Tópicos | La Bombonera

A prefeitura de Buenos Aires ordenou a interdição da Bombonera por superlotação durante a derrota por 2 a 0 da Argentina para o Uruguai, nesta quinta-feira, pela quinta rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo. A decisão foi comunicada logo depois da partida pelo Boca Juniors, dono do estádio, que se defendeu e disse que a capacidade máxima de público foi respeitada.

"Orgulhoso de ter recebido os campeões mundiais em casa, em clima de festa e com total normalidade, o Clube Atlético Boca Juniors comunica que, apesar de não ter ultrapassado a capacidade máxima do estádio, o órgão de controle governamental da Prefeitura de Buenos Aires decidiu, finalizada a reunião, pelo fechamento de La Bombonera por alegar que sua capacidade havia sido excedida. Dadas as circunstâncias do caso, o clube considera que esta ação demonstra animosidade contra a instituição, algo que foi sugestivamente reiterado em diversas ocasiões até agora neste ano", diz a nota publicada pelo clube xeneize em suas redes sociais.

##RECOMENDA##

O final do texto se refere a outros problemas que o Boca sofreu com seu estádio nesta temporada. Em fevereiro, por exemplo, uma parte da arquibancada Sul da Bombonera teve de ser fechada após o poder público apontar "deficiências construtivas" no local. O próximo jogo do Boca Juniors em casa esta marcado para dia 22 de novembro, ao fim da atual Data Fifa. Trata-se de um duelo com o Estudiantes, pela semifinal da Copa Argentina, que dá vaga para a Libertadores.

Em campo, na noite de quinta-feira, os torcedores que estiveram na Bombonera viram a Messi e seus companheiros de seleção argentina perderem o primeiro jogo desde a derrota para Arábia Saudita na primeira rodada da Copa do Mundo do Catar, da qual acabaram campeões. Apesar da derrota, a equipe de Lionel Scaloni continua na liderança das Eliminatórias, com 12 pontos, mas a distância para o vice-líder Uruguai diminuiu para dois pontos. O próximo compromisso é na terça-feira, no Maracanã, às 21h30, contra o Brasil, que caiu para quinto lugar, com sete pontos, depois de perder por 2 a 0 para a Colômbia.

A semifinal da Libertadores entre Boca Juniors e River Plate mobilizou a segurança nacional argentina. O Ministério da Segurança deslocará 1.500 policiais para a partida, além de dois helicópteros, motocicletas, carros blindados e monitoramento ao vivo feito por drones. As equipes se enfrentam nesta terça-feira, às 21h30 (de Brasília), em La Bombonera, no duelo de volta do torneio continental que definirá o primeiro finalista - o outro sairá na quarta-feira na partida entre Flamengo e Grêmio, no mesmo horário, no Maracanã.

A principal preocupação está em garantir a segurança do River Plate, o time visitante. E todo o aparato para proteger os jogadores tentará evitar o que aconteceu na decisão da Libertadores entre os clubes no ano passado. No jogo de volta, no Monumental de Nuñez, o ônibus do Boca foi apedrejado, atletas ficaram feridos, o duelo foi adiado e só aconteceu semanas depois, em Madri, na Espanha.

##RECOMENDA##

A delegação do River Plate deverá se reunir no Monumental de Nuñez no início da tarde. Em seu estádio deverão almoçar e descansar antes de ir para La Bombonera. Torcedores dos atuais campeões da Libertadores estão preparando uma festa em frente ao seu estádio, pois a partida terá torcida única do Boca.

O ônibus dos visitantes percorrerá 16 quilômetros até o estádio rival e a previsão é que chegue quatro horas antes do início da partida. O deslocamento contará com o monitoramento de dois helicópteros, além de 50 motos, que impedirão que qualquer pessoa se aproxime em um raio de 30 metros. Tudo será acompanhado no Centro de Monitoramento Urbano. Drones sobrevoarão as imediações para evitar surpresas.

O veículo do River também foi envelopado com uma película antivandalismo que não deixa o vidro das janelas ser estilhaçado. O sistema já passou por teste e foi aprovado em La Plata, antes do confronto com o Gimnasia, pelo Campeonato Argentino.

