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O corpo do triatleta Genilson Lima, desaparecido durante a prova de natação do IronMan Brasil, foi encontrado morto na tarde desta segunda-feira, no bairro Moura Brasil, em Fortaleza, perto do local onde foi realizada a competição. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará. A filha do triatleta, Gabriela Lima, reconheceu o corpo do pai, que tinha 48 anos.

De acordo com o Corpo de Bombeiros e a Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer), o atleta desapareceu durante a prova de natação no último domingo. O chip do atleta não sinalizou a saída da água após a primeira etapa do circuito da competição.

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O atleta foi localizado com a roupa da competição, óculos e touca por uma dupla de bombeiros depois de mais de 24 horas de buscas que utilizaram mergulhadores, embarcações da Marinha do Brasil e do Corpo de Bombeiros. Conhecido nacionalmente como um atleta de elite, Genílson Lima participava do IronMan pela quarta vez.

Na edição de 2017 do IronMan em Fortaleza, a largada estava prevista para 6 horas em um percurso de 1,9 km de natação, 90 km de ciclismo e 21,1 km de corrida. Foram 1.200 atletas de 14 países.

A Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) e o Corpo de Bombeiros do Ceará retomaram na manhã desta segunda-feira as buscas pelo triatleta cearense Genílson Lima, de 48 anos, que desapareceu neste domingo durante uma prova da competição conhecida como IronMan Brasil, que estava sendo realizada no litoral oeste do estado. A área de buscas foi ampliada e passou a abranger as praias do Pecém, Icaraí e Cumbuco. Além de um helicóptero e jet skis, estão sendo utilizados dois botes e uma moto aquática de grande porte.

De acordo com o tenente-coronel Marcus Costa, que coordena a operação de busca, a decisão de ampliar o perímetro de investigação foi adotada considerando a hipótese de afogamento. "Estamos seguindo um protocolo. Em função do tempo decorrido, temos que considerar a hipótese do afogamento, o que neste caso, faria com que as correntes marítimas da área possam levar o corpo para praias como Pecém e Cumbuco", destacou. Ainda segundo o militar, os especialistas alertam que, caso tenha de fato ocorrido o afogamento, o corpo poderá emergir ainda hoje.

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Conhecido nacionalmente como um atleta de elite, Genílson Lima, de 48 anos, deveria ter saído da água até 7h25, segundo informações da organização da competição. A etapa da natação havia sido iniciada às 6h e, como o chip de identificação do atleta não sinalizou a saída dele da água e sua bicicleta não ter sido retirada na transição para o ciclismo, segunda etapa da prova, equipes da organização acionaram o Corpo de Bombeiros por volta das 7h30.

Era a quarta vez que Genílson participava do IronMan. A primeira busca, das 9 às 11 horas do domingo, foi realizada pelo Ciopaer, Corpo de Bombeiros e Capitania dos Portos no trecho entre a Praia Formosa, onde aconteceu a largada até a localidade conhecida como Barra do Ceará. Ainda durante a manhã foram feitos sobrevoos na região. Às 18h de domingo a operação foi paralisada em função da falta de visibilidade.

Na praia do Pecém, um dos possíveis locais apontados pelos bombeiros como sendo destino das correntes marítimas, o clima é de tristeza. "A gente que é daqui da região tinha orgulho dele. Era um atleta conhecido e querido por todos. Não consigo entender o que aconteceu, se ele passou mal, se teve uma cãibra forte ou o que pode ter acontecido. Estamos todos em oração", destacou o empresário Thales Santiago, proprietário de uma pousada e um restaurante frequentado por praticantes de esportes náuticos da região.

A triatleta Rosinha Teixeira irá representar Pernambuco no IronMan 70.3, que acontecerá no próximo domingo (22), em Miami. Rosinha é a única pernambucana a competir nessa prova, que classificará 30 atletas para o Mundial de 2018, que será realizado na África do Sul. O IronMan é uma das provas mais tradicionais do triatlo internacional. 

Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, Rosinha falou um pouco sobre o que é o esporte, sua rotina, sua expectativa para a prova em Miami e como é praticar o esporte aqui no Estado de Pernambuco. 

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“O triatlo são três modalidades em uma só. É uma modalidade só. A gente nada, pedala e corre. Não são atividades separadas. A gente não para, não troca de roupa.  A sequência sempre é a natação, depois o pedal e por último a corrida. A gente tem que ser  o mais rápido possível nessa transição entre uma modalidade e outra. Hoje é um dos esportes mais difíceis do mundo. Exige muita dedicação”, disse.

Segundo Rosinha, o Estado tem alguns problemas que dificulta a prática do esporte. “Eu acordo diariamente às 3h30 da manhã, porque eu preciso começar a pedalar às 4h30. Porque não existe ainda a cultura de respeitar o ciclista enquanto ele está pedalando, e também não tem os espaços adequados para isso, então a gente treina na Via Mangue, bem cedo”, explicou.

De acordo com a triatleta, o esporte vem em uma crescente em todo o país. “No nordeste ele está com um crescimento grande, com bastantes provas no Brasil todo. E eu fui uma das percussoras aqui em Pernambuco, também como mulher”. 

Com cerca de 6 anos de carreira, Rosinha carrega na bagagem uma boa quantidade de títulos e conquistas. “Eu comecei a praticar o esporte no final de 2011, mas só comecei a competir mesmo em 2012. Fui campeã pernambucana; campeã alagoana em 2012, 2013 e 2014, em todas as etapas e fui campeã o ano todo por três anos seguidos em Alagoas”. 

“Fui campeã brasileira em 2012, quando eu ainda fazia prova da Confederação Brasileira de Triatlo. Hoje não faço mais provas de CBTRI, só faço provas de Endurance, que são provas de longas distâncias. Só faço provas de meio IronMan ou de IronMan”, continuou.

70.3, que é o meio IronMan, é a minha distância favorita. Porque para mim já é uma coisa natural, que é nadar 500 metros, logo depois pedalar 90KM e em seguida sai para correr uma meia maratona que tem 21KM. Para mim não é uma coisa que tem um desgaste tão grande. É uma prova que eu faço em 4h50. Diferentemente de um IronMan full que é feito em 10h”, completou.

Segundo Rosinha Teixeira, para o meio IronMan ela treina, em média, cerca de 15 a 18 horas por semana. Além disso, a triatleta ainda pratica algumas atividades para complementar a preparação. “A gente tem que fazer uma fisioterapia, um treinamento de força, um fortalecimento muscular. Não é só treinar”. 

Em provas, a pernambucana já rodou não só o país, como também vários outros lugares fora do Brasil. “No Brasil eu já competi em vários lugares como Florianópolis, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraíba, Alagoas, Brasília e aqui em Pernambuco. No exterior eu já competi nos Estados Unidos, Flórida. Já competi em Londres, em um Mundial pela Seleção Brasileira. Além de Chile e Alemanha”.

A expectativa de Rosinha para a prova é de manter seu bom desempenho para poder conquistar uma boa colocação no pódio, e uma vaga no Mundial de 2018. “Pelas últimas provas que eu fiz dessa distância, eu fico, geralmente, em 1º ou 2º lugar geral, e isso me dá um 1º ou 2º de categoria. Então eu fico tentando manter o mesmo tempo que eu faço. Mas isso tudo depende, você não pode comparar a prova que você faz em um lugar X com um lugar Y, são percursos diferentes”, disse. Rosinha já seguiu para os Estados Unidos. A atleta viajou com patrocínio da Greenmix Mercado Saudável do Recife.

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