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Campeã mundial, a seleção brasileira feminina de handebol sofreu, foi para o intervalo com a igualdade no placar, mas garantiu o pentacampeonato nos Jogos Pan-Americanos. Nesta sexta-feira, em Toronto, deslanchou marcando 10 gols seguidos no início do segundo tempo de partida e venceu por a Argentina por 25 a 20. Destaques na conquista do Mundial em 2013, a ponta Alexandra e a armadora Ana Paula foram as artilheiras do jogo, com seis e cinco gols, respectivamente.

A medalha de ouro era tida como certa, mas as jogadoras da seleção tiveram de lutar muito para conseguir, até porque do outro lado as argentinas mostraram força, talento e boa mira. O nervosismo das brasileiras, em alguns momentos, atrapalhou um pouco. Mas no segundo tempo o time melhorou e, com defesa forte e boas jogadas ofensivas, fez a diferença.

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No início do duelo, o Brasil demorou a se encontrar e a Argentina aproveitou. Abriu 4 a 1 de vantagem, depois 7 a 2 e fez a seleção correr atrás para tirar os cinco gols de diferença. Aos 18 minutos do primeiro tempo, o Brasil empatou, mesmo com uma jogadora a menos - Dani Piedade tinha tomado uma punição de dois minutos. Aos 22, o Brasil virou o placar, depois a Argentina deu o troco e a etapa terminou empatada em 12 a 12.

A ponta Luciana Mendoza, com cinco gols, fez estragos na defesa brasileira. A pontaria no ataque também não estava muito boa. O time acertou quatro bolas na trave e quando ia na direção certa a goleira Valentina Kogan aparecia bem. No intervalo, o técnico Morten Soubak cobrou suas atletas e a mudança veio logo.

No segundo tempo, o Brasil voltou ligado, abriu três gols de vantagem e numa ponte aérea incrível Alexandra fez mais um. A defesa, bem postada, e com grande atuação de Mayssa, dava conta do recado. Tanto que a Argentina estacionou nos 12 gols e demorou mais de 19 minutos até marcar um gol no período.

A cada gol, as brasileiras vibravam e a vantagem no final do duelo já era bastante confortável. O tempo foi passando e a torcida brasileira presente no ginásio fez festa e embalou as atletas até a comemoração do título, quando o Brasil fechou o segundo tempo em 13 a 8, com o placar final 25 a 20.

No masculino, a seleção de handebol também vai tentar a medalha de ouro da competição. A equipe encara a Argentina neste sábado, às 21h (horário de Brasília), e tenta dar o troco nos rivais, que venceram o Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em 2011, e não permitiram que os rapazes fossem para os Jogos Olímpicos de Londres.

Depois de fazer finais de todas as provas olímpicas no Mundial de Revezamentos, nas Bahamas, em maio, o Brasil não conseguiu repetir o resultado nos Jogos Pan-Americanos, em Toronto. Classificou suas equipes para apenas três finais, sendo que nas duas provas masculinas (4x100m e 4x400m) passou apenas por tempo, sem conseguir completar sua bateria entre os três primeiros.

No 4x100m, a equipe formada por Aldemir Gomes, Bruno Lins, Gustavo Santos e Vitor Hugo dos Santos ficou em quarto na segunda bateria, com 38s76. Ficou atrás de Trinidad & Tobago, Barbados e República Dominicana. Na outra série, Antígua & Barbuda bateu o recorde do campeonato: 38s14. EUA, Canadá e Jamaica também vão brigar pelo ouro, sábado à noite.

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O time feminino teve um pouco mais de facilidade. Desfalcada de Ana Cláudia Lemos, que sofreu lesão muscular nos 200m, o Brasil ficou terceiro da sua bateria, com 43s24. A escalação teve Bruna Farias, Rosângela Santos, Vanusa dos Santos e Vitória Rosa.

FUNDO - Nas finais das provas de fundo disputadas nesta sexta-feira o Brasil não se deu bem. Já com índice olímpico, o jovem Thiago André, de 19 anos, acabou "encaixotado", não conseguiu atacar os primeiros colocados e terminou apenas no oitavo lugar nos 1.500m. O guia paralímpico Bira ficou em nono. O campeão da prova foi Andrew Wheating, dos EUA, seguido de dois canadenses.

Já nos 3.000m com obstáculos para mulheres, Juliana Gomes dos Santos corria entre as primeiras quando sofreu uma queda e abandonou. Tatiane da Silva ficou em sexto. Ashley Higginson, dos EUA, venceu. Desta vez o pódio teve duas americanas e uma canadense.

O Canadá nunca ganhou sequer uma medalha nas competições masculinas de basquete dos Jogos Pan-Americanos. Jogando em casa, vai ficar pelo menos com a medalha de prata. Nesta sexta-feira, os canadenses conquistaram uma histórica vitória por 111 a 108 sobre os EUA, em Toronto, pela semifinal, com direito a uma prorrogoção, e vão disputar o ouro contra o Brasil.

EUA e Canadá, entretanto, encaram o Pan de forma muito distinta. Os donos da casa estão jogando com força máxima. O cestinha da equipe diante dos EUA foi Andrew Nicholson, que disputa a NBA pelo Orlando Magic. Também se destacaram Anthony Bennett, do Timberwolves, e Jamal Murray, apontado como um dos grandes nomes do próximo draft da NBA. Os três juntos fizeram 71 pontos.

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Enquanto isso, os EUA estão com um time universitário, com apenas três profissionais, sendo apenas um deles da NBA. Mesmo assim os norte-americanos conseguiram levar o jogo até a prorrogação, depois de empate por 97 a 97 no tempo normal. A vitória foi apenas a segunda dos canadenses sobre os rivais na história do Pan.

A final do Pan será no sábado, às 17h30 de Brasília. O Brasil volta ao pódio depois de fracassar em 2011. Quer retomar a hegemonia que durou de 1999 a 2007. Já o Canadá tenta a dobradinha, uma vez que também ganhou no feminino.

