Tópicos | lixo tóxico

Uma ação do governo da Índia vai reduzir o consumo de lixo tóxico em 7 mil estações de trem do país. A iniciativa substitui copos de plástico utilizados para servir a bebida chai (mistura de chá, leite e especiarias) por recipientes de cerâmica (kulhads) nos quiosques instalados nas paradas ferroviárias.

Além de contribuir para a redução dos impactos ambientais no território que abriga mais de 1,3 bilhão de pessoas, a medida deve empregar mais de dois milhões de profissionais em olarias.

##RECOMENDA##

De acordo com a reportagem do jornal inglês The Guardian, a iniciativa vai contribuir para que o país asiático cumpra a meta de eliminar o plástico descartável, visto que os kulhads, fabricados com cerâmica sem pinturas ou vernizes, pode ser utilizado e descartado em qualquer lugar, pois não causa danos à natureza.

O impacto positivo também deve ser notado na economia das aldeias que vão trabalhar na produção dos recipientes de barro. A renda mensal das olarias deve subir de 2,5 mil rupias (R$ 170) para 10 mil rupias (R$ 678).

A publicação britânica ainda afirma que a ação vai além das benesses para o meio ambiente indiano. Junto à menor produção de lixo tóxico, alguns vilarejos vão poder resgatar a tradição de fabricar os kulhads. O jornal afirma que a luta dos ativistas defensores do trabalho de artesanato de barro é travada desde a década de 1990, quando o material descartável passou a dominar o mercado.

A Receita Federal no Porto de Navegantes, em Santa Catarina, impediu a entrada de 353 toneladas de lixo tóxico no País. A carga, dividida em 15 contêineres, veio dos Estados Unidos e chegou ao porto no início de agosto, mas estava retida enquanto eram feitas análises técnicas no material. O laudo do Ibama, divulgado nesta quarta-feira, 11, apontou 11,7% de teor de chumbo, além de outros metais pesados.

Segundo o inspetor-chefe da alfândega, Luis Gustavo Robetti, a carga vinha sendo monitorada desde a origem. Ao aportar no Brasil, uma verificação levantou a suspeita de que continha resíduos contaminados. "Na primeira abertura já poderíamos ter anunciado a retenção, mas decidimos pedir um laudo técnico para garantir um tratamento isonômico ao contribuinte", disse Robetti.

##RECOMENDA##

A mercadoria foi declarada como "cacos, fragmentos e resíduos de vidro" pelo importador, mas os técnicos do Ibama e da Anvisa identificaram como sendo resíduos de tubos catódicos, utilizados em televisores antigos.

A importação desse material é proibida pela Convenção de Basileia, que controla o movimento de resíduos perigosos entre países - Brasil e EUA são signatários do acordo. A carga, que não poderia ter saído dos EUA, deve ser devolvida. A Receita não divulgou o nome do importador.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando