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O Shopping RioMar receberá a 11ª edição da Feira Made Pernambuco com o trabalho de mais de 50 artesãos e artistas pernambucanos durante os dias 21 de setembro até o dia 2 de outubro. A entrada é gratuita e o evento acontece no Piso L1 do centrod e compras.

Serão levados para a mostra produtos feitos a mão e com design tradicionais e contemporâneos com materiais reciclados, de madeira, papel, metal, cerâmica, porcelana, telas, artigos, acessórios, vestuário e calçados. A feira faz homenagem a Cristine de Holanda, uma artesã da madeira que participa das feiras desde as primeiras edições.

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"A mostra se destaca pela qualidade e criatividade dos artesãos cuidadosamente selecionados por nossa curadoria. Os artesãos contam com opções para todas as idades", defende Tacy Pontual, designer, artesã e organizadora da Feira Made Pernambuco.

A organizadora detalha que a expectativa é que a feira movimente uma circulação de 1 milhão de reais em negócios. Os visitantes podem comparecer durante o horário de funcionamento do shopping. Para mais informações, basta acessar o site oficial do Made Pernambuco.

Pelas ruas de pedra que levam ao colorido do casario antigo de Olinda, o tempo parece assumir ritmo próprio. Esse lugar repleto de fascínio e magia que, segundo o poeta, detém a "paz do mosteiro das Índias" - aquela somente interrompida pela explosão do Carnaval - vem inspirando há 487 anos - comemorados neste sábado (12) - poetas, compositores e artistas plásticos, entre outros trabalhadores das artes, de forma quase instantânea e até natural, como se tivesse sido criado para esse fim.

Entre esses artistas, estão Aline Feitosa e Emmanuel Cansanção, do Pequeno Ateliê, que assumiram quase como uma missão a preservação dessa atmosfera e das memórias que ela guarda transportando-as para o barro. 

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Em  suas peças, eles reproduzem o colorido do casario da Cidade Alta, bem como algumas figuras do Carnaval, como a La Ursa e o Homem da Meia-Noite. A inspiração vem da própria vivência de cada um em solo olindense. "É natural por uma questão de memória afetiva A gente viveu em Olinda e adora passear aqui pelo Sítio Histórico. São coisas que  fazem parte da nossa história, a gente não inventou, é verdadeiro", diz Aline, que trocou sua cidade natal, Rio de Janeiro, pelo estado de Pernambuco, berço da sua família materna aos 14 anos de idade. 

Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Emmanuel também trocou o local do nascimento por Olinda e Recife. O artista plástico é nascido em Catende (PE), mas foi trazido pelos familiares, logo após o nascimento, para o bairro olindense de Rio Doce. E foi entre as etapas deste bairro e as ladeiras históricas da Marim dos Caetés que ele se descobriu artista, desde cedo, quando pintava camisetas e as vendia em um varal colocado na Ladeira da Misericórdia a fim de descolar grana para assistir aos shows de Chico Science, na época do Manguebeat. "Minha infância e adolescência toda foi aqui em Olinda. Olinda é meu lugar, conheço tudo, todas as ruas, todos os becos", diz, garantindo que é reconhecido como olindense onde quer que chegue.

Há cerca de quatro anos, os dois somaram esforços e começaram a produzir sua arte juntos. Aline, então jornalista com mais de 20 anos de experiência na área cultural, acabou tomando gosto pelo barro e hoje, dedica-se somente a ele. Foi através da parceria com Emmanuel, artista plástico com quase três décadas de experiência, que eles descobriram o quanto as influências e o amor que nutrem pela cidade aniversariante deste sábado (12) poderiam resultar em obras que tocariam significativamente o público. "O primeiro (vaso) que eu fiz foi a La Ursa e tive a surpresa de que aquilo estava tocando outras pessoas. Foi de forma espontânea e verdadeira. Eu, particularmente, sempre gostei dessa questão do patrimônio histórico, sempre me tocou muito. Reproduzir esse patrimônio, essa memória histórica no barro, é muito gostoso", diz Aline.

