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Divulgado nesta segunda-feira (21), o novo ranking da Conmenbol, realizado sob o intuito de definir os cabeças de chave da Libertadores de 2016, apresenta o Sport como único nordestino entre as 100 equipes sul-americanas listadas. O Leão aparece na 80ª colocação geral e entre os times brasileiros é o 14º colocado.

O ranking obedece três critérios, o desempenho na Libertadores nos últimos dez anos, o coeficiente histórico reunindo todas as edições do torneio continental desde 1960 e os títulos nos campeonatos nacionais, também nos últimos dez anos. O somatório dos pontos foi feito a partir dos somatório de pontos obtidos ao longos da última década, se atribuindo maior pontuação as edições mais recentes e diminuindo de acordo com as edições mais antigas.

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A participação mais recente do time da Ilha do Retiro na Libertadores foi em 2009, quando acabou sendo eliminado pelo Palmeiras, após passar pela fase de grupos. A campanha obtida naquele ano rendeu 256 pontos ao rubro-negro. Outra participação do Leão na competição internacional foi em 1988, onde pelo ranking da Conmenbol foram contabilizados 20 pontos.

Na primeira posição da tabela, aparece o Boca Juniors com 5949 pontos, seguido pelo seu principal adversário, o River Plate com 4884 pontos. O melhor brasileiro no ranking é o Cruzeiro, aparecendo na 4ª posição geral com 4425 pontos. Das equipes nacionais que participarão da edição de 2016 da Libertadores o Corinthians é o melhor colocado, na 9ª posição com 3651 pontos.

Andrés Sanchez voltou a ameaçar tirar o Corinthians da disputa da Copa Libertadores caso a reivindicação do clube de receber uma cota maior do que a atual não seja atendida pela Conmebol. "Hoje está mais fácil a gente não disputar", afirmou o superintendente de futebol do Corinthians durante evento neste sábado no Itaquerão.

O dirigente explicou que vai aproveitar a realização do sorteio dos grupos da Libertadores de 2016 na próxima terça-feira para realizar as cobranças à entidade no Paraguai. Atualmente, os clubes recebem US$ 120 mil por partida como mandante na fase de grupos do torneio continental.

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Andrés lembrou que o Corinthians fatura um valor maior nas outras competições que participa, mesmo que a Libertadores seja considerada o principal torneio do calendário sul-americano. O dirigente garantiu que os outros clubes brasileiros classificados para a Libertadores - Palmeiras, Atlético Mineiro, Grêmio e São Paulo - também estão insatisfeitos com a situação.

"Vamos para o Paraguai na terça-feira, e se não aumentar, o Corinthians não disputa. Entendemos que é ridículo receber mais no Paulista, na Copa do Brasil e no Brasileiro do que na Libertadores", disse.

O superintendente do Corinthians também reclamou da proibição de exibir as marcas dos seus patrocinadores nas partidas como mandante na Libertadores. "Queremos aumentar as cotas, a gente não pode colocar os nosso patrocínios no nosso estádio. Disputamos a Libertadores três anos seguidos e ficamos devendo", comentou.

Restam quatro jogos para o Sport finalizar sua campanha na Série A do Campeonato Brasileiro. Dois fora de casa, contra Cruzeiro e Ponte Preta, e dois no Recife, com Atlético-PR e Corinthians. Diante do panorama, o volante Wendel, bem articulado, prega respeito aos adversários, mas calcula que, com mais nove pontos somados, o Leão provavelmente estará garantido no G4. Para o jogador, o principal trunfo dos rubro-negros será o apoio da torcida.

“Não sei exatamente qual é o planejamento traçado pela comissão ténica, mas diria que mais três vitórias seria o suficiente para conseguirmos essa sonhada vaga na Libertadores. Seria algo merecido. Estamos preparados para essa luta”, declarou Wendel. E convocou: “Temos duas partidas dentro dos nossos domínios, o que nos torna ainda mais fortes. Tenho certeza de que nossa torcida empurrará a bola para o gol junto com a gente”.

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O primeiro passo dessa missão será o jogo contra o Cruzeiro, neste domingo (15), às 16h (horário do Recife), no Mineirão, em Minas Gerais. Sobre o confronto, Wendel diz respeitar o time celeste, mas credita sua confiança ao elenco rubro-negro.

“Joguei durante dez anos no Cruzeiro (5 na base e mais 5 no profissional), e sei como é complicado enfrentá-los. Mas temos totais condições de trazer os três pontos. Vamos jogar de igual para igual”, incentivou, exaltando a presença de jogadores ‘rodados’ no time leonino. “Aqui, quem entra em campo corresponde. Mas claro que temos lideranças que pesam, como Durval e Diego Souza. Com esses atletas e outros também experientes na escalação, os adversários olham e ficam, de certa forma, mais intimidados”, ressaltou.

A vitória no último sábado sobre o Sport deixou os jogadores do São Paulo animados para brigar por uma vaga na Copa Libertadores do próximo ano. O resultado manteve o time na briga pelo G4 e diminuiu a tristeza pela eliminação na Copa do Brasil no meio de semana. "Precisamos da vaga na Libertadores para salvar o nosso ano", afirmou o goleiro Dênis, que substituiu o machucado Rogério Ceni.

