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Dados  do Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio de Janeiro apontam que houve queda de 34% dos latrocínios no estado, comparando os seis primeiros meses de 2018 com o mesmo período de 2019. Com relação aos homicídios dolosos, houve queda de 23%, ou 608 mortes a menos no mesmo período.

O estado também registrou recuo no número policiais mortos, de 15 para 7. Foram 63% a menos do que no primeiro semestre de 2018. Por outro lado, nos seis primeiros meses do ano foi registrado aumento de 15% nas mortes por intervenção de agentes do Estado, passando de 769, em 2018, para 881 neste ano. 

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O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, voltou a classificar os criminosos do Rio de terroristas que agem ao redor do mundo. “Não se combate o terrorismo com flores. Se combate com investigação, com armas de mesmo calibre e com um processo rigoroso. Se não se entregar, serão mortos. O recado está dado, não enfrente a polícia”, disse Witzel, na apresentação sobre as mudanças na área da segurança pública do estado, que teve como tema “180 dias: Começamos a Mudar o Jogo na Segurança”.

Roubos

No período, o estado registrou o menor número de roubos de veículos dos últimos 34 meses. A redução ficou em 24%, saindo de 28.488 para 21.635. A queda nos roubos de carga atingiu 21%. Eram 5.036 no primeiro semestre de 2018 contra 3.999 este ano. 

Quanto ao número de roubos em coletivos, na comparação entre os primeiros seis meses de 2019 e de 2018 houve alta de 14,3%. Este ano foram 8.761, enquanto no ano passado 7.665 casos.

“O crime organizado tem vários negócios, rouba carga, carros, faz furtos nas ruas, faz roubos em coletivos. Como estão endividados, começam a partir para outros crimes. O trabalho da polícia é manter a asfixia ao crime organizado e também o combate a essa mancha criminal”, disse Witzel.

Na visão do governador, as ações nos coletivos são um trabalho de constante acompanhamento e de modificação no planejamento. Ele adiantou que a área de segurança do governo analisa a implantação do sistema de reconhecimento facial dentro dos coletivos, como vem ocorrendo em caráter experimental em Copacabana e no Maracanã. “Estamos estudando, inclusive, colocar reconhecimento facial nos ônibus. Já pedi este estudo para o coronel Figueiredo”, informou, se referindo ao secretário de estado de Polícia Militar, coronel Rogério Figueiredo.

Os dados divulgados, no Palácio Guanabara, sede da administração fluminense, indicam que no primeiro semestre deste ano a Polícia Militar fez 2.269 ações e a Polícia Civil 725. O governo do estado destacou ainda o número de armas apreendidas. Foram 4.795, sendo 305 fuzis. Com destaque para a maior apreensão divulgada na quinta-feira passada (18), com 8,5 toneladas de droga e 30 armas entre elas 23 fuzis e duas metralhadoras.

Policiamento ostensivo

O secretário da Polícia Militar disse que, logo no início do ano, havia a preocupação com os crimes praticados nas ruas do estado e a opção foi reforçar o policiamento ostensivo com trabalho de prevenção. Foi intensificado o Programa Percurso Seguro, para reduzir os indicadores criminais nas principais vias e dentro dos bairros do Rio e dar mais segurança nos horários de ida e de volta do trabalhador para casa. O trabalho conta ainda com participação das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que não ficam mais restritas às comunidades. 

Ainda conforme o secretário, com a análise diária dos dados do ISP junto com a Polícia Civil são definidas as ações para atacar as manchas criminais. “Buscamos estes números para ter efetividade na aplicação dos nossos recursos [emprego de agentes]. Sempre falo que temos recursos finitos para demandas infinitas. Essa é uma realidade e tem que ser otimizados os nossos recursos para ter efetividade”, disse Figueiredo.

Para o governador, embora ainda tenha muito a fazer, há o que se comemorar no período. Witzel destacou que os resultados de janeiro a junho de 2019 foram obtidos com menos 3 mil integrantes das forças de segurança por dia, uma vez que terminou a intervenção federal na área e não houve mais emprego das Forças Armadas, nem da Guarda Nacional e sem o reforço da Polícia Rodoviária Federal nas estradas federais.