"Nada pode acontecer. Não há margem para erro. Estamos inibindo todas as possibilidades de problemas", disse um funcionário do Ministério da Segurança ao jornal argentino Clarín. "Nos disseram que o translado será cinematográfico", disse um dirigente do River ao site argentino InfoBae.

A segurança funcionou no jogo de ida. O time do Boca Juniors chegou sem problemas ao Monumental de Nuñez. O River Plate venceu a partida por 2 a 0 e agora pode perder por até um gol de diferença que garante a classificação para a final. Na outra semifinal, entre Flamengo e Grêmio, as equipes ficaram no 1 a 1 no duelo de ida, em Porto Alegre.

 Na América do Sul, um dos estádios mais temidos é a casa do Boca Juniors, a Bombonera. Mas um torcedor fez uma sugestão ao conselho do clube: mudar o nome da Bombonera para Juan Román Riquelme, considerado por muitos o maior ídolo da história do clube.

Martín González é apaixonado pelo futebol de Riquelme. Com a camisa do Boca, O meia conquistou três Libertadores, um mundial e uma Sul-Americana além de seis títulos argentinos.

##RECOMENDA##

“Existe uma conexão indiscutível entre Riquelme e o estádio do Boca Juniors. Sou grato por tudo o que ele fez ao nosso clube e já ouvi de Román que a La Bombonera é o jardim da sua casa. A maioria dos torcedores do Boca, quase todos, consideram Riquelme o melhor jogador da história do clube. Ele fica muito emocionado toda vez que fala sobre o Bombonera, e o público sempre fez questão de aplaudi-lo", pontuou o torcedor para a imprensa local.

Mas mesmo com toda a idolatria, não dever ser simples realizar a mudança. Martín González já levou seu pedido ao conselho do clube que deve se reunir em breve para debater a questão.

Inevitavelmente abalado com o vice-campeonato da Copa Libertadores, amargado com uma derrota por 3 a 1 para o River Plate na histórica final do último domingo, em Madri, o Boca Juniors informou que cancelou um evento que estava previsto para ocorrer nesta quarta-feira, na La Bombonera, que abrigaria o chamado "Dia do Torcedor".

O motivo alegado pelo clube para o cancelamento não foi a perda do título da competição continental, mas as "restrições impostas pelo Ministério de Segurança do Governo da Cidade (de Buenos Aires)", que "limitam o ingresso do público em geral" ao estádio, conforme confirmou em comunicado divulgado em seu site oficial justamente nesta quarta.

##RECOMENDA##

"Apesar da decisão do Boca Juniors de disponibilizar todos os meios para a organização do evento, as medidas previstas para limitar o ingresso do público em geral distorcem o objetivo da convocação (da torcida), assim como tinha sido colocado. Por este motivo, o clube nesta oportunidade não poderá disponibilizar o estádio para receber os torcedores e pede desculpas a todos aqueles que tinham a decisão de participar desta jornada", informou o clube.

Esse cancelamento do evento voltado para a torcida do Boca em La Bombonera acontece também na esteira do fato de que o governo da capital argentina anunciou anteriormente o fechamento do estádio. A punição ocorreu após o local ter sido aberto aos torcedores e recebido um público considerado excessivo durante um treino do time em 22 de novembro, que serviu de preparação para o confronto de volta da final da Libertadores.

Este segundo duelo da decisão com o River Plate estava inicialmente marcado para ocorrer no dia 24 de novembro, mas foi adiado por seguidas vezes em decorrência do ataque ao ônibus do Boca nas imediações do Monumental de Núñez durante a chegada da equipe ao estádio. Vítima do ato de violência cometido por torcedores do time da casa, o Boca se recusou a atuar no local e a Conmebol acabou remarcando a finalíssima da Libertadores para o último domingo, no Santiago Bernabéu, em Madri.

O Boca tentou revogar a medida do governo de Buenos Aires após as autoridades terem ordenado o fechamento do estádio. O clube teve sucesso parcial em sua solicitação, pois o local foi liberado com a restrição de só poder ser aberto aos torcedores que são sócios do time. E anteriormente o Boca usou as suas redes sociais para anunciar que as portas da La Bombonera seriam abertas para os festejos previstos para esta quarta-feira, tanto para associados como para a torcida em geral.