O São Paulo tem os mesmos 53 pontos do Santos, mas fica atrás nos critérios de desempate. Mas os jogadores sabem que o foco tem de ser a classificação para a Libertadores. "O nosso objetivo é esse. Estamos na briga, conseguimos pontos importantes contra o Sport que nos deixa perto do G4", explicou Rodrigo Caio, que atuou como zagueiro.

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A próxima partida do time do Morumbi será contra o Cruzeiro, em Belo Horizonte. Além do Santos, Internacional, Ponte Preta, Sport e Palmeiras estão também no páreo. O Cruzeiro sonha, mas está um pouco mais distante do grupo. "A gente espera manter o ritmo para conseguir a classificação para a Libertadores", avisou o volante Hudson.

Depois do Cruzeiro, o São Paulo ainda terá pela frente Atlético Mineiro, Corinthians, Figueirense e Goiás. "A gente está perto da Libertadores e vamos brigar até o fim. Temos de encarar todos os jogos que faltam como uma final", comentou o lateral-direito Bruno, que sentiu dores na coxa direita, mas garante que não preocupa para o próximo duelo do time.

O River Plate é o representante de fato e de direito da América do Sul no Mundial de Clubes da Fifa, que será disputado em dezembro no Japão. Já tinha esta condição garantida porque o outro finalista era um time mexicano, o Tigres, que só pode representar a Concacaf na competição. Mas nesta quarta-feira, o clube argentino ganhou por 3 a 0, no lotado estádio Monumental de Nuñez, na chuvosa Buenos Aires, após empate sem gols no México, e se sagrou campeão sul-americano pela terceira vez na história - a primeira depois de 19 anos (as outras duas taças foram em 1986 e 1996).

O jogo começou a ser resolvido no último lance do primeiro tempo, quando Lucas Alario marcou de peixinho, após grande jogada de Vangioni pela esquerda, na primeira chance que o River Plate conseguiu criar. Até ali, a equipe argentina não tinha levado perigo ao goleiro Guzmán. Mas muitas faltas foram marcadas e cartões amarelos - cinco nos primeiros 45 minutos, nove no total - haviam sido mostrados.

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Com a vantagem no placar, o River Plate voltou para o segundo tempo recuado e usando todos os recursos para provocar os jogadores do Tigres e fazer o tempo passar. Aos 27 minutos, Aquino perdeu a bola perto da área e na sequência cometeu pênalti sobre o volante uruguaio Carlos Sánchez, que tomou a responsabilidade da cobrança para si, bateu bem e fez 2 a 0.

Não havia mais dúvida de que o título estava ganho, mas ainda veio o golpe de misericórdia: o zagueiro Funes Mori, de cabeça, após escanteio da direita, fez o terceiro gols aos 33 minutos. E daí em diante a festa tomou conta do estádio e do banco de reservas do River Plate.

Foi a conquista de uma equipe que foi a pior entre as 16 que passaram da fase de grupos e que esteve com um pé fora em algumas oportunidades. Para avançar às oitavas de final, o próprio Tigres a salvou ao derrotar o Juan Aurich, no Peru, na última rodada, por incríveis 5 a 4. Veio o clássico contra o Boca Juniors com vitória em casa por 1 a 0, em um jogo muito violento, e muita confusão na Bombonera - a partida acabou no intervalo após jogadores do River Plate serem atingidos por gás de pimenta jogado por torcedores rivais na saída do vestiário.

Nas quartas de final, a equipe do técnico Marcelo Gallardo perdeu para o Cruzeiro por 1 a 0 no jogo de ida, em Buenos Aires, mas teve forças para virar com uma contundente vitória por 3 a 0 em pleno estádio do Mineirão, em Belo Horizonte. Nas semifinais, mostrou raça e tradição ao passar pelo surpreendente Guaraní, do Paraguai.

No Mundial de Clubes, o River Plate se junta a outros três já classificados: Barcelona (Espanha), América (México) e Auckland City (Nova Zelândia). Faltam os campeões da Ásia e da África e o clube do país-sede.

FICHA TÉCNICA

RIVER PLATE 3 x 0 TIGRES

RIVER PLATE - Barovero; Mayada, Maidana, Funes Mori e Vangioni; Sánchez, Ponzio, Kranevitter (Lucho González) e Bertolo; Cavenaghi (Pisculichi) e Lucas Alario (Driussi). Técnico: Marcelo Gallardo.

TIGRES - Guzmán; Jiménez (Guerrón), Juninho, José Rivas e Torres Nilo; Arévalo Ríos (Dueñas), Guido Pizarro, Jürgen Damm e Javier Aquino; Rafael Sóbis e Gignac. Técnico: Ricardo Ferreti.

GOLS - Lucas Alario, aos 44 minutos do primeiro tempo; Sánchez (pênalti), aos 29, e Funes Mori, aos 33 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Sánchez, Cavenaghi, Funes Mori e Lucas Alario (River Plate); Torres Nilo, José Rivas, Gignac, Jiménez e Juninho (Tigres).

ÁRBITRO - Darío Ubriaco (Fifa/Uruguai).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires (Argentina).

Cerca de cem torcedores foram apoiar o elenco do Internacional no embarque para a cidade de Monterrey, no México, onde a equipe decidirá na quarta-feira, às 22 horas (horário de Brasília), uma vaga para a final da Libertadores.

A festa no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, começou com a chegada do ônibus do clube. Cada atleta que descia para o saguão era saudado com muito entusiasmo. E a festa seguiu mesmo após o embarque, como se estivessem no Beira-Rio.

