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O CEO da Tesla, Elon Musk, conversou nesta quarta-feira (31) em Pequim com o ministro da Indústria da China, Jin Zhuanglong, sobre os veículos de nova geração e afirmou que deseja prosseguir desenvolvendo suas atividades no país.

Musk e Jin "trocaram opiniões sobre o desenvolvimento de veículos de energias novas e veículos inteligentes conectados", informou o ministério chinês da Indústria e Informação Tecnológica em um comunicado.

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Não foram revelados mais detalhes do encontro e os representantes da Tesla não responderam as perguntas da AFP sobre a agenda de Musk, que chegou a Pequim na terça-feira (30).

Esta é a primeira viagem do empresário à China em mais de três anos. O país, maior mercado mundial de veículos elétricos, é estratégico para a Tesla.

Na terça-feira, Musk declarou a Qin Gang, ministro chinês das Relações Exteriores, que a Tesla "deseja continuar desenvolvendo suas atividades na China", informaram fontes do ministério.

As vendas de carros elétricos e híbridos na China dobraram em 2022 e representam mais de 25% de todos os veículos vendidos, um nível recorde, segundo a Federação Chinesa de Fabricantes de Automóveis (CPCA).

O apoio do governo aos veículos elétricos, juntamente com o interesse crescente dos consumidores, permitiu que as empresas chinesas dominassem o mercado doméstico, o maior do mundo.

Embora a Tesla continue sendo a maior vendedora mundial de carros elétricos, a popularidade das marcas chinesas disparou nos últimos anos. A montadora BYD, uma das marcas de carros elétricos mais famosas da China, anunciou em março que seu lucro líquido multiplicou por cinco em 2022.

A Tesla registrou queda no lucro no primeiro trimestre devido à redução dos preços, apesar de um aumento significativo de suas vendas.

A empresa americana anunciou em abril que vai construir uma nova fábrica de baterias em Xangai. A unidade terá capacidade inicial de 10.000 baterias Megapack por ano e deve começar a produção no segundo trimestre de 2024, segundo a agência de notícias Xinhua.

A unidade será a segunda fábrica da Tesla na cidade do leste da China. A primeira foi inaugurada em 2019.

Durante a reunião com Qin Gang na terça-feira, Musk declarou que é contrário a qualquer "desacoplamento" econômico entre China e Estados Unidos, segundo a diplomacia chinesa.

"Os interesses dos Estados Unidos e da China estão estreitamente vinculados, como gêmeos inseparáveis", afirmou, de acordo com a mesma fonte.

As relações entre Musk, que também é dono da rede social Twitter, Pequim geraram questionamentos em Washington. O presidente americano, Joe Biden, disse em novembro que os vínculos do CEO da Tesla com países estrangeiros "mereciam" um escrutínio.

Musk também provocou polêmica ao sugerir que a ilha de Taiwan, reivindicada por Pequim, deveria fazer parte da China.

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