Tópicos | Mais rigidez

A prática de lavagem de dinheiro pode passar a ter uma punição mais rigorosa. Isto porque o Projeto de Lei do Senado (PLS) 74/2016, de autoria do senador José Reguffe (sem partido-DF), quer tornar o crime inafiançável. Além de proibir o pagamento de fiança, o texto também nega a liberdade provisória do acusado. A proposta está em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Casa Alta e depois segue para votação no Plenário.

Ao justificar o projeto, Reguffe afirmou que a lavagem de dinheiro serve para encobrir diversos crimes, entre eles, comércio de drogas e legalizar bens obtidos de maneira ilícita. Segundo o senador, quem comete o delito merece ser julgado de maneira rígida.

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"A lavagem de dinheiro merece tratamento legal rigoroso, uma vez que permite a traficantes, contrabandistas de armas, terroristas, ou funcionários públicos corruptos e empresários corruptores, entre outros, continuarem com suas atividades criminosas, facilitando seu acesso aos lucros ilícitos", disse.

Segundo a cartilha Lavagem de Dinheiro – Um Problema Mundial, 2% do Produto Interno Bruto mundial (cerca de US$ 500 bilhões) que transitam na economia internacional é “dinheiro sujo”. O relatório, elaborado pela 2ª Câmara de Coordenação e Revisão da Procuradoria Geral da República, em 2012, apontou que, até 2011, 677 pessoas foram denunciadas por lavagem de dinheiro no Brasil e apenas 74 foram condenadas pelo crime.

*Com informações da Agência Senado

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