Italiana naturalizada brasileira, Nathalie Moellhausen garantiu mais uma medalha para o País na esgrima dos Jogos Pan-Americanos. Depois de ganhar o bronze na disputa individual, ela levou a equipe feminina da espada nas costas para faturar a medalha bronzeada também na competição por equipes, nesta sexta-feira (24), em Toronto.

Afinal, foi responsável por 21 pontos da vitória do Brasil sobre Cuba, por 38 a 29, na disputa do terceiro lugar. Diferente da competição individual, em que os derrotados na semifinal ficam com o bronze diretamente, por equipes existe o jogo que decide quem termina em terceiro e quem fica em quarto.

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Antes, Nathalie também havia fundamental na vitória por 45 a 39 sobre a Argentina, na estreia. Por pouco o Brasil não venceu também os EUA, favoritos da competição, na semifinal. O jogo terminou empatado por 31 a 31 e foi para o golden score. Ali, Nathalie foi tocada primeiro pela americana Katherine Holmes, exatamente a rival que a tirou da final pan-americana.

A medalha, lógico, não é só de Nathalie. A equipe, afinal, também teve grandes atuações de Amanda Simeão e Rayssa Costa nessa que é a principal arma do País. O Brasil é 20.º do ranking mundial, atrás de EUA (10.º), Venezuela (16.º) e Canadá (17.º). Só o melhor das Américas vai ganhar vaga na Olimpíada.

Na espada masculina, a equipe formada por Athos Schwantes, Nicolas Ferreira e o garoto Alexandre Camargo, de apenas 16 anos, levou 45 a 28 da Venezuela na estreia e foi eliminada da briga pelo ouro. Na repescagem, perdeu do Canadá e venceu a Argentina, terminando em sétimo.

RECORDE - Com mais esta medalha de bronze, a quarta conquistada em Toronto, o Brasil já tem, quantitativamente, sua melhor campanha na história da esgrima no Pan. Superou as três medalhas obtidas (todas de bronze) obtidas tanto no Rio, em 2007, quanto em Guadalajara, em 2011.

Depois de subir ao pódio com Renzo Agresta (sabre), Nathalie (espada) e Ghislain Perrier (florete). Na sexta-feira, o País ainda tem mais duas chances de pódio nas competições por equipes no florete. No masculino, estreia contra Porto Rico e depois pega Canadá ou Venezuela. No feminino, começa contra o Chile e depois enfrenta EUA ou Canadá.

Quatro anos após levar uma virada no fim da partida diante da República Dominicana e ser eliminada de forma vexatória ainda na primeira fase dos Jogos de Guadalajara, a seleção masculina de basquete se redimiu nesta sexta-feira, em Toronto - mas com uma dose de dramaticidade. O time do técnico Rubén Magnano derrotou os dominicanos por 68 a 62 pela semifinal dos Jogos Pan-Americanos de Toronto e se classificou à final. O adversário deste sábado (17h30 pelo horário de Brasília) sairá do confronto entre Estados Unidos e Canadá, que jogam no início da noite desta sexta.

O jogo que colocou o Brasil na final foi, de longe, o mais difícil do torneio. O time teve dificuldades em marcar, foi pressionado no ataque e errou lances incomuns em sua campanha até a semi. E em apenas um momento conseguiu abrir uma vantagem de nove pontos, no segundo quarto.

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Desde o início da partida ficou claro que a seleção teria dificuldades. A marcação dominicana era intensa na defesa e as poucas bolas que sobravam para o arremesso de três, desta vez, custavam a entrar. JP Batista e Leo Meindl tinham dificuldades de penetração. Augusto Lima, por sua vez, era o único que encontrava bons espaços para pontuar. Não à toa contribuiu com 15 pontos, segundo maior pontuador do jogo ao lado do dominicano James Stokley, e onze rebotes.

Neste ritmo, a República Dominicana passou os primeiros minutos medindo forças em igualdade com o Brasil. O placar chegou a marcar 8 a 8. Rubén Magnano, então, mudou o time. As entradas de Larry Taylor e Olivinha deram certo e o time brasileiro fechou o primeiro quarto vencendo por 18 a 12.

No segundo quarto, o Brasil melhorou com a entrada de Benite, que vem sendo um dos principais nomes da seleção no Pan e foi o cestinha da partida, com 18 pontos. Mas isso não impediu que os dominicanos seguissem marcando seus pontos e mantivessem a diferença em apenas seis (35 a 29) para a metade final do jogo.

A situação do Brasil se complicou depois do intervalo. Com erros de passes e muitas vezes precipitado nas investidas, o time permitiu a chegada dos dominicanos, que chegaram a estar à frente em duas oportunidades no marcador e fecharam o terceiro período em 50 a 50 graças a um arremesso de três pontos de Andres Feliz no último segundo.

No período derradeiro da partida, a partida seguiu encardida. Após uma boa arrancada brasileira, que fez com que o time abrisse quatro pontos, os dominicanos se aproveitaram de erros do Brasil e empataram em 54 a 54 em lance em que Manuel Fortuna avançou sozinho a partir da metade da quadra, faltando menos de cinco minutos para zerar o cronômetro.

O jogo, então, ficou dramático. Brasil e República Dominicana passaram a se alternar na liderança. No último minuto, porém, o time brasileiro conseguiu administrar o jogo e, graças a quatro arremessos livres de Benite e uma bela arrancada de Larry Taylor, abriu seis pontos e encaminhou a vitória.

O goleiro reserva da seleção brasileira de polo aquático, Thye Bezerra Matos, de 27 anos, é investigado pela polícia de Toronto sob acusação de abuso sexual, informou a inspetora-chefe de crimes sexuais Joanna Beaven-Desjardins, na tarde desta sexta-feira. A vítima, cujo nome não foi revelado pela polícia, seria uma garota canadense de 22 anos e teria sido atacada no dia 16 de julho, durante os Jogos Pan-Americanos.