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Depois de vencer a partida em casa por 2 a 1, o Inter avança para a decisão com qualquer empate. Pode até perder por um gol de diferença, mas desde que marque pelo menos dois (ou seja, avança com placares como 3 a 2, 4 a 3, 5 a 4...). Se o resultado da primeira partida se repetir, a decisão vai para os pênaltis.

Entre os relacionados pelo técnico Diego Aguirre, a principal ausência é a do zagueiro Réver, que sentiu a coxa na partida contra o Goiás, no sábado, pelo Campeonato Brasileiro. No entanto, o zagueiro Juan, o meia Alex e o atacante Eduardo Sasha, que começaram o jogo do Brasileirão como titular para ganhar ritmo, viajaram para o México.

Sasha falou sobre a expectativa dos jogadores para a partida. "Eles vão estar jogando em casa, com a necessidade do resultado, então vai ser normal eles saírem (ao ataque). A pressão vai ser enorme, mas vamos buscar a vitória. Não pode ficar recuado, porque isso chama o gol. Estamos preparados para o jogo de quarta. Sabemos que temos condições de ir lá e vencer também", comentou.

A provável escalação do Inter para o confronto de volta da semifinal terá: Alisson; William, Ernando, Juan e Geferson; Rodrigo Dourado, Aránguiz, D'Alessandro e Valdívia; Lisandro López (Eduardo Sasha) e Nilmar.

Confira a lista de relacionados para a partida:

Goleiros: Alisson, Muriel e Dida.

Zagueiros: Juan, Alan e Ernando.

Laterais: William e Geferson.

Volantes: Rodrigo Dourado, Aránguiz, Nilton, Nico Freitas e Wellington Martins.

Meias: D'Alessandro, Valdívia, Anderson e Alex.

Atacantes: Nilmar, Sasha, Lisandro López, Rafael Moura e Vitinho.

As recentes derrotas e o mau futebol apresentado nas últimas duas partidas do Campeonato Brasileiro parecem não ter abalado a confiança da torcida do Internacional na Libertadores. Tanto é que os colorados esgotaram os ingressos para a partida de ida da semifinal do torneio continental diante do Tigres, no próximo dia 15, no Beira-Rio.

A mobilização dos torcedores já havia começado na semana passada, quando 15 mil sócios haviam garantido ingressos através do sistema de check-in online. Somente nesta segunda, no entanto, os guichês foram abertos para outras categorias de sócios e logo as entradas foram esgotadas.

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Com isso, a expectativa é de que o Beira-Rio receba pelo menos 40 mil pessoas. O recorde de público do estádio desde que foi reaberto é 44.665 torcedores na vitória por 2 a 0 sobre o Independiente Santa Fé, da Colômbia, justamente o resultado que garantiu a equipe nas semifinais da Libertadores.

O Boca Juniors recorrerá à Justiça contra 17 sócios que expulsou e considera envolvidos nos incidentes que levaram à eliminação do clube da Libertadores no clássico do último dia 14 contra o River Plate. O pedido de indenização está próximo dos US$ 7,8 milhões. O clássico argentino disputado pelas oitavas de final não terminou, por uma agressão com spray de pimenta contra jogadores visitantes no intervalo, quando a partida estava 0 a 0.

Entre os nomeados na ação está Adrián "Panadero" Napolitano, que usou o spray e agora sofre ameaças de morte da própria torcida do Boca. Parte dos processados estava no setor da plateia, de onde jogavam garrafas contra os jogadores do River, que só saíram do campo às 0h21 de sexta-feira. O processo foi confirmado ao jornal 'La Nación' e a outros meios argentinos.

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O jogo foi suspenso pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), que dois dias depois determinou a classificação automática do River, que nesta quinta-feira perdeu em casa por 1 a 0 para o Cruzeiro. Ônibus que transportavam os brasileiros foram apedrejados na saída da partida, enquanto os torcedores do River cantavam "Nós apoiamos, gás de pimenta não atiramos". O próximo jogo será em Belo Horizonte no dia 27.

A Conmebol determinou que o Boca também terá de jogar suas próximas quatro partidas em torneios internacionais com portões fechados e não poderá ter torcida como visitante em quatro jogos. Também pagará multa de US$ 200 mil e jogará domingo em casa pelo campeonato nacional também sem torcedores. O clube estima o prejuízo em US$ 7,2 milhões. Há consequências paralelas. A possível renovação do contrato do atacante Pablo Osvaldo, principal jogador do time, pertencente ao Inter de Milão, não ocorrerá. A repatriação de Carlitos Tevez, hoje na Juventus, na metade do ano, que os dirigentes admitiam negociar, não deve sair.

O clube também é alvo de ações judiciais pelo que ocorreu contra o River - seria simples, com auxílio de seguranças, ter isolado o túnel inflável por onde ingressou o River no gramado, colado à grade que separa o campo da arquibancada onde fica a barra brava 12, principal organizada do clube. O advogado Gregorio Dalbón exige do clube e de seu presidente, Daniel Agelici, reparação por danos morais estimada em US$ 17 milhões.

Um suposto "barra brava" do Boca Juniors foi identificado pela Justiça como o autor do ataque aos jogadores do River Plate com um gás tóxico no intervalo do duelo pelas oitavas de final da Copa Libertadores, na última quinta-feira, no Estádio La Bombonera, que acabou sendo encerrado em razão desse incidente.

