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O Kashima Antlers anunciou nesta quarta-feira a demissão do técnico Antônio Carlos Zago, ex-Red Bull Bragantino. O treinador não suportou a sequência negativa da equipe no Campeonato Japonês e voltará ao Brasil para aproveitar o tempo com a família e dar sequência na carreira.

Na temporada atual, Antônio Carlos Zago somou 23 vitórias, sete empates e 18 derrotas em 48 partidas à frente do clube que tem Zico como diretor técnico. No Campeonato Japonês, o Kashima Antlers tem até o momento apenas oito pontos, na 15.ª colocação. O primeiro time dentro da zona de rebaixamento é o Oita, com cinco.

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Em comunicado oficial publicado no site do clube, o Kashima Antlers anunciou o fim da passagem de Antônio Carlos Zago pela equipe. "Hoje (quarta-feira) temos o prazer de informar que decidimos cancelar o contrato com Zago após julgar exaustivamente os resultados desta temporada", publicou a direção do time japonês.

Ex-zagueiro de Palmeiras, São Paulo, Santos e seleção brasileira, Antônio Carlos Zago tem 51 anos e começou a carreira de treinador no São Caetano. Passou ainda por Palmeiras, Barueri-SP, Mogi Mirim-SP, Vila Nova, Audax-SP, Juventude, Internacional e Fortaleza, até chegar no Red Bull Brasil-SP.

Com a compra da empresa de bebida energética do Bragantino, Antônio Carlos Zago ficou à frente do planejamento que levou o clube, rebatizado de Red Bull Bragantino, à elite do futebol nacional. O bom trabalho em 2019 o levou para o futebol japonês, onde não teve o mesmo sucesso e acabou sendo demitido.

A expectativa agora é que volte ao futebol brasileiro. Com Antônio Carlos Zago livre no mercado, muitos clubes devem iniciar contato com o treinador, dentre eles, o Sport, que já consultou Luiz Felipe Scolari e Umberto Louzer para a vaga de Jair Ventura, demitido há alguns dias.

Apesar de ter sido anunciado oficialmente como novo treinador do Kashima Antlers, Antônio Carlos Zago tem uma pendência com o Red Bull Bragantino. A equipe de Bragança publicou uma nota nesta quinta-feira (2) afirmando que ele tem contrato válido com o clube até 2021.

"Para a nossa surpresa, porém, recebemos o anúncio oficial do Kashima Antlers, em suas mídias sociais, de Zago como novo contratado do clube, com frases ditas pelo próprio técnico. Entendemos tal ato como um pedido público de demissão por parte do treinador", diz parte do comunicado do clube.

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Por conta disso, o clube afirma que vai adotar 'todas as medidas necessárias para que as cláusulas rescisórias do contrato sejam cumpridas'. Ainda na nota, o Red Bull Bragantino lembrou que a renovação foi assinada após a equipe garantir o acesso a Série A sob comando do treinador.

Antônio Carlos Zago foi anunciado oficialmente, nesta quinta-feira, como novo treinador do Kashima Antlers, time japonês que tem Zico como diretor técnico.

Aos 50 anos, Antônio Carlos fez um belo trabalho no Bragantino na temporada de 2019, ao conquistar o título do Campeonato Brasileiro da Série B. Ele tinha contrato com o time de Bragança Paulista até o fim de 2021 para dirigir a equipe no Campeonato Paulista, na Série A do Brasileiro e na Copa do Brasil.

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"Estou feliz em retornar ao Japão. A J-League é muito competitiva e a história que Antlers construiu é invejável. Sinto que estou de volta a um país maravilhoso, e é uma grande honra trabalhar em um clube como esse, especialmente com meu ídolo Zico. Trabalhar com ele é uma coisa especial, um desafio muito importante na minha carreira", afirmou o treinador, que tem uma reunião com a direção do Bragantino nesta sexta-feira para acertar a rescisão do contrato.

O alto valor do salário e a influência de Zico pesaram na decisão do treinador de partir para o Japão. Ele assinará um contrato de dois anos.

Antônio Carlos fez história no Bragantino ao levar o clube para a Série A do Campeonato Brasileiro, após a aquisição do Red Bull. Se não bastasse o acesso, o time de Bragança Paulista chegou ao tão sonhado título da Série B, com números surpreendentes.

Em 38 jogos, o Bragantino somou 75 pontos, com 22 vitórias, nove empates e sete derrotas. Foi o melhor ataque com 64 gols e a defesa menos vazada com 27. O Sport, segundo colocado, ficou com 68 pontos.

Zagueiro com passagem pela seleção brasileira, Palmeiras, São Paulo, Corinthians, Santos, Roma Besiktas e Juventude, Antônio Carlos iniciou a carreira como treinador no São Caetano e não demorou para ter uma chance no time de Palestra Itália. No entanto, não conseguiu aproveitar a oportunidade e rodou por clubes como Grêmio Barueri, Mogi Mirim, Vila Nova, Audax, Juventude, até chegar no Red Bull Brasil.

No clube da empresa austríaca de bebidas energéticas, Zago voltou a se destacar, mas foi brilhar mesmo quando assumiu o Bragantino, com a dura missão de levar o clube à elite do futebol nacional. Acabou conquistando o objetivo e chamando atenção de vários clubes do futebol brasileiro. Mas optou por seguir carreira no Japão.

No clube japonês, Zago assume o trabalho deixado pelo técnico Go Oiwa, que, entre idas e vindas, estava no Kashima desde 2011. Começou como auxiliar técnico até chegar na equipe principal.

No dia 1.º, o Kashima Antlers perdeu para o Vissel Kobe, por 2 a 0, na decisão da Copa do Imperador.