“Nossos recursos são aplicados para que haja redução nos roubos de rua, em coletivos, em estabelecimentos comerciais. Todos esses indicadores estão em queda devido ao nosso planejamento”, disse o coronel Figueiredo, anunciando que foram abordadas no período 75 mil pessoas em mais de 80 pontos diferentes no Percurso Seguro.

O secretário de Polícia Civil, delegado Marcus Vinícius, destacou que o total de criminosos identificados em investigações concluídas em todos os tipos de crimes aumentou 60,4% na comparação de um semestre com o outro. “Uma autoria identificada a cada 7 minutos”. O delegado chamou atenção para as investigações envolvendo lavagem de dinheiro. Neste ano somaram 179 indiciados em tipos de investigações que não costumavam ocorrer. “Não pode ficar com dinheiro do crime, porque senão compra mais armas, mais drogas e corrompe, simplesmente tem acesso a tudo o que o criminoso quer, que é o dinheiro”

Marcus Vinícius acrescentou que bens e valores sequestrados em investigações atingiram R$ 25 milhões. “Esse número de janeiro a junho do ano passado é zero e a tendência é aumentar muito. Se Deus quiser ano que vem a gente vai estar nessa conversa aqui com R$ 500 milhões, quiçá, R$ 1 bilhão bloqueados e sequestrados, porque tem um motivo. Nunca se trabalhou lavagem de dinheiro. Impressionante como era fácil usufruir do dinheiro ganho através dos crimes”, disse.

“A Polícia Civil estava escondida em uma estrutura que realmente não mostrava o que era capaz de fazer”, afirmou Witzel

Segurança Presente

O secretário de governo Cleiton Rodrigues anunciou a ampliação do Programa Segurança Presente até o fim do ano. O número de agentes empregados, que é de 1 mil, vai duplicar e também serão atendidos os municípios de Nova Iguaçu e de Duque de Caxias, além dos bairros da Barra da Tijuca, Laranjeiras, Bangu, Botafogo, Vila Isabel e Grajaú. De janeiro a junho deste ano, o programa registrou 1.157 prisões, 16.623 atendimentos sociais e cumpriu 635 mandados nos bairros da Tijuca, Méier, Ipanema Leblon, Centro, Lagoa, Lapa Copacabana, Aterro e em Niterói, na região metropolitana do Rio.

Para o governador, o Segurança Presente é um programa de polícia de proximidade com a população. “Esse programa é mais do que um programa de policiamento. É um programa de relacionamento, diferenciado cuja criação foi por próprios policiais da polícia militar”, disse.

O governador adiantou ainda que será criado em breve o Programa Bandejões, que vai complementar o Segurança Presente e melhorar a ordem pública. A intenção é oferecer alimentação a população que vive em situação de rua. “Vamos lançar esse programa para que as pessoas possam ali ter uma alimentação adequada e vai ser um programa integrado com a Secretaria de Saúde”, informou.

Suspeitos de envolvimento em assaltos, alguns com latrocínios, estão sendo alvos de uma operação da Secretaria de Defesa Social, através da Polícia Civil de Pernambuco, na manhã desta terça-feira (10).  Estão sendo cumpridos 15 mandados de prisão e oito de busca domiciliar expedidos pela Juíza de Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca de Camaragibe. 

A operação, intitulada Camará, conta com 60 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães.  Os presos estão sendo encaminhados para o Grupo de Operações Especiais (GOE), no bairro do Cordeiro, na zona oeste do Recife. 

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Policiais da Delegacia de Santo Amaro, no Centro do Recife, prenderam na tarde desta quarta-feira (30), um homem procurado pela Secretaria de Defesa Social (SDS) acusado de cometer seis crimes de homicídios e dois latrocínios. De acordo com o órgão, Iltembery Manoel da Silva, de 34 anos, era o segundo foragido mais perigoso do Estado de Pernambuco. 

Iltembery, mais conhecido como Berguinho, foi preso quando chegava na casa de um parente, na comunidade do Detran, na Zona Oeste do Recife. De acordo com o delegado Darlson Freire, titular da delegacia, as investigações começaram há seis meses. O acusado já tem contra ele seis mandados de prisão expedidos pela justiça. 

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Segundo a polícia, ele fazia parte de uma quadrilha especializada em homicídios que aterrorizava os bairros da Várzea, San Martin, Roda Fogo e comunidade do Detran, no Recife, e também os municípios de São Lourenço da Mata e Camaragibe, na Região Metropolitana. 