Um vídeo feito pelo Fox Sports, dono dos direitos de transmissão do torneio, que foi analisado pela Justiça e difundido ao público permitiu a identificação do autor material da agressão e de outros dez torcedores que atuaram como cúmplices, segundo um comunicado divulgado pelo Boca Juniors.

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O clube não revelou as identidades, mas a agência estatal Télam confirmou se tratar de Adrian Napolitano, "El Panadero" ("O Padeiro", em português), e suposto "barra brava" do Boca.

No vídeo se observa claramente esse torcedor, com um casaco amarelo e gorro azul, andando pela tribuna inferior norte e se aproximando do túnel inflável pelo qual deveriam sair os jogadores do River. Após estender a sua mão através do alambrado, ele lança um líquido de coloração laranja.

Este novo vídeo lança luz sobre o que aconteceu porque até agora circulavam versões diferentes sobre a agressão, que deixou quatro jogadores do River com ardência nos olhos e queimaduras pelo corpo.

Anteriormente, durante a partida, havia sido difundida outra imagem de um torcedor tentando romper o túnel inflável com um sinalizador, e se pensava que por ali teria sido lançado uma preparação caseira com gás pimenta.

Além do torcedor identificado como Napolitano, que faria parte de um setor da mais famosa torcida organizada do Boca - La 12 -, se observa no vídeo outros torcedores atentos aos movimentos do agressor.

Diante do incidente, a Conmebol expulsou o Boca Juniors da Copa Libertadores e declarou o River como vencedor da série. Além disso, determinou que o time jogue os próximos quatro duelos como mandante com os portões fechados em torneios internacionais e outros quatro como visitante sem a presença da sua torcida. Além disso, multou o clube em US$ 200 mil (aproximadamente R$ 600 mil). O Boca recorreu da punição.

O Boca Juniors está eliminado da edição de 2015 da Copa Libertadores. No final da noite deste sábado, a Conmebol anunciou a sua decisão de excluir o clube da competição após os incidentes ocorridos na última quinta-feira, durante o jogo de volta das oitavas de final contra o River Plate, que agora avançar às quartas de final, fase em que terá o Cruzeiro como adversário.

O jogo da última quinta-feira no Estádio La Bombonera foi suspenso antes do início do segundo tempo, após jogadores do River serem atacados com uma substância irritante no túnel inflável pelo qual entravam em campo.

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O Boca pretendia disputar os 45 minutos restantes do duelo, que estava empatado em 0 a 0, enquanto o River pedia a vitória no duelo e a classificação às quartas de final da Libertadores - o time havia vencido o primeiro jogo por 1 a 0. E o time teve êxito na sua tentativa.

A pena ao Boca, porém, pode ser considerada branda, mesmo que o clube tenha recebido outras sanções além da já esperada eliminação. O time terá que disputar os próximos quatro jogos como mandante em competições organizadas pela Conmebol com os portões fechados e também não terá direito a ingressos de visitante em outros quatro duelos. E o clube terá que pagar um multa de US$ 200 mil (aproximadamente R$ 600 mil) à Conmebol.

As quartas de final da Libertadores serão disputadas a partir da próxima semana. E a tendência é que o primeiro duelo entre Cruzeiro e River Plate seja realizado na próxima quinta-feira em Buenos Aires, no Monumental de Núñez, o estádio do clube argentino.

Durante a sessão na sede da Conmebol, nos arredores de Assunção, o Boca Juniors apresentou a sua defesa, de mais de 50 páginas. Depois, representantes do River Plate apresentaram sua defesa. Enquanto isso, fora do edifício, dezenas de torcedores do River cantavam músicas à espera do veredicto, que acabou sendo favorável ao time.

Aparentemente, os jogadores do River foram vítimas de um torcedor que, de acordo com as imagens de televisão, rasgou o túnel inflável e realizou o ataque. E depois do duelo, em avaliações em hospital de Buenos Aires se detectou que quatro jogadores do time visitante tiveram lesões de diferentes gravidade na pele e na córnea. Agora o clube está garantido nas quartas de final da Libertadores, enquanto o Boca, o melhor time da fase de grupos, foi eliminado pela Conmebol em razão do lamento ato da sua torcida.

A Conmebol anunciou nesta sexta-feira que abriu um processo disciplinar contra o Boca Juniors e deu um prazo até às 15 horas (de Brasília) deste sábado para o clube apresentar a sua defesa em relação aos incidentes ocorridos na última quinta-feira, durante o clássico contra o River Plate, no Estádio La Bombonera, que forçou a interrupção do duelo válido pelas oitavas de final da Copa Libertadores.

"No dia de hoje a Unidade Disciplinar da Conmebol, após ter recebido os informes correspondentes, iniciou experiente disciplinar contra o Club Atlético Boca Juniors sobre a base dos referidos acontecimentos", anuncia a Conmebol em nota oficial.

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"Ao citado clube, conforme disposto no Regulamento Disciplinar da Conmebol, foi concedido um prazo até às 14h horas de Assunção (15h de Brasília) de amanhã, 16 de maio, para apresentar as alegações que considere oportunas", completa a entidade.

Na noite de quinta-feira, torcedores do Boca Juniors atacaram com gás pimenta jogadores do River Plate quando esses regressavam pelo túnel inflável para o segundo tempo do clássico que definiria o rival do Cruzeiro nas quartas de final da Copa Libertadores.