O tradicional clube argentino institui 12 de dezembro, desde 2012, como o Dia do Torcedor do Boca, que antes de saber o que ocorreria na decisão em Madri esperava poder também comemorar, no agora cancelado evento no estádio do time, o título da Libertadores que acabou sendo conquistado pelo River Plate.

O estádio La Bombonera, do Boca Juniors, foi fechado na manhã desta sexta-feira (15), pelo Ministério Público de Buenos Aires para inspeção e "proteção de provas". Na noite de quinta-feira, 14, torcedores locais - não há espaço para visitantes em jogos entre times argentinos, como medida de precaução - atacaram com gás pimenta jogadores do River Plate quando regressavam pelo túnel inflável para o segundo tempo do clássico que definiria o rival do Cruzeiro nas quartas de final da Copa Libertadores.

A partida estava 0 a 0. Ainda nesta sexta-feira, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) decidirá se os pontos do jogo vão para o River ou se o período restante será jogado no fim de semana em campo neutro e sem torcida.

##RECOMENDA##

"O estádio do Boca está fechado. Durante o dia será inspecionado", resumiu o procurador-geral do município, Martín Ocampo. O objetivo é investigar falhas na segurança e descobrir quem jogou o gás no túnel, que fica grudado à torcida 12, a barra brava mais conhecida do clube. Imagens mostram um homem com o rosto parcialmente coberto furando o plástico do túnel através das grades que separam o campo da torcida organizada.

Pelo menos quatro jogadores do River tiveram lesões de diferentes gravidade na pele e na córnea. O caso mais grave era o do meia Leonardo Ponzio. Os outros atingidos são Leonel Vangioni, Ramiro Funes Mori e Matías Kranevitter. Todos passaram de madrugada pelo Instituto de Queimados de Buenos Aires e foram liberados.

Segundo o inciso primeiro do artigo 23 do regulamento da Conmebol, "qualquer equipe cuja responsabilidade determine o resultado de um jogo será considerada perdedora por 3 a 0". Se não for comprovada a autoria, a partida deveria continuar dentro de 24 horas, ou em outra data estabelecida pela Conmebol.

Os principais questionamentos foram lançados sobre a rigidez da revista no estádio, que não detectou a entrada do gás. Sinalizadores foram lançados e até um drone com uma bandeira com a letra B, em referência ao rebaixamento do River em 2011, sobrevoou o gramado.

Foto: ALEJANDRO PAGNI / AFP

Mais de 60 arenas foram confirmadas na lista oficial de estádios presentes no game FIFA 14, nesta quinta-feira (19). A Eletronic Arts não colocou nenhum estádio brasileiro nesta lista, entre os campos estão o La Bombonera em Buenos Aires, Argentina, casa do Boca Juniors, e a Donbass Arena na Ucrânia, lar do Shaktar Donetsk.

FIFA 14 será lançado em 3 de outubro para Xbox 360, PlayStation 3, PlayStation 2 e PC. Nas plataformas PlayStation jogadores ainda terão acesso exclusivo ao estádio FIWC Stadium.

##RECOMENDA##

Confira a lista completa:

Akaaroa Stadium

Allianz Arena – Bayern Munich & TSV 1860 Munich

Aloha Park

Amsterdam ArenA – Ajax

Anfield – Liverpool FC

Arena del Centenario – Uruguay

Arena D’Oro

BC Place Stadium – Vancouver Whitecaps

Camp Nou – FC Barcelona

Court Lane

Crown Lane

Santiago Bernabéu – Real Madrid

Signal Iduna Park – Borussia Dortmund

St James’ Park – Newcastle United

Stade Gerland – Olympique Lyonnais

Stade Kokoto

Stade Municipal

Stade Velodrome – Olympique de Marseille

Stadio Classico

Stadio Comunale

Stadio Olimpico – Lazio/Roma

Stadion 23. Maj

Stadion Europa

Stadion Hanguk

Stadion Neder

Stadion Olympik

Stamford Bridge – Chelsea

Town Park

Union Park Stadium

Veltins-Arena – Schalke 04

Waldstadion

Wembley Stadium – England

White Hart Lane – Tottenham Hotspur

 

 

 

O Tigre confirmou nesta segunda-feira que irá receber o São Paulo no mítico estádio de La Bombonera, casa do Boca Juniors, em Buenos Aires, no primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, marcado para começar às 21h50 (de Brasília) desta quarta.

O tradicional palco do futebol argentino foi escolhido para abrigar o duelo de ida da decisão pelo fato de o estádio do Tigre, o José Dellagiovanna, ter capacidade para 28 mil torcedores e a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) exigir o mínimo de 40 mil lugares para a final. La Bombonera pode receber até 49 mil pessoas atualmente.

##RECOMENDA##

Desta forma, o estádio do Boca voltará a abrigar uma decisão de uma importante competição da Conmebol em 2012, depois de ter sido o palco do primeiro jogo da final da Copa Libertadores, entre Boca Juniors e Corinthians, que terminou empatada por 1 a 1, no dia 27 de junho, onde Romarinho fez o gol que garantiu a igualdade no placar aos corintianos.

O duelo de volta da decisão entre São Paulo e Tigre será disputado no próximo dia 12, às 21h50, no Morumbi, no confronto que marcará a despedida de Lucas, já negociado com o Paris Saint-Germain, da equipe são-paulina.

A arbitragem das duas partidas da decisão da Copa Sul-Americana também já está definida. O duelo de ida será comandando por Antonio Arias, do Paraguai, e o de volta terá o chileno Enrique Osses como juiz principal.

[@#galeria#@]

Enviado especial a Buenos Aires, Argentina

##RECOMENDA##

O maior clássico do futebol mundial esperou quase 100 anos para acontecer pela primeira vez na mítica La Bombonera, em Buenos Aires. E até os 36 minutos da etapa final parecia que não seria tão emocionante quanto o prometido. Mas o que veio a seguir entrou na história de Argentina x Brasil. Os donos da casa abriram o placar, viram os brasileiros empatarem com Fred, mas no último lance, Scocco fez o segundo dele e levou a decisão para os pênaltis.

Espantando a pressão dos donos da casa e, principalmente, os traumas recentes em penalidades, a Seleção Brasileira fez 4x3 e garantiu o 10º título do Superclássico das Américas. Na primeira partida, no Serra Dourada, em Goiânia, o Brasil venceu de virada por 2x1 – gols de Paulinho e Neymar, enquanto Martinez descontou.

Esse foi o último compromisso brasileiro na atual temporada. Em 2012, um balanço de 13 partidas, com dez vitórias, um empate e duas derrotas (México e Argentina). Para 2013, estão agendadas três datas para amistosos antes da Copa das Confederações. Uma em fevereiro e duas em março. A CBF garante que apenas o primeiro jogo, já marcado para o estádio Wembley, em Londres, contra a Inglaterra, será fora do Brasil.

Público “pequeno”, mas barulhento e empolgante

Vaias no aquecimento, cânticos argentinos durante o hino nacional brasileiro e pressão maior quando Neymar tocava na bola. Os hermanos queriam fazer valer a mítica da La Bombonera desde antes de a bola rolar. Mesmo sem conseguir ocupar os 49 mil lugares do estádio do Boca Juniors.

Precisando do resultado, os donos da casa iniciaram a partida pressionando. Montillo, meia do Cruzeiro, organizava todas as ações ofensivas da equipe de Alejandro Sabella. Acpes que aproveitavam, principalmente, o desentrosamento da zaga brasileira, que atuava pela primeira vez com Rever e Durval – estreante e surpresa na escalação de Mano Menezes.

Com apenas seis minutos, Montillo cobrou falta na área e Sebá Domínguez, livre de marcação, perdeu boa oportunidade. Em seguida, uma jogada inusitada. Após escanteio albiceleste, a zaga verde amarela afastou errado e Montillo achou Sebá. O defensor, acostumado a marcar (e chegar forte), cruzou com categoria para Martínez, que sem deixar a bola cair, chutou colocado. A bola passou muito perto.

Sebá Dominguéz “volta para realidade” e Brasil acorda

E falando em empolgação, as duas chances deixaram o defensor argentino fora da realidade. Aos 29, o capitão e camisa 6 tentou cobrar uma falta direto para o gol. Só que longe. Muito longe, antes do meio de campo. Para fora, feio e distante da meta defendida pelo estreante Diego Cavalieri.

Aparecendo como elemento surpresa, o volante Arouca deu cavadinha para Neymar, que cara a cara com Orion, tentou encobrir o goleiro adversário. Para fora. O lance acordou o craque santista e da Seleção Brasileira. Pouco depois, o camisa 11 achou Thiago Neves na ponta direita. O meia, campeão brasileiro pelo Fluminense, tentou o ângulo direito. Sem sucesso.