O Vissel Kobe conquistou o primeiro título do futebol mundial em 2020, ao vencer o Kashima Antlers, nesta quarta-feira (1°), em Tóquio, por 2 a 0, e se sagrar campeão da Copa do Imperador. A equipe japonesa conta com os espanhóis Andres Iniesta e David Villa, além do alemão Lukas Podolski.

O Vissel Kobe ganha a Copa do Imperador pela primeira vez, após 99 edições. Nesta temporada, 88 clubes participaram da competição. O Kashima, que tem Zico como diretor técnico, soma cinco taças, a última conquistada em 2016. Tem quatro brasileiros: o atacante Leandro (ex-Palmeiras, Santos e Grêmio), o volante Léo Silva (ex-Cruzeiro), o meia Serginho (ex-Santos) e o zagueiro Bueno.

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O jogo marcou a aposentadoria de David Villa, de 37 anos, que teve carreira de destaque no Barcelona, Atlético de Madrid e seleção espanhola, na qual foi campeão mundial e da Europa.

Disputado em alta velocidade, o jogo foi equilibrado e as duas equipes tiveram boas oportunidades para marcar. Mas o primeiro gol no Novo Estádio Nacional de Tóquio, que receberá a abertura dos Jogos Olímpicos em 24 de julho, foi contra.

Aos 18 minutos de jogo, após cruzamento da esquerda, o goleiro sul-coreano Sun Tae Keon rebateu mal a bola em cima do zagueiro Inukai.

Com vantagem no placar, o Vissel Kobe foi ainda mais perigoso no contra-ataque. Em uma escapada pela direita, Daigo Nishi cruzou, a bola mais vez resvalou na zaga e Fujimoto desviou levemente para fazer o segundo gol.

Mesmo com sete modificações em relação ao time titular que foi eliminado pelo surpreendente Al Ain nas semifinais, o River Plate confirmou o seu favoritismo ao golear o Kashima Antlers, do Japão, por 4 a 0, neste sábado (22), em Abu Dabi, e garantir a terceira posição do Mundial de Clubes da Fifa.

O triunfo, consumado com gols de Zuculini, Pity Martínez (duas vezes) e Borré, foi um consolo para os atuais campeões da Copa Libertadores, que na última terça-feira empataram por 2 a 2 com os anfitriões da competição realizada nos Emirados Árabes Unidos e acabaram sendo eliminados na disputa por pênaltis.

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Já o Kashima havia sido superada pelo Real Madrid na outra semifinal, na quarta-feira, por 3 a 1, e assim fechou a sua campanha em quarto lugar e sem conseguir repetir o feito dos também japoneses Urawa Red Diamonds, Gamba Osaka e Sanfrecce Hiroshima, que conquistaram a terceira posição do Mundial sob chancela da Fifa nas respectivas edições de 2007, 2008 e 2015 do torneio. O Kashima, entretanto, fez história em 2016 com um surpreendente vice-campeonato, só caindo na decisão diante do mesmo Real Madrid.

Para o River, a vitória deste sábado também foi um fim digno de campanha para a sua torcida, que compareceu em ótimo número Zayed Sports City Stadium, que às 14h30 (de Brasília) deste sábado terá a decisão do título entre Real e Al Ain.

Agora, resta ao time também comemorar no Monumental de Núñez o título da Libertadores na grande festa que está marcada para acontecer neste domingo no estádio do clube. Será a primeira oportunidade da equipe de comemorar o título em solo argentino, pois o confronto de volta da final da Libertadores foi realizado em Madri depois dos adiamentos provocados pelos ataques ao ônibus do Boca poucas horas antes da partida que seria realizada no Monumental de Núñez.

O JOGO - Um dia antes da partida deste sábado, o técnico Marcelo Gallardo disse que ele e seus jogadores "não viam a hora de voltar para Buenos Aires". E o clima de "fim de feira" para a equipe argentina ficou claro com o fato de que o treinador escalou o seu time com uma formação repleta de jogadores considerados reservas.

Já o Kashima, com uma motivação maior para buscar a terceira posição, tratou de ir buscar a vitória desde o início e por muito pouco não abriu o placar aos 10 minutos. Após escanteio batido pela direita e uma bola desviada de cabeça, Seung-Hyun recebeu na pequena área e desviou para a bola bater na trave e depois o goleiro Germán Lux evitar o gol ao espalmar a bola na linha de sua meta.

O mesmo Lux voltou a trabalhar em chute do brasileiro Serginho aos 14 minutos e o time japonês chegou a dar a impressão de que poderia surpreender o River, mas logo este cenário mudou de figura. Um minuto depois de Seung-Hyun Jung quase marcar contra após cruzamento da direita, o time argentino abriu o placar no lance ofensivo seguinte. De la Cruz cobrou escanteio da direita e Zuculini subiu para cabecear e ver a bola tocar na trave e entrar no gol japonês, aos 23 minutos.

O gol foi tomado por Sogahata, que havia acabado de entrar no lugar de Kwoun, que se lesionou em uma divida com Borré no início do confronto. A partir dali, o River quase ampliou aos 25 em chute de Álvarez que exigiu ótima defesa de Sogahata, que voltaria a evitar um gol em cobrança de falta de De La Cruz.

O Kashima, entretanto, era perigoso quando atacava e acertou o travessão em chute de Anzai aos 43 minutos, mas o River segurou para ir ao intervalo em vantagem. E, logo após a pausa, o time voltou para o segundo tempo com as entradas de Ignacio Fernández e Quintero para as saídas de Palacios e Jorge Moreira.

Aos 15 minutos, por sua vez, Borré chegou a marcar após receber passe de Quintero, mas o jogador estava impedido por muito pouco, apenas com o tronco à frente do último defensor do Kashima, e o lance acabou sendo impugnado.

