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O inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga a importação de lixo hospitalar pela empresa Na intimidade, de Santa Cruz do Capibaribe (PE), só aguarda os laudos do Instituto de Criminalística de Pernambuco (IC) e do Instituto Nacional de Criminalística (INC) para ser concluído. "É boa a possibilidade de o importador (Altair Teixeira de Moura) ser indiciado", disse, em conversa com jornalistas, o delegado regional de combate ao crime organizado da PF, Nilson Antunes da Silva.

O empresário pode ser indiciado pelos crimes de contrabando - importação de material proibido - e de crime ambiental - contaminação do ambiente com material biológico, no caso, lixo hospitalar. "Se o laudo apontar que o produto é usado, já caracteriza contrabando e se apontar resquícios biológicos, pode ser qualificado o crime ambiental", explicou o delegado. O produto importado era utilizado na confecção de forros de bolsos para confecções.

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O secretário estadual de Defesa Social, Wilson Damázio, confirmou a existência de sangue em algumas peças examinadas pelo IC, cujos laudos deverão ser entregues amanhã à PF. O material analisado pelo IC é composto por lençóis e jalecos usados, muitos com manchas, recolhidos nos galpões da importadora em Caruaru, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe. "Mesmo os que não apresentavam sangue estavam sujos, usados", assegurou.

Amostras das 46 toneladas de lençóis apresentando manchas e com logomarcas de hospitais norte-americanos - além de cateteres, seringas e luvas usadas - apreendidos e retidos no Porto de Suape, nos dias 11 e 13, em dois contêineres embarcados no Porto de Charleston, na Carolina do Sul, ainda serão encaminhadas para análise do INC, em Brasília, além de amostras também recolhidas pela PF nos três galpões da Na Intimidade.

De acordo com o delegado, Moura já realizou cerca de 20 importações da empresa Texport Inc desde que abriu sua empresa, em 2009. Os documentos apreendidos nas sedes da Na Intimidade estão sendo analisados para saber como ocorriam as importações anteriores, como era feito o pagamento, qual a movimentação e capacidade financeira da empresa, cujo nome fantasia é Império do Forro de Bolso. Segundo Antunes da Silva, não há, até o momento, indícios de outras empresas pernambucanas envolvidas com esse tipo de importação.

O governador Eduardo Campos (PSB) falou, durante a inauguração das obras de requalificação do Alto da Sé, em Olinda, sobre a crise do Pólo de Confecções, no Agreste do estado.

De acordo com o Eduardo Campos, o governo estadual fará desse momento uma oportunidade para aprimorar o trabalho que vem sendo realizado na região. Eduardo também lembrou as obras que estão em andamento no Agreste.

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Uma ação cautelar pedindo o bloqueio dos bens de Altair Teixeira de Moura, dono da empresa Na Intimidade, responsável por importar toneladas de lixo hospitalar dos Estados unidos, foi promovida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco ontem (24), na Justiça do Trabalho do município de Caruaru. A mediada também se estendeu para outras três pessoas: a esposa do empresário, Maria Neide Vieira de Moura, e dois filhos do casal, Axel Vieira de Moura e Átila Vieira de Moura, que segundo a promotora do trabalho Ana Carolina Ribemboim, que moveu a ação, os três são sócios da empresa.  

A iniciativa foi movida após o MPT constatar que os 34 funcionários da Império do Forro de Bolso não usavam equipamentos de proteção individual. Entre eles, há um adolescente de 17 anos que trabalhava em condições insalubres, o que é proibido pela Constituição Federal.

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De acordo com Ana Carolina, além de garantir que os diretos trabalhistas dos funcionários da companhia sejam pagos, é exigido também que a empresa repare o dano moral que a sociedade sofreu. Ela pede que a empresa seja condenada a pagar R$ 2,126 milhões, sendo pouco mais de R$ 126 mil como indenização aos trabalhadores e quase R$ 2 milhões para reparar o dano moral coletivo.

