Tópicos | Jilmar Tatto

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva votou, na manhã deste domingo (15), em São Bernardo do Campo, cidade paulista onde mora e comentou sobre a decisão do PT em não apoiar a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) à prefeitura de São Paulo, capital do estado. Segundo Lula, a decisão teria sido “única e exclusivamente” de Jilmar Tatto (PT). 

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De acordo com Lula, Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores, se reuniu com Tatto na última terça (10), para discutir sobre o apoio. “Ela fez o que deveria fazer como presidente do partido e, segundo as informações, disse para o candidato que dependia única e exclusivamente dele. Ninguém poderia dizer o que ele deveria fazer. O candidato disse: eu vou continuar. Acho que foi atitude dele soberana de dizer que não ia retirar a candidatura”. 

Porém, a candidatura de Tatto (PT) na capital obteve apenas 6% das intenções de voto, segundo as últimas pesquisas. Boulos (PSOL), por sua vez, aparece em segundo lugar, com cerca de 16% das menções.Em São Bernardo, onde Lula mora, o ex-presidente apoia a eleição de Luiz Marinho (PT), prefeito entre 2009 e 2016. 

Isolado, com um candidato desconhecido do grande eleitorado, alvo de questionamentos dentro do próprio partido e sob a sombra de outras forças da esquerda, o PT oficializa neste sábado, 12, o nome do ex-secretário Jilmar Tatto para concorrer à Prefeitura de São Paulo. Para reverter o quadro e tentar manter ao menos a hegemonia no campo da esquerda na capital, o partido aposta na força da máquina partidária construída por décadas na periferia da cidade, no legado de administrações passadas e na participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Criado na Capela do Socorro, bairro da Zona Sul onde sua família exerce forte influência, a ponto de ser conhecida como "tattolandia", o candidato tem adotado até aqui um discurso voltado para o eleitorado da periferia. A estratégia do PT é vincular tanto o atual prefeito, Bruno Covas (que era vice do governador João Doria, ambos do PSDB), quanto os adversários mais à direita, associados ao bolsonarismo, como representantes do mesmo projeto político/econômico "liberal" que, segundo o partido, retira direitos dos pobres.

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"Vamos demarcar o campo com (Jair) Bolsonaro e o PSDB, todos irmanados na agenda econômica do Paulo Guedes (ministro da Economia). Quando falarmos de retirada de direitos, isso vai incluir também a dupla Covas/Doria", disse o deputado estadual José Américo Dias, um dos coordenadores da campanha de Tatto.

Neste ano, o PT vai enfrentar condições diferentes de todas as eleições que disputou na cidade. Depois de eleger Luiza Erundina, em 1988, o PT entrou em todas as disputas com chances reais de vitória liderando amplas coligações. Agora Tatto vai para a disputa isolado, com a obrigação de disputar votos da esquerda com antigos aliados, como o PCdoB e PSB, além do PSOL, que lançou a chapa Guilherme Boulos/Erundina e vem atraindo apoio de ex-petistas.

"Pode-se dizer, sim, que o PT vai disputar a liderança da esquerda em São Paulo, mas não vejo problema nisso. A candidatura do Boulos expande a esquerda. Votos que não viriam para o PT de jeito nenhum vão para ele e votos que não iriam para ele de jeito nenhum vem para o PT", disse Dias.

O nome de Jilmar Tatto divide o PT desde o início da disputa interna. Muitos petistas avaliam que ele não tem musculatura para enfrentar a disputa. Além disso, a forma como exerce controle sobre o partido na capital gera insatisfações. E apesar deste controle, foi escolhido com apenas 15 votos de diferença sobre Alexandre Padilha em colegiado de 600 votantes, o que deu margem para contestações internas e públicas.

Para reforçar o compromisso com a periferia, Tatto será oficializado em uma transmissão ao vivo feita a partir de uma laje no Jardim São Luiz, Zona Sul. Ele estará acompanhado apenas do presidente municipal do PT, Laércio Ribeiro. A escolha do vice deve ser anunciada também neste sábado, 12. O ex-prefeito Fernando Haddad fará uma participação online, assim como a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que mora em Curitiba. Lula gravou um vídeo que será exibido durante o evento. Aos 75 anos de idade e com histórico de um câncer na garganta, o ex-presidente não deve participar pessoalmente das campanhas do PT por estar no grupo de risco da covid-19.

Lula terá dois papéis na campanha em São Paulo. O primeiro é dar um discurso nacional, já que o candidato, Tatto, construiu a vida política no âmbito da cidade (foi secretário nas gestões Marta Suplicy e Haddad). O segundo é manter a frágil unidade do partido na capital.

"Lula é o grande condutor. Ele simboliza uma outra alternativa social e política para o Brasil", disse Dias. A participação de Lula, no entanto, será limitada pela pandemia.