"Todos os crimes aconteceram de oito anos para cá. A gente acredita que com a prisão dele, a violência vai reduzir nos bairros. Além de que as pessoas podem denunciar outros integrantes da quadrilha que podem ser presos a qualquer instante", comentou o delegado.

O Departamento de Investigações Criminais (Deic) esclareceu apenas 12% dos latrocínios - roubos seguidos de morte - que lhe foram encaminhados no Estado de São Paulo de janeiro a novembro do ano passado. Segundo dados obtidos com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo, a taxa média de esclarecimento desse crime por todos os departamentos da Polícia Civil foi de 40%. O número é puxado para cima pelo melhor desempenho no interior.

A taxa de esclarecimento de crimes é um segredo bem guardado pelas polícias brasileiras, porque dá a medida de sua ineficiência. O latrocínio é um crime relativamente raro, e de grande repercussão, o que o leva a ser mais investigado. O roubo, por exemplo, tem taxa de elucidação de apenas 3% no Estado. Os dados são fornecidos pela Polícia Civil, sem controle externo.

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O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) teve desempenho melhor do que o Deic: 27%. A alçada sobre essa modalidade de crime foi transferida do DHPP para o Deic (especializado em crime organizado) em abril do ano passado. Ambos atuam mais na capital. No interior, as delegacias não especializadas ficam a cargo de quase todos os crimes, exceto entorpecentes. O Decap, que reúne as delegacias comuns da capital, esclareceu 30% dos latrocínios; o Demacro, que abrange os 38 municípios da Região Metropolitana, menos a capital, 31%.

Fora da Grande São Paulo, a única região que se saiu pior foi a de Santos: 22%. As taxas sobem no interior a partir de Piracicaba, com 53%, e chegam a 100% em Presidente Prudente e Araçatuba. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) anunciou na segunda-feira, 27 de janeiro, que foram registrados 385 latrocínios em todo o ano passado.

"Este é um daqueles números guardados a sete chaves pela SSP, pois em geral as nossas taxas de esclarecimento são bem baixas", disse Túlio Kahn, ex-coordenador de Análise e Planejamento da secretaria, ao ver os dados obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo.

"Infelizmente ainda é muito baixo e isso resulta da política de investigação cartorária, nos moldes do século 19", definiu um ex-integrante da cúpula da Polícia Civil, que pediu para não ser identificado. "Hoje o inquérito passeia de viatura. Vai para o promotor e o juiz para pegar carimbo e volta para o armário, sem nenhuma providência. Se tenho três testemunhas de um homicídio, convoco uma para março, outra para abril e outra para maio. Assim, dou ares de que estou trabalhando para meu chefe perceber, e vou tocando minha vidinha." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A capital registrou nove casos de latrocínio (roubo seguido de morte) no mês passado. O número é 50% maior do que o total ocorrido em junho de 2011. Houve, porém, diminuição em relação aos 16 casos de maio - o mês de maior ocorrência deste ano.

No primeiro semestre, foram 55 casos de latrocínio na capital, 4% a mais do que o registrado em 2011. Os dados são do Sistema de Informações Criminais da Secretaria da Segurança Pública. O governo vai divulgar nesta quarta-feira os dados de crimes ocorridos em junho.

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Anteontem, o secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, já havia admitido que a criminalidade estava crescendo. A afirmação foi feita ao comentar o assassinato do italiano Tommaso Lotto, de 26 anos, na noite de sábado.

"É um (latrocínio) a mais que ocorre na capital. A gente lamenta, o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) e o Deic (Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado) estão fazendo todas as investigações no sentido de elucidar o crime. Mas isso ocorre lá (no Itaim-Bibi), ocorre na Cidade Tiradentes, em Itaquera, no Jardim Ângela. Lamentavelmente, é a escalada da violência", disse.

Os casos de resistências seguidas de morte, crimes cometidos em supostos confrontos com a polícia, como o jornal O Estado de S.Paulo já havia revelado, caíram em junho em relação ao mesmo mês de 2011. Foram 29 casos, ante 63 em junho do ano passado.

Os homicídios dolosos e as execuções, parte deles concentrada nos dias que se seguiram aos ataques a policiais por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), vão crescer. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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