Assim, as obras de arte da dupla  assumiram o caráter de preservação de uma memória histórica e cultural, algo que vai além do apelo estético das peças. "Nós, brasileiros, temos um problema com a memória. A gente se esquece das coisas muito rápido. A gente não dá atenção. Olinda, por exemplo, não tem a atenção que merece como patrimônio histórico e cultural da humanidade. Eu acho que (nosso trabalho) é uma coisa de resgate", comenta Aline. Ao que Emmanuel complementa: "É muito essa coisa da memória afetiva. As coisas estão se perdendo, se acabando. Então, a gente leva isso de volta para as pessoas". 

Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Para além da natural preservação e manutenção de tantas memórias - os dois também produzem, sob encomenda, peças personalizadas - o trabalho de Aline e Emmanuel tem conseguido dar a cada peça um apelo afetivo e emocional que apenas a arte é capaz de oferecer. A 'mágica' parece mesmo vir da própria cidade que os inspiram, com suas ruas de pedra, seu casario colorido e seu tempo totalmente único. Eles mesmo é que o dizem e esculpem, com visível carinho e amor, peça a  peça. 

 "Olinda tem uma energia criativa que é própria dela. Ela tem essa coisa boêmia... Na minha infância e adolescência, eu vivi a Olinda dos ateliês abertos, sinto bastante saudade disso.  Na pandemia, às vezes a gente vinha passear nas ruas vazias, só para olhar e para criar, desenhar. É um lugar muito marcante. Olinda é muito inspiradora". Aline Feitosa. 

Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

“Aqui, durante a manhã, numa segunda-feira, eu saio na rua e vejo as pessoas calmamente indo comprar pão… O cheiro da cidade, as pessoas, as cores, a brincadeira, a safadeza de Olinda, os costumes… Isso influencia de uma maneira que é tão natural que se eu chegar em algum lugar a galera vai dizer: ‘tu é de Olinda’. Eu gosto da cidade, eu sofro com a cidade; quando tá ruim eu sofro com ela também, fico triste. Mas, quando tá bom, eu vou pra rua, brinco, comemoro. Acho que é uma relação de carinho muito forte com a cidade. É praticamente um vício”. Emmanuel Cansanção

Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

O programa Plurarte desta semana, com apresentação da cantora Sandra Duailibe, entrevista a ceramista Stela Kehde. O Plurarte está no ar sempre às sextas-feiras, na Rádio Unama FM (105.5), às 13h20, com reapresentação aos sábados, às 10 horas, e publicação no portal LeiaJá. Acesse o Plurarte no Youtube aqui.

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O mestre ceramista Fernandes Rodrigues está repassando um pouco da sua experiência com aulas em seu ateliê, localizado em Vitória de Santo Antão, na Mata Sul de Pernambuco. Aberto para pessoas de todas as idades, o curso é gratuito e conta, ainda, com intérprete de Libras, para atender alunos com deficiência auditiva. As aulas acontecem até o mês de março de 2021. 

Fernandes Rodrigues trabalha com peças que retratam figuras históricas, como o escritor Ariano Suassuna, além de pessoas do cotidiano como vaqueiros, músicos e leitores anônimos. Em Vitória, sua cidade natal, Rodrigues contabiliza quatro monumentos em praças do município, a exemplo da escultura de Padre Renato, na Praça da Matriz. 

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Em seu ateliê, localizado na metade do KM 38 da BR-232, em Vitória de Santo Antão, o mestre recebe visitantes das 8h às 16h, com uma pequena pausa no horário de almoço. O espaço tem cerca de 30 m², pode receber 15 pessoas ao mesmo tempo, devido às precauções contra a Covid-19. É obrigatório o uso de máscara e, para alunos do curso, também é necessário fazer uso de luvas descartáveis. 