A partida estava empatada em 0 a 0, resultado que classificaria o River, pois o time havia vencido o jogo de ida por 1 a 0. O confronto, no entanto, precisou ser encerrado em razão do ataque aos atletas. Depois, em avaliações em hospital de Buenos Aires se detectou que quatro jogadores do time visitante tiveram lesões de diferentes gravidade na pele e na córnea. Além disso, um drone circulou pelo estádio com um "fantasma da Série B" como provocação ao River Plate.

Nesta manhã, o estádio do Boca Juniors foi interditado pelo Ministério Público de Buenos Aires para inspeção e "proteção de provas". Agora com a abertura da ação disciplinar contra o clube, a expectativa é pata que o Boca seja punido e eliminado desta edição da Libertadores. Mas o veredicto só deverá ser dado neste sábado, após o clube apresentar a sua defesa no prazo estipulado pela Conmebol.

O estádio La Bombonera, do Boca Juniors, foi fechado na manhã desta sexta-feira (15), pelo Ministério Público de Buenos Aires para inspeção e "proteção de provas". Na noite de quinta-feira, 14, torcedores locais - não há espaço para visitantes em jogos entre times argentinos, como medida de precaução - atacaram com gás pimenta jogadores do River Plate quando regressavam pelo túnel inflável para o segundo tempo do clássico que definiria o rival do Cruzeiro nas quartas de final da Copa Libertadores.

A partida estava 0 a 0. Ainda nesta sexta-feira, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) decidirá se os pontos do jogo vão para o River ou se o período restante será jogado no fim de semana em campo neutro e sem torcida.

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"O estádio do Boca está fechado. Durante o dia será inspecionado", resumiu o procurador-geral do município, Martín Ocampo. O objetivo é investigar falhas na segurança e descobrir quem jogou o gás no túnel, que fica grudado à torcida 12, a barra brava mais conhecida do clube. Imagens mostram um homem com o rosto parcialmente coberto furando o plástico do túnel através das grades que separam o campo da torcida organizada.

Pelo menos quatro jogadores do River tiveram lesões de diferentes gravidade na pele e na córnea. O caso mais grave era o do meia Leonardo Ponzio. Os outros atingidos são Leonel Vangioni, Ramiro Funes Mori e Matías Kranevitter. Todos passaram de madrugada pelo Instituto de Queimados de Buenos Aires e foram liberados.

Segundo o inciso primeiro do artigo 23 do regulamento da Conmebol, "qualquer equipe cuja responsabilidade determine o resultado de um jogo será considerada perdedora por 3 a 0". Se não for comprovada a autoria, a partida deveria continuar dentro de 24 horas, ou em outra data estabelecida pela Conmebol.

Os principais questionamentos foram lançados sobre a rigidez da revista no estádio, que não detectou a entrada do gás. Sinalizadores foram lançados e até um drone com uma bandeira com a letra B, em referência ao rebaixamento do River em 2011, sobrevoou o gramado.

Foto: ALEJANDRO PAGNI / AFP

Um dos confrontos mais importantes da história entre Boca Juniors e River Plate, o "Superclássico" da Argentina, no estádio La Bombonera, em Buenos Aires, não terminou. Nesta quinta-feira, em meio a muita confusão que começou no intervalo por causa de gás de pimenta jogado pela torcida do Boca nos jogadores do River que saíam do vestiário, o duelo da volta pelas oitavas de final da Copa Libertadores terá seu complemento em um outro dia.

Depois de pouco mais de uma hora de paralisação por causa do estado de saúde de vários jogadores do River Plate e do clima de insegurança no estádio, o trio de arbitragem e o delegado da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) decidiram suspender a partida. É esperada para esta sexta-feira uma decisão da entidade sobre o que acontecerá com o duelo, que definirá o adversário do Cruzeiro nas quartas de final.

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Na semana passada, no estádio Monumental de Núñez, casa do River Plate, em um jogo marcado por muitas jogadas violentas em campo, o time da casa venceu por 1 a 0 e começou a partida em La Bombonera com a vantagem do empate. Empolgados pela torcida única em seu estádio, o Boca Juniors buscou mais o ataque no primeiro tempo, mas não levou perigo ao gol de Barovero.

Assim como na ida, o duelo da volta estava sendo marcado pela forte marcação e jogadas mais ríspidas. Tanto que cinco cartões amarelos foram distribuídos pelo árbitro argentino Darío Herrera - quatro deles para o Boca Juniors. Mas foi no intervalo que o clássico realmente "pegou fogo".

Imagens da transmissão de TV mostraram um torcedor do Boca Juniors próximo ao túnel de plástico que serve para isolar os jogadores do River Plate da torcida adversária. Aparentemente, ele seria o responsável por jogar o gás de pimenta no local, que atingiu vários atletas - Vangioni, Funes Mori e Ponzio foram os mais atingidos, sendo que alguns deles tinham marcas vermelhas no corpo.

Diante do ocorrido, o trio de arbitragem não teve condições de iniciar o segundo tempo. Ficou no centro do campo, enquanto os jogadores do River Plate eram atendidos e os do Boca Juniors esperavam no seu lado do gramado.

Após pouco mais de uma hora, sem condições de segurança, foi decidida a suspensão do confronto. "Lamentável. Estamos num espetáculo como esse e acontece uma situação dessa. É lamentável. Estamos esperando há mais de uma hora uma decisão. Os jogadores não estão bem", disse o técnico Marcelo Gallardo, do River Plate, ainda em campo, em entrevista aos jornalistas, pouco antes da decisão final.