Para o título, o empate já era o suficiente... E a sorte também (para os dois lados)

O cronômetro marcava 25 minutos quando o lance mais emocionante da etapa final aconteceu. E nem foi um chute a gol. Antes disso, o lateral-direito Lucas Marquez derrubou Martinez dentro da área, depois de falha de Rever, mas o juiz chileno Enrique Osses não marcou o pênalti.

O jogo seguiu, os passes errados também. Dois fatores mudaram o destino do restante da partida: as alterações dos treinadores e a sorte. Mano Menezes tirou o lateral Lucas e promoveu a entrada do meia Bernard. O volante Jean, que também entrou no segundo tempo, foi para lateral-direita. Improvisado, o jogador do Flu fez penalidade em Sococco, atacante acionado pouco antes por Sabella. O próprio Scocco bateu e abriu o placar.

E os minutos seguintes são os reflexos de um verdadeiro Argentina x Brasil. Aos 38, o apagado Neymar pegou a bola da entrada da área, bateu cruzado e Fred, artilheiro do Brasileirão, “errou” o chute. Sorte dele, já que tirou as chances de Orion e marcou o sexto dele com a camisa da seleção. 1x1. Porém, sorte ainda maior teve Scocco. O inspirado Montillo puxou contra-ataque e tocou para o atacante, livre de marcação, só tirar de Cavalieri. 2x1 e decisão nos pênaltis.

Pressão? Adeus traumas nos pênaltis e Brasil campeão!

Torcida novamente pressionando e fantasma da Copa América na cabeça. Em 2011, a Seleção Brasileira perdeu quatro penalidades e foi eliminada da competição para o Paraguai.  Dessa vez, o problema foi revertido. Os argentinos abriram as cobranças com Martinez. Cavalieri defendeu. Na sequência, Thiago Neves, rasteiro no canto direito, fez 1x0. Depois, Montillo isolou. Responsabilidade nos pés de Jean. 2x0.

Sebá  Domínguez, com categoria, fez o primeiro dos hermanos. 2x1. Pressão revertida. Tanto que na cobrança seguinte Carlinhos bateu fraco e Orion defendeu. Mais uma vez Scocco na marca penal. Goleiro para um lado e bola para o outro: 2x2. Autor do gol do Brasil com a bola rolando, Fred deixou os canarinhos novamente na frente. 3x2. Orion empatou e voltou para meta. Neymar, que na última partida isolou uma cobrança nos Estados Unidos, apenas deslocou para garantir o título.

FICHA TÉCNICA

Argentina (3) 2x1 (4) Brasil

Estádio La Bombonera, em Buenos Aires (Argentina)

Argentina: Orion; Desábato, Sebá Domínguez e Lisandro López; Peruzzi, Cerro (Ahumada), Guiñazu, Montillo e Vangioni; Martínez e Barcos (Scocco). Técnico: Alejandro Sabella

Brasil: Diego Cavalieri; Lucas Marquez (Bernard), Réver, Durval e Fábio Santos (Carlinhos); Ralf, Paulinho, Arouca (Jean) e Thiago Neves; Neymar e Fred. Técnico: Mano Menezes

Árbitro: Enrique Osses (Chile)

Assistentes: Francisco Mondria e Carlos Astroza (ambos do Chile)

Cartões amarelos: Réver, Fred (Brasil); Guinazu (Argentina)

Gols: Scocco (Argentina); Fred (Brasil)

Pênaltis



Brasil: Thiago Neves, Jean, Fred e Neymar (marcaram) e Carlinhos (perdeu)



Argentina: Sebá Domínguez, Orion e Scocco (marcaram) e Martinez e Montillo (perderam)

Enviado especial a Buenos Aires, Argentina

O estádio já virou uma lenda no mundo do futebol. Quem nunca sonhou com uma partida do time do coração na mítica La Bombonera? Construído em 1940, o Alberto J. Armando é temido por muitos adversários. Talvez, até mesmo, pelos próprios argentinos quando o assunto são os jogos da seleção. Pelo menos é o que demonstra a relação entre a Argentina e a casa do Boca Juniors.

