'state of the art', na cidade de São Paulo. Mostrar, trazer, compartilhar filmes de todos os tipos e formatos e surpreender o publico da melhor forma possível, numa experiência coletiva de sala de cinema, é algo que adoro fazer tanto quanto filmar. E há outras ideias para além da sala escura”, escreveu em agradecimento.

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Até outubro deste ano, o cineasta fazia a curadoria do cinema da Fundação Joaquim Nabuco, no Recife, o qual pediu exoneração após 18 anos colocando como motivo a dificuldade de conciliar as atividades na instituição com as suas produções cinematográficas. A demissão aconteceu em meio à polêmica envolvendo o protesto da equipe de 'Aquarius' em Cannes e a reação do governo.

Ainda em sua página, Kleber declarou que acredita que o novo trabalho será um prosseguimento do que já vinha fazendo em Pernambuco. “Vejo aqui uma continuidade diferente do trabalho que fiz com muito amor por 18 anos na Fundação Joaquim Nabuco, no Cinema da Fundação, algo que, acredito, deixou alguma marca na cultura da minha cidade”, complementou.

Kléber ainda coordenará o lançamento da coleção de DVDs do IMS. Segundo o superintendente da instituição, Flávio Pinheiro, a experiência cinematográfica do pernambucano contribuirá muito para a curadoria. “O Kleber vai trazer sua expertise como programador no Recife. Contratamos não o cineasta, mas o cinéfilo”, declarou durante a coletiva.

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Estão abertas até 15 de julho as inscrições para a Bolsa de Fotografia 2013 Zum/Instituto Moreira Salles. Serão selecionados dois projetos inéditos com o intuito de permitir que artistas e fotógrafos desenvolvam e aprofundem seu trabalho no campo da fotografia, nas mais variadas vertentes, sem restrição de tema, perfil ou suporte. A criação da bolsa reforça a aproximação do IMS com a produção fotográfica contemporânea. O edital com mais informações está disponível no site www.ims.com.br/revistazum.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Em 1978, praticamente fechando uma década que havia sido prodigiosa, Robert Altman fez um filme que, na época, foi recebido como OK, mas hoje é reconhecido como um de seus melhores. O Instituto Moreira Salles recupera, em seu selo de cinema, A Wedding, Cerimônia de Casamento. Você vai encontrar admiradores para filmes que Altman fez depois, como O Jogador, Short Cus/ Cenas da Vida e até Assassinato em Gosford Park.

Mas Cerimônia de Casamento foi algo como um apogeu e uma despedida.

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Embora tenha se iniciado nos anos 1950, Altman só estourou em 1970, com o fenômeno MASH. Em 1975, fez Nashville, soltando sua câmera entre dezenas de personagens para tecer um complexo retrato da crise da 'América', nos anos de Watergate. Havia, na estrutura coral do relato, uma influência do Luis Buñuel de O Discreto Charme da Burguesia, e Altman retomou o formato no Casamento.

Logo na abertura, a lendária Lilian Gish, matriarca de uma família riquíssima, morre. Mais do que triste, o fato é consternante porque ela morre às vésperas do casamento da bisneta. Com os convidados chegando, a solução é esconder o óbito e prosseguir com a festa. Tudo é maior aqui - até o número de personagens. Se eram 24 em Nashville, eles dobraram, e são 48. Altman filma um mundo de aparências. O cadáver escondido é metáfora de um mundo em que todo mundo tem algo a esconder. Poucas vezes a hipocrisia social foi tão exposta. Os anos 1980 não foram bons para o autor e ele só voltou a se dar bem nos 90.

CERIMÔNIA DE CASAMENTO - (A Wedding). EUA/78. Dir. de Robert Altman, com Mia Farrow, Carol Burnett. DVD do IMS. Cor, 125 min

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em três anos, a Avenida Paulista ganhará mais um centro cultural. Conhecido por guardar desde 1992 um rico acervo de fotografia, artes plásticas, música e literatura, o Instituto Moreira Salles (IMS) terá sua sede paulistana na mais famosa avenida da cidade, entre as Ruas Bela Cintra e Consolação. O novo espaço terá três andares para exposições, um cinema, um restaurante e um café.

