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Dez dias após um adolescente americano ser golpeado até a morte por seus pais e vários membros de uma seita no estado de Nova York, o testemunho do irmão da vítima trouxe algumas respostas para o crime bárbaro.

Lucas Leonard, de 19 anos, morreu em decorrência dos golpes que recebeu durante duas horas na noite de 11 de outubro. Foram presos seus pais, sua meia-irmã e outros três membros da "World Christian Church", uma pequena seita instalada em uma antiga escola de New Hartford, cidade de 22.000 habitantes e 400 Km ao noroeste de Nova York.

Seu irmão de 17 anos, Christopher, que também foi espancado e que precisou ser hospitalizado, relatou na quarta-feira ante a justiça como foi golpeado com um fio elétrico. Com um tom de voz quase inaudível, ele contou que o pastor pediu que os irmãos permanecessem no local depois de um longo culto.

Seus pais, Bruce e Deborah Leonard, de 65 e 59 anos, e sua meia irmã Sarah Ferguson - mãe de quatro filhos - estavam presentes, assim como outros três membros da seita. Os pais foram acusados de homicídio e as outras quatro pessoas de agressão. Todos se declararam inocentes.

O castigo, segundo a testemunha, ocorreu porque os irmãos se recusaram a responder as perguntas sobre o que "haviam feito". O jovem não deu detalhes sobre o que eram reprovados. O chefe da polícia de New Hartford, Michael Inserra, declarou na semana passada que Lucas havia sido morto porque tinha expressado seu desejo de abandonar a seita.

A cidade está de luto por este episódio e várias vozes se levantaram pedindo o desmantelamento desta "igreja" criada na década de 1960.

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