"Não vamos permitir que qualquer país venha a mandar lixo hospitalar para o Brasil", afirmou hoje o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Foi a primeira declaração pública do ministro sobre a apreensão, nas últimas semanas, de contêineres em Pernambuco com toneladas de lençóis e outros tecidos usados provenientes de hospitais dos Estados Unidos. Segundo ele, a prática é ilegal e os responsáveis serão "severamente punidos.

O ministro avaliou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) teve "papel correto", detectando o problema e acionando a Polícia Federal (PF), que investiga o caso. Padilha disse que a vigilância nos portos foi reforçada e que a Anvisa está esclarecendo "muito bem" quais são as regras que caracterizam lixo hospitalar, orientando as vigilâncias estaduais.

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O ministro ressalvou que é importante "não misturar o que ocorreu, esse lixo hospitalar ter vindo de fora para o Brasil, com outras situações que não são lixo hospitalar". "Hospitais às vezes doam os seus lençóis limpos que não são lixo hospitalar para instituições, ou mesmo vendem", disse.

Padilha participou, no Rio, do encerramento da Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde, realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Após três dias de reuniões e palestras, com a participação de representantes de 120 países, chegou-se a um documento batizado de Declaração do Rio. Representantes de organizações não-governamentais do setor criticaram o resultado, considerado tímido. David Sanders, de uma entidade da África do Sul, reclamou, dizendo que a declaração não abordava a questão do mercado. Foi um dos mais aplaudidos.

"Construir um consenso com mais de 120 países é um grande esforço", disse o ministro. "A Declaração foi um passo importante, que dá algumas mensagens para o mundo. Primeiro, reafirma que saúde se faz com políticas sociais e econômicas que reduzem a desigualdade. Segundo, quando afirma que o acesso a medicamentos tem que ser uma prioridade e o interesse da saúde pública deve estar acima de qualquer interesse econômico. Terceiro, quando diz que se enfrenta a crise econômica ampliando políticas sociais ", acrescentou Padilha.

O ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, reafirmou a defesa brasileira da flexibilização de patentes de medicamentos. O ex-ministro José Gomes Temporão, coordenador-executivo Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde (ISAGS), braço da Unasul, destacou o fato de os países reunidos concordarem com a visão de que "saúde não é medicina, não é hospital", "é política e socialmente determinada". "As ONGs têm uma visão crítica, muitas acharam que a carta teria que ser mais radical. Ótimo. Há que se entender as limitações de uma carta com que todos os países concordem. O Brasil defendeu posições mais avançadas, não foi possível. Por outro lado, é muito importante que ONGs tenham colocado com clareza aqui que existem outras visões", disse.

Na manhã desta sexta-feira (21), os agentes do FBI e da alfândega norte-americana, acompanhados da Polícia Federal e de representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), realizaram uma vistoria nos dois contêineres apreendidos no Porto de Suape com o lixo hospitalar importados dos Estados Unidos. 

A visita dos representantes americanos ao porto deu sequencia às atividades previstas para o grupo, anunciadas na coletiva que aconteceu ontem (20) na sede da Polícia Federal, no bairro do Recife. Durante a tarde, os agentes foram ao Instituto de Criminalística (IC) e realizaram uma inspeção nas peças apreendidas nos contêineres e na empresa Na Intimidade, em Toritama.

Ainda ontem, o representante do FBI no Brasil confirmou  o nome da exportadora responsável pelo envio da carga para Suape. A empresa Texport, da Carolina do Sul, foi localizada a partir dos documentos fiscais que estão com a Receita Federal do Brasil, mas ainda não foi contatada pelas autoridades.

Segundo o Secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, os agentes entenderam a gravidade do caso quando observaram o nome de instituições de saúde dos Estados Unidos que atende veteranos de guerra, a Department of Veterans Affairs, além da Military Health Care Facilities, que é um programa de saúde para militares.