Entidade sem fins lucrativos, o IMS tem hoje três centros culturais: em São Paulo, no Rio e em Poços de Caldas (MG). Na capital paulista, entretanto, o endereço, em Higienópolis é um tanto acanhado: tem uma galeria de cerca de 240 metros quadrados, contra os 1,2 mil metros quadrados destinados à função no novo prédio. "O terreno já era do instituto desde 2003. Há alguns anos estávamos planejando essa construção", explica Flávio Pinheiro, superintendente do IMS. Nesse meio tempo, funciona um estacionamento no local.

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Concurso

Em 2011 foi lançado um concurso para eleger o melhor projeto arquitetônico. "Queríamos arquitetos brasileiros, mas que ainda não fossem medalhões", diz Pinheiro. "A ideia era privilegiar a nova arquitetura brasileira que está surgindo e que é muito interessante." Levou a melhor o escritório Andrade Morettin Arquitetos.

Após anos em que as poucas pedras de construção na Paulista eram os seixos rolados colocados nas floreiras dos edifícios, esta não deve ser a única obra em andamento na avenida. Houve um boom imobiliário nos anos 1980 e duas décadas praticamente sem novidades - exceções são o Condomínio CYK (inaugurado em 2003) e a Torre João Salem (de 2009). Agora, há quatro empreendimentos sendo erguidos na avenida.

A sede do Instituto Moreira Salles deve valorizar muito a localização, o "estar na Paulista". Tanto que o projeto prevê uma escada rolante de 15 metros de altura, ligando o "meio" do prédio até o nível térreo. "Chamamos isso de térreo elevado. Será uma praça no meio do edifício, por onde o percurso pelo centro cultural efetivamente deve começar", conta o arquiteto Marcelo Morettin. "Nossa preocupação é integrar o prédio com o entorno. Não queríamos que ele se fechasse para a cidade."

Intelectuais nacionais e estrangeiros acreditam que a Avenida Paulista, tida como o maior centro financeiro do País, deve cada vez mais explorar sua vocação cultural. "Acho fantástica a ideia de que a avenida se torne um polo de criatividade no Brasil", comentou o sociólogo italiano Domenico De Masi, em conversa com o jornal O Estado de S. Paulo ocorrida no mês passado, quando ele visitava a cidade.

Projeto

Dono de um acervo de 800 mil imagens, 100 mil fonogramas, 1,2 mil obras de iconografia do século 19 em papel e 400 mil documentos e livros de arquivos pessoais de escritores e pensadores, o instituto não vai ter falta de material para ser exibido no prédio da Paulista. Além das exposições, o cinema deve ser incorporado à agenda cultural paulistana, já que vai servir tanto para mostras específicas como, planeja-se, entrará para o circuito de filmes de arte.

"Também nos preocupamos em planejar o edifício de modo que não ficasse um museu burocrático", afirma o arquiteto Morettin. A equipe encarou como um desafio o fato de o terreno ser considerado pequeno para um edifício com essas funções - são 20 metros de frente por 50 metros de fundo. "Forçosamente, acabamos tendo de resolver o prédio verticalmente", complementa. "Mas com a ideia da praça no meio do edifício, o percurso a pé pelos espaços expositivos se torna perfeitamente agradável e possível."

Morettin conta que foram dois meses para preparar o estudo preliminar do projeto, em 2011, a fim de participar do concurso. Uma vez escolhidos, os arquitetos do escritório ganharam o reforço de consultores e engenheiros e se dedicaram ao longo de 2012 para concluir o projeto. "Acredito que o importante foi termos partido de uma premissa de que era preciso valorizar a efervescência cultural que já existe na Paulista, com fluxo constante de todo tipo de gente", avalia Morettin.

Tanto tempo depois, falta pouco para a obra sair do papel. O IMS corre atrás das últimas pendências burocráticas no Poder Público. A expectativa é de que a construção comece ainda neste semestre. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Millôr Fernandes costumava dizer que "quem tem obra é pedreiro", talvez demonstrando certa ojeriza pela "canonização" de um legado. Com a remoção, esta semana, do acervo que o artista gráfico, caricaturista, cartunista, escritor, dramaturgo e jornalista deixou em sua cobertura-estúdio em Ipanema, fica claro que ele foi um pedreiro pródigo, que erigiu condomínios intelectuais inteiros.

Cedido em comodato por 10 anos ao Instituto Moreira Salles (IMS) pelo seu filho, Ivan Fernandes, o acervo pictórico de Millôr Fernandes revela notável capacidade de produção, que compreende sua carreira desde o início, aos 13 anos, até a morte, aos 88 anos, em março de 2012. Há também 44 quadros, cartas, álbuns, uma mapoteca, artigos de jornais e revistas (foi colaborador do Estado entre 1996 e 2000).