A formação se dá em caráter contínuo durante a semana. Há aulas de iniciação, com um breve contexto histórico sobre a prática de esculpir em barro e um momento prático, em que é possível começar a produzir suas próprias obras; aulas de finalização de peças, em que alunos anteriores podem voltar em seus trabalhos ou mesmo iniciar novas composições; e a aula de queima, que garante a finalização do que foi criado anteriormente, com o repasse de que cuidados são fundamentais para a preservação das estátuas. Menores de 18 anos precisam estar acompanhados por um responsável ou levar uma autorização por escrito. 

Serviço

Oficinas de esculturas em barro no Ateliê Fernandes Rodrigues com o Mestre

Segunda à quarta, de 8h às 12h. 

Aulas com mediação de Libras ocorrem nas segundas, de 9h às 12h.

Toda semana até 05 de março de 2021

BR-232, 347 (KM 38,5), Vitória de Santo Antão, Mata Sul

Informações: (81) 9 9509-8299 e @fernandesrodrigues1 (no instagram)

Uma ação do governo da Índia vai reduzir o consumo de lixo tóxico em 7 mil estações de trem do país. A iniciativa substitui copos de plástico utilizados para servir a bebida chai (mistura de chá, leite e especiarias) por recipientes de cerâmica (kulhads) nos quiosques instalados nas paradas ferroviárias.

Além de contribuir para a redução dos impactos ambientais no território que abriga mais de 1,3 bilhão de pessoas, a medida deve empregar mais de dois milhões de profissionais em olarias.

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De acordo com a reportagem do jornal inglês The Guardian, a iniciativa vai contribuir para que o país asiático cumpra a meta de eliminar o plástico descartável, visto que os kulhads, fabricados com cerâmica sem pinturas ou vernizes, pode ser utilizado e descartado em qualquer lugar, pois não causa danos à natureza.

O impacto positivo também deve ser notado na economia das aldeias que vão trabalhar na produção dos recipientes de barro. A renda mensal das olarias deve subir de 2,5 mil rupias (R$ 170) para 10 mil rupias (R$ 678).

A publicação britânica ainda afirma que a ação vai além das benesses para o meio ambiente indiano. Junto à menor produção de lixo tóxico, alguns vilarejos vão poder resgatar a tradição de fabricar os kulhads. O jornal afirma que a luta dos ativistas defensores do trabalho de artesanato de barro é travada desde a década de 1990, quando o material descartável passou a dominar o mercado.

Pernambuco perdeu, na manhã desta quinta (19), um de seus maiores expoentes nas artes plásticas. O artista Francisco Brennand faleceu, aos 92, decorrente de uma pneumonia. 

Francisco Brennand estava internado no Hospital Português, localizado na região central do Recife, por conta de uma pneumonia. O óbito aconteceu por volta das 11h, desta quinta (19). O artista plástico estava com 92 anos de idade. 

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Brennand era conhecido como Mestre dos Sonhos, e desenvolvia trabalhos em cerâmica para ambientes internos e externos. A cidade do Recife é repleta de obras do artista, uma delas tornou-se um dos cartões postais mais conhecidos da capital pernambucana, a Torre de Cristal, localizada no Marco Zero.

 

A arte em cerâmica está entra os principais elementos da cultura amazônica. Em 28 de maio é comemorado o Dia do Ceramista, data que resgata a importância dos artesãos para a história do povo da região.

O ceramista é o profissional que trabalha com a manipulação de argila, matéria-prima usada desde a pré-história na fabricação de ferramentas e utensílios como vasos, pratos e recipientes para armazenar água e alimentos. A cerâmica surge quando a argila é posta ao fogo, endurecendo. 