A polícia, que não informou maiores detalhes sobre o caso, divulgou uma foto do brasileiro no site oficial da corporação. A investigação teve início após denúncia da vítima. De acordo com a inspetora-chefe, Thye entrou na casa da garota e foi até o quarto dela. Ele estava acompanhado de um amigo. Nenhum deles usava uniforme da delegação brasileira.

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O suposto crime sexual teria acontecido na manhã do dia 16 na casa da garota, explicou a polícia, que trata o caso como "sex assault" - no Canadá, a legislação não diferencia estupro de assédio sexual. A pena máxima, de acordo com a legislação canadense, é de 15 anos de detenção.

Thye já deixou o Canadá depois da participação do Brasil na competição. Não se sabe o paradeiro do atleta brasileiro. É possível que o jogador já esteja na Rússia para a disputa do Mundial de Esportes Aquático, em Kazan. Se estiver na Rússia, ele poderia ser extraditado. A Justiça canadense trabalha para que ele retorne a Toronto e responda pela acusação.

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) ainda não havia sido informado pela polícia canadense, antes do pronunciamento oficial. "Não temos nenhuma informação, então estamos aguardando que isso aconteça para nos manifestar", afirmou Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB. Há muita preocupação com a imagem do Brasil neste episódio porque o País é anfitrião da Olimpíada de 2016. O COB deverá ouvir o atleta assim que receber a intimação oficial para sua apresentação à Polícia.

Se não caiu nesta sexta-feira, o recorde de João do Pulo no salto triplo dos Jogos Pan-Americanos ainda deve demorar muito tempo a ser batido. Afinal, o cubano Pedro Pablo Pichardo, principal nome das provas de atletismo em Toronto, até ganhou o ouro, mas ficou longe de superar o brasileiro, que saltou a 17,89 metros no Pan da Cidade do México, em 1975.

Dono de dois dos quatro melhores saltos de todos os tempos e saltando regularmente acima de 17,50m, Pichardo alcançou 17,54m no seu melhor salto em Toronto para assegurar, com folga, o alto do pódio. Foi seguido por Leevan Sands, de Bahamas, com 16,99m, e pelo compatriota Ernesto Reve, que marcou 16,94m. Pichardo foi o único a superar 17 metros, o que fez quatro vezes.

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A manhã, aliás, foi ótima para Cuba, que também fez dobradinha no pódio do lançamento do disco. Ouro para a líder do ranking mundial Denia Caballero (65,39m), seguida da compatriota Yaime Perez (64,99m). Os Estados Unidos foram ao pódio com o bronze de Gia Smalwood.

Assim, Cuba começa a deslanchar no atletismo depois de ganhar apenas duas medalhas nos três primeiros dias de competições no Estádio da Universidade de York. Com essas duas conquistas, foi a 28 de ouro no quadro de medalhas. À noite, os cubanos são favoritos nas cinco finais no boxe, podendo encostar nas 34 douradas que o Brasil já tem.

FRACASSO - Para o Brasil, a manhã desta sexta-feira na Universidade de York foi decepcionante. No revezamento 4x400m feminino, a equipe que vinha de final no Mundial de Revezamentos, em maio, e de prata no Pan de Guadalajara, foi a última colocada de sua série semifinal e sequer vai disputar a final do Pan.

Formada por Geisa Coutinho, Flávia Maria de Lima, Jailma de Lima e Liliane Fernandes, a equipe completou a eliminatória em 3min34s97, ficando mais de cinco segundos aquém ao melhor tempo do ano. O time estava desfalcado de Joelma das Neves, que se machucou na prova individual.

Nos 110m com barreiras, também se esperava mais do Brasil. Ao menos uma final, mas nem isso aconteceu. Jonatha Mendes foi último da sua série, com 13s81. Eder Souza, que já tem índice para a Olimpíada, foi um pouco melhor: 13s80, também em último.

No disco, o Brasil também contou com a presença de atletas qualificadas para a Olimpíada. Mas tanto Fernanda Martins quanto Andressa de Morais ficaram muito longe de suas melhores marcas. Terminaram em quarto (60,50m) e quinto (58,08m), respectivamente. Ambas tinham marcas, nesta temporada, para conquistarem o bronze.

A tradição do País no salto triplo ficou longe de ser honrada. Jefferson Sabino foi só o quinto colocado, com 16,43m, numa prova que, exceto Pichardo, teve nível técnico muito baixo. Jean Casemiro Rosa terminou num decepcionante 14º e último lugar, com 15,79m.

O País só se salvou no 4x400m masculino. Foi o quarto colocado na sua bateria, atrás de Jamaica, Cuba e Trinidad e Tobago, e avançou à final pelo tempo. A equipe fez a marca de 3min01s66, apenas um pior do que seu melhor resultado na temporada. Assim como entre as mulheres, o Brasil fez final do Mundial de Revezamentos nessa prova.

A seleção brasileira de hóquei sobre grama foi para o Pan com dois objetivos. Um deles, o mesmo de qualquer atleta que está em Toronto, era brigar pelo pódio. O outro, mais importante, era terminar no mínimo entre os seis primeiros colocados e classificar o Brasil para os Jogos do Rio, em 2016. Com a vitória nos pênaltis sobre os Estados Unidos, na última terça-feira, o time chegou à semifinal e garantiu a vaga na Olimpíada. Nesta quinta, às 20h30 (de Brasília), vai tentar assegurar uma medalha enfrentando o Canadá.

A vaga olímpica, claro, foi comemorada pelas famílias dos 19 atletas da seleção, que estão há mais de quatro meses viajando. Eles passaram um período de 13 semanas na Europa e, de lá, voaram diretamente para o Canadá. Nesse período, a comunicação com pais, amigos e namoradas têm se limitado a contatos telefônicos ou pela internet.

