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O grupo Jihad Islâmica confirmou neste domingo (7) que chegou a um acordo para uma trégua com Israel graças à mediação do Egito, após três dias de confrontos sangrentos na Faixa de Gaza que deixaram pelo menos 41 palestinos mortos.

"Foi concluído há pouco um acordo de trégua egípcio, que inclui o compromisso do Egito de agir em favor da libertação de dois prisioneiros, (Basem) Al Saadi e (Khalil) Awawdeh", disse em um comunicado Mohamed Al Hindi, chefe do braço político da Jihad Islâmica.

Foi a detenção de Saadi, um líder da Jihad na Cisjordânia ocupada, que desencadeou essa escalada de violência.

Israel justificou seus primeiros ataques na sexta-feira com temores de possíveis represálias da Jihad por essa prisão a partir da Faixa de Gaza, enclave de 362 km2 onde vivem 2,3 milhões de pessoas e que está sob bloqueio israelense há mais de 15 anos.

Em resposta aos bombardeios, o grupo armado, apoiado pelo Irã e incluído na lista de organizações terroristas dos Estados Unidos e da União Europeia, disparou centenas de foguetes contra Israel.

Essa é a pior escalada de violência em Gaza desde a guerra de onze dias em maio de 2021, que deixou 260 mortos no lado palestino e 14 no lado israelense.

Uma mulher palestina que faz greve de fome há mais de um mês, Hana Shalabi, corre o risco iminente de morrer, denunciou nesta terça-feira o grupo israelense Médicos pelos Direitos Humanos, que destacou um médico para atender a ativista. Shalabi, de 30 anos, protesta contra o fato de ter sido presa pelos militares israelenses sem nenhuma acusação formal. Desde o dia 16 de fevereiro, quando foi detida, ela bebe apenas água.

"Nós estamos preocupados. O médico dela pediu que fosse transferida a um hospital", disse o médico Ran Cohen, da organização não governamental Médicos pelos Direitos Humanos. A porta-voz do sistema penitenciário de Israel, Sivan Weizman, disse que no momento Shalabi está sendo monitorada em uma clínica da prisão.

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Mais de 300 dos 6 mil palestinos atualmente detidos no sistema penitenciário de Israel o estão sem acusações formais. Ativistas pelos direitos humanos dizem que essa prática pode ser aplicada apenas em casos extraordinários e que ao deixar centenas de palestinos detidos sem serem formalmente acusados Israel viola as convenções internacionais sobre tratamento aos presos.

Autoridades do sistema penitenciário israelense dizem que 20 detentos palestinos lançaram greves de fome em apoio a Hana Shalabi nas últimas duas semanas. No começo deste ano, o detento palestino Kader Adnan fez greve de fome por 66 dias. Ele suspendeu a greve após chegar a um acordo com as autoridades israelenses, que prometeram libertá-lo em abril.

Hana Shalabi é partidária do movimento Jihad Islâmica, mas é mantida presa sem acusação formal, no que o sistema de Israel chama de "detenção administrativa".

As informações são da Associated Press.

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