Valente, o Kashima quase empatou o jogo aos 17 minutos com Shoma Doi finalizando cara a cara com Lux e exigindo boa defesa do argentino. Porém, foi só um prenúncio de reação que não se concretizou e que começou a ser transformado em goleada por meio de Pity Martínez, que entrou no lugar de De La Cruz aos 23.

Foi justamente Martínez que completou para as redes uma bela trama do ataque do River, aos 27 minutos, após passe de Álvarez para ampliar para 2 a 0. E aos 33, em um contra-ataque, Borré desperdiçou uma ótima oportunidade de fazer 3 a 0.

Sem sorte, o Kashima voltaria a acertar o travessão por duas vezes, primeiro em chute de Doi, aos 38 minutos, e depois em falta cobrada por Nagai, aos 41. E já aos 42, Borré foi derrubado por Inukai dentro da área e o juiz deu pênalti. O mesmo Borré cobrou para abrir 3 a 0.

Mesmo depois do terceiro gol, o River seguiu pressionando e desperdiçou outras chances, mas a goleada foi garantida graças a uma pintura desenhada por Pity Martínez em Abu Dabi. Ele recebeu a bola pela esquerda, se livrou de dois marcadores e, ao ver o goleiro Sogahata adiantado, deu um lindo toque de cobertura para fazer um golaço e decretar o 4 a 0, nos acréscimos, aos 47 minutos.

FICHA TÉCNICA

KASHIMA ANTLERS 0 x 4 RIVER PLATE

KASHIMA ANTLERS - Kwoun (Sogahata); Uchida (Ogasawara), Seung-Hyeon Jung, Inukai e Anzai; Leo Silva, Endo (Nishi) e Hiroaki Abe; Serginho e Shoma Doi. Técnico: Go Oiwa.

RIVER PLATE - Germán Lux; Moreira (Quintero), Martínez Quarta, Pinola e Casco; Zuculini, De La Cruz (Pity Martínez), Camilo Mayada e Palacios (Ignacio Fernández); Julián Álvarez e Santos Borré. Técnico: Marcelo Gallardo.

GOLS - Zuculini, aos 23 minutos do primeiro tempo; Pity Martínez, aos 27 e aos 47, e Borré, aos 42 do segundo.

ÁRBITRO - Gianluca Rocchi (Fifa/Itália).

CARTÕES AMARELOS - Inukai e Abe (Kashima Antlers); Casco, Martínez Quarta e Pinola (River Plate).

ÁRBITRO - Gianluca Rocchi (Fifa/Itália).

PÚBLICO E RENDA - Não disponíveis.

LOCAL - Zayed Sports City Stadium, em Abu Dabi (Emirados Árabes Unidos).

Uma partida que ninguém gostaria de jogar, mas que virou a realidade para River Plate e Kashima Antlers no Mundial de Clubes da Fifa. Derrotados nas semifinais, os times da Argentina e do Japão, respectivamente, têm de encarar a disputa pelo terceiro lugar da competição realizada neste ano nos Emirados Árabes Unidos. O duelo, neste sábado (22), será às 11h30 (de Brasília), no Zayed Sports City Stadium, em Abu Dabi.

A eliminação na semifinal, sofrida diante do azarão Al Ain na última terça-feira, ainda dói para o River Plate. Isso ficou claro na entrevista coletiva que o técnico Marcelo Gallardo concedeu nesta sexta-feira. Embora o foco seja buscar uma vitória como um consolo, o treinador e os seus jogadores já estão ansiosos pela festa que ocorrerá neste domingo, no estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, que será aberto para os torcedores comemorarem o título da Copa Libertadores, obtido em uma final histórica contra o arquirrival Boca Juniors.

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"Já não vemos a hora de voltar a Buenos Aires, desfrutar do que conseguimos, que foi incrível, e tirarmos umas curtas férias para descansar e pensar em 2019", afirmou o comandante, que em seguida lembrou que ele e o time ainda não puderam celebrar, na Argentina, o título continental, pois o confronto de volta da decisão contra o Boca Juniors foi realizada em Madri, de onde a equipe viajou direto para os Emirados Árabes Unidos.

"Não pudemos medir a alegria e a felicidade para o nosso povo e os nossos torcedores. O que nos chegou do que havia sido a Argentina no dia da conquista da Libertadores foi muito forte e ainda não vivemos isso. Nós vamos viver no domingo quando chegarmos", reforçou o treinador.

O comandante argentino destacou que o Kashima Antlers já esteve presente em outras edições do Mundial, do qual chegou a ser vice-campeão em 2016 ao perder para o Real Madrid na decisão. "Sabemos que é um time com experiência nesta competição, não é a primeira vez que a disputa. Há dois anos fez um grande jogo contra o rival contra o qual jogou há dois dias. Os times japoneses cresceram muito. O futebol japonês evoluiu e tem o meu respeito", ressaltou.

MOTIVADOS - A derrota na semifinal para o Real Madrid por 3 a 1, na última quarta-feira, não estava nos planos, mas os jogadores do Kashima Antlers garantem que estão motivados para buscar o terceiro lugar. É o que garante o zagueiro brasileiro Leo Silva, de 32 anos, um dos destaques da equipe japonesa.

"Nós ainda podemos conseguir alguma coisa especial, tem um bom encerramento", disse o defensor em entrevista ao site oficial da Fifa. "Penso que o time merece terminar em terceiro lugar e é isso que estamos dispostos a fazer", completou.

No reencontro entre os dois finalistas do Mundial de Clubes de 2016, o Real Madrid voltou a levar a melhor sobre o Kashima Antlers. Desta vez sem o sofrimento da vitória por 4 a 2 que lhe garantiu o título em confronto definido apenas na prorrogação, o time espanhol contou com uma atuação de gala de Gareth Bale para bater a equipe japonesa por 3 a 1, nesta quarta-feira, no Zayed Sports City Stadium, em Abu Dabi, e avançar pelo terceiro ano consecutivo à decisão da competição organizada pela Fifa.