##RECOMENDA##

Superficialmente, olhando o bom retrospecto no local, fica impossível entender a desconfiança dos argentinos. São 18 jogos, com 12 vitórias, quatro empates e apenas duas derrotas. Ou seja, mais de 74% de aproveitamento. Mas basta retornar para o dia 30 de agosto de 1969 e achar o “principal” motivo.

Naquela ocasião, La Bombonera foi palco de um dos momentos mais trágicos do futebol argentino. Em partida válida pelas Eliminatórias para Copa do Mundo de 1970, um empate em 2x2 com o Peru deixou os hermanos de fora do Mundial do México – a quarta ausência na história e a única desde 1958. Para piorar, o Brasil conquistou o tricampeonato.

Para se ter uma ideia, a última vez que o selecionado albiceleste atuou na “caixa de bombom” foi em 1997. Em partida válida pelas Eliminatórias para Copa do Mundo da França, um empate em 1x1 com a Colômbia.

Outro exemplo que ilustra bem essa cisma com a exclusiva casa dos xeneizes (torcedores do Boca) é o histórico contra o Brasil. O maior clássico do futebol mundial já aconteceu 96 vezes, com 38 vitórias brasileiras, 24 empates e 34 triunfos dos hermanos. Entretanto, a final do Superclássico das Américas, nesta quarta (21), será a primeira vez dos rivais em La Bombonera.

Além da tradicional fama de “azarão”, problemas mais plausíveis também justificam essa distância entre seleção e La Bombonera. A localização do estádio é uma delas. Situado no bairro de La Boca, é um dos locais mais perigosos de Buenos Aires, com ruas estreitas e sistema de transporte deficitário. A capacidade do estádio também não contribui. O Monumental de Núñez, casa do rival River Plate, e também na capital, pode receber mais de 66 mil torcedores contra 49 mil do Boca.

Então, para os supersticiosos, quando a bola rolar, a disputa entre Argentina e Brasil vai além do título do Superclássico. Ser “pé quente” nesses momentos é fundamental para a conquista final. Na primeira partida, no Serra Dourada, vitória dos brasileiros por 2x1. Um empate é o suficiente para deixar a fama de “azarão” da La Bombonera viva no coração dos argentinos.

Enviado especial a Buenos Aires, Argentina

São quase 100 anos de história e 96 confrontos do maior clássico do futebol mundial. Ficou guardado para o dia 21 de novembro de 2012 o primeiro duelo entre Argentina e Brasil na lendária La Bombonera. E logo para uma final. Nesta quarta, às 21h (horário do Recife), as seleções disputam o título do Superclássico das Américas.

##RECOMENDA##

No retrospecto geral, 38 vitórias brasileiras, 24 empates e 34 triunfos dos hermanos. Desde 1914, argentinos e brasileiros constroem essa rivalidade que frequenta os imaginários dos amantes de esporte bretão. Assim como o estádio do Boca Juniors, que debuta no clássico que carrega sete títulos mundiais.

Problemas, mais problemas e, aparentemente, tranquilidade

Porém, infelizmente, para que fosse possível a realização dessa final, Argentina e Brasil passaram por situações que não condizem com a grandeza de suas histórias. Vítimas dos interesses da Associação de Futebol Argentina (AFA) e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), as seleções sofreram. A decisão deveria ter sido realizada na pequena cidade de resistência, ainda em setembro. Um curto circuito em uma das torres de iluminação do estádio provocou um apagão e adiou a partida.

Depois de um extenso imbróglio – incluindo as possibilidades de cancelamento da edição 2012, realização do jogo em 2013 ou título direto para o Brasil –, foi definido que La Bombonera receberia o Superclássico. Azar ou não, nesta terça (20), véspera do clássico, uma greve de trabalhadores levou o caos para Buenos Aires. Protestos, voos cancelados e principais entradas da capital fechadas. Sorte ou não, no fim, tudo deu certo para as delegações.

Novos testes em uma base “definida”

Com um time praticamente definido para as principais competições que se aproximam, mas sem poder contar com os atletas que atuam no futebol europeu, Mano Menezes aproveitará a final contra a Argentina para promover algumas mudanças na equipe. O lateral-esquerdo Carlinhos, o volante Jean e o atacante Fred, todos do Fluminense, e os zagueiro Réver e Leonardo Silva e o lateral-direito Marcos Rocha, os três do Atlético-MG, devem começar entre os 11.