O lixo hospitalar vindo dos Estados Unidos e apreendido na semana passada que tinha como destino uma empresa do polo de confecção do Agreste pernambucano não provoca apenas prejuízos econômicos e no campo da saúde. Os especialistas também apontam o risco que o material pode causar para o meio ambiente. Para o coordenador de Emergência Ambiental do Ibama Pernambuco, Gustavo Moreira, responsável pela operação que autuou a empresa que importava o lixo hospitalar americano, o material precisa ser devolvido aos Estados Unidos e não incinerado, como forma de evitar a contaminação da camada de ozônio.

"A atuação do Ibama é no sentido de devolver as 46 toneladas do material apreendido nos contêineres aos Estados Unidos. Quanto aos cerca de 25 toneladas que encontramos e interditamos nas três unidades da empresa que importava o material, infelizmente não tem como devolver. A alternativa é contratar uma empresa especializada em incineração para que o procedimento seja feito com o mínimo de danos para o meio ambiente", explicou Moreira.

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Segundo o especialista, a empresa já recebeu outros seis contêineres dos Estados Unidos de produtos com as mesmas características. Moreira explicou ainda que entre os objetos apreendidos estão botas, máscaras, lençóis e fronhas, alguns deles com resíduos de sangue, fezes e urina. Ao interditar a empresa pernambucana, o Ibama autuou as suas três unidades - Santa Cruz do Capibaribe, Caruaru e Toritama - em R$ 2 milhões cada pelos danos causados ao meio ambiente.

O navio que fez o transporte também está sendo multado em R$ 2 milhões. Por enquanto, ainda não é sabido o que vai acontecer com a empresa americana, já que os Estados Unidos não assinou a Convenção de Basileia, que estabelece mecanismos de controle transfronteiriço de resíduos perigosos e sua destinação, o que isenta o país de seguir as regras adotadas pelos demais países, incluindo o Brasil, que aderiram ao documento internacional.

"O que há é uma articulação via Itamaraty, Ministério das Relações Exteriores e agora governo de Pernambuco para que o material apreendido seja de fato devolvido e, de alguma forma, responsabilizar a empresa americana", finalizou Gustavo Moreira.

Em correspondência encaminhada nesta quarta-feira (19), o governador Eduardo Campos solicitou ao embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, a designação, por parte do governo americano de uma “autoridade que possa acompanhar as investigações aqui em PE a fim de facilitar o fluxo de informações necessária ao imediato esclarecimento dos fatos relacionados com a importação irregular de material hospitalar por empresa instalada em Santa Cruz do Capibaribe”.

A carta de Eduardo teve resposta imediata. Em telefonema no final da tarde, o embaixador americano deu conhecimento ao governador não apenas do atendimento da solicitação, como também da chegada, prevista para as primeiras horas desta quinta-feira, de uma equipe do FBI americana, para acompanhar as investigações.

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Na carta ao embaixador, o governador relatou o grande impacto causado pela divulgação das notícias sobre a importação irregular de resíduos de serviços hospitalares. “Embora restrito à incidência de um único estabelecimento, parte do noticiário tem permitido uma interpretação de que a prática irregular seria generalizada. Esta generalização tem causado grande instabilidade em toda a indústria de tecidos e confecções da região, atividade existente há 50 anos e que, gradativamente, vem modernizando o seu processo produtivo, inclusive para adequá-lo às exigências sócio-ambientais”, esclareceu.

ITAMARATY – Eduardo Campos dirigiu também correspondência ao ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, depois de ter feito gestões telefônicas e de ter recebido orientação do secretário geral do ministério, Rui Nogueira.