Na final do Mundial, marcada para começar às 14h30 (de Brasília) deste sábado nos Emirados Árabes Unidos, o Real terá pela frente o surpreendente Al Ain, representante do país-sede, que na última terça-feira eliminou o River Plate nos pênaltis, após empate por 2 a 2 no tempo normal e na prorrogação, na outra semifinal.

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Vencedor das últimas duas edições do Mundial, no qual passou pelo Grêmio na decisão do ano passado, o Real buscará assim um tricampeonato consecutivo no final de semana, sendo que também ficou com a taça da competição chancelada pela Fifa em 2014, quando venceu o San Lorenzo, da Argentina, na luta pelo título.

Já o Kashima jogará a decisão do terceiro lugar contra o River, também neste sábado, às 11h30 (de Brasília), com o objetivo de repetir o feito de outros três times japoneses que terminaram o Mundial no último lugar do pódio: o Urawa Red Diamonds, em 2007, o Gamba Osaka, em 2008, e o Sanfrecce Hiroshima, em 2015. Vale lembrar, porém, que o vice-campeonato obtido em 2016 pelo Kashima é o melhor resultado do Japão na história do torneio.

O JOGO - Determinado a aprontar a segunda surpresa das semifinais do Mundial depois de o Al Ain eliminar o River, o Kashima tratou de ir para cima do Real desde o início. E, em apenas dois minutos, o atacante brasileiro Serginho obrigou Courtois a fazer difícil defesa após chute cruzado e Shoji, com liberdade na pequena área, desperdiçou grande chance de marcar ao desviar de cabeça para fora um escanteio batido pela direita.

Aos olhos de Zico, ídolo histórico do clube e hoje diretor técnico do Kashima, o atacante Serginho continuava sendo o mais perigoso do ataque do time japonês e voltaria a assustar Courtois após ser lançado e finalizar por cima do gol.

O Real, que apostava principalmente nas investidas do veloz Bale pelo lado esquerdo do ataque, sofria para criar boas chances ofensivas. Benzema, em chute defendido em dois tempos por Kwoun, foi o primeiro a testar o goleiro japonês, aos 10 minutos.

Dezenove minutos mais tarde, em uma rápida troca de passes entre Lucas Vázquez e Modric, o croata tocou de calcanhar para Kroos bater de primeira de fora da área. Kwoun, porém, defendeu com tranquilidade. Pouco depois, aos 32, Bale cruzou com precisão para Benzema na entrada da área, mas o francês cabeceou para fora.

O Real tinha mais volume de jogo, mas atuava de forma previsível e travava na forte marcação do time japonês, que controlava bem o ímpeto dos favoritos. Mas o que se desenhava como um 0 a 0, pelo menos até o intervalo, mudou de figura aos 43 minutos, graças a dois dos mais talentosos craques do Real.

Jogador mais efetivo do ataque merengue, Bale recebeu de Modric pelo lado esquerdo e tocou para Marcelo. O brasileiro deu lindo passe de primeira de volta para o galês, que ficou na cara do gol e chutou cruzado para a bola bater na trave esquerda de Kwoun e entrar.

Na etapa final, o Real tomou conta do jogo e Bale seguiu infernizando a defesa japonesa pelo lado esquerdo. No primeiro bom ataque do time espanhol na etapa final, ele invadiu a área pela esquerda e cruzou para Benzema, que finalizou cruzado e só não marcou porque Yamamoto salvou na linha da meta depois de a bola já ter passado pelo goleiro Kwoun.

E a grande diferença técnica entre as duas equipes voltaria a falar mais alto logo em seguida. Em uma lambança coletiva do time japonês, Yamamoto recuou uma bola errado e Bale partiu em velocidade para ficar cara a cara com Kwoun. Jung tentou fazer o corte, mas tocou fraco para o lado e viu o galês aproveitar o vacilo e apenas finalizar para o gol vazio, aos 8 minutos, com o goleiro japonês batido no lance.

A partir daí, o jogo virou um passeio do Real, que marcaria o terceiro gol logo em seguida, aos 10. Depois de cruzamento da direita, Modric furou ao tentar finalizar de primeira, mas a bola sobrou para Marcelo. E o brasileiro, de novo, deu assistência para Bale receber pela esquerda e chutar forte e cruzado para fazer 3 a 0.

Com o show do galês e a vitória praticamente assegurada a partir dali, Santiago Solari resolveu poupar o astro e promover a entrada de Asensio, aos 14 minutos. Já aos 28, porém, o mesmo Asensio, que vinha se recuperando de lesão, precisou sair e deu lugar ao brasileiro Casemiro, outro que retornou após um período de afastamento por contusão.

Lucas Vásquez, que desperdiçou uma ótima chance de ampliar para 4 a 0 após Kroos deixá-lo na cara do gol, também saiu para a entrada de Isco. E, com três substituições, o Real transformou o jogo em um grande "treino de luxo".

Entregue, o Kashima aproveitou o relaxamento do Real para descontar o placar aos 32 minutos, com o atacante Shoma Doi balançando as redes em um chute cruzado. O gol só foi validado pela arbitragem após o juiz brasileiro Wilton Sampaio acionar a arbitragem de vídeo (VAR) para confirmar se Endo, que escorou a bola para Doi marcar, estava em posição de impedimento. O replay mostrou que ele tinha condição legal.

O gol obrigou o Real a voltar a se empenhar para buscar o quarto e matar de vez a partida. Benzema teve ótima chance de marcar aos 40 minutos após passe de Isco, mas voltou a desperdiçar em chute cruzado. Pelo lado do Kashima, o atacante brasileiro Leandro, ex-Grêmio, Palmeiras e Santos, ainda entrou no lugar do volante Endo, mas já era tarde demais para buscar qualquer reação. O baile já havia começado faz tempo.

FICHA TÉCNICA

KASHIMA ANTLERS 1 X 3 REAL MADRID

KASHIMA ANTLERS - Sun-Tae Kwoun; Nishi (Anzai), Seung-Hyeon Jung, Gen Shoji e Shuto Yamamoto; Yasushi Endo (Leandro), Ryota Nagaki (Uchida), Leo Silva e Abe; Serginho e Shoma Doi. Técnico: Go Oiwa.

REAL MADRID - Courtois; Carvajal, Varane, Sergio Ramos e Marcelo; Llorente, Kroos, Modric e Lucas Vázquez (Isco); Gareth Bale (Asensio, depois Casemiro) e Benzema. Técnico: Santiago Solari.

GOLS - Gareth Bale, aos 43 minutos do primeiro tempo, e aos 8 e aos 10 do segundo; Shoma Doi, aos 32 da etapa final.

ÁRBITRO - Wilton Sampaio (BRA).

CARTÕES AMARELOS - Carvajal (Real Madrid); Yamamoto (Kashima Antlers).

PÚBLICO E RENDA - Não disponíveis.

LOCAL - Zayed Sports City Stadium, em Abu Dabi (Emirados Árabes Unidos).

Depois de o Kashima Antlers vencer o Chivas Guadalajara por 3 a 2, de virada, neste sábado (15), em Al Ain, nos Emirados Árabes, e garantir classificação para a semifinal do Mundial de Clubes da Fifa, o técnico do time japonês, Go Oiwa, exibiu confiança ao projetar o duelo diante do Real Madrid, na próxima quarta-feira, às 14h30 (de Brasília)

O treinador acredita que a sua equipe pode surpreender os atuais tricampeões europeus e avançar à decisão da competição. "O Real Madrid é o Real Madrid. Eles são fortes. Mas somos fortes e agressivos. Sim, nós podemos vencer o Real Madrid", disse o comandante, quando questionado em entrevista coletiva sobre a possibilidade de chegar à final.

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Em 2016, o time japonês jogou a final do Mundial justamente contra o Real Madrid, em Yokohama. Na ocasião, o Kashima deu trabalho ao time espanhol, mas foi derrotado por 4 a 2 na partida em que Cristiano Ronaldo, hoje astro da Juventus, marcou três gols.

"Essa experiência nos serviu para os torneios que vieram depois. O de 2016 foi um torneio que teve um grande impacto, poderíamos ter vencido contra o Real Madrid, foi decepcionante, mas agora temos uma nova oportunidade, teremos que jogar contra o Real Madrid com a agressividade e força com que jogamos hoje contra o Guadalajara", ressaltou Oiwa.

Quem também não escondeu o otimismo sobre a possibilidade de vencer o Real foi o meio-campista Shoma Doi, titular do time japonês. "O Real Madrid é um gigante do futebol, é um clube incrível. Suas conquistas no passado mostram o quão grande é o clube... Estamos muito felizes em jogar contra eles novamente. Queremos surpreendê-los e estaremos no nosso melhor", disse Shoma em entrevista ao site da Fifa após o duelo deste sábado.

Cerca de mil mulheres iranianas tiveram seu acesso liberado, no sábado (10) à noite, no estádio onde aconteceu a final da liga de campeões asiática, em Teerã, um fato pouco comum classificado como uma "vitória" por vários jornais reformistas do país.

A incomum presença de torcedores em uma tribuna especialmente reservada para as mulheres no estádio Azadi ("Liberdade", em persa) não foi o suficiente para levar a equipe local - o FC Persépolis - à vitória. Depois de sua derrota por 2-0 no Japão, o time não passou do zero a zero em casa, o que deu o título ao Kashima Antlers.

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"As mulheres ganharam a partida da Liberdade", dizia a manchete do jornal reformista "Etemad".

"Vitória das mulheres iranianas na final asiática", estima o também reformista "Sazandegi". De acordo com este jornal, a maioria das mulheres presente no estádio foi "selecionada minuciosamente" entre as famílias dos jogadores do FC Persépolis, ou entre jogadoras de futebol, ou de futebol de salão.

Desde a vitória da Revolução Islâmica em 1979, as mulheres não têm direito a ir aos estádios no Irã para ver os homens jogarem futebol. A medida é, com frequência, criticada no país.

O presidente iraniano, Hassan Rohani, manifestou em diferentes ocasiões sua vontade de que as mulheres possam entrar nos estádios, mas o projeto enfrenta a oposição dos ultraconservadores.

Neste domingo, a Confederação Asiática de Futebol (AFC) agradeceu oficialmente às autoridades iranianas por terem permitido que as mulheres "fossem testemunha de um evento excepcional".

Zico está de volta ao futebol japonês. Nesta terça-feira, o Kashima Antlers, clube pelo qual o craque deu seus últimos passos como jogador, anunciou a contratação do brasileiro para exercer o cargo de diretor técnico, em acordo confirmado e celebrado por ele.

"Depois de 16 anos, estou voltando ao Kashima Antlers, como diretor técnico, onde vivi grandes momentos de minha vida. A vida nos reserva momentos quando menos a gente espera. Agora é colocar em prática todo o aprendizado em beneficio do clube. Que Deus me ilumine a tomar as decisões corretas. Em agosto já estarei lá trabalhando. Saudações nipônicas", escreveu Zico em seu perfil no Instagram.

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O Kashima Antlers explicou, em comunicado publicado no seu site oficial, que o acordo com Zico é válido até 31 de dezembro. E o brasileiro tem sua chegada esperada no Japão para 3 de agosto, quando começará a exercer a função de diretor técnico do clube.

Um dos principais nomes da história do futebol brasileiro, Zico também teve papel importante no desenvolvimento do esporte no Japão. Em 1991, ele deixou para trás a sua aposentadoria para iniciar uma nova aventura no país, onde o futebol ainda era incipiente, antes mesmo da criação da liga nacional, a J League, para defender o Kashima Antlers, que inicialmente se chamava Sumitomo Metal.

Ele permaneceu no clube até 1994, sendo adorado pela torcida do clube e também pelos japoneses. Após deixar de vez os gramados, Zico também teve experiência como dirigente no Kashima Antlers, entre 1996 e 2002. Além disso, chegou a exercer o cargo de técnico do time.

Zico, porém, não trabalhava no futebol profissional desde 2016, quando comandou o FC Goa, na Índia. Agora, então, ele voltará a se envolver diretamente com o esporte no Kashima Antlers.

Foram três gols de Cristiano Ronaldo e vitória do Real Madrid com folga no placar. Pareceu fácil, mas o time espanhol sofreu para faturar o título do Mundial de Clubes da Fifa, neste domingo (18). Jogando em Yokohama, no Japão, o time espanhol precisou da prorrogação para superar o anfitrião Kashima Antlers por 4 a 2. Foi somente no tempo extra que o clube favorito deslanchou em campo e Cristiano Ronaldo marcou duas vezes. No tempo normal, balançou as redes somente em cobrança de pênalti, com placar de 2 a 2.

Neste domingo, o Real chegou a flertar com a "zebra", que seria a maior da história do Mundial. O time espanhol saiu na frente, com gol logo aos 8 minutos de jogo, porém levou uma surpreendente virada no segundo tempo. E, após empatar, quase sofreu o terceiro gol dos japoneses nos instantes finais do tempo normal. A situação só se acalmou para a torcida madrilenha quando o atacante português brilhou na prorrogação.

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Para tanto, o time espanhol contou com ligeira ajuda da arbitragem. Janny Sikazwe, da Zâmbia, deixou de expulsar o zagueiro e capitão Sérgio Ramos nos minutos finais do tempo normal. O jogador, que já tinha cartão amarelo, fez falta dura, digna de novo cartão, aos 44 minutos. Confuso, Sikazwe sacou o cartão para advertir outro jogador. Ao perceber que o autor da falta era Ramos, guardou o amarelo e apenas anotou a falta, causando reclamações por parte do time japonês.

Com o suado triunfo, o Real se tornou o maior vencedor da história do Mundial, com cinco títulos, superando o Milan, dono de quatro troféus - incluindo o período em que a competição não tinha a chancela da Fifa. De quebra, o time comandado pelo técnico Zinedine Zidane ampliou para 37 a série invicta, desde a temporada europeia passada.

Para o Kashima Antlers, apesar da derrota na final, o Mundial marcou campanha histórica. O time japonês se tornou o primeiro asiático a chegar a uma final de Mundial de Clubes, ao derrotar o Atlético Nacional, campeão da Copa Libertadores, na semifinal. Além disso, também será lembrado por quase ter derrubado o poderoso Real na decisão.

O JOGO - Depois da vitória discreta sobre o América, do México, na semifinal, Zidane promoveu apenas uma mudança na equipe para a decisão. Sacou Nacho e devolveu Sérgio Ramos, poupado por causa do desgaste físico, à defesa madrilenha. Casemiro e Marcelo foram mantidos no time.

Com esta formação, o Real entrou em campo aparentando estar despreocupado e logo foi surpreendido pela boa marcação do Kashima. A estratégia dos japoneses era clara: adiantar a marcação e tentar impedir o time espanhol de impor seu jogo. A tática funcionou durante apenas oito minutos.

Foi o tempo necessário para o Real articular sua primeira jogada mais trabalhada. Modric finalizou de fora da área, o goleiro Sogahata deu rebote e Benzema, bem posicionado, só completou para as redes.

O gol poderia gerar a expectativa por um início de goleada. Mas o Kashima tratou de mostrar sua resistência no minuto seguinte. Ogasawara acertou bela finalização e mandou rente ao travessão. O lance pode ter assustado o Real, mas o time espanhol manteve o controle da partida, criando chances para ampliar, com Vázquez, Cristiano Ronaldo e Benzema.

O segundo gol parecia próximo. Até que a zaga falhou em momento importante e o Kashima buscou o empate. Foi aos 43 minutos, quando Varane afastou mal e a bola sobrou para Shibasaki, que bateu cruzado e balançou as redes.

O gol manteve o Kashima aceso em campo. Para o segundo tempo, o determinado time japonês voltou mais atento ao jogo, mais aplicado em sua estratégia de não dar espaço ao Real. E foi bem-sucedido logo aos 6 minutos, ao surpreender o Real com o gol da virada. Em jogada individual, Shibasaki cortou Carvajal e bateu rasteiro, da entrada da área. Navas caiu no canto, mas não alcançou. Foi o segundo gol do meia-atacante na partida.

Assustado pela virada, o Real acordou na partida e foi para cima do time da casa. Vázquez, aos 12, investiu com perigo dentro da área e só foi parado com falta. Na cobrança do pênalti, Cristiano Ronaldo acertou o canto e deixou tudo igual de novo no marcador.

O empate deixou o jogo mais franco. O Real buscava o ataque com mais frequência, enquanto o Kashima tentava aproveitar os espaços na defesa espanhola. Mas era o Real quem criava as chances mais perigosas. Cristiano Ronaldo, Marcelo e Sérgio Ramos desperdiçaram oportunidades preciosas. O português chegou a balançar as redes, mas o árbitro anotou correto impedimento.

Nos instantes finais do tempo normal, o Kashima quase anotou o gol do título. Primeiro, o brasileiro Fabrício, que entrou no lugar de Ogasawara, acertou forte chute e exigiu bela defesa de Navas. Na sequência, Endo, sem marcação dentro da área, bateu mal e desperdiçou chance incrível, aos 48 minutos.

PRORROGAÇÃO - Após respirar aliviado pelo fim do tempo normal, o Real voltou mais solto para a prorrogação e a torcida espanhola pôde comemorar um show de Cristiano Ronaldo. Favorito para o prêmio de melhor do mundo da Fifa, o português anotou o terceiro gol do Real aos 7 minutos. A jogada teve início com Benzema, que descolou belo passe entre os marcadores, deixando Cristiano Ronaldo cara a cara com Sogahata. Sem hesitar, ele finalizou rasteiro e mandou para as redes.

Mas, mesmo quando tudo parecia encaminhado para o Real, o Kashima resistia. Dois minutos depois do gol do time europeu, o anfitrião acertou o travessão, com Yuma, dando novo susto no goleiro Navas.

Todo e qualquer medo da torcida madrilenha acabou enfim aos 13 minutos, ainda da etapa inicial da prorrogação. Foi quando Kroos tentou finalização de longe, mas pegou mal na bola. Ela parou no meio do caminho, nos pés de Cristiano Ronaldo, que bateu rápido, direto para as redes, sacramentando a vitória e o título mundial.

 

FICHA TÉCNICA:

REAL MADRID 4 x 2 KASHIMA ANTLERS

REAL MADRID - Navas; Carvajal, Sérgio Ramos (Nacho), Varane e Marcelo; Casemiro, Kroos e Modric (Kovacic); Vázquez (Isco), Benzema e Cristiano Ronaldo (Morata). Técnico: Zinedine Zidane.

KASHIMA ANTLERS - Sogahata; Shoji, Yamamoto, Nishi e Ueda; Ogasawara (Fabrício), Shibasaki, Nagaki (Akasaki) e Endo (Ito); Doi (Suzuki) e Akasaki. Técnico: Masatada Ishii.

GOLS - Benzema, aos 8, e Shibasaki, aos 43 minutos do primeiro tempo. Shibasaki, aos 6, e Cristiano Ronaldo (pênalti), aos 14 minutos do segundo tempo. Cristiano Ronaldo, aos 7 e aos 13 minutos do primeiro tempo da prorrogação.

CARTÕES AMARELOS - Yamamoto, Sérgio Ramos, Fabrício, Casemiro, Carvajal.

ÁRBITRO - Janny Sikazwe (Fifa/Zâmbia).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Internacional, em Yokohama (Japão).

Para a Fifa, não houve erro dos árbitros na marcação do pênalti favorável ao Kashima Antlers na semifinal do Mundial de Clubes, nesta quarta-feira, no Japão, contra o Atlético Nacional. O lance foi o primeiro na história do futebol a ser analisado pelo árbitro central, o húngaro Viktor Kassai, com a ajuda de recursos de vídeo.

Ele não havia notado, com a bola rolando, que Daigo Nishi foi derrubado por Orlando Berrio após cruzamento na área. O árbitro assistente Danny Makkelie viu o lance e sugeriu o pedido de análise por vídeo. O pênalti foi marcado, apesar de, no momento do cruzamento, Nishi estar à frente do penúltimo homem da defesa do Atlético. Em posição de impedimento, portanto.

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Para a Fifa, entretanto, a falta antecedeu ao impedimento. "O árbitro assistente aplicou corretamente a técnica do 'esperar para ver' em relação à posição de impedimento do jogador que sofreu a falta. O jogador foi considerado não em impedimento, uma vez que estava incapacitado de brigar com o oponente pela bola", defendeu a entidade máxima do futebol, em nota.

Chefe de arbitragem da Fifa, Massimo Busacca elogiou o trabalho dos árbitros. "No lance desta noite, a comunicação entre os árbitro e o árbitro assistente de vídeo foi claro, a tecnologia funcionou bem e uma decisão definitiva foi tomada pelo árbitro", afirmou.

O Mundial de Clubes marca a estreia deste tipo de tecnologia que, se aprovada, pode ser utilizada em outras competições da Fifa, inclusive na Copa do Mundo de 2018. Ao vencer por 3 a 0, o Kashima Antlers, campeão japonês, avançou à final do Mundial para pegar América do México ou Real Madrid, que se enfrentam na quinta.

O São Paulo encerrou nesta terça-feira a sua excursão pelo exterior com sua terceira derrota em quatro jogos. Na Copa Suruga, torneio disputado entre os campeões da Copa Sul-Americana e da Copa da Liga Japonesa, o Kashima Antlers faturou o título ao derrotar o time do Morumbi por 3 a 2, em casa, no Kashima Stadium.

Nos outros três jogos da excursão, o São Paulo foi derrotado por Bayern de Munique (2 a 0) e Milan (1 a 0), na Alemanha, pela Copa Audi, e venceu o Benfica (2 a 0), em Lisboa, pela Copa Eusébio. Dessa vez, sem alguns titulares, que voltaram ao Brasil e não seguiram para o Japão, o time voltou a perder.

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Após um primeiro tempo apático, o São Paulo reagiu na etapa final e conseguiu empatar a partida. No entanto, no lance final da partida, o Kashima Antlers, que já havia perdido um pênalti, garantiu a sua vitória em um lance de sorte. Após finalização, a bola desviou em Osako, que, assim, marcou o seu terceiro gol na partida e garantiu a conquista do Kashima Antlers, que também venceu a Copa Suruga no ano passado.

Com a excursão ao exterior encerrada, o São Paulo retorna ao País preocupado com a sua situação no Campeonato Brasileiro. A equipe volta a entrar em campo no próximo domingo, quando vai enfrentar a Portuguesa, no Estádio do Canindé, em partida válida pela 13ª rodada. Os dois times estão na zona de rebaixamento da competição.