Mas a grande novidade será a estreia de mais um goleiro na seleção. Um dos destaques no título brasileiro do Fluminense, Diego Cavalieri começará a partida entre os titulares e, consequentemente, aumentará a estatística da posição na Era Mano Menezes: 13º arqueiro desde que o treinador assumiu o comando canarinho. Fred é outro capítulo à parte. Tido como preterido por Mano, o atacante que estava fora da seleção desde outubro do ano passado, já marcou 19 gols no Brasileirão pelo Flu e carimbou a volta.

Fim do trilho em 2012

O Superclássico das Américas é o último compromisso brasileiro na atual temporada. Esperando a final para fechar o balanço, até o momento foram 12 jogos, com nove vitórias, um empate e duas derrotas (México e Argentina). Para 2013, datas para três amistosos antes da Copa das Confederações. Uma em fevereiro e duas em março. A CBF garante que apenas o primeiro jogo, já marcado para o estádio Wembley, em Londres, contra a Inglaterra, será fora do Brasil.

Na primeira partida, no Serra Dourada, em Goiânia, o Brasil venceu de virada por 2x1 – gols de Paulinho e Neymar, enquanto Martinez abriu o placar. Para conquistar o bicampeonato consecutivo e décimo título do Superclássico das Américas, os brasileiros precisam apenas de um empate. Em caso de vitoria dos argentinos por um gol de diferença, o troféu será disputado nos pênaltis.

FICHA TÉCNICA

Estádio La Bombonera, em Buenos Aires (Argentina)

Horário: 21 horas (do Recife)

Argentina: Ustari; Desábato, Sebá Domínguez e Lisandro López; Peruzzi, Guiñazu, Ponzio, Montillo e Clemente Rodríguez; Martínez e Barcos. Técnico: Alejandro Sabella

Brasil: Diego Cavalieri; Marcos Rocha, Réver, Leonardo Silva e Carlinhos; Ralf, Paulinho, Arouca e Thiago Neves; Neymar e Fred. Técnico: Mano Menezes

Árbitro: Enrique Osses (Chile)







Assistentes: Francisco Mondria e Carlos Astroza (ambos do Chile)

Os números de confrontos entre Brasil e Argentina apresentados na matéria são de acordo com o livro oficial da CBF

Enquanto o técnico Julio Cesar Falcioni fazia, às portas fechadas, na manhã desta terça-feira, o acerto final na equipe para o primeiro jogo da decisão da Libertadores contra o Corinthians, funcionários do Boca Juniors cuidavam dos últimos preparativos para deixar a La Bombonera pronta para receber os brasileiros.

Sem a presença da imprensa (como é costume no clube em véspera de jogo), o Boca Juniors realizou a partir das 10h30 o seu último treino antes de encarar o time alvinegro. Os jogadores, que estão concentrados desde segunda-feira, chegaram de ônibus e não tiveram contato com os torcedores que o esperavam na porta do centro de treinamento.

##RECOMENDA##

No mesmo horário, na La Bombonera, que fica ao lado do CT, um grupo de funcionários retocava a pintura de parte das arquibancadas enquanto outro cuidava do gramado sob os olhares curiosos de torcedores que buscavam atrás das grades de proteção às áreas de acesso às arquibancadas o melhor ângulo para ver o mítico estádio. Empresas patrocinadores da Libertadores descarregavam faixas, banners e outros materiais de divulgação de suas marcas.

Já no clima da final da Libertadores, as lojas nos arredores da La Bombonera tentavam faturar alto com a decisão. Artigos com o símbolo do Corinthians, como cachecóis, ficavam expostos na calçada. Uma loja, inclusive, vendia um chaveiro no formato do troféu da Libertadores com o escudo corintiano estampado a 25 pesos (cerca de R$ 12).

A circulação de cambistas também era grande. Um deles oferecia entradas para o setor destinado à torcida do Corinthians por 300 pesos (aproximadamente R$ 150) a um grupo de corintianos que está passando férias em Buenos Aires e foi visitar o museu do Boca. "O ingresso estava com jeito de ser falso. Achamos melhor não comprar", disse um rapaz que se identificou apenas como Roberto.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando