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O Reino Unido deve reintroduzir algumas medidas de lockdown contra o coronavírus cedo ou tarde, afirmou um epidemiologista neste sábado (19), com novos casos da covid-19 chegando ao maior índice desde o começo de maio.

Neil Ferguson, professor de epidemiologia do Imperial College, de Londres, e ex-conselheiro do governo, afirmou à BBC que o país enfrentará uma "tempestade perfeita" de infecções, com as pessoas voltando ao trabalho e às escolas.

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O primeiro-ministro Boris Johnson disse na sexta-feira (18) que ele não quer outro lockdown nacional, mas que novas restrições podem ser necessárias porque o país enfrentaria uma inevitável segunda onda da covid-19.

"Eu acho que algumas medidas adicionais devem ser necessárias, cedo ou tarde", disse Ferguson.

Na sexta-feira (18), foi publicado que ministros estavam considerando um segundo lockdown nacional, com novos casos da covid-19 no maior índice em meses, internações hospitalares crescendo e taxas de infecção elevadas em partes do norte da Inglaterra e em Londres.

"Neste momento, estamos nos níveis de infecções que víamos neste país no final de fevereiro, e, se esperarmos mais duas ou quatro semanas, estaremos de volta aos níveis de meados de março, e isso irá - ou pode - causar mortes", disse Ferguson.

Dados do governo, deste sábado (19), mostraram 4.422 novos casos, 100 a mais que na sexta-feira (18), e o maior total diário desde 8 de maio, com base em testes positivos.

A verdadeira taxa de infecção deve ser maior. A agência de estatísticas do Reino Unido disse na véspera que por volta de 6 mil pessoas por dia, apenas na Inglaterra, provavelmente pegaram a doença durante a semana de 10 de setembro, com base em testes aleatórios.

A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, requisitou uma reunião com Johnson e os líderes de País de Gales e Irlanda do Norte, durante as próximas 48 horas, para tentar garantir medidas coordenadas entre as diferentes partes do Reino Unido.

O Reino Unido teve o maior índice de mortes da Europa por covid-19, com mais de 41 mil, segundo a contagem do governo.

O aumento de infecções ainda não levou a um crescimento similar em novas mortes - em parte porque os casos estão concentrados entre pessoas mais jovens -, mas as internações hospitalares estão começando a crescer.

Mais de 10 milhões de pessoas em partes do norte e da região central da Inglaterra já estão sob alguma forma de lockdown, como proibição de convidar amigos ou familiares para suas casas, ou visitar bares e restaurantes depois das 22h.

Os municípios de Caruaru e Bezerros, ambos no Agreste, retornam a partir desta segunda-feira (6) para a 2ª etapa do Plano de Convivência com a Covid-19 de Pernambuco. Depois de dez dias cumprindo isolamento social rígido - por determinação do Governo do Estado, as duas cidades registraram redução no número de casos graves de SRAG. Dessa forma, além do funcionamento dos serviços essenciais, da construção civil (com 50% da capacidade) e do segmento industrial, será permitido o retorno do comércio atacadista.

Nos dez dias de restrições mais rígidas, o Governo de Pernambuco realizou ações de fiscalização, de apoio social e de estruturação da rede pública de saúde voltado para o enfrentamento à Covid-19. Essas medidas permitiram a ampliação do isolamento social, a sensibilização o cumprimento de etiquetas de higiene e cuidado pessoal e capacidade de atendimento aos pacientes que precisam de tratamento.

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Ao longo dos dez dias de isolamento rígido, o Governo de Pernambuco informou ter enviado para o Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru, mais 20 respiradores, que estão possibilitando a abertura de novas vagas de terapia intensiva na unidade. Já para Bezerros, foram encaminhados, após assinatura de termo de cessão, cinco respiradores, cinco monitores multiparamétricos e cinco camas hospitalares, que estão proporcionando a abertura de 10 novos leitos exclusivos para o tratamento de pacientes com Covid-19 na cidade. A IV Gerência Regional de Saúde já conta com 143 leitos dedicados à Covid-19, sendo 78 de UTI e 79 de enfermaria.

Além de respiradores, o também foram encaminhados, mais de 85 mil Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para as secretarias de Saúde dos dois municípios. Entre os itens, foram entregues máscaras cirúrgicas (70 mil); máscaras do tipo N95 (14 mil), que são indicadas para uso de profissionais que estão em contato direto com os pacientes em procedimentos com risco de geração de aerossol; protetores faciais (1.400) e óculos de proteção (210). Também foram distribuídas 12.300 máscaras de pano e aferida temperatura da 13 mil pessoas.  

Isolamento total

Como resultado dessas restrições, o município de Caruaru conseguiu sair de um índice médio de isolamento social de 35%, chegando a atingir 50.2%. Já Bezerros, que mantinha um distanciamento médio de 32% na pré-quarentena, chegou a atingir 41%. O índice é medido pela empresa de georreferenciamento Inloco.

Com o retorno de Caruaru e Bezerros para a etapa 2 do Plano de Convivência com a Covid-19, todos os municípios que compõem a Microrregião de Saúde II agora estão no mesmo estágio. A partir desta segunda-feira, entram na etapa 5 todas as cidades da Macrorregião I, incluindo a região de Palmares. Entre alguns dos municípios que avançarão para a 5ª etapa estão Recife, Olinda, Paulista e Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife; Limoeiro, Goiana, Carpina e Bom Jardim, na Zona da Mata Norte. Já as macrorregiões III e IV seguem na etapa 4.

