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Nesta quarta-feira (13) o poeta recifense Miró lança no Espaço Pasárgada, Boa Vista, uma compilação de onze livros intitulada Miró Até Agora. O evento de lançamento começa às 19h e é promovido pela Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE). A entrada é aberta ao público.

Na ocasião, o livro será vendido por R$ 30. Após quatro anos de planejamento, e por várias vezes submetido a editais, a edição de Miró Até Agora foi finalizada e impressa com recursos de emenda parlamentar para edição de livros de escritores pernambucanos apresentada em 2012 pelo então Deputado Estadual Luciano Siqueira. Além disso, a coletânea foi preparada pelas mãos de Miró e Sennor Ramos, responsável pelo Interpoética.

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Fazem parte da seleção 178 poemas publicados nos livros dizCrição (2012), Quase crônico (2010), Tu tás aonde? (2007), Onde estará Norma? (2006), Para não dizer que não falei de flúor (2004), Poemas para sentir tesão ou não (2002), Quebra a direita segue a esquerda e vai em frente (2000), Flagrante deleito (1990), São Paulo é fogo (1988), Ilusão de ética (1987) e Quem descobriu o Azul Anil? (1985).

Serviço

Lançamento do livro Miró até agora

Quarta-feira (13) | 19h

Espaço Pasárgada (Rua da União, 263 - Boa Vista)

Gratuito

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O Espaço Pasárgada vive um momento delicado. Conforme matéria publicada pelo LeiaJá, escritores e poetas demonstram insatisfação com o atual funcionamento da casa de Manuel Bandeira, e que já abrigou debates, exposições, lançamentos de livros e reunião de intelectuais, além da visitação do público em geral. Restrito ao primeiro andar, o Espaço conta com um auditório para 60 pessoas, uma biblioteca e a Coordenadoria de Literatura para fins artísticos e culturais.

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A reportagem do LeiaJá esteve no local e conferiu a divisão do espaço, que está passando por uma reforma. A biblioteca está inativa. Painéis e fotografias de Manuel Bandeira estão fora do lugar para serem readequados ao espaço. Quadros assinados por Romero Britto, inspirados em poemas de Manuel Bandeira, esperam ser integrados ao Espaço em nova exposição. A Coordenadoria de Literatura está funcionando de maneira improvisada.

O térreo, onde já funcionou a Livraria do Escritor, uma sala para artistas plásticos, local de ensaio da produção teatral pernambucana e espaço de exposição permanente, está sendo ocupado pela Secretaria Especial de Assessoria ao Governador. A divisão compromete o acesso de idosos, obesos e portadores de deficiência aos eventos culturais realizados no primeiro andar do Espaço. É o que argumentam os poetas Valmir Jordão, em texto publicado na Interpoética, e Héctor Pellizzi, em carta aberta. A categoria de escritores critica a ocupação burocrática em defesado uso social da casa do poeta, que é o de abrigar e preservar a arte.

Segundo o Gestor de Equipamentos Culturais da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Célio Pontes, o Espaço Pasárgada não deixou de funcionar, apenas diminuiu as atividades. "Nós estamos passando por um momento de manutenção corretiva, um trabalho de rotina que acontece anualmente. Trata-se de um estudo de requalificação do local para que possamos potencializá-lo como um espaço de literatura".

O novo perfil do Espaço Pasárgada inclui a saída da Secretaria para local ainda indefinido. "É preciso fazer uma análise conjuntural da política cultural do Estado", afirmou Célio. O gestor chamou atenção para o investimento maciço na cultura pernambucana nos últimos anos, fruto de uma efervescência cultural em todas as categorias artísticas. "Como toda ação de crescimento tem um impacto, as mudanças para se adequar ao novo momento nem sempre acontecem junto ao crescimento. A Fundarpe também está passando por uma revisão do espaço físico para que as diretorias e coordenadorias que estão ocupando os equipamentos culturais da cidade voltem para cá, a exemplo da Coordenadoria de Literatura". Equipamentos culturais, como o Cinema São Luiz e a Torre Malakoff, estão abrigando as coordenadorias de Audiovisual e Música, respectivamente.

Quanto à utilização do espaço público pela Assessoria do Governador, colocada por Héctor como a descaracterização de um patrimônio tombado, Célio responde que a Secretaria não é só burocrática. "A Assessoria do Governador também presta serviços culturais, como a itinerância das aulas-espetáculo. Com a saída do setor da casa de Manuel Bandeira, o térreo será reintegrado às atividades do Espaço Pasárgada.”

O novo perfil da Casa de Manuel Bandeira, que já tem projeto escrito, está sendo estudado ainda do ponto de vista da acessibilidade. "A requalificação do lugar prevê mudanças para que idosos e deficientes possam ter acesso ao primeiro andar. Estamos agindo de acordo com as exigências da legislação”, declarou o gestor.

Célio Pontes afirmou não haver ainda prazo para a finalização das obras, mas disse que o ano de 2012 é o momento de captação de recursos através de emendas parlamentares, para colocar em execução o projeto a partir do próximo ano. “Daremos prioridade à biblioteca. Enquanto não abre para plenas atividades, o Espaço Pasárgada continua sendo um equipamento cultural, atuando junto às escolas e realizando projetos como o Cine Pasárgada e o Café em Pasárgada”, pontuou o gestor.

As visitas pedagógicas são o grande diferencial do Espaço. “Nós incentivamos o aluno a trabalhar a obra do poeta Manuel Bandeira para que possa se expressar em diversas linguagens dentro do nosso espaço, através de recitais, da composição de um rap, produção de vídeos e outras manifestações”, declarou Selma Coelho, coordenadora do Espaço Pasárgada. Segundo ela, a proposta é preparar o aluno e o professor a fim de que se tornem agentes construtivos da visita.

O projeto Cine Pasárgada procura trabalhar a literatura em todas as suas linguagens. Quinzenalmente, às quintas-feiras, acontecem exibições de filmes selecionados pela Curadoria de Doutores de Cinema do Espaço, composta, este ano, por Raquel do Monte e Fernando Mendonça, e, em seguida, um debate com especialistas da área.

Já o Café em Pasárgada tem curadoria do escritor Marcelo Mário de Melo e acontece duas vezes no mês.  O projeto reúne escritores, poetas e o público para uma interação que permite a aproximação dos visitantes com a intimidade do convidado, que leva objetos e fotografias que lhe servem de referência acerca de sua experiência de vida.  O público participa desse momento ao sabor e degustação de um café. Os dois projetos estão sendo realizados no auditório do primeiro andar.

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