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A chef francesa Dominique Crenn se tornou nesta quinta-feira (29) a primeira mulher nos Estados Unidos a receber três estrelas Michelin, por seu restaurante modernista Atelier Crenn, em San Francisco.

"Quem diria que um dia Dominique Crenn receberia três estrelas Michelin com sua equipe? É um grande reconhecimento a minha equipe e ao trabalho que estamos fazendo nos últimos anos". Crenn disse à AFP que comemorou bebendo vinho rosé o dia todo e planeja fazer uma festa mais tarde.

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A chef, 53 anos, também espera inspirar mulheres jovens a seguir em frente com seus sonhos. "Digo a vocês hoje que podem fazer o que quiserem, isto não tem nada a ver com o sexo. Não deixem que ninguém atravesse seu caminho".

Crenn, que cresceu na França, revelou ter herdado o interesse pela cozinha de seus pais. A chef começou sua carreira em San Francisco, em 1988, mas em 1997 se mudou para a Indonésia, onde liderou a cozinha do Hotel InterContinental de Jacarta.

Voltou à Califórnia em 1998, onde trabalhou como chef durante vários anos no Manhattan Beach. O Atelier Crenn abriu suas portas em 2011, e rapidamente obteve sua primeira estrela Michelin. A segunda veio em 2012.

Os restaurantes La Maison des Bois de Marc Veyrat nos Alpes e L'Hôtel du Castellet de Christophe Bacquié ganharam a terceira estrela na edição de 2018 do Guia Michelin França, indicou nesta segunda-feira uma fonte próxima do guia.

O famoso guia vermelho, que apresentará oficialmente sua seleção em uma coletiva de imprensa às 15h30 GMT (13h30 de Brasília), não confirmou a informação.

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O chef Marc Veyrat, de 67 anos, é conhecido por seu chapéu preto e sua cozinha com ervas silvestres. É a terceira vez que a "bíblia" da gastronomia lhe concede três estrelas, enquanto é a primeira para Christophe Bacquié.

Nascido em 1972, este chef oferece uma cozinha mediterrânea no L'Hôtel du Castellet, um estabelecimento perto de Marselha (sudeste) com duas estrelas desde 2010.

Quinze dias após a morte do lendário Paul Bocuse, cujo restaurante em Collonges-au-Mont d'Or, no centro-leste da França, ostenta três estrelas desde 1965, Michelin lhe fará homenagem durante a coletiva de imprensa para anunciar os resultados nos arredores de Paris.

Cerca de 200 chefs reconhecidos pelo guia gastronômico foram convidados para o evento, transmitido ao vivo nas redes sociais e que contará com a presença do primeiro-ministro francês, Edouard Philippe.

As únicas informações reveladas oficialmente são o número total de estrelas: 621, ou seja, cinco mais do que na última edição, e uma maior presença de chefs estrangeiros na lista de vencedores.

Disponível a partir de 9 de fevereiro, o Guia Michelin França, cuja seleção foi feita a partir de visitas de inspetores anônimos, inaugura, por outro lado, um sistema de apadrinhamento para acompanhar os novos estrelados.

A madrinha desta edição é a chef Anne-Sophie Pic, a única mulher com um restaurante três estrelas na França.

A ideia é "tentar transmitir-lhes a minha experiência para ajudá-los a progredir se experimentarem momentos de dúvida ao longo deste ano", disse Pic à AFP.

Ostentar a máxima distinção gastronômica pode ser sinônimo de muita pressão. Assim, o renomado chef Sébastien Bras, de 46 anos, à frente do restaurante fundado por seu pai Le Suquet, no sul da França, pediu em setembro para deixar de aparecer no guia.

O pedido, inédito para um estabelecimento três estrelas, foi aceito.

Criado em 1900 pelos irmãos André e Edouard Michelin e destinado a motoristas, o Guia Michelin foi internacionalizado e abrange cerca de 30 edições em todo o mundo.

O guia vermelho continua a ser uma referência no mundo da gastronomia, apesar das críticas e controvérsias, bem como da concorrência de sites participantes e classificações internacionais.

Sua edição na França de 2017 tinha 27 restaurantes três estrelas, 86 duas estrelas e 503 uma estrela.

Para ter mais liberdade e menos pressão, o chef francês Sébastien Bras, dono de um restaurante três estrelas no sul da França, quer renunciar a esta distinção de prestígio, concedida pelo guia Michelin.

O chef, cujo estabelecimento faz parte do clube muito fechado dos 27 restaurantes três estrelas na França, anunciou nesta quarta-feira que pediu para não ser incluído no guia vermelho em 2018 "em total acordo com toda a família".

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Seu restaurante Le Suquet, em Laguiole, tem três estrelas desde 1999.

