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A Starbucks informou nesta terça-feira que a decisão sobre o fim de um antigo acordo de distribuição entre a empresa e a Kraft Foods só deve sair no segundo semestre de seu ano fiscal, que termina em setembro. A previsão anterior era de que a decisão ocorresse no primeiro semestre fiscal.

A disputa legal entre as duas empresas teve início em março de 2011, quando a Starbucks decidiu reassumir a distribuição de seus cafés embalados, que era feita pela Kraft. A empresa tentou, sem sucesso, impedir legalmente que a Starbucks ficasse com o negócio. A Kraft havia iniciado o negócio do zero, 13 anos antes, através de um acordo de licenciamento. A distribuição dos cafés da Starbucks geravam para a Kraft receita anual de US$ 500 milhões.

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Em julho do ano passado, a empresa de arbitragem JAMS realizou audiências para decidir sobre a multa que a Starbucks teria de pagar para rescindir o acordo. Esperava-se que a decisão fosse anunciada logo após as audiências, mas já foi adiada algumas vezes.

"Estamos respeitando a privacidade dos procedimentos, e não há um prazo estabelecido para os árbitros anunciarem uma decisão", disse o porta-voz da Starbucks Zach Hutson.

Advogados da Kraft dizem que a Starbucks deve à empresa US$ 2,9 bilhões, mais honorários advocatícios, enquanto a rede de cafeterias pede indenização de US$ 62,9 milhões. Analistas estimam que a Starbucks terá de pagar mais de US$ 1 bilhão à Kraft. As informações são da Dow Jones.

A Kraft Foods divulgou a perspectiva inicial para a sua operação varejista na América do Norte, que deve ser separada do novo segmento de petiscos no mês que vem. A empresa pretende focar na ampliação das margens e no pagamento de grandes dividendos aos acionistas.

Em agosto, a Kraft anunciou que a cisão das operações entre uma companhia de petiscos global, denominada Mondelez, e o negócio varejista norte-americano, que seguirá usando o nome Kraft Foods, ocorrerá em 1º de outubro. A Kraft ficará com marcas como Kraft, Oscar Mayer e Maxwell House e será a quarta maior fabricante de alimentos e bebidas embalados da América do Norte.

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A empresa informou que pretende, com o segmento varejista norte-americano, "criar um ambiente mais ágil e uma organização com menos camadas". Segundo a Kraft, planos de incentivo serão redesenhados para incorporar distribuição de ações, com o objetivo de alinhar interesses de funcionários e acionistas. A empresa acrescentou ainda que vai aumentar os investimentos em atração de talentos e na recém-criada Universidade Kraft.

A meta estipulada para o ano que vem é de um lucro de US$ 2,60 por ação, apesar das despesas com juros de cerca de US$ 520 milhões e custos de reestruturação de cerca de US$ 240 milhões. A companhia também espera fluxo de caixa de cerca de 70% do lucro líquido, abaixo da meta de longo prazo de pelo menos 85%, devido a um pagamento extra de impostos em 2013 de US$ 200 milhões.

A longo prazo, a companhia almeja crescimento orgânico da receita no mesmo patamar ou acima da taxa de crescimento do mercado de bebidas e alimentos da América do Norte e aumento de um dígito no lucro operacional, lucro por ação e dividendos.

Mondelez

Ontem, a Kraft Foods divulgou sua perspectiva para a divisão de petiscos, que se chamará Mondelez depois que a companhia de alimentos separar as operações de varejo na América do Norte no próximo mês. A meta estipulada para a Mondelez no ano que vem é de um crescimento orgânico de 5% a 7% na receita e um lucro operacional de US$ 1,50 a US$ 1,55 por ação. As informações são da Dow Jones.

O desaquecimento da economia já está surtindo efeito nas contas de empresas de peso do setor alimentício, como a BRF Brasil Foods e a Kraft Foods. As duas empresas informaram ter registrado redução de vendas no primeiro semestre deste ano. A BRF acredita que o quadro deverá repercutir sobre o fechamento de 2012, com o número de pessoas contratadas em dezembro devendo ser inferior ao de janeiro, diferentemente do que costumar ocorrer, segundo o vice-presidente de Assuntos Corporativos da empresa, Wilson Newton de Mello Neto.

Neste ano, o ritmo mais lento da economia brasileira deixou de funcionar como compensação da crise internacional para a BRF. A consequência é uma possível redução do investimento no acumulado do ano, em comparação ao ano anterior, como na área de recursos humanos. O executivo, porém, descarta o adiamento de alguma nova instalação, como a fábrica de produtos lácteos no município de Barra Mansa (RJ).

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O aumento de custos no mercado interno motivou o repasse de preços pela BRF para alguns alimentos, o que deve ter contribuído para a inflação de alimentos, registrada no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Contudo, segundo o executivo da empresa alimentícia, uma parcela do aumento dos custos foi assumida pela empresa.

A Kraft Foods trabalha com a expectativa de que o consumo melhore no segundo semestre deste ano em relação ao anterior. "Esperávamos um início de ano melhor do que foi. Mas acreditamos que o segundo semestre será melhor do que o primeiro porque um dos fatores que pesou na decisão de compra das famílias, que foi o endividamento, deverá cair no segundo semestre", afirmou Fabio Acerbi, diretor de Assuntos Corporativos e Governamentais da Kraft Foods, que junto de Mello Neto, participou de seminário na Rio+20.

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