O JOGO - Com boas jogadas de Aloísio, o São Paulo dominou os minutos iniciais da partida e teve mais posse de bola, mas sem conseguir criar chances perigosas de gol. A primeira delas surgiu exatamente quando o Kashima Antlers deixou o campo de defesa, tentando pressionar o time brasileiro.

Em um contra-ataque, aos 16 minutos, Paulo Henrique Ganso passou para Aloísio, que tocou para Ademilson. Dentro da grande área, o atacante finalizou por cima da meta adversária.

Trocando passes em velocidade, o Kashima passou a ameaçar o São Paulo, especialmente com Osako. E foi dele o gol que abriu o placar da partida, aproveitando a desorganização do sistema defensivo adversário. Aos 24 minutos, Shibasaki foi lançado na ponta direita e tocou para o meio da área. Ogasawara passou para Osako. Ele tirou Rogério Ceni, que demorou a sair do gol, e finalizou para a rede.

O São Paulo não conseguiu reagir após ficar em desvantagem, principalmente pela falta de criatividade do seu meio-de-campo, e ainda sofreu o segundo gol aos 39 minutos. O brasileiro Juninho, na ponta esquerda, cruzou para Osako, que dominou na grande área e tocou para marcar o seu segundo gol na partida.

Para o segundo tempo, Paulo Autuori promoveu as entradas de Lucas Evangelista e Silvinho. O primeiro lance da etapa final, criado por Aloisio, parecia indicar que o time deixaria de lado a apatia que marcou a sua postura nos primeiros 45 minutos.

E o São Paulo logo conseguiu diminuir a vantagem do time japonês. Aos 12 minutos, Ganso aproveitou rebote de bola dividida, avançou pelo meio e finalizou no canto direito da meta do Kashima. Sogahata ainda tocou na bola, mas não evitou o gol.

Com o São Paulo se lançando ao setor ofensivo, o Kashima conseguiu encaixar um contra-ataque e teve Osako derrubado na grande área por Silvinho. O atacante, então, teve a chance de marcar o seu terceiro gol na partida, mas a cobrança foi defendida por Rogério Ceni.

O árbitro, porém, mandou o pênalti ser repetido, pois considerou que o goleiro se adiantou. Na nova tentativa, Osako chutou para fora, com a bola saindo por cima da meta são-paulina. Assim, o atacante perdeu a chance de marcar o seu terceiro gol na partida e motivou ainda mais o São Paulo, que seguiu pressionando o time japonês.

E o time brasileiro empatou a partida aos 29 minutos. Douglas avançou pela direita e cruzou para Ganso, que passou a Aloísio. Ele precisou apenas finalizar para a meta vazia do Kashima, igualando o placar em 2 a 2.

O São Paulo seguiu no campo de ataque, mas sem conseguir criar chances claras de gol. Assim, a definição da partida parecia seguir para a disputa de pênaltis. Aos 47 minutos, porém, após chute de fora da área de Shibasaki, a bola desviou em Osako e enganou Rogério Ceni: 3 a 2 para o Kashima Antlers, campeão da Copa Suruga.

 

FICHA TÉCNICA

KASHIMA ANTLERS 3 x 2 SÃO PAULO

KASHIMA ANTLERS - Sogahata; Nishi, Maeno (Nakata), Ogasawara e Aoki (Iwamasa); Endo (Nakamura), Shibasaki, Doi (Nozawa) e Yamamura; Osako e Juninho (Umebachi). Técnico: Toninho Cerezo.

SÃO PAULO - Rogério Ceni; Douglas, Lucas Silva (Roni), Edson Silva e Reinaldo; Wellington, Rodrigo Caio, Maicon (Lucas Evangelista) e Paulo Henrique Ganso; Aloísio e Ademilson (Silvinho). Técnico: Paulo Autuori.

GOLS - Osako, aos 24 e aos 39 minutos do primeiro tempo; Paulo Henrique Ganso, aos 12, Aloísio, aos 29, e Osako, aos 47 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Abdul Malik Bin Abdul Bashir (Fifa/Cingapura).

CARTÕES AMARELOS - Ogasawara e Iwamasa (Kashima Antlers).

PÚBLICO e RENDA - Não disponíveis.

LOCAL - Kashima Stadium, em Kashima (Japão).

O São Paulo entra em campo nesta quarta-feira, a partir das 7 horas (horário de Brasília), no Japão, para enfrentar o Kashima Antlers pelo título da Copa Suruga. Comandante são-paulino, o técnico Paulo Autuori conhece bem o adversário, por ter trabalhado anteriormente no futebol japonês, e prevê um jogo complicado.

"O Kashima é um clube top no Japão. Essa é a segunda passagem do (técnico brasileiro) Toninho Cerezo no comando da equipe e eles têm chances claras de chegarem ao título. É um time forte, competitivo e, com certeza, será um jogo difícil", avisou Autuori, antes do confronto com o atual campeão da Copa da Liga Japonesa.

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Autuori também ressaltou a importância de ganhar o jogo na cidade de Kashima, para conquistar o título do torneio e ter mais confiança para a sequência da temporada, principalmente pelo conturbado momento do São Paulo, que vive uma crise interna e ocupa atualmente a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.

"Uma coisa é acrescentar mais um troféu na riquíssima história do clube. E a outra é conquistar uma vitória que pode representar muito para gente, porque estamos consolidando alguns conceitos. Mesmo com algumas circunstâncias difíceis, espero que a gente possa solidificar essa nossa evolução", afirmou o técnico.

Mesmo desfalcado de jogadores importantes - Jadson, Osvaldo, Fabrício e Rafael Toloi voltaram antes ao Brasil, para serem poupados para o Brasileirão -, Autuori espera ver evolução nesta quarta-feira. "Nosso objetivo principal é melhorar em alguns aspectos, como o sistema ofensivo. Já tivemos uma evolução nítida na defesa e, agora, queremos avançar isso para os outros setores do time", explicou o treinador.

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