Atlético Mineiro e Internacional deixaram as festas dos títulos estaduais, em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, respectivamente, para iniciar um confronto equilibrado nas oitavas de final da Copa Libertadores. Nesta quarta-feira, às 22 horas, a primeira batalha será no estádio Independência, em Belo Horizonte - a volta, em Porto Alegre, será na outra quarta.

O goleiro Victor foi irônico para fugir da polêmica criada pelo ex-presidente do Internacional, Fernando Carvalho, que afirmou que o camisa 1 tremia contra o rival colorado quando jogava contra o Grêmio. "Falar até papagaio fala. Estou preocupado com o jogo. Ele está longe dos holofotes e está querendo aparecer um pouco", afirmou.

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A irregularidade tem marcado a campanha do Atlético, que conseguiu a vaga somente na última rodada. "Por mais que a gente não tenha feito uma primeira fase convincente, nosso time cresce no mata-mata", disse o meia/atacante Luan. A equipe deve ser a mesma que venceu a Caldense por 2 a 1, no último domingo, em Varginha.

O Internacional fez uma campanha mais consistente e está em ascensão. O time, no entanto, perdeu o centroavante Nilmar, destaque nos últimos jogos, por causa de uma lesão muscular. Embora o técnico uruguaio Diego Aguirre tenha feito mistério nesta terça-feira, o argentino Lisandro López deverá entrar no seu lugar.

Depois de ser o campeão do "grupo da morte" na fase anterior, o Corinthians enfrenta o Guaraní, do Paraguai, uma equipe do segundo escalação do futebol sul-americano, na rodada de ida das oitavas de final da Copa Libertadores. Em Assunção, no estádio Defensores del Chaco, a equipe mostra grande preocupação para administrar o favoritismo declarado no jogo desta quarta-feira, às 19h45 (de Brasília).

"Não quero cometer uma falta de ética e fazer comparações com o Guaraní. Mas nossa responsabilidade é grande. Queremos passar por essa etapa respeitando o adversário", afirmou o técnico Tite. O meia Danilo, reserva na partida desta quarta-feira, mas com dois títulos da Libertadores na carreira, faz um alerta. "Se nós acharmos que vai ser fácil, nós vamos tropeçar", disse o corintiano.

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A partida em Assunção não representa apenas uma demonstração de força do Corinthians diante de um rival que, mesmo que seja o atual campeão nacional e lidere a temporada atual, ainda represente apenas a terceira força do futebol paraguaio, atrás de Olímpia e Cerro Porteño.

O Corinthians quer provar para si mesmo que pode recuperar o poderio de uma invencibilidade de 27 partidas que ostentou até o mês de abril. A sequência foi abalada pela eliminação nos pênaltis para o Palmeiras, na semifinal do Campeonato Paulista, e quebrada pela derrota para o São Paulo na última rodada da fase de grupos. Após as duas derrotas, o rendimento do time foi questionado. Desde o dia 23 abril, o time só treina. "Nossa expectativa é retomar nosso padrão. Com os treinos, o time vai oscilar menos", disse Tite.

A volta do atacante Paolo Guerrero é a principal arma para a equipe se recuperar. Fora do time por ter contraído dengue no dia 12 de abril, o peruano está confirmado ao lado de Luciano, que será o substituto de Emerson, suspenso. Na lateral esquerda, Fabio Santos volta a ser titular. "A volta do Guerrero vai ajudar nossa equipe. É um jogador que tem sido referência para nós e feito gols", afirmou o meia Jadson.

Para Luciano, será a grande chance da temporada. Depois de anotar 15 gols em 2014 e ser o vice-artilheiro do time, ele perdeu espaço, atuou em algumas partidas do Paulistão, mas ficou um mês fora por causa de uma lesão muscular. Para esta quarta-feira, ganhou o duelo com Malcom e Danilo. "Estou recuperado e pronto para voltar a jogar bem".

A torcida do Corinthians adquiriu todos os ingressos para o jogo do dia 13 de maio, às 22 horas, contra o Guaraní, do Paraguai, no Itaquerão pelas oitavas de final da Taça Libertadores - o duelo de ida será no dia 6, fora de casa. Todas as entradas foram vendidas pela internet, pelo sistema do programa de sócio-torcedores Fiel Torcedor. Foram vendidas todas as entradas para todos os setores e todas as categorias. Parte das entradas está apenas reservada. As reservas que não forem pagas serão oferecidas novamente no sistema nesta sexta-feira, às 14 horas.

Com cerca de 30 mil acessos simultâneos no site do programa, foram vendidos cerca de 1.300 ingressos por minuto. A informação foi confirmada pelo site oficial do Corinthians na noite desta quarta-feira. Isso significa que a estádio estará lotado para a jogo que vai definir um dos classificados às quartas de final da Libertadores.

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O Corinthians é o clube que levou mais torcedores ao estádio nos jogos da Libertadores, seja no total de espectadores como também no porcentual de ocupação do Itaquerão. Números divulgados pela organização da Copa Libertadores nas redes sociais mostram que mais de 153 mil torcedores assistiram às partidas da equipe no torneio sul-americano.

O River Plate, segundo colocado, já levou 134 mil espectadores. Mesmo que o ranking considere o jogo adicional que o Corinthians disputou na fase preliminar, contra o Once Caldas, porcentualmente, o clube brasileiro também leva vantagem. Tem 93,8% de ocupação contra apenas 67% do River Plate; o Boca, terceiro colocado no total de público, com 90% de ocupação.