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Chandra Faro, pesquisadora de artes, desenvolve estudos sobre as técnicas utilizadas no processo de criação de objetos de cerâmica. “Temos várias técnicas utilizadas na cerâmica. A técnica do rolinho, que vem dos nossos antepassados indígenas e que através da confecção de rolinhos, e montando uns em cima dos outros, vão se confeccionando as peças, tanto utilitárias como artísticas. Temos também a técnica do torno, em que movimentos feitos pelos pés e mãos vamos moldando as peças. Temos a técnica do emplacamento, confecção de peças e painéis com pigmentos que naturais extraídos da própria argila colorida encontrada sempre em rochas nas praias", assinalou. 

Segundo Chandra, os ceramistas também desenvolvem suas próprias técnicas, dependendo da criatividade. "Depois de confeccionadas as peças, temos que esperar secar a argila para fazer o processo da queima em temperatura no mínimo de 800 graus. Temos o forno artesanal, que é confeccionado com tijolo areia e cimento e usamos lenha. Leva uns três dias para queimar e só podemos tirar do forno quando ele esfriar, para não rachar as peças com o choque térmico. Temos também o forno elétrico, que chega a altas temperaturas." 

Para Chandra, a cerâmica é muito importante na arte paraense. "Temos a cerâmica marajoara originária do Marajó, que tem sua identidade e características próprias; temos também a cerâmica tapajonica produzida no interior do Estado do Pará, mas a minha cerâmica não tem vínculo com essas cerâmicas eu criei a minha própria identidade. São peças criadas por mim e únicas", desatcou. 

O Pará tem um grande polo de cerâmica em Icoaraci, distrito de Belém. "De Icoaraci se exporta cerâmica para varios países”, disse Chandra. 

Da Redação do LeiaJá Pará. (Com apoio de Lucas Velloso).

 

 

 

O Museu do Estado de Pernambuco, localizado no bairro das Graças, está com inscrições abertas para o curso básico de cerâmica. Ministradas pela ceramista Marcella Alcântara, as aulas pretendem ensinar o processo de produção de peças usando-o como opção de terapia e desenvolvimento da imaginação.

O curso, voltado a iniciantes, terá duração de 13 encontros, nos quais serão ensinadas as principais técnicas da fabricação da cerâmica, como pinch, técnica que modifica a forma do barro e desenvolve as experimentações do tato. Também serão trabalhados prato e bowl, engobes coloridos - usado na peça crua para colorir, decorar e impermeabilizar, e o esgrafiado, que ensina o desenho na cerâmica.

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Também será ensinado sobre a construção de carimbos para impressão na obra, mandala, baixo e alto relevo, caneca personalizada e máscara com papel, além de baixo esmalte, preparação e aplicação, corda seca e defeitos e correções. As aulas serão às sextas-feiras, no período da tarde, das 14h às 17h.

Serviço

Curso básico de cerâmica

Início: 5 de abril

Museu do Estado de Pernambuco (Av. Rui Barbosa, 960 - Graças)

R$ 350 (material incluso)

(81) 3184-3170/98797-0237

 

O Museu de Arte Sacra, do Sesc Ler Goiana, abre, na próxima sexta (31), a exposição Homens do Barro de Goiana: ceramistas, movimentos e expressões da cerâmica figurativa do barro dos canaviais. A mostra contempla o trabalho de nove ceramistas goianenses em mais de 50 obras. Na ocasião, também será lançado o catálogo da exposição. 

Zé do Carmo, Gercino Santo, Luiz Gonzafa, Lázaro, Tog, Luis Carlos, Adilson Vitorino, Ferando Nascimento e Edvaldo Manoel foram os artistas escolhidos para compor a mostra. As obras selecionadas mostram o estilo de cada um deles e dua corrente criativa, trazendo ao público quatro gerações de ceramistas remontando mais de 60 anos de história dessa arte. A mostra conta, também, com fotografias de Charles Marinho e textos de Felipe Andrade. 

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Já o catálogo, Homens de Barro de Goiana, que deu origem à exposição, conta, em 102 páginas, sobre as especificidades da cerâmica produzida no município ao passo que cada arista explica sua técnica e processo criativo. 

Serviço

Exposição Homens do Barro de Goiana

31 de agosto a 28 de setembro

Segunda a sexta  | 9h às 17h

Museu de Arte Sacra - Sesc Ler Goiana (Rua do Arame, s/n - Centro - Goiana)

(81) 3626-2814

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Se você sonha em trabalhar fora do Brasil e entende de restauração de arte decorativa e cerâmica, não pode perder esta oportunidade. A rainha da Inglaterra Elizabeth II está em busca de um estagiário para cuidar da conservação da coleção de arte decorativa na Marlborough House, que é uma das residências reais mais antigas, onde a avó de Elizabeth, a rainha Mary, morou até sua morte em 1953. 

O estagiário selecionado trabalhará cerca de 37 horas por semana, de segunda a sexta-feira, entre os meses de janeiro e setembro de 2018, recebendo uma bolsa de £19.012,50 (cerca de R$ 81,1 mil). Os interessados devem se inscrever até o próximo domingo (29) através do site do palácio.

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De acordo com o anúncio da vaga, o estagiário “ganhará vasta experience prática em uma ampla gama de atividades de conservação de cerâmica e artes decorativas". Além disso, o processo seletivo pede que o aprovado tenha atenção aos mínimos detalhes durante as atividades de conservação. 

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Resíduos de cerâmica encontrados em um sítio arqueológico revelaram as evidências mais antigas de fabricação de cerveja na China, há cerca de 5.000 anos - aponta a pesquisa publicada nesta segunda-feira (23) no periódico americano Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). A bebida era sofisticada e elaborada à base de várias plantas, entre elas a cevada.

A identificação dos restos de cevada no sítio de Mijiaya, no nordeste da China, "representa a presença mais antiga na China desse cereal proveniente da Europa, o que supõe que seu cultivo no país data de mil anos antes" do que se pensava, afirma o estudo.

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"Isso sugere que a cevada foi usada durante muito tempo para fazer cerveja antes de se converter em um cultivo agrícola", acrescentam os pesquisadores. Fogões encontrados em buracos no sítio arqueológico serviam, provavelmente, para esquentar e triturar os grãos.

Já os resíduos amarelados nas bordas das vasilhas, funis e ânforas sugerem que esses recipientes eram usados para fermentar a cerveja, filtrá-la e conservá-la.

Análises do amido, dos grãos e dos fitólitos - resíduo mineral da decomposição das plantas - encontrados nesses recipientes revelam que se tratava de milhete (ou milho-miúdo), de cevada, de um grão mastigável conhecido como lágrimas de Job e de tubérculos.

Alguns grãos de amido tinham marcas que indicavam o processo de maltar a cevada, essencial para a fabricação de cerveja, segundo os pesquisadores.

"Todos os indícios arqueológicos revelam que os povos da cultura de Yangshao fabricavam uma cerveja à base de misturas, com ferramentas sofisticadas e domínio do controle da temperatura", conclui o estudo.

"Meu palpite é que a cerveja tinha um gosto um pouco azedo e um pouco doce", disse à AFP o principal autor do estudo, Jiajing Wang, da Universidade de Stanford, na Califórnia.

No entanto, é impossível saber exatamente qual era o sabor da cerveja, esclarecem os pesquisadores, já que eles não sabem qual era a proporção dos ingredientes utilizados.

- A cervejaria mais antiga da China -

Para Patrick McGovern, professor da Universidade da Pensilvânia e especialista em história da cerveja e do vinho, esses trabalhos "demonstram que se trata da cervejaria mais antiga encontrada até hoje na China".

"Combinando dados arqueológicos, químicos e botânicos (...) encontraram novas e importantes informações sobre a introdução da cevada na China para produzir uma bebida fermentada", explicou à AFP o cientista, que não participou da pesquisa.

Já foram encontradas evidências de fabricação de cerveja no Irã e no Egito, nesse mesmo período, segundo especialistas.

Essa descoberta preenche uma lacuna entre os indícios das bebidas fermentadas mais antigas de que se tem registro na China, de 9.000 anos atrás, e as mais sofisticadas, que surgiram há 3.600 anos durante a dinastia Shang.

Segundo McGovern, para se ter uma ideia do gosto da bebida de Mijiaya, seria possível analisar várias cervejas da Dogfish Head, em Rehoboth Beach, Delaware, cervejaria que reproduziu, com a ajuda do pesquisador, várias das receitas mais antigas do mundo.

A cultura popular pernambucana perdeu um de seus mestres no último sábado (13). O ceramista Manuel Eudócio faleceu, aos 82 anos, vítima de complicações do vírus da Chicungunha. Ele estava internado no hospital Mestre Vitalino, em Caruaru. 

Manuel Eudócio era discípulo do Mestre Vitalino e retratava o cotidiano e os folguedos populares de sua terra, como o maracatu, o reisado e o boi, desde os oito anos de idade. Este último, inclusive, se tornou um dos ícones de sua obra. As peças revelam o gestual de cada brincante e a riqueza cultural desta manifestação popular.

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Embora já com idade avançada, o artista começava a trabalhar diariamente às 5h em seu ateliê no Alto do Moura, em Caruaru. O mestre foi reconhecido como Patrimônio Vivo de Pernambuco em 2005 e foi o homenageado do São João de Caruaru em 2015. Seu legado será perpetuado pelos nove filhos que deixou, todos atuantes na arte de modelar com o barro.

Memorial

O prefeito de Caruaru, José Queiroz, anunciou na ocasião do velório do ceramista Manuel Eudócio, no último domingo (14), que irá esenvolver de imediato um projeto para a criação de um espaço para preservação da obra do mestre. O Memorial Manoel Eudócio deverá funcionar no próprio ateliê do artista, no Alto do Moura. O objetivo é preservar o acervo e  ahistória do mestre que imortalizou a arte do barro divulgando o ofício e a cultura pernambucana por todo o Brasil e o mundo.

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O solo de Gurupá, município do Arquipélago do Marajó, no Pará, guarda segredos que poderão revolucionar os estudos sobre a ocupação da Amazônia. O trabalho inicial de 20 pesquisadores do Brasil e Estados Unidos em alguns dos 50 sítios arqueológicos encontrados na localidade revela que povos do norte da América do Sul mantiveram contatos constantes.

Na reserva ambiental do Jacupi, localizada no município, foram descobertas cerâmicas com traços influenciados por outras culturas. A análise preliminar do material arqueológico indica interrelações humanas no sentido da nascente dos afluentes da margem esquerda do Amazonas e não somente ao longo da calha do maior rio da região, no sentido leste-oeste.     

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Essas informações são surpreendentes, diz a arqueóloga Helena Lima, do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). “A arqueologia vinha falando de fluxos estilísticos no sentido leste-oeste, ao longo do rio Amazonas. Mas, ao contrário do que se imaginava (em Gurupá), a cerâmica mostra uma circulação de informações no sentido norte-sul, passando pelas Guianas e Amapá e indo até o rio Xingu, atingindo regiões como a Volta Grande.”

As pesquisas fazem parte do projeto “Origens, Cultura e Ambiente”, realizado pelo Museu Goeldi em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A equipe é formada por especialistas do MPEG, da Universidade Federal do Pará (UFPA), da Universidade de São Paulo (USP), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e Universidade da Flórida (UFL).

Desafio - Além dos 50 sítios já identificados, Helena Lima, coordenadora do projeto, estima que a região de Gurupá abrigue um número ainda maior de áreas de interesse para pesquisas arqueológicas. Os materiais coletados na primeira fase de pesquisas foram encaminhados para a Reserva Arqueológica do Museu Goeldi.

Estão em análise cerâmicas, carvões e amostras de solo de diversas épocas. Em Gurupá, que atualmente tem cerca de 31 mil habitantes, foram identificados vestígios de povos desde antes da chegada dos Europeus à Amazônia. “Gurupá já foi uma localidade central nas principais transformações históricas da Amazônia, desde a colonização europeia até a época da borracha”, ressaltou Helena Lima.

A ceramista Jacira Lucena, criadora de diversas peças e autora da exposição Xote, Maracatu e Baião - 100 Anos de Gonzagão, promove a oficina Diálogo com o Barro, com duração de seis meses. O curso será realizado no atelier da artista, localizado em Olinda.

As aulas tem o objetivo de aproximar as pessoas do barro, independentemente de idade ou formação e sem compromisso com técnicas. O roteiro da oficina de cerâmica inclui exemplos da aplicação na indústria, ciência tecnológica, odontologia, medicina, psicologia, além do artesanato.

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Também serão ensinadas técnicas básicas para construção das peças e como associar as ideias à criação dos trabalhos. O valor da oficina custa R$ 200 por mês, com material incluso. Mais informações no site da ceramista e pelo email email jalusan@bol.com.br

Serviço

Oficina Diálogo com o Barro

Duração de seis meses

Ateliê Jacira Lucena (Rua Álvaro de Holanda Cavalcante, 122 - Jardim Santa Rita)

R$ 200 (mensalmente)

(81) 3439 4638 

O Grêmio garantiu antecipadamente a sua classificação para as quartas de final da Taça Farroupilha - o segundo turno do Campeonato Gaúcho - ao vencer o Cerâmica por 1 a 0, na noite de sábado, em partida válida pela sexta rodada, e ganhou tranquilidade para o decisivo duelo com o Fluminense, na próxima quarta-feira, novamente em casa, pelo Grupo 8 da Copa Libertadores.

O triunfo deixou o Grêmio na liderança do Grupo A, com 13 pontos, mas a equipe ainda pode ser ultrapassada neste domingo pelo Passo Fundo. Já o Cerâmica, com três pontos, é o lanterna da chave e não tem mais chances de classificação para o mata-mata.

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O primeiro tempo da partida, realizada na noite de sábado, foi truncado, mas com domínio do Grêmio, que criou as principais chances de gol, mesmo que tenham sido poucas. E a equipe abriu o placar aos 25 minutos, quando o volante Fernando cobrou falta e Alexandre cortou de cabeça para trás. Apesar disso, a arbitragem deu o gol para o meio-campista gremista.

Em vantagem, o Grêmio administrou o jogo no restante do primeiro tempo e diminuiu o ritmo. A situação não se alterou muito na etapa final, que também foi dominada pelo time da casa. No lance mais perigoso, aos 23 minutos, o lateral-esquerdo Fábio Aurélio acertou o travessão em cobrança de falta.

Após o jogo, o técnico Vanderlei Luxemburgo defendeu a postura do Grêmio e ressaltou que o time não correu riscos. "O Dida, com toda vivência que tem, estava com a bola aos 47 minutos e a torcida queria que ele jogasse rápido para sair o segundo gol, mas não era a hora. Também teve o Cris, que depois dos 35 do segundo tempo não subiu nos escanteios", afirmou.

O lateral-direito Pará também reconheceu que o time se poupou em alguns momentos do duelo com o Cerâmica, já pensando na partida com o Fluminense. "Não tem como esconder que a cabeça estava totalmente focada no Fluminense. O resultado foi importante para garantimos a classificação no Gauchão. Agora é mudar o foco", disse Pará.

Classificado no Campeonato Gaúcho, o Grêmio volta suas atenções para a Libertadores. Em terceiro lugar no Grupo 8, com seis pontos, o time vai receber o segundo colocado Fluminense, com sete pontos, na próxima quarta-feira, às 22 horas, na Arena Grêmio.

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