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O pai do defensor Bruno Sousa, o gerente de hotel Antônio Sousa, deve ser o mais feliz. Nascido em Macau, na China, ele foi jogador da seleção sub-21 de Macau e ensinou o filho a praticar o esporte. "O sonho dele era ser um atleta de hóquei e um atleta olímpico. Isso acabou não acontecendo pelas circunstâncias da vida, mas hoje ele vê isso se refletindo no filho", contou Bruno.

O jogador esteve em campo na partida que garantiu o Brasil nos Jogos Olímpicos e disse que o que se sucedeu à classificação foi emocionante. "Meu pai e eu temos um amigo em comum que trabalha na organização do Pan. Quando acabou o jogo, ele estava aos prantos. Pegou o telefone e falou pra eu ligar pro meu pai. Foi uma emoção muito grande".

Os pais de Bruno se separaram quando ele era ainda pequeno. O jogador passou a morar com a mãe, Margareth, em João Pessoa, na Paraíba, e uma vez por ano ia passar um mês de férias com o pai, em São Paulo. Na capital paulista, praticava hóquei na Associação Casa de Macau. "Eu jogava numa quadra de futsal, de taco, madeira. Muito pequena, devia ter no máximo 20 metros, enquanto o campo de hóquei tem 94 x 55", recordou. "Mas eu adorava".

Bruno conta que se apaixonou pelo esporte. "Com sete anos eu cheguei a brigar com a minha mãe porque queria ir morar com meu pai para praticar hóquei", relembrou. "Mas acabei ficando". A mudança só viria a acontecer em 2004, quando a mãe se mudou para Campinas. "Foi o momento que decidi que iria morar em São Paulo para começar a praticar definitivamente o hóquei".

CARREIRA - Em 2007, Bruno ingressou na seleção brasileira de hóquei que disputou o Pan do Rio. Inexperiente e com nível bem inferior às demais, a equipe perdeu todas as partidas. A primeira vitória em um Pan veio somente na semana passada, quando o time fez 1 a 0 sobre o México pela segunda rodada.

Na avaliação de Bruno, as vitória sobre o México e o triunfo nos pênaltis sobre os Estados Unidos são fruto da abertura do esporte para o olhar estrangeiro. "Além de uma renovação do grupo, adquirimos experiência, trouxemos técnicos de fora e os brasileiros também começaram a sair para aprender. Tínhamos técnica, mas não tínhamos nada de parte tática".

O próprio jogador decidiu ir para o exterior. Atleta profissional do Huizen, da segunda divisão holandesa, ele é exceção em uma seleção formada basicamente por jogadores que precisam conciliar a vida profissional ou de estudos com os treinos. "Pra gente é um pouco difícil a exportação de jogadores porque em alguns lugares na Europa, como na Holanda, você só pode jogar se o clube pagar o visto de trabalho, que custa 28 mil euros, ou se você tiver dupla cidadania", explicou. "Eu tenho a cidadania portuguesa graças ao meu pai, que nasceu em Macau e era colônia portuguesa". A classificação do Brasil também passou pelo seu Antônio.

Fabiana Murer começa a disputa por uma medalha nesta quinta-feira, às 18h55 (de Brasília), no salto com vara nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Além do pódio, ela traçou duas metas no Canadá: superar duas de suas principais rivais, a norte-americana Jennifer Suhr e a cubana Yarisley Silva, e ainda passar pelo sarrafo a 4,85 metros, marca que ainda não alcançou nesta temporada ao ar livre.

Jennifer Suhr foi campeã olímpica em Londres, em 2012, e colocou seu nome entre as melhores atletas da modalidade. Já Yarisley Silva desbancou Fabiana Murer no último Pan e obteve o recorde da competição, com um salto de 4,75 metros. Além das velhas conhecidas, a brasileira também vê potencial em Demi Payne, atleta dos Estados Unidos. "Quero buscar a medalha de ouro, conseguir uma boa marca, mas sei que não vai ser fácil. É uma prova muito disputada, tem de saltar alto".

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A brasileira tentará superar a marca de 4,85 metros ao ar livre. O seu melhor resultado até agora - 4,80 metros - foi obtido na etapa de Nova York da Diamond League, em junho. Se chegar a esse patamar, será muito difícil deixar o ouro escapar novamente. Aos 34 anos, Fabiana Murer faz sua quarta participação no Pan e é uma das mais experientes da delegação. Campeã no Rio (2007) e prata em Guadalajara (2011), ela também participou dos Jogos de Winnipeg (1999).

Fabiana Murer intensificou a sua preparação física depois de competir na Europa e chegou ao Canadá quatro dias antes de sua prova para se aclimatar. "Você não dorme como deveria em uma noite no avião. Tento chegar sempre dois dias antes da prova, mas ultimamente tenho sentido mais o cansaço da viagem e quis vir um pouco antes".

Após alguns treinos, Fabiana Murer conta que já está bem adaptada ao local e elogiou as condições que vai encontrar na disputa. "A pista está boa, é veloz. Gosto de competir com calor, realmente não vou ter problema nenhum com relação ao clima". A Universidade de York também tem sido usada pelos brasileiros como alojamento. Além de Murer, o Brasil também será representado por Karla Rosa da Silva.

Não foi em Toronto que o Brasil quebrou um tabu que já dura 44 anos e voltou a disputar uma final individual na esgrima dos Jogos Pan-Americanos. No Canadá, foram três oportunidades, nenhuma delas bem sucedida. Nesta quarta-feira, foi a vez de Ghislain Perrier, no florete, ser derrotado na semifinal e ficar com o bronze.

Ghislain nasceu em Fortaleza, mas foi adotado por um casal francês quando tinha um ano de idade. Diante da possibilidade de competir pelo país natal, resolveu mudar a cidadania esportiva em 2013, tornando-se um dos principais nomes da esgrima nacional, o primeiro a ganhar medalha em uma etapa de Copa do Mundo.