*Com informações da assessoria de imprensa

O Governo de Pernambuco decretou nesta terça-feira (23), a restrição do funcionamento das atividades econômicas, nos municípios de Caruaru e Bezerros (no Agreste), do dia 26 de junho a 5 de julho. Serão dez dias em que a população das duas cidades só poderá sair de casa para ir a supermercados, farmácias, padarias, postos de gasolina e serviços de saúde.

Enquanto o estado tem reduzido o número de casos e óbitos por causa da Covid-19, a região registrou aumento expressivo na disseminação da doença. Os dois municípios foram responsáveis por 71% do aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Agreste, na última semana.

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A região Agreste pulou de 267 para 358 casos de SRAG na última semana. Em Caruaru, o salto foi de 97 para 152 casos. No município de Bezerros, o avanço foi de 27 para 37 casos.

"Nossa decisão é de limitar as atividades naquela região de Caruaru e de Bezerros o máximo possível. Apenas as atividades essenciais estarão liberadas e nós vamos fazer uma restrição nas atividades comerciais, visando reduzir a circulação de pessoas ao máximo. Temos que reforçar o fique em casa para que a gente tenha um resultado positivo. Queremos uma redução do R, ou seja da velocidade de crescimento de casos naquela região. Menos casos graves, menos solicitações de UTI, preservando a saúde e a vida dos moradores tanto de Caruaru quanto de Bezerros", afirmou o secretário estadual de Saúde, André Longo.

Nos dois municípios também será permitido, ao longo desses dez dias, o funcionamento das atividades industriais, da construção civil (com 50% da capacidade) e de restaurantes para delivery.

André Longo ressalta a importância da colaboração dos munícipes e do poder público local nesse momento. "É fundamental a integração de ações do Estado com os dois municípios e também que a população entenda que este é um momento de reforçar o cuidado com a transmissão do vírus, evitando mortes e preservando a saúde das pessoas", indicou.

Preocupado com o cenário caótico de combate à pandemia do coronavírus, o deputado estadual Wanderson Florêncio (PSC) afirmou que falta liderança em Pernambuco e no Recife. Para o parlamentar, a má gestão dos recursos existentes e decisões equivocadas têm contribuído para que a Covid-19 se propague pelo estado.

A decisão do juiz Breno Duarte Ribeiro de Oliveira, que negou, nesta quinta-feira, o pedido de lockdown realizado pelo Ministério Público foi enfática ao reportar para o governo a decisão pelo aumento da restrição de circulação das pessoas. O magistrado justificou que cabe ao representante do Poder Executivo estadual decidir sobre o assunto de acordo com os elementos científicos elaborados pelos órgãos técnicos.

“A decisão do juiz de primeira instância foi um grande ‘puxão de orelhas’ no governo que claramente sentenciou que a decisão de lockdown cabe a quem governa, portanto, ao executivo, que tem todos os dados técnicos possíveis para tomar tal medida”. enfatizou o deputado.

“Além da falta de liderança, o que vemos é a má utilização dos recursos públicos, estão anunciando semana após semana novos hospitais de campanha, sem que tenha respiradores e pessoal de saúde para prestação dos atendimentos. Em Recife, apenas 36,4% das novas UTIs anunciadas estão em funcionamento”. E complementa, “Enquanto o Pará recebeu 139 respiradores na última segunda-feira, com perspectiva de receber nessa semana mais 200, o Recife conseguiu apenas 36 respiradores através de uma decisão judicial”, lamentou Wanderson Florêncio.

O deputado elencou alguns dos problemas que estão sendo vistos diariamente e que mostram as falhas do Poder Público que refletem na contaminação da população. As longas filas de bancos sem nenhum cuidado e que não respeitam a distância de segurança, a recomendação tardia para o uso das máscaras, a redução do transporte público e consequente superlotação, são alguns entre outros fatos que fizeram descontrolar a propagação da epidemia.

“Tudo isso contribuiu para o alto índice de contaminação por aqui. O sentimento é de pesar por causa da forma como estamos perdendo essa guerra contra o Coronavírus. A própria perspectiva de lockdown é um retrato disso, pois as outras ações não deram o resultado esperado. É falta de gestão e liderança”, afirmou Wanderson Florêncio.

*Da assessoria 

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O pedido de ‘lockdown’ (isolamento total) realizado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) foi negado nesta quinta-feira (7) pelo juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública da Capital, Breno Duarte Ribeiro de Oliveira

Na quarta-feira (6) o MPPE entrou com um pedido para que o judiciário determine o isolamento total no Estado de Pernambuco. A solicitação encaminhada ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) pedia medidas mais rigorosas do Estado no isolamento social por 15 dias, com prazo podendo ser prorrogado, para evitar uma maior disseminação do novo coronavírus.

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Em sua decisão o juiz escreveu: “Não vislumbro na causa de pedir qualquer afronta dos responsáveis, chefes dos executivos estadual e municipal aos ditames da razoabilidade ou proporcionalidade, além da legalidade, ao passo que também não extraio elementos suficientes de convicção quanto aos parâmetros adotados pelo autor na definição pormenorizada dos critérios e exceções para a aplicação do chamado lockdown”.

O magistrado também apontou que não existem no processo, requisitos legais para atender ao pedido realizado. “Em verdade, a deflagração dos sucessivos estágios de alerta, acompanhados de medidas restritivas de diversas ordens, veiculadas através de instrumentos legislativos próprios, sob responsabilidade de entes governamentais, em todos os níveis, obedecem a protocolos internacionais e representam a tentativa estatal de enfrentamento de crise sem precedentes na história do país”.

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