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Astrônomos ficaram surpresos ao descobrir a primeira galáxia desprovida de matéria escura, um elemento invisível e misterioso que age como uma espécie de "cola" das galáxias e ajuda a sua formação.

Essa observação "desafia as teorias habituais sobre a formação das galáxias", assegura Pieter van Dokkum, da Universidade de Yale (Estados Unidos), autor principal do estudo publicado nesta quarta-feira (28) na revista científica Nature.

"Trata-se de uma descoberta excepcional, já que as galáxias contêm supostamente mais matéria escura que matéria comum", indica o Instituto Dunlap para a Astronomia e a Astrofísica da Universidade de Toronto (Canadá), cujos pesquisadores participaram do estudo.

A galáxia NGC 1052-DF2, ou DF2 de forma abreviada, se encontra a 65 milhões de anos-luz da Terra. Os cientistas já sabiam de sua existência, e ela faz parte das galáxias ultra difusas, cuja densidade é extremamente baixa. Embora seja maior que a nossa galáxia, a Via Láctea, contêm um número 250 vezes menor de estrelas.

A matéria comum (os átomos), que compõe as estrelas, planetas, gases e poeira das galáxias, formam apenas 5% do universo. A matéria escura, que continua sendo um dos maiores enigmas da astrofísica contemporânea, formaria mais de 25% do universo.

É invisível e só pode ser detectada através de seus efeitos gravitacionais sobre outros objetos do universo. Os cientistas acreditam que é a matéria escura que dá uma massa adicional às galáxias, produzindo uma maior gravidade que permite que as galáxias não se desagreguem.

Uma galáxia gira tão rápido que só a gravidade produzida pela matéria observável nela não é suficiente para mantê-la unida.

"A matéria escura costuma ser considerada uma parte integrante das galáxias - é a cola que as mantém juntas e o andaime subjacente sobre o qual se constroem" -, resume a coautora do estudo Allison Merritt, da Universidade de Yale, citada em um comunicado do Observatório Europeu do Sul.

Antes da descoberta, "pensava-se que todas as galáxias tinham matéria escura. Para uma galáxia deste tamanho, deveria haver 30 vezes mais matéria escura que matéria comum", indica Roberto Abraham, da Universidade de Toronto, à AFP. "Em vez disso, descobrimos que não havia nenhuma matéria escura. Isso não deveria ser possível", assegura.

Merritt lembra que não existe nenhuma teoria que prediga este tipo de galáxias. "A maneira como se formam é totalmente desconhecida".

A existência de galáxias sem matéria escura do tipo da DF2 poderia, paradoxalmente, debilitar as teorias cosmológicas que propõem alternativas à matéria escura, explicam os pesquisadores.

A galáxia DF2 foi detectada por um telescópio óptico original chamado Dragonfly. Desde então, vários telescópios foram utilizados para estudá-la, entre eles o telescópio espacial Hubble.

Após 18 anos de pesquisas e investimentos de quase US$ 2 bilhões, cientistas anunciaram, na quarta-feira (03), o que acreditam que possa ser indícios de matéria escura. Responsável por um quarto do universo e pelo posicionamento dos astros, ela é um mistério para a ciência, pois não pode ser vista.

Os primeiros resultados foram apresentados pelo Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern) e pela Nasa. Os achados futuros podem se transformar na principal descoberta da ciência em anos - o equivalente à descoberta de um novo continente, disse Pauline Gagnon, cientista do Cern.

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A constatação foi de que houve uma amplificação de pósitrons (um tipo de antimatéria), que teriam sido produzidos pelo choque entre partículas da matéria escura. Nesse caso, seria a primeira verificação direta da sua existência.

A identificação da matéria escura se transformou em uma das prioridades da física moderna.

A matéria considerada "normal" - aquela que pode ser vista por telescópios, como estrelas e galáxias - representa 4,9% do universo. Outros 26,8% seriam formados pela misteriosa matéria escura, que não pode ser vista porque não interage com a luz. O restante seria composto por energia escura, componente ainda mais misterioso.

Apesar do entusiasmo, os cientistas dizem que ainda não é possível dizer com certeza se os pósitrons vêm da matéria escura ou de outras fontes. "Precisamos de mais tempo. Levamos quase 18 anos para chegar ao que atingimos hoje", disse Samuel Ting, chefe do projeto no Cern. As medições foram feitas com o aparelho AMS, na Estação Espacial Internacional (ISS). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma experiência de US$ 2 bilhões conduzida a bordo da estação espacial internacional está prestes a explicar um dos mais misteriosos componentes do universo: a matéria escura, que ajuda a amalgamar o cosmos.

Uma equipe de cientistas de diferentes nacionalidades anunciou nesta quarta-feira (3) que um detector de raios cósmicos encontrou o primeiro indício de matéria escura, que nunca antes havia sido diretamente observada.

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De acordo com os cientistas, os primeiros resultados proporcionados pelo Espectrômetro Magnético Alfa, enviado ao espaço dois anos atrás, mostram evidências de um novo fenômeno da física que poderia ser essa matéria estranha e até agora desconhecida.

Samuel Ting, ganhador do Prêmio Nobel de Física e líder da equipe de cientistas no laboratório europeu de física de partículas nos arredores de Genebra, comentou que uma resposta mais conclusiva é esperada para daqui a alguns meses. As informações são da Associated Press.

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