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Em Toronto, acabou derrotado na semifinal por 15 a 12 pelo norte-americano Gerek Meinhardt, oitavo do mundo e medalhista de bronze no Campeonato Mundial, há apenas seis dias. O brasileiro garantiu o bronze porque, nas disputas individuais de esgrima, não existe jogo pelo terceiro lugar.

Na segunda-feira, o Brasil subiu pela primeira vez ao pódio na esgrima em Toronto com o bronze de Renzo Agresta, que, no sabre, venceu no caminho o vice-campeão mundial. Na terça, foi a vez de Nathalie Moellhausen terminar em terceiro, na espada.

Em Guadalajara, o Brasil também ganhou três medalhas, todas de bronze, mas duas delas vieram nas disputas por equipes, que começam apenas nesta quinta-feira. Como cada país tem apenas uma equipe, as chances de o Brasil ir ao pódio são maiores.

ELIMINADOS - No florete masculino, o Brasil também foi representado nesta quinta-feira por Guilherme Toldo, número 51 do ranking mundial, que foi eliminado por Massialas, melhor do mundo na atualidade. Ele volta a competir no sábado, por equipes, com Ghislain e Fernando Scavasin.

Entre as mulheres, a caçula Gabriela Cecchini, de apenas 18 anos, medalhista em Mundial Cadete, foi quem chegou mais longe. A gaúcha perdeu nas quartas de final, para Lee Kiefer, dos Estados Unidos, quarta do mundo. Já Bia Bulcão parou na canadense Kelleigh Ryan, nas oitavas de final. Por equipes, elas terão a companhia de Taís Rochel

A seleção feminina de handebol não deu espaço para zebra, ganhou do Uruguai por 40 a 22 e garantiu vaga na decisão dos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Agora o time campeão mundial aguarda o vencedor do duelo entre México e Argentina, que será disputado nesta quarta-feira, às 21h30 (horário de Brasília). "Sabemos que somos favoritas, mas dentro da quadra tudo pode acontecer. Precisamos focar no nosso trabalho", afirmou Deonise, que fez uma grande partida e marcou sete gols.

Com a vaga na decisão, a seleção feminina vai em busca do seu quinto ouro consecutivo no handebol do Pan. Em Winnipeg (1999), Santo Domingo (2003), Rio de Janeiro (2007) e Guadalajara (2011) o Brasil ficou no lugar mais alto do pódio. Antes, havia sido bronze em Indianápolis (1987) e Mar del Plata (1995). "Nosso objetivo maior é a conquista do ouro", comentou Dani Piedade, que participou das três últimas conquistas.

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No primeiro tempo, a equipe começou a impor seu ritmo. O técnico Morten Soubak colocou em quadra suas titulares e logo o Brasil começou a abrir vantagem. Com ótima atuação das pontas Alexandra, com três gols, e Fernanda, com quatro, o time foi aumentando o marcador. Deonise também brilhou com quatro gols e o Brasil fechou o período em 18 a 11.

Na etapa final, o Brasil manteve o ritmo forte, mesmo quando o treinador optou por mexer no time e usar bastante as jogadoras reservas. Fernanda e Deonise mantiveram o faro de artilheiras e a equipe disparou no placar. No final, a seleção feminina fez 22 a 11 no segundo tempo e fechou o placar em 40 a 22. A artilheira do duelo foi Fernanda, com oito gols. "É bom poder marcar tantas vezes e saber que fui efetiva no ataque", disse.

No masculino, a seleção de handebol também vai buscar sua vaga na final da competição. A equipe encara o Chile nesta quinta-feira, às 14h30 (horário de Brasília) pela semifinal do torneio. No outro lado, Argentina e Uruguai decidem o segundo finalista, em duelo que será realizado às 21h30.

Além de garra, disputa, superação e evolução técnica, grandes eventos esportivos como os Jogos Pan-americanos de Toronto 2015, no Canadá, são uma ótima oportunidade para a torcida presente apreciar de perto toda a simpatia e beleza das atletas enquanto defendem seus países. Confira as fotos.

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Pela segunda vez na carreira Ana Cláudia Lemos teve que olhar para a marcação da velocidade do vento para descobrir se, enfim, quebraria a barreira dos 11 segundos nos 100 metros. Mas novamente a brisa ajudou demais. Nesta terça-feira, na fase eliminatória dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, a brasileira correu a distância em 10s96, avançou à semifinal, mas a marca não poderá ser homologada como recorde sul-americano.

Isso porque, no momento da largada, o vento no Estádio da Universidade de York era de 4,0 m/s, a favor, bem acima do limite de 2,0 m/s para a homologação. Isso já havia acontecido em 2013, em uma competição regional em Campinas.

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"Venho treinando bem para correr abaixo dos 11s. Corri com vento, mas as coisas vão sair, é ter tranquilidade. Não adianta ficar se cobrando, é ter paciência, esperar e, quando se trabalha duro, as coisas chegam", afirma.

De qualquer forma, ficam boas expectativas para a semifinal e a final do Pan, nesta terça à noite. Ana Cláudia fez o segundo melhor tempo das eliminatórias, atrás apenas da norte-americana Barbara Pierre, que bateu o recorde da competição com 10s92. Rosângela Santos fez 11s08 na eliminatória (vento positivo de 1,6 m/s) e se aproximou do seu recorde pessoal: 11s04.

No masculino, entretanto, os brasileiros fizeram feio. Vitor Hugo dos Santos, de apenas 19 anos, tropeçou nas próprias pernas na segunda passada logo após a largada e terminou com 10s31, fora da semifinal.

"Bati meu pé esquerdo no direito e me desequilibrei. Não foi nervosismo, foi uma falha que nunca aconteceu comigo. Estava bem concentrado, não sei explicar o que aconteceu. Foi uma falha grande, que não dá para recuperar em uma prova que está bem forte", lamenta.