Sébastien Bras, de 46 anos, que assumiu a cozinha após seu pai Michel Bras há dez anos, explica em um comunicado querer "abrir um novo capítulo em sua vida profissional sem a recompensa do guia vermelho, mas com a mesma paixão por cozinhar".

"Foi um grande desafio, uma fonte de muita satisfação (...), mas também de grande pressão", afirmou.

"Nós somos inspecionados duas ou três vezes por ano, e não sabemos quando. Cada prato que sai da cozinha pode ser inspecionado, o que significa que cada dia um dos nossos 500 pratos que sai da cozinha pode ser julgado", declarou o chefe à AFP.

"Talvez eu perca em notoriedade, mas eu aceito isso", assegura, prometendo que o cliente não deverá "ver diferença".

"Hoje, eu quero oferecer o melhor estando fora da competição. Vou me sentir mais livre, sem me perguntar se as minhas criações vão agradar os inspetores do Michelin", acrescenta Bras.

O Guia Michelin recebeu o pedido de Sébastien Bras e afirmou que irá examiná-lo, segundo declarou à AFP Claire Dorland-Clauzel, membro do comitê executivo do grupo Michelin, indicando, no entanto, que esta retirada "não será automática".

Ela ressaltou que "o Guia Michelin não é feito para os restaurantes, mas para os clientes, e sua independência reside também na atribuição de distinções".

Antes de Sébastien Bras, outros chefs renunciaram às estrelas. Em 2005, o chef francês Alain Senderens renunciou as suas três estrelas, mas porque havia "mudado de conceito", lembra Dorland-Clauzel. Em 2006, Antoine Westermann fez o mesmo, enquanto em 2008, Olivier Roellinger fechou seu restaurante três estrelas em Cancale.

A Michelin apresentou essa semana nos EUA os pneus feitos em uma impressora 3D. Os protótipos só se assemelham com os pneus convencionais em sua banda de rolagem (a parte que fica em contato com o chão). A nova versão de “pneu” tem uma estrutura que lembra fibras entrelaçadas e é composto de materiais 100% recicláveis e que não agridem a natureza no processo de fabricação.

O projeto é chamado de The Vision pela Michelin e o modo como é concebido dispensa o uso de rodas nos veículos. O conceito adotado pela fábrica francesa é de que o pneu e a roda sejam uma coisa só, minimizando o impacto ambiental e barateando os custos de fabricação. O vice-presidente executivo da empresa, Terry Gettys, disse que o princípio de pneu sem câmera que foi adotado na construção desse novo protótipo é usado em carros elétricos, presentes em campos de golfe.

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Além de pioneira, a construção dos pneus permite a instalação de sensores, que monitoram a estrutura o tempo todo, enviando dados ao motorista. Caso haja algum tipo de problema que possa interferir na segurança dos ocupantes do veículo, o condutor é avisado.

O renomado guia Michelin recompensou novamente com três estrelas o chef francês Yannick Alléno, desta vez por seu restaurante Le 1947, situado em Courchevel, uma famosa estação de esqui nos Alpes, que foi o grande protagonista desta edição.

O restaurante do hotel de grande luxo Cheval Blanc é o único novo três estrelas nas distinções divulgadas nesta quinta-feira em Paris.

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No total, são 27 os restaurantes franceses que contam com a mais alta distinção do famoso guia vermelho, um a mais que em 2016. Nenhum dos que figurava no ano passado na lista perdeu estrelas, como havia ocorrido em anos anteriores.

A "bíblia" dos gastrônomos também conta com 86 restaurantes de duas estrelas (12 deles novos) e 503 de uma estrela (57 novos).

O diretor internacional dos guias Michelin, Michael Ellis, destacou a "vitalidade da gastronomia na França", apesar do "contexto econômico complicado", e disse que o número de restaurantes recompensados neste ano (70) estava em progressão.

Ellis ressaltou a "cozinha extremamente técnica, criativa e suculenta" de Yannick Alléno, de 48 anos, que também dirige o restaurante parisiense Ledoyen, perto da Champs-Élysées, que ostenta três estrelas Michelin desde 2015.

Este chef "soube adaptar esta elevada tecnicidade aos produtos locais, queijos, ervas, peixes", acrescentou o responsável.

O estabelecimento premiado este ano, Le 1947, pode acolher 22 clientes e está aberto de dezembro a abril. Seu nome corresponde à mais prestigiosa safra da adega bordelesa Château Cheval Blanc.

A famosa estação de esqui de Courchevel, com sua distinta clientela internacional e seus numerosos hotéis de luxo, conta atualmente com 14 estrelas Michelin, o que representa, segundo Ellis, "uma das maiores concentrações de estrelas por habitante".

Em seu cume se encontram o Le Montgomerie, do chef Gatien Demczyna, e Le Kintessence, de Jean-Rémi Caillon, dois restaurantes que recuperam, cada um, a segunda estrela que haviam perdido na edição de 2016.