Na média de público, o Corinthians é superado pelos argentinos. A equipe brasileira levou 38.455 torcedores à arena de Itaquera por jogo, contra 44.689 do River e 44.514 do Boca nos seus jogos como mandante. Já Tigres e Internacional registram médias de 37,8 mil e 36,9 mil, respectivamente. A média são-paulina é de 27.232.

O técnico interino do São Paulo, Milton Cruz, contou após a partida desta quarta-feira que derrotou o Corinthians, então invicto no ano, graças ao posicionamento dos volantes. Na vitória por 2 a 0 pela Libertadores, o comandante tricolor disse que estudou detalhadamente o rival e arrumou a equipe para anular suas triangulações pelas laterais do campo, arma muito executada por Tite.

"Vínhamos jogando com um volante centralizado e mais dois chegando ao ataque. Mudamos um pouco o jeito de jogar porque o Corinthians ataca pelos lados. Deixamos dois volantes centralizados (Hudson e Denilson) para isso", explicou Milton Cruz depois da vitória, no Morumbi. "Conseguimos neutralizar as jogadas do Corinthians de triangulação com Jadson, Fagner e Elias pela direita. Estudamos bastante isso deles e por isso colocamos dois volantes lado a lado", comentou.

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O interino ainda elogiou o papel de alguns jogadores na tarefa de anular peças importantes do rival. Para ele, Ganso impediu os avanços de Elias, além de Denilson e Souza terem dificultado as ações de Renato Augusto e Jadson. Milton ainda descartou justificar a vitória apenas pela expulsão de Emerson, ainda no primeiro tempo. "Mesmo antes disso o São Paulo estava melhor no jogo, tomando conta. Mesmo que não houvesse a expulsão, o São Paulo estava em uma noite muito boa e correndo muito", disse.

Em quatro partidas como interino, Milton Cruz tem três vitórias (Portuguesa, Red Bull e Corinthians) e apenas um derrota (2 a 1, sofrida para o Santos). Sem querer falar em efetivação no cargo, o técnico do São Paulo destacou que nos seus dias de trabalho tem focado mais em conversar com os jogadores e ajeitar o time em reuniões do que em fazer trabalhos táticos. Durante a entrevista coletiva, Milton parou por um instante para cumprimentar o presidente Carlos Miguel Aidar, que lhe parabenizou pela vitória.

As oitavas de final da Copa Libertadores, definidas nesta quarta-feira com a realização da sexta e última rodada da fase de grupos, terão dois confrontos entre clubes brasileiros. O São Paulo, que garantiu a segunda vaga do chamado "grupo da morte" vai enfrentar o Cruzeiro. E o Internacional terá o Atlético Mineiro pela frente. O Corinthians vai jogar contra o Guaraní, do Paraguai. É, pelo menos teoricamente, o clube do País com o caminho mais tranquilo.

A fase também será marcada pelo maior clássico do futebol argentino entre Boca Juniors, o time de melhor campanha na fase de grupos, e River Plate, o pior entre os 16 classificados às oitavas de final. E é justamente deste confronto que sairá o adversário de quem passar do confronto entre Cruzeiro e São Paulo. No duelo brasileiro, o primeiro jogo será no estádio Morumbi, na capital paulista, e a volta acontecerá no Mineirão, em Belo Horizonte.

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Do mesmo lado da chave para definir uma semifinal está o Corinthians, que "deu sorte" com a derrota no clássico e agora enfrentará o Guaraní, do Paraguai. A ida será em Assunção e a volta, no estádio Itaquerão. Quem passar deste duelo terá pela frente o vencedor do confronto entre Racing, da Argentina, e Montevideo Wanderers, do Uruguai.

O outro duelo entre clubes brasileiros está no lado oposto da chave de Corinthians, São Paulo e Cruzeiro. Internacional e Atlético Mineiro prometem dois jogos equilibrados, sendo o primeiro no estádio Independência, em Belo Horizonte, e o segundo no Beira-Rio, em Porto Alegre. O vencedor jogará nas quartas de final contra o ganhador do confronto entre Independiente Santa Fé, da Colômbia, e Estudiantes, da Argentina.

Por fim, a chave em que está Internacional e Atlético Mineiro também tem os confrontos Tigres, do México, contra o Universitário Sucre, da Bolívia, e Atlético Nacional, também colombiano, contra o Emelec, do Equador. A Conmebol deve divulgar nesta quinta-feira as datas e horários dos duelos das oitavas de final da Libertadores.

O São Paulo que venceu o Corinthians por 2 a 0, nesta quarta-feira, e garantiu com folga a vaga nas oitavas de final da Copa Libertadores não havia entrado em campo em 2015. Veloz, objetivo e vibrante, acabou com uma invencibilidade de 26 jogos do rival com autoridade e garantiu o segundo lugar do Grupo 2 para enfrentar o Cruzeiro. O Corinthians, já classificado, enfrentará o Guaraní, do Paraguai.

O jogo tenso do estádio do Morumbi e a arbitragem rigorosa - foram duas expulsões do Corinthians (Emerson e Mendoza) e uma do São Paulo (Luis Fabiano)- vão desfalcar os dois nas oitavas de final. Com a vaga, o time da casa tirou um nó da garganta: há 13 jogos, desde 2007, não vencia o Corinthians na sua casa.