Já o veterano José Carlos Moreira, o Codó, de 31 anos, queimou largada na terceira bateria e foi eliminado. "Me desconcentrei, não estava à vontade no bloco. Segurou um pouco o tiro e, infelizmente, saí antes. Agora é dar continuidade, não baixar a cabeça. Hoje foi uma fatalidade", justifica.

Líder do ranking mundial na categoria juvenil há dois anos, Higor Alves começou bem sua primeira participação no Pan. Depois de falhar nas duas primeiras tentativas no salto em distância, acertou a terceira e, com 7,86m, avançou à final, que será à noite. Com 7,51m, Alexsandro de Melo, de apenas 19 anos, acabou eliminado

Nos 400m com barreiras, Jailma de Lima não conseguiu repetir o desempenho da irmã Jucilene, bronze no dardo, e ficou fora da final dos 400m com barreiras. Inscrita na prova após a CBAt entrar com recurso, a brasileira, que sequer tinha índice, terminou em sexto na sua bateria, com 58s72.

O técnico Ruben Magnano lamentou na segunda-feira, véspera da estreia da seleção masculina de basquete nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, que os amistosos de preparação tivessem sido "de nível técnico inferior", à exceção de um jogo contra o México. Mesmo assim, os 40 dias de preparação em São Paulo parecem ter sido bem aproveitados. Nesta terça, o time encarou a seleção de Porto Rico pela primeira rodada do torneio e venceu por incontestáveis 33 pontos de diferença. O placar final apontou 92 a 59. Rafael Hettsheimeir, com 19 pontos, foi o cestinha.

A vitória brasileira foi construída na primeira metade do jogo, quando o time deixou a quadra com uma vantagem incrível de 43 pontos. E ela foi conquistada basicamente por meio de cestas de três: os arremessos de fora do perímetro somaram 42 pontos. Hettsheimeir, atleta do Bauru, marcou 12 dessa forma antes do intervalo.

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O time brasileiro começou avassalador. A estratégia foi muito simples: com o time de Porto Rico quase todo dentro do perímetro, o jeito foi arriscar os arremessos de três pontos. O aproveitamento foi impressionante: a seleção fechou o primeiro quarto vencendo por 31 a 6, sendo que 27 pontos foram marcados em arremessos de três.

Os porto-riquenhos mudaram um pouco a maneira de atuar no segundo quarto. A marcação, não raro, agora era feita do lado de fora do perímetro para dificultar os arremessos do Brasil. Mas a preocupação era tanta em marcar quem estivesse com a bola que, invariavelmente, sobrava outro atleta brasileiro livre. Assim, as cestas de três diminuíram, mas não cessaram: foram cinco no total, o que ajudou o Brasil a fechar o primeiro tempo de partida em 60 a 17.

Com um time bem modificado, o Brasil começou mal o terceiro quarto de jogo. Não marcou nenhum ponto nos primeiros três minutos e, frouxo na marcação, permitiu sete pontos de Porto Rico. Ruben Magnano, então, recolocou em quadra a equipe que jogara a maior parte do primeiro tempo, com Larry Taylor, Benite e Hettsheimeir. A seleção brasileira voltou para o jogo, mas o rendimento no quarto já estava comprometido. O time marcou apenas 19 pontos, contra 25 dos porto-riquenhos.

O último quarto de jogo foi o mais equilibrado. Com a vitória garantida, o Brasil fez um jogo de marcação forte e investidas seguras. Marcou 13 pontos, quatro a menos que o adversário, e fechou a partida em 92 a 59.

A seleção brasileira volta à quadra nesta quarta-feira. O time encara a Venezuela a partir das 14h30 pelo horário de Brasília.

Primeira brasileira a competir no Estádio da Universidade de York, Jucilene Sales de Lima é uma das favoritas a subir ao pódio nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Dentre as 10 inscritas, é a que tem a terceira melhor marca no ano no lançamento do dardo. Será a responsável por apresentar ao continente o novo momento do atletismo brasileiro, cada vez mais eclético. A vésperas de receber uma Olimpíada, o Brasil briga por pódio numa variedade maior de provas.

Nas disputas de campo (lançamentos e arremessos), o País ganhou apenas uma medalha em Guadalajara (2011), duas no Rio (2007). Em Toronto, pode igualar essa marca em questão de horas, apesar de Canadá e EUA terem enviado ao Pan delegações mais fortes do que o usual. Na prova de Jucilene estão a terceira e a sétima melhores do mundo - a americana Kara Winger e a canadense Elizabeth Gleadle.

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O mesmo vale para o arremesso de peso masculino. Darlan Romani bateu o recorde brasileiro este ano e compete nesta terça-feira como forte candidato à medalha. Os EUA não enviaram seus melhores atletas, mas serão representados pelo 13.º e pelo 15.º melhores do ranking da temporada - o brasileiro está no meio deles.

A meta é bater o recorde histórico de medalhas em Jogos Pan-Americanos: 23, resultado obtido tanto em Guadalajara quanto no Rio. A conta já começa em três, porque o País foi ao pódio nas três provas de corrida de rua realizadas no fim de semana: prata na maratona (com Adriana Aparecida) e na marcha 20km femininas (Erica de Sena) e bronze na marcha 20km masculina (Caio Sena Bonfim). Erica foi a primeira brasileira a 'medalhar' na história da marcha. Caio quebrou um jejum de 24 anos.

A evolução apresentada nos últimos quatro ou oito anos, entretanto, não necessariamente terá reflexo no quadro de medalhas. Competindo em casa, o Canadá está com a delegação mais forte que já levou a um Pan e deve multiplicar em progressão geométrica as quatro medalhas que ganhou em Guadalajara.