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"Estou cedendo o acervo sem nenhum tipo de restrição, a não ser a exigência de que seja mantido no Rio de Janeiro", diz Ivan Fernandes, de 59 anos, filho do artista. "Claro que isso não impede de o instituto fazer exposições em qualquer lugar do País ou do mundo." Fernandes acredita que o material inventariado na cobertura possa conter pelo menos 80% do que Millôr produziu, considerando-se a data inicial de 1945 como base.

A obra de Millôr será abrigada, no Instituto Moreira Salles, na reserva técnica da coleção de iconografia, que possui cerca de 2,7 mil imagens (a maioria de pintores-viajantes dos séculos 16 a 19). Millôr trará o setor para os séculos 20 e 21. O Instituto Moreira Salles informou que não pagou pelo arquivo, foi uma cessão voluntária da família. E que não tem intenção de incorporar novos acervos que tenham "algum parentesco" com a produção gráfica de Millôr. A peculiaridade da obra é que atraiu o IMS.

"Ele é tão absolutamente excepcional que não inaugurará nenhuma ala no instituto, será apenas ele. É porque é o Millôr, um cara de exceção: um excepcional artista gráfico, que escrevia muito, que também produzia aforismos e haicais, que também era dramaturgo e um tremendo tradutor", afirma Flávio Pinheiro, superintendente do Instituto Moreira Salles.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No ano em que comemoraria seu 115º aniversário, completado no último dia 23, data em que também se celebra o Dia Nacional do Choro, Pixinguinha (Alfredo da Rocha Viana – 1897-1973) ainda tem preciosidades musicais a serem reveladas ao público. O Instituto Moreira Salles (IMS), há mais de dez anos guardião do acervo do compositor carioca, lança na próxima quarta-feira (2), às 20h, no Rio de Janeiro, o livro Pixinguinha – Inéditas e Redescobertas , com 20 partituras, nove totalmente inéditas e 11 desconhecidas, embora editadas anteriormente.

São músicas que refletem períodos históricos e influências diversas na carreira do compositor e são o resultado de um trabalho de prospecção iniciado em 2008 no acervo, sob a responsabilidade da coordenadora de música do IMS, Bia Paes Leme. Esse trabalho já produziu em 2010 uma primeira publicação, feita - como a que vai ser lançada agora - em parceria com a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Trata-se do álbum Pixinguinha na Pauta, reunindo 36 arranjos do mestre do choro para o programa de rádio O Pessoal da Velha Guarda, comandado por Almirante na década de 40.

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De acordo com Bia Paes Leme, as partituras descobertas e redescobertas para esta nova publicação revelam composições de alto nível. “Tanto pela confirmação da autoria explícita nas partituras quanto pela análise da composição em si encontramos nove músicas inéditas e mais uma que chegou a ser gravada em 78 rotações. Para completar o álbum, encontramos composições que já haviam sido editadas em papel, mas que nunca foram gravadas. Fizemos um grande trabalho de recuperação dessas músicas de excelente qualidade, desconhecidas até agora do repertório de Pixinguinha”, conta.

A partir da publicação do livro com as partituras, a expectativa é de que as composições inéditas de Pixinguinha sejam gravadas. “A nossa preocupação dentro do IMS é de fornecer as partituras para que os músicos tomem a iniciativa de gravar . Nos propomos a publicar partituras de excelente qualidade, com um trabalho criterioso de edição, que ficam disponibilizadas para quem quiser”, explica a coordenadora de música da instituição.

No lançamento no IMS do Rio (Rua Marquês de São Vicente, 476 – Gávea) os pianistas Benjamin Taubkin, Leandro Braga e Cristóvão Bastos apresentarão todas as músicas inéditas, com arranjos próprios, e mais alguns clássicos de Pixinguinha, como Carinhoso, Naquele Tempo e Ingênuo. Os ingressos custam R$ 30, a inteira, e R$ 15, a meia entrada.

Outros dois shows de lançamento serão realizados em São Paulo, no Teatro Fecap (Avenida da Liberdade, 5320, nos dias 4 e 5 de maio, às 21h. Os ingressos para a primeira apresentação custam R$ 30, a inteira, e R$ 15, a meia entrada. O show de sábado (4) integra a programação da Virada Cultural da capital paulista e terá entrada gratuita.

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