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A alma do São Paulo também deu o ar de sua graça e a equipe mostrou atitude de quem precisava vencer para não depender do jogo do San Lorenzo na Argentina - o atual campeão ainda acabou perdendo por 1 a 0 para o Danubio, do Uruguai. Era como se o rock tocado em show antes do jogo continuasse a tocar e a tocar, em um volume cada vez mais alto.

Só faltou consertar uma coisa: a insegurança dos zagueiros. Dória ficou pendurado com cartão amarelo logo no início por causa um carrinho estabanado em Fagner e Rafael Toloi confundia intensidade com insanidade. A atitude do São Paulo foi surpreendente até para o líder invicto do Grupo 2 da Libertadores. Acuada no início do jogo, demorou 10 minutos para conseguir a primeira finalização. Renato Augusto e Elias mal pegaram na bola.

Foi aos 18 minutos que Emerson definiu a queda definitiva do Corinthians no jogo. Embora cascudo e tarimbado, o herói da Libertadores de 2012 agiu como juvenil, revidou um pisão de Rafael Toloi e foi expulso. O lance teve o efeito de um gol contra.

Foi questão de tempo - 13 minutos exatamente - para que a pressão dos donos da casa fizesse evaporar o zero do placar. Foi com Luis Fabiano em um lance sem beleza. O atacante fez seu primeiro gol nesta Libertadores, mas, juntando as outras edições, foi seu 14.º tento. Irregular, é um artilheiro que vive de lampejos do passado.

Na mesma toada - sim, ainda o rock -, Michel Bastos chutou de fora e Cássio falhou - depois culpou o morrinho artilheiro.

TÁTICA - O jogo não foi só coração. O técnico interino Milton Cruz foi bem ao escalar Bruno na direita. Teve atitude ainda mais acertada em transformar Michel Bastos em um atacante. Conseguiu finalmente colocar o dedo de Ganso na tomada. Denilson colocou Jadson no bolso.

Tite teve pouco tempo para descobrir se daria certo a mudança que fez no intervalo, quando trocou o inexpressivo Vagner Love pelo promissor Mendoza. Aos 9 minutos da etapa final, o colombiano foi expulso com Luis Fabiano. O primeiro por tentar um safanão; o segundo por simular que tivesse sido atingido.

Se o jogo estava encaminhado lá atrás, passou a se arrastar quando o São Paulo ficou com 10 e o Corinthians, 9. Aí, faltou ousadia para Milton Cruz. Era o momento de resgatar de vez a confiança - foi a primeira vitória do São Paulo em clássicos no ano - e tentar uma goleada. Demorou para trocar um dos três volantes. Satisfeito com a proeza que havia conseguido, o time pecou pela acomodação. O Corinthians se fechou do jeito que deu.

FICHA TÉCNICA

SÃO PAULO 2 x 0 CORINTHIANS

SÃO PAULO - Rogério Ceni; Bruno, Rafael Toloi, Dória e Reinaldo; Denilson (Centurión), Souza, Hudson (Rodrigo Caio) e Paulo Henrique Ganso; Michel Bastos (Thiago Mendes) e Luis Fabiano. Técnico: Milton Cruz (interino).

CORINTHIANS - Cássio; Fagner, Gil, Felipe e Uendel; Ralf, Elias, Renato Augusto (Danilo) e Jadson (Bruno Henrique); Emerson e Vagner Love (Mendoza). Técnico: Tite.

GOLS - Luis Fabiano, aos 31, e Michel Bastos, aos 39 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS - Denilson, Reinaldo, Hudson e Dória (São Paulo); Elias e Danilo (Corinthians).

CARTÕES VERMELHOS - Luis Fabiano (São Paulo); Mendoza e Emerson (Corinthians).

ÁRBITRO - Sandro Meira Ricci (Fifa/PE).

RENDA - R$ 3.113.120,00.

PÚBLICO - 38.772 pagantes.

LOCAL - Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP).

Tite comemorou a classificação antecipada do Corinthians para as oitavas de final da Copa Libertadores, mas ficou exaltado quando perguntado sobre comentários do técnico do San Lorenzo, Edgardo Bauza, a respeito do comportamento da equipe no empate por 0 a 0 com o time argentino, quinta-feira, no Itaquerão, e no jogo da próxima quarta-feira, quando encerra a sua participação no Grupo 1, contra o São Paulo, no Morumbi.

"O que eu posso dizer é que tenho muito orgulho da minha carreira. Fui treinador de time de fábrica. O Corinthians é centenário, as pessoas que comandam têm dignidade. Para mim, esse tipo de ilação não serve", gritou o treinador, enquanto batia a mão na mesa da sala de entrevistas do Itaquerão.

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Tite destacou que, apesar de o empate, o Corinthians atacou o San Lorenzo durante boa parte do jogo e só diminuiu o ritmo nos minutos finais para não correr o risco de levar um gol. "Nós queríamos e buscamos (o gol). Aceleramos o jogo, a equipe teve maturidade. Se você faz 15 finalizações, não consegue furar o bloqueio e nos dez minutos finais toma um gol, vem a pergunta se faltou maturidade. No final, é hora de não dar chance ao adversário, é hora de não morrer", disse.

O treinador ainda não sabe se poupará jogadores domingo, contra o Palmeiras, na semifinal do Campeonato Paulista, no Itaquerão. "Agora vamos começar a pensar. A gente vai ter que ajustar, vamos ter que fazer uma revisão", afirmou.

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