No salto com vara masculino, outra prova que será realizada nesta terça-feira, Shawnacy Barber é o quarto melhor do mundo e deve disputar o ouro com o brasileiro Thiago Braz, o terceiro. Ambos já passaram 5,90m este ano e são exemplo de quão forte está o nível do atletismo do Pan. No Rio, o campeão saltou 5,40m.

Também é verdade, entretanto, que EUA e Jamaica seguem encarando o Pan de uma forma completamente diferente do restante do continente. O exemplo vem do salto triplo. Pedro Pablo Pichardo e Christian Taylor são os dois grandes rivais da temporada do atletismo, com quatro das seis melhores marcas de todos os tempos no salto triplo. O cubano vai a Toronto. O norte-americano, não.

Na prova mais nobre do atletismo, entretanto, o nível promete ser baixo. Dos 19 atletas do continente que correram abaixo de 10s00 no ano, só dois estarão no Pan: o canadense Andre de Grasse (9s95) e o americano Beejay Lee (9s99). De qualquer forma, nunca ninguém quebrou o barreira dos 10s no Pan. A primeira vez pode ser nesta terça-feira.

A seleção brasileira feminina de basquete voltou a perder e ficou sem medalha nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. No fim da tarde desta segunda-feira (20), o time do técnico Luiz Zanon levou 66 a 62 de Cuba na disputa pelo bronze. Assim, o Brasil encerrou sua participação na competição com três derrotas em cinco jogos.

Desde que Paula e Hortência surgiram para o basquete, esta é só a segunda vez que o Brasil fica fora do pódio do Pan. A outra ocasião havia sido em 1999, exatamente na primeira edição do evento depois da aposentadoria da Magic e da Rainha do Basquete.

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Bem diferente da semifinal, quando foi dominado do início ao fim pelo Canadá, o Brasil fez uma partida franca diante das cubanas. Melhorou a marcação em relação a domingo e foi mais objetivo no ataque. No primeiro quarto, o time saiu atrás no placar e ficou em desvantagem até o último minuto, quando finalmente virou em 16 a 14.

A seleção, porém, deu uma decaída no segundo quarto da partida. Voltou a cometer erros de marcação e cedeu muito espaço para Clenia Noblet, ala-pivô de pouca movimentação, mas muito precisa nos arremessos. Ao mesmo tempo, o Brasil voltou a cadenciar demais o jogo e a insistir na troca de passes no entorno do garrafão. O resultado disso foi a virada cubana, que chegou à metade do jogo vencendo por 37 a 32.

O terceiro quarto de jogo também começou ruim para o Brasil. Nervoso, o time errava passes e arremessos fáceis. Mas aos poucos a equipe foi se reencontrando, graças sobretudo à armação de Tássia e Tainá Paixão. Assim, a seleção fechou perdendo por apenas um ponto (49 a 48) e deixou a disputa da medalha em aberto.

No último e decisivo quarto, a partida voltou a ser franca. Com Tainá, Tássia e Isabela Ramona abrindo espaços, e Kelly Santos e Karina Jacob dificultando a marcação das adversárias, o time brasileiro seguiu vivo. Mas, ao mesmo tempo em que buscava a penetração no ataque, cedia generosos espaços para o contragolpe cubano, que foi ampliando a vantagem. No último minuto, o Brasil ainda conseguiu diminuir uma vantagem de seis pontos, mas insuficiente para evitar a derrota.

Após duas medalhas de ouro, a equipe brasileira de ginástica rítmica não confirmou o favoritismo e teve de se contentar com a prata nas cinco maças e dois arcos nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Nesta segunda-feira, o desempenho do conjunto ficou abaixo do esperado na coreografia que mistura samba, rebolado e gingado brasileiro em meio às acrobacias.

Ana Paula Ribeiro, Beatriz Pomini, Dayane Amaral, Emanuelle Lima e Jéssica Maier apresentaram essa mesma série pela segunda vez na competição. Na prova geral por equipes, no sábado, elas haviam obtido 15,433 como nota pela performance da série e cravado a melhor nota do dia. No entanto, as brasileiras falharam em alguns movimentos nesta segunda e não conseguiram repetir a dose, somando 14,692. Melhor para as ginastas dos Estados Unidos, que evoluíram e "roubaram" o ouro (14,983). O bronze terminou nas mãos do Canadá (13,709).

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Ao total, o Brasil fechou a disputa por equipes do Pan de Toronto com três medalhas - duas de ouro (cinco fitas e o pentacampeonato no geral) e uma prata (seis maças e dois arcos). A coreografia embalada por músicas nacionais ("Mas que Nada", "Tico-Tico no Fubá", "Brasileirinho" e até o batuque do Olodum) está nos planos do conjunto para os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

É importante ressaltar que, diferentemente de praticamente todas as demais modalidades, a ginástica rítmica ainda não adaptou seu programa pan-americano ao olímpico. Por isso, distribui medalhas por aparelhos no Pan. Na Olimpíada, só é premiada a disputa em que se somam os resultados dos dois aparelhos do conjunto. No individual, a soma das notas dos quatro aparelhos.

Depois de 20 anos, o Brasil voltou ao pódio na disputa individual do hipismo CCE neste domingo. E o responsável pelo feito foi o cavaleiro Ruy Fonseca. Veterano da equipe aos 42 anos, ele chegou à última etapa do Conjunto Completo de Equitação na liderança e como favorito ao ouro. Mas o conjunto com Tom Bombadill Too cometeu uma falta na apresentação no salto, perdeu quatro pontos, e caiu para o quarto lugar. Por equipes, o Brasil foi prata.

Ruy havia ficado na liderança na prova de adestramento, sexta, com 38,90 pontos perdidos, e manteve-se na ponta depois de zerar o cross-country, no sábado. Neste domingo, foi o último a se apresentar e podia perder até um ponto para ficar com o título. A falha, entretanto, fez o brasileiro terminar com 42,90 pontos perdidos, em terceiro.

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O ouro foi para a norte-americana Mariliyn Little, com 40,30 pontos perdidos, seguida da canadense Jessica Phoenix, campeã em Guadalajara, que teve 42,10 pontos perdidos. Carlos Parro, com Caulcourt Landline, zerou a apresentação na prova de saltos e terminou em sexto, com 45,60 pontos perdidos.

Todos os quatro brasileiros no CCE terminaram entre os 11 primeiros, algo que em Guadalajara (2011), só um atleta, em nono, havia alcançado. Assim, o Brasil ficou em segundo por equipes, com 140,70 pontos, contra 133,00 dos EUA. O Canadá, com 163,00, levou o bronze.

Desde 1999 o Brasil não faturava a prata no CEE - acostumou-se com o bronze desde então. Já na prova individual a última medalha foi obtida no Pan de 1995. Em Toronto, o País já havia ganhado o bronze no adestramento por equipes. Como dono da casa, o Brasil tem vaga garantida em toda as disputas olímpicas do hipismo.

Modalidade olímpica desde 1972, a canoagem slalom só estreia no programa dos Jogos Pan-Americanos em Toronto. E, até aqui, os Brasil está com 100% de aproveitamento. Neste domingo já foram realizadas três finais e o País garantiu três medalhas, uma de cada cor. O único ouro, entretanto, veio na única prova não-olímpica da competição, o C1 feminino, com Ana Sátila, de 19 anos.

"Fiquei impressionada com a pista, que era muito rápida. É diferente de uma corredeira artificial. Mas estou muito feliz com a vitória", disse Ana, mais jovem atleta da delegação brasileira que foi aos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, considerando todas as modalidades.

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A competição está sendo disputada em Minden, uma cidade a quase 200 quilômetros de Toronto, em uma reserva natural. "Uma pista artificial é preparada para ter ajudar e te atrapalhar. Mas a corredeira natural atrapalha muito mais. Tem de usar muito o braço", continua a jovem.

Nos Jogos Olímpicos, são disputadas quatro provas da canoagem slalom, sendo três masculinas: o K1, o C1 e o C2 masculino ('K' representa caiaque e o 'C' significa canoa, enquanto o numeral indica o número de atletas na embarcação). No feminino, entretanto, só o K1 é olímpico. Ana Sátila também é favorita à medalha de ouro nesta prova, logo mais.

Na prova masculina de K1, Pedro Henrique Gonçalves, o Pepê, ficou com a prata por muito pouco. Ele foi o mais rápido na descida do rio, tendo percorrido o trecho em 87s02 (na canoagem slalom, o tempo é contado em segundos). Mas a arbitragem entendeu que ele tocou em uma das portas, o que causa penalização de dois segundos.

A delegação brasileira protestou do resultado, mas perdeu no julgamento. "Tenho certeza que fiz de tudo para trazer a medalha. Mas tenho de estar feliz com o resultado", comentou o atleta, de 22 anos, que também esteve nos Jogos Olímpicos. Ele foi superado pelo norte-americano Michael Smolen, que além do ouro comemorou a vaga no Rio-2016. Ben Hayward ganhou o bronze para o Canadá.

No C1 masculino, Felipe Borges, ficou com o bronze ao chegar atrás do norte-americano Casey Eichfeld (ouro) e do canadense Cameron Smedley (prata). "Eu consegui fazer uma descida melhor do que vinha fazendo e acabei em terceiro. Estou feliz", afirmou o brasileiro, bronze no Mundial Sub-23 deste ano, em Foz do Iguaçu.

O Brasil, como país sede, está garantido nas quatro provas olímpicas dos Jogos do Rio e só precisa definir quais serão os representantes em cada disputa.

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Enquanto os Estados Unidos dominam as finais individuais, o Brasil brilha nas provas de conjunto da ginástica rítmica nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Depois do pentacampeonato no geral, as brasileiras confirmaram o favoritismo e ganharam a medalha de ouro, neste domingo, na primeira da duas finais não olímpicas, a de cinco fitas.

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É importante ressaltar que diferente de praticamente todas as demais modalidades, a ginástica rítmica ainda não adaptou seu programa pan-americano ao olímpico. Por isso, distribui medalhas por aparelhos no Pan. Na Olimpíada, só é premiada a disputa em que se somam os resultados dos dois aparelhos do conjunto. No individual, a soma das notas dos quatro aparelhos.

"A gente veio buscar acertar nossa série, o resultado é consequência", afirma Dayane Amaral, que ao lado de Ana Paula Ribeiro, Beatriz Pomini, Dayane Amaral, Emanuelle Lima e Morgana Gmash subiu ao lugar mais alto do pódio, com a nota 15,000 na apresentação ao som da música "Still Loving You", da banda Scorpions. Sem falhas graves, as brasileiras não foram ameaçadas pelas norte-americanas (13,283) e nem pelas canadenses (12,817), que levaram prata e bronze.

Dayane também esteve presente no Pan de Guadalajara, em 2011, e acredita que isso tem sido importante para o grupo, especialmente depois da perda da capitã Débora Falda, lesionada. "Era tudo muito novo lá. Agora vim com um peso maior, a experiência me deu mais tranquilidade para ajudar as meninas porque eu já participei", diz.

Nesta terça-feira, a equipe deve ganhar mais uma medalha de ouro no Toronto Coliseu. Na final das seis maças e dos dois arcos, as brasileiras repetirão a coreografia apresentada no sábado, com um mix de músicas nacionais ("Mas que Nada", "Tico-Tico no Fubá", "Olodum" e "Brasileirinho"). A performance com tema nacional é a preferida de Dayane.

"A série de arco e maça é mais dançada, mais brasileira e levanta o público. É uma energia diferente. Na fita, além de ser o aparelho mais difícil da ginástica, a gente fica um pouco mais tensa. Dá para se soltar mais amanhã (segunda)", conta.

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