Na carta a Patriota, Eduardo solicitou que sejam adotadas as providências para que o Governo brasileiro encaminhe ao estado norte-americano o pedido de abertura formal de investigações que conduzam à identificação e punição dos responsáveis, bem como para que possam ser evitadas novas exportações similares por empresas sediadas naquele país

“As incertezas geradas pelo fato atingem seriamente, portanto, toda uma região que tem nas confecções a sua principal matriz econômica e social. Já na primeira feira realizada depois da interdição da referida empresa, registrou-se uma queda de 50% nas vendas”, disse o governador.

O governador Eduardo Campos saiu em defesa do Pólo de Confecções do Agreste no caso dos contêineres apreendidos no porto de Suape com lixo hospitalar vindo dos EUA, na tarde desta terça-feira (18). Após uma reunião com cerca de 40 empresários, autoridades policiais, vigilância sanitária e representantes das principais cidades que compõem o Pólo, o governador prometeu rigor e agilidade nas medidas que serão adotadas de agora em diante.

“Não podemos permitir que um contrabandista daqui e outro lá dos EUA perturbem um arranjo produtivo que gera 150 mil empregos”, disse Eduardo. Ele informou que irá acionar o Ministério das Relações Exteriores para que o governo americano seja notificado do caso e tome as providências necessárias. No final da tarde, o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, foi ao consulado americano no Recife para tratar do assunto.

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O governador fez duras críticas à fiscalização aduaneira americana, que permitiu o envio de material contaminado para o Porto de Suape. “Nós temos 22 mil empresas que estão sofrendo hoje por causa de uma irresponsabilidade lá nos Estados Unidos da América, que foi onde o erro começou”, bateu. “Se alguma (fiscalização) falhou, foi a americana, pois o produto passou pelas rodovias de lá, pelos portos de lá, e quem pegou o contrabando foram as autoridades daqui. É preciso punir toda a cadeia criminosa e ela começa nos EUA”, declarou o governador.

Uma comissão formada por representantes do Governo do Estado, das cidades de Santa Cruz do Capibaribe, Toritama, Caruaru e da cadeia têxtil de Pernambuco se reunirá na próxima sexta-feira (21), às 10h, novamente no Palácio do Campo das Princesas, para apresentar as primeiras ações tomadas em conjunto.

As medidas consideradas prioritárias se dividem entre ações policiais, de saúde e de comunicação. Os procedimentos investigativos que estão sendo realizados pelas polícias Civil e Federal ganharam o apoio do Ministério Público.

Uma forte campanha publicitária será lançada na mídia local e nacional para “limpar a imagem” do centro comercial. As peças serão aprovadas até a próxima terça-feira (25). “Vamos investir o que for necessário para convidar o Brasil a vim fazer as suas compras de fim de ano aqui no Pólo de Confecções do Agreste, que é formado por gente honrada, séria, por bons produtos. Vamos fazer do limão uma limonada”, garantiu Eduardo.

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) disse hoje, ao se referir à importação de lixo hospitalar por uma empresa de Santa Cruz do Capibaribe, no agreste, não ser justo que todo um polo de confecções que emprega 150 mil pessoas seja prejudicado pela ação de "um bandido dos Estados Unidos e um bandido aqui".

"São 22 mil empresas no polo de confecção e uma só cometeu este delito", afirmou ele em entrevista à TV Globo, antes de uma reunião que vai ocorrer no início da tarde, no Palácio do Campo das Princesas, com representantes da Receita Federal, Anvisa e empresários do polo têxtil, que engloba 14 municípios no agreste.

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Campos apontou falha na fiscalização nos Estados Unidos "com a saída de uma mercadoria que não devia ter saído". "Houve crime nos Estados Unidos", afirmou ao lembrar que no Porto de Suape, mesmo com a checagem das mercadorias por amostragem, o trabalho da Receita Federal permitiu que o crime fosse descoberto.

Com base na avaliação de infectologistas, o governador frisou que o consumidor que veio a comprar roupas feitas com o material que entrou ilegalmente no País não corre nenhum risco. Pregou punição para a empresa importadora e tranquilidade para que o caso não venha a afetar economicamente um polo que emprega 150 mil pessoas. Segundo ele, tem que se proteger um polo de confecção que vem prestando um enorme trabalho e não pode ser confundido com a prática de um sujeito que vem de fora e faz um serviço desse".

