Uma mulher de 33 anos foi presa acusada de estuprar, torturar e manter em cárcere privado um adolescente de 16 anos. Em depoimento, a vítima disse que se mudou para a casa da agressora como seu namorado e acabou sendo agredido e impedido de sair de casa. O menor diz que era espancado todo dia e era obrigado a ficar escondido para ninguém da família perceber as agressões. A suspeita foi presa na última quarta-feira (18), na região de Itumbiara, Goiás.

Segundo confirmado pela delegada do caso, Yvve Rocha, à TV Ahanguera, os familiares da vítima haviam denunciado o caso à polícia em maio deste ano, mês que o adolescente conseguiu fugir da mulher, e por conta disso passaram a receber ameaças. Por medo, mudaram de endereço duas vezes. Após representação pela prisão preventiva da acusada, só agora foi possível cumprir a reclusão.

O menor afirmou que apanhava com pedaço de pau, levava murro no olho, teve a cabeça acertada várias vezes por faca, chave de fenda e até chutes no peito. Ele diz que conseguiu fugir no dia 2 de maio em um momento de distração da agressora que dormia na hora.

Tentando se livrar, a mulher deu justificativas estranhas para o que estava sendo acusada e acabou não convencendo a delegada. Segundo confirmações, a suspeita foi detida na Unidade Prisional de Itumbiara e deve responder pelos crimes de tortura e estupro.

Levantamento realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo aponta que ao menos 96 pessoas, entre prefeitos, secretários municipais, candidatos e militantes, foram executadas por motivações políticas entre janeiro e setembro deste ano. Os dados têm como base registros policiais, em sua maioria, além de documentos de fóruns, denúncias do Ministério Público e processos nos Tribunais de Justiça.

Uma série de 13 assassinatos de pré-candidatos e candidatos a vereador e cabos eleitorais no Rio de Janeiro, neste ano, contribuiu para tornar 2016 o mais sangrento na política desde a Lei de Anistia, em 1979.

O levantamento não inclui as três mortes ocorridas na quarta-feira (28) na cidade goiana de Itumbiara. A polícia ainda investiga o motivo que levou o funcionário público Gilberto Ferreira do Amaral a matar o candidato a prefeito José Gomes da Rocha (PTB) e ferir o governador em exercício José Éliton (PSDB) durante uma carreata. Amaral e o policial Vanilson João Pereira morreram após o tiroteio.

Entre os motivos para as mortes de políticos neste ano está o controle do dinheiro dos municípios. Foram mortos Cícero Lopes, de Maraã (AM), Gilmar Pinheiro, de Praia Norte (TO), e José Gomes, de Goianésia (PA). Com saída apenas pelo Rio Japurá, Maraã, a 630 quilômetros de Manaus, viveu dias de guerra civil em fevereiro, quando o prefeito do PROS, de 65 anos, foi alvejado com um tiro de espingarda nas costas, numa emboscada. O vice-prefeito Magno Moraes, 24 anos, do PT, que tinha divergência com Cícero, assumiu o poder. A família de Cícero o acusa pelo assassinato.

A Polícia Civil, no entanto, indiciou quatro comerciantes que tinham dívida a receber da prefeitura. Destes, dois admitiram o crime: Lázaro e Anderson Moraes, primos de Magno.

A lista de políticos mortos neste ano inclui também candidato a vereador pelo PP do Rio e presidente da tradicional escola de samba Portela, Marcos Vieira de Souza, o Falcon, de 52 anos. Ele foi assassinado a tiros, no dia 26 de setembro, por dois homens que invadiram o seu comitê de campanha, em Madureira. A série de mortes de políticos no Estado nestas eleições é quase a mesma das disputas municipais de quatro anos atrás, quando 11 pessoas morreram.

A busca do poder por meio de crimes de mando ocorre também em cidades pacatas. É o caso de Luiziana, de sete mil habitantes, no Paraná, a 328 quilômetros de Curitiba, onde o secretário municipal de Fazenda, Lindolfo Angelo Cardoso, de 31 anos, foi morto dentro de casa e diante de um filho.

Números oficiais

Desde a redemocratização, entidades de direitos humanos cobram dos três Poderes dados oficiais. Desta vez, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apresentou um número de 20 assassinatos políticos nos últimos nove meses, um avanço nas divulgações da Justiça, que sempre apresentou versões genéricas e números ainda mais baixos.

'Sangue político'

De agosto de 1979 para cá, 1.269 pessoas morreram por motivações de disputas pelo poder político no País. Este número é fruto de um monitoramento dos homicídios na política feito pelo jornal O Estado de S. Paulo há três anos. Em 2013, o jornal publicou o caderno especial "Sangue Político" que mostrou as conexões entre os mandantes dos assassinatos e grupos políticos estaduais e nacionais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O segundo turno da Série B começa neste sábado (7) para o Palmeiras, que tenta reencontrar o bom futebol. Com dez desfalques e há quatro jogos sem vencer (incluindo a derrota para o Atlético-PR na Copa do Brasil), o time enfrenta o Atlético-GO, a partir das 18h15, em Itumbiara (GO), e busca uma arrancada contra os adversários teoricamente mais frágeis das próximas rodadas do campeonato.

Nas próximas dez rodadas, o Palmeiras terá em sete deles adversários que estão na metade de baixo da classificação da Série B - o Atlético-GO, por exemplo, luta contra o rebaixamento. Por isso, a expectativa palmeirense é emplacar uma sequência de vitórias para consolidar a liderança e se aproximar do acesso à divisão de elite.

A tarefa neste sábado, porém, não será fácil. Para escalar o time, o técnico Gilson Kleina tem dez desfalques. As duas últimas baixas foram confirmadas nesta sexta-feira, quando o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgou e puniu dois titulares do Palmeiras por envolvimento em confusões no jogo contra o Paysandu, realizado no dia 17 de agosto. O volante Wesley pegou dois jogos de suspensão por ter sido expulso e o meia paraguaio Mendieta ficará fora de quatro rodadas por ter agredido um adversário. Diante do Atlético-GO, eles devem ser substituídos por Charles e Serginho.

Outras ausências já estavam confirmadas anteriormente, com três atletas convocados por seleções (Valdivia, Henrique e Eguren) e outros cinco machucados (Juninho, Fernandinho, Marcelo Oliveira, Ronny e Ananias). Para piorar, alguns jogadores tiveram intoxicação alimentar nesta sexta-feira, em Goiânia - foi o caso do atacante Alan Kardec e do zagueiro André Luiz. Mas, apesar disso, ninguém preocupa.

A aposta para voltar a vencer é o retorno do veloz atacante Leandro, que cumpriu suspensão na rodada anterior, quando o Palmeiras empatou em casa contra a Chapecoense. Ele faz dupla de ataque com Alan Kardec, enquanto a função de armar as jogadas no meio-de-campo ficará com o meia Felipe Menezes.

A novidade será a volta do zagueiro Vilson, após uma negociação frustrada com o Stuttgart, da Alemanha. Como manteve a boa forma mesmo durante o período em que tentava o acordo, ele retoma a sua posição como titular palmeirense.