O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (2007/2014) foi condenado pelo Tribunal de Justiça a ressarcir valores de ICMS que deixaram de ser recolhidos aos cofres públicos a partir de 2010 com base em benefícios fiscais concedidos em sua gestão que alcançaram R$ 1 bilhão.

Além do peemedebista foi condenada a empresa Michelin Indústria e Comércio de pneus, beneficiária dos incentivos. As informações foram divulgadas no site do Ministério Público Estadual do Rio. A condenação, em ação popular, foi imposta pela 12ª Câmara Cível do TJ. Segundo a decisão, 'os benefícios fiscais foram concedidos a partir de 2010 e adiavam, sem prazo determinado, o recolhimento do imposto devido na aquisição de maquinário para ampliação da fábrica da empresa, em Itatiaia'.

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Subscrita por Luiz Carlos Guilherme, a ação popular destacou que Cabral editou o Decreto 42.683/2010 'por meio do qual concedeu benefícios fiscais à Michelin, quando da instalação da fábrica no município de Resende'. O autor argumentou que a medida abriu uma 'Guerra Fiscal', inclusive promovendo 'uma concorrência desleal entre a segunda ré (Michelin) e as demais que atuam no beneficiamento da borracha natural, além de evidenciada a renúncia de receitas tributárias, relativamente ao ICMS'.

A ação sustentou a inconstitucionalidade do decreto, 'que incluiu (Michelin) no Programa de Atração de Investimentos Estruturais (RioInvest), uma vez que não foi observado o convênio do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz)'. Os benefícios teriam alcançado R$ 1,028 bilhão pelo período de fruição de 240 meses e carência de 120 meses para pagamento, 'encontrando-se disfarçado como fosse financiamento, porém vinculado a geração de ICMS'.

O autor da ação alegou que os benefícios seriam ilegais, configurando renúncia de receita. A ação foi julgada improcedente em primeira instância, mas o Ministério Público do Estado do Rio apelou da decisão, por meio da 11.ª Promotoria de Justiça de Fazenda Pública. No recurso de apelação o Ministério Público assinalou que 'a ilegalidade resta caracterizada, considerando a falta de termo final para pagamento do ICMS, a inobservância da ilegalidade estrita e igualdade tributária e, a ausência de convênio (Confaz)'.

Na etapa das contrarrazões, a defesa do ex-governador apontou 'carência acionária'. No mérito, sustentou a legalidade do Decreto Estadual 42.683/2010 e 'a inexistência de qualquer lesão ao erário'. A Michelin, por sua vez, apresentou contrarrazões igualmente afirmando 'a legalidade do Decreto Estadual e a inexistência de qualquer dano ao patrimônio público'.

O Estado do Rio apresentou contrarrazões defendendo a sentença de primeiro grau. Em parecer, o Ministério Público se manifestou pelo acolhimento do recurso 'para declarar a nulidade do ato lesivo ao patrimônio público, qual seja, o artigo 3º do Decreto 42.683/10, e julgar procedente o pedido para condenar os réus, solidariamente, na reparação do prejuízo causado ao erário'.

No início do julgamento da apelação, em março deste ano, foi reconhecida a ilegalidade do benefício fiscal. Houve, no entanto, divergência em relação ao ressarcimento ao erário. Com resultado parcial de dois votos a um, o julgamento do recurso teve que ser adiado para coleta de votos de mais outros dois desembargadores. Na complementação do julgamento, após sustentação da Procuradoria de Justiça com atuação perante a Câmara, o desembargador José Acir deu o voto que confirmou a condenação dos réus.

A decisão é definitiva no âmbito da Justiça Estadual, mas cabe recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Defesas

A assessoria do ex-governador não retornou os contatos da reportagem. Em nota, a Michelin Indústria e Comércio afirma que "O Estado do Rio de Janeiro possui um Fundo de Desenvolvimento Econômico e Social - FUNDES, regido por regras próprias, cujo objetivo é promover o desenvolvimento econômico do Estado por meio de incentivos fornecidos a empresas que investem aqui".

A Michelin também informa que "por atender aos requisitos exigidos pelas regras do FUNDES, tais como, geração de empregos diretos e indiretos, realização de novos investimentos, atração de novas empresas para prestação de serviços etc., foi uma dentre as várias empresas que receberam os incentivos desse Fundo Estadual. Todavia, tais incentivos estão sendo questionados perante a justiça. A Michelin é uma empresa centenária que se rege por fortes princípios de ética e transparência.

Presente no Brasil há décadas exerce suas atividades com total integridade e respeito às leis do País e às suas instituições. Por acreditar na decisão final, que ainda será proferida neste processo, a Michelin seguirá defendendo nas demais instâncias judiciais superiores a legalidade dos incentivos recebidos."

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