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A ascensão do salafismo e do wahabismo saudita, uma das versões mais rigorosas do Islã, preocupa as autoridades belgas, de acordo com um relatório de novembro de 2016 da agência responsável pela avaliação da ameaça terrorista e divulgado nesta quarta-feira (8) pela imprensa belga.

"Constatamos um número crescente de mesquitas e centros islâmicos na Bélgica, como no resto da Europa, sob a influência do wahabismo", adverte em um relatório o Órgão de Coordenação para a Análise de Ameaças (OCAM, por sua sigla em francês), cujas conclusões foram publicadas pelo jornal De Standaard.

Este serviço, responsável por aconselhar as autoridades belgas sobre questões relacionadas ao terrorismo, também observa que "os imãs de mesquitas 'autorizadas' estão no caminho de uma 'salafização' ou já o estão".

Na Bélgica, os ímãs desta corrente, que recebe apoio financeiro da Arábia Saudita e dos países do Golfo, pregam nas mesquitas, onde reivindicam ser cada vez mais wahabista, especialmente em Bruxelas, Antuérpia e Mechelen, indica a OCAM.

Estas ideias são também cada vez mais difundidas na Europa através de sites e cadeias de televisão. "Em sua mesquita, o pequeno ímã moderado não está no nível de enfrentar esta força midiática", ressalta o relatório.

O Conselho de Segurança Nacional belga pediu em dezembro aos vários serviços de segurança e informação respostas a este avanço do islamismo radical na Bélgica, indicou o ministério do Interior após a divulgação deste relatório pelo De Standaard.

Desde os ataques em Paris, em novembro de 2015, e em Bruxelas, em março de 2016, a Bélgica reforçou suas medidas de segurança e aumentou as operações policiais.

Um jovem iemenita conhecido por seus comentários contrários aos jihadistas radicais nas redes sociais foi morto em Aden. O corpo de Omar Batawil, de 18 anos, foi encontrado agonizado com vários disparos em Sheikh Othman, sul da capital.

"Omar foi sequestrado perto de casa por homens armados", relatou um parente, acusando os "islamitas radicais". O crime não foi reivindicado, mas as autoridades suspeitam de envolvimento de extremistas religiosos.

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