A tônica da campanha será o legado das administrações petistas em São Paulo, explorando marcas como os corredores de ônibus, o bilhete único, a merenda escolar e outras políticas políticas implantadas nas administrações petistas. Tatto, no entanto, vai ter que disputar esse legado, já que Erundina está ao lado de Boulos e Marta declarou apoio a Covas.

Além disso, Tatto deposita suas fichas na máquina partidária petista na periferia, formada por uma ampla rede de apoios de dirigentes comunitários e líderes de bairro, muitos deles ligados aos vereadores do partido. Mas até mesmo a eficácia dessa máquina é colocada em dúvida. Em 2016, Haddad não chegou sequer ao segundo turno contra Doria e perdeu em todas as 58 zonas eleitorais da cidade.

A Prefeitura de São Paulo fará mais 64,5 quilômetros de ciclovia no mês de setembro, segundo Jilmar Tatto, secretário municipal de Transportes. A meta foi anunciada nesta sexta-feira, 05, durante uma reunião entre Tatto e os subprefeitos da cidade, na Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras.

Desde junho a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) - que herdou 63 quilômetros de administrações anteriores - já entregou 44,9 quilômetros de via. Com a meta deste mês, serão 107,9 quilômetros de vias.

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Segundo Tatto, a intenção é interligar as faixas novas com as já existentes. "Estamos procurando na medida do possível conectar com equipamentos públicos, como terminais de ônibus, estações de trem, Metrô e parques", explicou o secretário.

Ainda de acordo com Tatto, a Prefeitura pretende estimular o uso de bicicletas na cidade. A intenção da gestão Haddad é aumentar a quantidade de viagens de 300 mil por dia para 3 milhões. Até o final de 2014, a cidade terá quase 200 quilômetros de ciclovias, metade do total prometido por Haddad.

A Prefeitura de São Paulo quer importar de Londres o modelo dos novos semáforos inteligentes que promete instalar na cidade. O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, está na capital inglesa e visitará também Glasgow, na Escócia, para conhecer detalhes do modelo que quer ver nas ruas da capital paulista.

Tatto disse anteontem, antes de embarcar, que a sinalização da cidade é "burra inteligente ou uma inteligente burra, porque os controladores (semafóricos) não conversam entre si". E é um sistema "conversador" que o secretário foi conhecer.

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O sistema londrino foi adotado na cidade para os Jogos Olímpicos ocorridos no ano passado. O principal interesse pelo modelo de lá é o uso do chamado "protocolo aberto", uma configuração de sistemas que permite o uso de equipamentos de controle de diferentes fornecedores, o que facilita as compras, deixa-as mais baratas e gera mais economia ao longo do tempo, principalmente na manutenção.

Os semáforos inteligentes são considerados por especialistas como "essenciais" para melhorar a fluidez da cidade. Na capital, os controladores semafóricos tidos como inteligentes funcionam cada um em um determinado cruzamento, sem que seja possível uma reprogramação rápida e abrangente, mudando o tempo de parada, por exemplo, em corredores importantes como Consolação-Rebouças-Francisco Morato, que liga o centro à zona oeste.

A proposta é justamente mudar esses controladores para um sistema integrado, em que cada bloco de semáforos esteja conectado a um controlador inteligente, e este ligado a uma central para toda a cidade. Há no Brasil tecnologia para instalar um sistema que detecte o movimento nas vias e, automaticamente, seja capaz de abrir e fechar o sinal daquelas com maior demanda.

Tecnologia. Segundo o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Engenharia de Trânsito, Silvio Médici, é possível ir além: instalar dispositivos em viaturas de polícia e ambulâncias que disparem um alerta para a central e abram os semáforos para dar passagem a esses veículos.

"A tecnologia está disponível no Brasil. Não precisa importar, é só investir", afirma Médici. "Se utilizássemos o dinheiro da arrecadação municipal de multas e investíssemos, nós certamente teríamos um sistema de primeiro mundo", critica.

Antonio Clóvis Pinto Ferraz, do Núcleo de Pesquisas do Trânsito do câmpus de São Carlos, da Universidade de São Paulo, é cauteloso sobre os benefícios de um sistema semafórico semelhante ao de Londres. "Visitei algumas capitais europeias e, em Londres, o congestionamento não é muito diferente do de São Paulo. Há lentidão e um número muito grande de veículos nas ruas."

Ele diz que modernizar o sistema de semáforos de São Paulo não será suficiente para diminuir os tempos de espera nos congestionamentos. "Em um primeiro momento, as condições do trânsito vão melhorar, mas isso provocará um aumento gradual do número de veículos", alerta.

O prefeito Fernando Haddad (PT) já prometeu licitação de R$ 100 milhões para trocar equipamentos do centro expandido. No mês passado, após uma tempestade deixar 114 semáforos da cidade apagados - alguns por até cinco dias -, ele chegou a classificar como "sucateada" a estrutura semafórica deixada pela gestão de Gilberto Kassab (PSD). "Estou inconformado com a situação e pedi um relatório de todo o problema. E o que eu constatei, até por fotografias, é que a rede de semáforos da cidade está precária", disse, na época. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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