Sem citar nomes, o governador se referia a Altair Teixeira de Moura, dono da empresa Na intimidade Ltda, com sede em Santa Cruz do Capibaribe, onde tecidos importados de hospitais norte-americanos com manchas similares as de sangue e secreções humanas eram vendidos a quilo. A loja e um galpão da empresa - cujo nome de fantasia é Império do Forro de Bolso - em Toritama foram interditados. Um outro, em Caruaru, com o mesmo nome, foi arrombado pela polícia civil no início da noite de ontem, com cerca de 15 toneladas de lençóis sujos, com manchas.

Altair alega inocência e prometeu uma entrevista coletiva ainda hoje.

Na semana passada a Receita Federal apreendeu dois contêineres com 46 toneladas do material, que era identificado como "tecido de algodão com defeito". Em um deles havia também seringas, catéteres e luvas usadas. Outros 14 são aguardados no Porto de Suape Todos saíram do Porto de Charleston, na Carolina do Sul, para a empresa de Santa Cruz do Capibaribe. De acordo com o governador, todo material importado identificado como tecido passará por rigorosa fiscalização a partir de agora.

A Polícia Civil de Pernambuco arrombou no início da noite de hoje em Caruaru um galpão repleto de material semelhante ao lixo hospitalar encontrado em dois contêineres interceptados na semana passada pela Receita Federal no Porto de Suape - lençóis sujos e outros materiais descartados por hospitais norte-americanos.

O galpão tem o mesmo nome fantasia - Império do Forro de Bolso - da empresa Na intimidade Ltda que está sendo investigada por importação de lixo hospitalar dos Estados Unidos, mas o CNPJ difere. O delegado regional de Caruaru, Erick Lessa, estimava, em princípio, uma apreensão de cerca de 15 toneladas de lençóis, em um galpão de 1,2 mil metros. A ação decorreu de denúncia da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa). A pedido do órgão, a polícia conseguiu um mandado de busca e apreensão para invadir o local, que estava fechado.

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O gerente da Apevisa, Jaime Brito, iria avaliar o produto e separar parte do material para ser analisado pelo Instituto de Criminalística (IC). Na manhã de hoje, a Apevisa havia encaminhado para o IC cerca de 30 quilos de lençóis de pelo menos 15 hospitais norte-americanos apreendidos em Santa Cruz do Capibaribe e em Toritama. Em Santa Cruz do Capibaribe fica a matriz da Império do Forro de Bolso. A filial se localiza em Toritama.

O Ministério Público Federal de Pernambuco (MPF-PE) deve investigar o caso dos contêineres vindos dos Estados Unidos com lixo hospitalar, no Porto de Suape, no município de Ipojuca. A Receita Federal protocolou uma representação no início da tarde de hoje que será distribuída provavelmente na segunda-feira, 17, a um dos procuradores locais. O procurador pode instaurar um inquérito ou um procedimento administrativo para investigar a importação de lixo hospitalar.

Duas cargas foram apreendidas até o momento. Na terça-feira, 11, foi encontrado primeiro contêiner, com 23 toneladas de lençóis sujos, seringas, luvas usadas e cateteres. O segundo, na quinta-feira, 13, com o mesmo peso, continha lençóis, fronhas, toalhas de banho, batas, pijamas e roupas de bebê com identificação de vários hospitais norte-americanos.

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Os materiais embarcaram no Porto de Charleston, na Carolina do Sul, e foram importados por uma empresa de Santa Cruz do Capibaribe, município do polo têxtil pernambucano, no agreste. A documentação das cargas dos dois contêineres apreendidos indicava se tratar de "tecido de algodão com defeito". Ainda não foi decidido se o lixo será devolvido aos EUA ou se será destruído.

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